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Radiologia do Sistema Ósseo
ESTRUTURA OSSOS LONGOS
✳ Epífise proximal e distal
✳ Metáfise
✳ Diáfise
✳ Discos de crescimento (visto em animais jovens)
✳ Forame nutrício
✳ Periósteo
ANATOMIA RADIOGRÁFICA
✳ Cortical - porção mais radiopaca da diáfise
✳ Medular - onde se localiza o canal medular
✳ Diáfise
✳ Metáfise
✳ Epífise
✳ Discos de crescimento (para avaliar quanto uma criança ainda vai crescer é comum solicitar RX de
punho para observar a presença ou ausência de discos)
Principalmente em animais jovens, é sempre bom radiografar o membro contralateral (não lesionado) para
servir como um atlas da topografia.
Quando os animais estão completamente desenvolvidos se tem a fusão das metáfises com as epífises e não
há mais a presença de discos de crescimento. O crescimento completo ocorre entre 10-14 meses, sendo que
animais maiores levam maior tempo para fechar os discos epifisários.
ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS
✳ Traumáticas
✳ Nutricionais
✳ Alterações de desenvolvimento
✳ Infecciosas
✳ Neoplasias
RESPOSTA À INJÚRIA
É importante entender que a diminuição da radiopacidade generalizada (no osso todo) é chamada de
OSTEOPENIA, enquanto a diminuição da radiopacidade focal (uma mancha preta focalizada) é chamada de
OSTEÓLISE. O aumento da radiopacidade é chamado de ESCLEROSE.
REAÇÕES PERIOSTEAIS
A reação do tipo suave/lisa ocorre na formação do calo ósseo, isto é, início da cicatrização do tecido ósseo, o
que queremos que aconteça mas somente com os ossos corretamente posicionados. A reação do tipo
sunburst é mais comumente encontrada em quadros de neoplasia, a laminar corresponde à uma má
formação óssea.
O QUE DEVO AVALIAR
Antes de tudo é importante ressaltar que é essencial conhecer a anatomia da região a ser radiografada.
1. Localização da lesão - periósteo, cortical, medular, epífise, articulações; monostótica (uma só área
acometida), poliostótica (várias áreas acometidas) ou generalizado (todo o osso foi acometido)
2. Envolvimento da cortical (adelgaçado, espessado, perda da continuidade, osteólise, esclerose)
3. Tem reação periosteal? Qual?
DIAGNÓSTICO
Depende do quadro radiográfico, sinais clínicos e histórico do animal. É importante manter o controle
radiográfico, ou seja, acompanhar a evolução, assim como fazer projeções adicionais (e membro
contralateral em animais jovens) e se possível outros métodos de diagnóstico (clínico, biópsia, laboratorial,
etc).
ALTERAÇÕES TRAUMÁTICAS
FRATURAS
Uma fratura é a perda da continuidade do tecido ósseo, exige duas projeções radiográficas para melhor
visualização. Nestes casos o RX é utilizado para confirmar diagnóstico (detectados ou não clinicamente),
avaliar a posição e relação dos fragmentos e o tempo de fratura.
Um animal com fratura em membro não o apoia, o que à longo prazo leva à uma atrofia muscular
dificultando mais ainda o alinhamento e restauração dos ossos, por isso não é incomum encontrar
ortopedistas que antes de imobilizar o membro deixam o animal com o mesmo voltado para cima, muitas
vezes no suporte de soro, isso é feito para permitir o alongamento das fibras musculares e facilitar a
recuperação do animal.
CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS
1. Ferimento externo comunicante - fechada ou aberta (exposta; quando ocorre se tem uma
comunicação do meio interior com o meio exterior, o que permite a entrada de gás que se mostra
presente de forma radiotransparente no RX em meio aos tecidos moles, cuidado para não
confundir com osteólise)
2. Extensão da lesão - completa (separação do osso em duas partes), incompleta (fissuras) ou por
avulsão (principalmente em animais jovens, ocorre em áreas que têm ligamento, tendão, etc
aderido ao osso e de alguma forma esta inserção o tira de sua topografia, em animais adultos se
têm mais o romper do ligamento, tendão, etc)
3. Direção da lesão - só faço essa caracterização quando a lesão for completa, primeiro determinamos
se é uma fratura simples (um só foco de fratura, divide o osso em 2), segmentar (dois focos de
fratura, divide o osso em 3) ou cominutiva (incontáveis focos de fratura, osso dividido em diversos
fragmentos). Depois então classificamos como é o aspecto da borda da lesão, ela pode ser
transversa (reta), oblíqua (parece um bisel, é mais angular) ou em espiral (é possível visualizar a
medula nas bordas).
4. Localização - (quando a lesão não é completa pulo direto para esta etapa) a fratura pode ser
diafisária nos terços proximal, médio ou distal, epifisária, ou condilar (no côndilo em
si)/intercondilar (entre os côndilos)/supracondilar (acima dos côndilos).
