Buscar

Princípios Contratuais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Princípios Contratuais
- Valores socialmente relevantes, politicamente relevantes, eticamente relevantes. 
- Cada tempo tem um modelo/regime contratual. Juntamente com os Princípios Contratuais. 
- O contrato tem princípios que podem ser classificados de duas perspectivas. 
- Art. 5º e 170 da CF para articular com os princípios do CC. 
. Princípios Clássicos – 
a) Autonomia da Vontade - 
 
 Dupla perspectiva: 
 Liberdade de contratar – Da livre escolha, da liberdade de decisão... (Com quem eu contrato, o que eu contrato, quando eu contrato, como eu contrato...) 
 Liberdade Contratual – Diz respeito ao conteúdo do contrato (O que é que pode ter nesse contrato, como ele vai ser preenchido). 
 Posso escrever o que eu quiser neste contrato, todavia se ele esbarrar na Ordem Pública, este contrato tem defeito de conteúdo. (Viola o Princípio da Supremacia da Ordem Pública) Art. 2.035, CC
 Expressão de liberdade do sujeito. Ter autonomia, ter a livre disposição da vontade. 
 Agora é você sujeito de direito não é obrigado a contratar se não quiser contratar. A vontade deve ser LIVREMENTE CONSTATADA. 
 SEM VONTADE NÃO TEM CONTRATO.... O CONTRATO NASCE DA LIVRE EXPRESSÃO DA VONTADE... 
Venda Casada – Para comprar um produto você tem que comprar o outro. 
 Ex: Quero produto A, mas para levar o Produto A você tem que levar o produto B. 
 Do ponto de vista do Direito Civil é uma violação do Princípio da Autonomia da Vontade. (Teríamos uma cláusula ineficaz.) Logo é NULO... 
 
b) Consensualismo – 
 Se tem acordo de vontades temos um contrato. PRONTO. 
Não preciso necessariamente escrever um contrato para que ele exista. 
BASTA O ACORDO DE VONTADE. O CONSENSUALISMO É A REGRA. 
Todos os Princípios estão costurados. Todos produzem um efeito. 
 
c) Igualdade – 
 Nos contratos Civis há uma presunção de igualdade, todos os contratantes estão na mesma posição jurídica. 
 Ex: Juros Abusivos... (Arts. 468 a 480) MEDIDA DE REESTABELECIMENTO DO EQUILÍBRIO/DA IGUALDADE DA RELAÇÃO CONTRATUAL. 
d) Relatividade – 
O CONTRATO SÓ PRODUZ EFEITO EM QUEM PARTICIPOU DELE
Ex: Renovando o contrato de locação verbalmente. 
 Todavia meu fiador não participou desta renovação, logo não tem como “brigar” ele não pode ser vinculado, não pode sofrer os efeitos negativos do contrato.
e) Obrigatoriedade – pacta sunt servanda 
Os contratos são feitos para serem cumpridos. 
“Prometeu está prometido, não pode ficar arrependido.” – A minha promessa viola a ordem pública, esta articulada com a igualdade, etc... 
 Se for uma promessa que este violando alguns princípios e a ordem pública, ela viola, e temos um grande problema nesta “promessa” /contrato. 
 Logo depende se cumpre com todos os princípios e se segue as normas e padrões dos contratos... 
 
 O silencio tem que ser habituado...
 