5. Posição dos fragmentos - é essencial para a consolidação do osso já que antes de imobilizar/colocar
pino é preciso fazer a manutenção do eixo e do desvio dos fragmentos para que anule todos os
vetores que possam agir contra a consolidação óssea, impedindo que os fragmentos se mexam
completamente para uma recuperação completa.
A B C
D
A. RX mostrando presença de ar em meio aos tecidos moles devido fratura exposta
B. Fratura de côndilo da tíbia por avulsão
C. Tipos de fratura completa, sendo da esquerda para direita uma fratura completa cominutiva e uma
fratura completa segmentar
D. Fratura completa do tipo simples mostrando as diferentes bordas de lesão, da esquerda para direita
tem-se a borda oblíqua, borda transversa e borda em espiral
PROJEÇÕES E DESCRIÇÃO DA LESÃO
É de suma importância sempre solicitar mais de uma projeção, exceto em casos de extrema dor e
desconforto ao paciente em alguma projeção específica. As projeções lateromedial/mediolateral sempre
mostrarão o deslocamento dos fragmentos de forma cranial ou caudal , enquanto as projeções
craniocaudal/caudocranial mostrarão o deslocamento dos fragmentos de forma lateral ou medial, então ao
descrever a fratura deve sempre levar as duas projeções em consideração. Ao falar do deslocamento, sempre
levar em consideração o fragmento distal, isto é, sempre cite a sua posição em relação ao fragmento
proximal.
FRATURA EPIFISÁRIA
Ocorrem em animais jovens, podendo ser classificada em cinco tipos de fratura dependendo do grau de
envolvimento de epífise, fise (disco de crescimento) e metáfise. O nome da fratura epifisária é fratura de
Salter-Harris.
Só ocorre em animais jovens porque vai ter o acometimento do disco epifisário (disco de crescimento), o que
pode gerar uma deformidade angular, isso ocorre de forma que caso haja uma lesão em disco epifisário do
rádio e da ulna não, quando essa fratura cicatrizar pode acontecer do disco acabar fechando antes, só que se
isso acontecer somente com o rádio, a ulna continuará crescendo causando a deformidade angular, o mesmo
acontece se só o disco epifisário da ulna fechar precocemente.
CLASSIFICAÇÃO
A. Normal - membro preservado com metáfise, epífise e fise
intactos
B. Salter-Harris Tipo I - fratura somente em fise
C. Salter-Harris Tipo II - fratura em fise e metáfise
D. Salter-Harris Tipo III - fratura em fise e epífise
E. Salter-Harris Tipo IV - fratura em fise, metáfise e epífise
F. Salter-Harris Tipo V - fratura compressiva em fise
*Todas essas fraturas acometem fise, é importante evidenciar
isso porque uma fratura Salter-Harris sempre tem disco de
crescimento associado
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Formação do calo ósseo com desaparecimento da linha de fratura. Após a fratura do osso se tem a formação
de um hematoma na região, depois disso o tecido conjuntivo começa a se organizar ali para em seguida
poder dar início ao processo de ossificação e formação do calo ósseo, sendo essa última etapa a única visível
em uma radiografia, por isso se sabe que quando é possível visualizar calo ósseo em um RX é indicativo de
ser uma fratura antiga. Na proliferação óssea, primeiro se faz o arredondamento dos bordos para depois unir
os ossos.
É essencial fazer uma radiografia antes e logo depois do procedimento cirúrgico para garantir que os ossos
estejam alinhados de forma correta, é preciso então acompanhar a evolução da ossificação fazendo RX com
2, 4 e 6 semanas de tratamento para verificar se está havendo a formação do calo ósseo, se os membros estãoalinhados, se houve algum infecção, etc.
COMPLICAÇÕES
✳ Retardo na união - a união dos ossos é feita em um período muito longo (a partir de 8 semanas se
tem os primeiros sinais de uma consolidação muito fraca), isso pode acontecer quando: não se
anula todos os vetores na hora da imobilização; animais idosos; infecção (material impróprio na
imobilização, por exemplo). Se observa persistência da linha de fratura com mínima proliferação
óssea
✳ Não união - não há a união dos ossos fraturados, pode acontecer quando: o animal segue tendo
mobilidade do membro; avascularização (compressão da medula óssea ao colocar um pino);
infecção; corpo estranho. Se tem bordas arredondadas e escleróticas sem proliferação óssea
✳ Má união - é a consolidação da fratura com uma deformidade angular. Causado por uma redução
errônea ou pela possibilidade de rotação e angulação durante o processo de angulação. A função
pode estar comprometida
A. Retardo na união
B. Não união
C. Má união
CONSIDERAÇÕES
✳ Dor
✳ Posicionamento radiográfico cuidadoso
✳ Tala de conforto (não para ossificação, mas uma tala para facilitar o manejo do membro lesionado)
✳ Analgesia, tranquilização ou sedação quando necessário
Doenças Ósseas
AFECÇÕES DE ETIOLOGIA INDETERMINADA
PANOSTEÍTE
Acomete principalmente cães de raças grandes e gigantes (pastor alemão e basset hound). Ocorre o aumento
da atividade osteoblástica e fibroblástica no endósteo e canal medular, ou seja, é uma alteração intraóssea
em que se tem proliferação óssea no endósteo e dentro do canal medular. Pode acontecer em um só osso,
podendo ter só uma mancha no RX (monostótica) ou várias (poliostóticas), mas também pode acometer em
mais de um osso (poliostótica). Ossos longos são mais acometidos, principalmente na região da diáfise.