Supremacia da Ordem Pública
- Supremacia da ordem pública: Art. 2.035, CC 
1.1. Teoria da Imprevisão: Arts. 478 a 480, CC 
1.2. Teoria da onerosidade excessiva 
- Boa-fé objetiva: Art. 422, CC 
2.1. Proibição do venire contra factum proprium (Voltar-se contra o fato próprio)
 - Você cria um fato e depois se volta contra esse fato que você criou.
2.2. Supressio - Se deste comportamento desaparece seu direito ocorre a Supressio... 
 2.3. Surrectio – Se deste comportamento surge um direito para o outro contratante acontece o fenômeno da Surrectio. 
2.4. Tu quoque – Se deste comportamento traz um elemento surpresa e quebra a ordem pré estabelecida para execução tem-se o fenômeno Tu quoque. 
Casos Desviantes da Boa-fé I
Venire contra factum proprio
 #Não estamos falando de má fé, estamos falando de casos que são desviantes, ou seja, que estão em desacordo com o comportamento esperado pelos contratantes. 
 Locador de um imóvel que, todo mês, aceita receber o aluguel com 5 dias de atraso. Após meses, sem se opor a tal fato, resolve o locador mudar de conduta e passa a exigir a multa moratória do período. Ora, essa mudança repentina frusta a legítima expectativa do inquilino, já que durante meses o locador não se opôs (tolerou) o pagamento do aluguel com dias de atraso.
Casos Desviantes da Boa-fé II
Supressio
 Locador ajusta contrato de locação comercial por cinco anos, com reajuste anual com base no INPC. Depois de 3 anos de vigência do contrato, envia carta de cobrança ao Locatário, exigindo, as diferenças quanto à inflação do primeiro ano locatício, as quais não foram cobradas por mera liberalidade, tanto que os recibos locativos mensais foram firmados sem qualquer ressalva. 
 #No primeiro ano ele não cobrou o reajuste, no segundo ano ele cobrou o reajuste e no terceiro também. Todavia, no terceiro ano ele resolve cobrar o primeiro ano que não foi reajustado, obviamente quando ele faz a cobrança dessa diferença ele está cobrando juros de correção monetária. 
Casos Desviantes da Boa-fé III
Surrectio
 Locador ajusta contrato de locação residencial pelo prazo de 30 meses, obrigando-se o Locatário a fazer os pagamentos no domicílio do representante do Locador. A partir do 4º mês de vigência da locação, o Locatário passa a fazer os pagamentos mediante depósito bancário em conta do Locador, sem sua oposição. Apenas a partir do 16º mês de vigência da locação, o Locador notifica o Locatário para desocupar o imóvel sob pena de Ação de Despejo em razão da invalidade dos pagamentos pela alteração unilateral do lugar ajustado no contrato.
Casos Desviantes da Boa-fé IV
Tu quoque
 Vendedor e Comprador ajustam que o primeiro fará a entrega da coisa vendida no dia 20 de janeiro; no dia 19 de janeiro, Vendedor notifica o Comprador para efetuar imediatamente o pagamento, sob pena de desfazimento do contrato e pagamento de perdas e danos.
# Se o vendedor ajuíza a ação de desfazimento (rescisão) e pede o pagamento de perdas e danos, QUAL A DEFESA DO COMPRADOR???
 - VOCÊ NÃO CUMPRIU O CONTRATO, VOCÊ NÃO ENTREGOU O PRODUTO, LOGO NÃO IREI PAGAR, SUSPENDE O PAGAMENTO. SÓ IREI PAGAR QUANDO VOCÊ ENTREGAR A COISA. 
 EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO. – É um mecanismo de defesa do contratante que se vê surpreendido nessa situação do Tu quoque, ele suspende o pagamento/o cumprimento da obrigação dele até que o outro cumpra. 
Situação Problema
 Joao é aluno regularmente matriculado no Curso de Direito da Escola ABC; por conta de ter perdido o emprego em razão da pandemia, deixou de pagar as parcelas devidas; não foi impedido de assistir às aulas e nem de participar das atividades avaliativas regulamentares. No entanto, em uma das disciplinas, João não teve o aproveitamento que deseja e requereu a reavaliação, que foi negada pela Instituição. João acredita que tem o direito de realizar a atividade; a Instituição alega descumprimento inadimplemento das obrigações contratuais. Quid iuris? (Qual o Direito?) Examine as posições jurídicas de cada um dos contratantes. Qual a solução mais adequada para o caso?
 - Inadimplemento de João 
 Consequência – Valor da mensalidade, Juros Morais e multa
 - A perda do emprego exonera o dever de cumprir a obrigação – NÃO
 Resultado do Inadimplemento – É direito do credor cobrar o devido. 
 #Este contrato tem uma grande importância social, devido ao fato de estar ligado a educação e desenvolvimento profissional do João. 
 O aspecto econômico não se confunde com o aspecto social, deste modo a instituição permitiu a continuidade dos estudos de João. 
 A instituição, todavia, teve um ato contraditório não permitindo a reavaliação de João... 
 Consequência – Surge a Surrectio para João, com seu direito de fazer a atividade.

Continue navegando