Animal apresenta claudicação sem histórico de trauma e dor à palpação profunda de diáfise, é uma doença
auto-limitante, ou seja, assim como ela chega sem aparente motivo, ela também vai embora.
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Áreas de esclerose no canal medular (áreas mais claras e arredondadas)
✳ Perto de forame nutrício
1. Áreas de esclerose monostótica no canal medular do fêmur direito
2. Áreas de esclerose em canal medular em terço proximal e médio bilateral (direito e esquerdo) de
fêmur.
3. Áreas de esclerose no canal medular em terço proximal de ulna bilateral e em terço distal de úmero
bilateral.
4. Área de esclerose no canal medular em terço distal de úmero e proximal de ulna.
OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA
Comum em cães machos de raças grandes e gigantes, animais jovens (3 a 6 meses de idade). Se supõe que a
etiologia pode ser por suplementação excessiva de vitaminas e minerais, deficiência de vitamina C ou
cinomose, mas são só suposições.
Causa muita dor de forma que o animal reluta andar e ficar em estação, anorexia e febre são sintomas
comuns.
Costuma ser bilateral e simétrico, é auto-limitante e acomete principalmente metáfise de ossos longos.
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Linha radiotransparente em região metafisária
✳ Formação de osso paraperiostal junto a metáfise
OSTEOPATIA HIPERTRÓFICA
Supõe-se que é causada por um distúrbio neurovascular, algo na cavidade torácica causa um estímulo no
nervo vago por compressão, causando um aumento de circulação nas extremidades e fazendo com que o
periósteo aumente sua atividade gerando proliferação óssea nos membros. Acomete principalmente cães e
gatos adultos idosos.
O animal apresenta aumento de volume nas extremidades dos membros de forma bilateral e simétrica
(começa nas extremidades e vai subindo o osso, então quanto mais na diáfise mais antigo é), apresentando
dor e claudicação. A primeira coisa a se fazer é um raio x de tórax buscando alguma moléstia intratorácica
ou abdominal (neoplasias, doenças infecciosas, parasitárias - qualquer coisa que estimule nervo vago).
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Proliferação periosteal irregular começando nas extremidades e vai subindo (quanto mais crônico e
mais severo mais alto) em metacarpos e metatarsos
✳ Não afeta articulações
✳ Bilateral e simétrico
Proliferação periosteal irregular nos
metacarpos e em rádio e ulna, não
afeta articulação, é bilateral e
simétrica.
DOENÇAS METABÓLICAS
HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO NUTRICIONAL
Ocorre principalmente em cães e gatos jovens em decorrência de um distúrbio nutricional. A dieta não
balanceada vai levar a redução de cálcio sérico e aumento do fósforo sérico, ou seja, um desequilíbrio Ca:P
devido a queda de cálcio sérico que vai estimular a secreção do PTH (paratormônio), o PTH vai agir
estimulando a liberação de osteoclastos para que se tenha mais cálcio ósseo circulante numa tentativa de
regularizar o metabolismo.
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Diminuição generalizada da radiopacidade - osteopenia (em decorrência do sequestro de cálcio
ósseo)
✳ Adelgaçamento de corticais - a porção cortical dos ossos vai estar fina, também por conta do
sequestro de cálcio ósseo. Isso torna o osso mais frágil
✳ Metáfises mais evidentes
✳ Cifolordose - desvios de coluna devido a osteopenia, que deixa os ossos mais maleáveis, de forma
que o movimento constante da coluna causa esse desvio
✳ Angústia pélvica - no coxal se tem muitas musculaturas que se inserem nos ossos do coxal, e a
tensão muscular com os osso fragilizados e mais maleáveis faz com que se tenha uma pelve mais
fechada (muito problema em fêmea prenhe, causa fecaloma porque não consegue passar as fezes
por ali)
✳ Fratura patológica - quando já se tem uma fragilidade óssea e ocorre uma fratura
HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO RENAL
Um distúrbio tubular gera o desequilíbrio Ca:P devido o aumento de fósforo sérico, estimulando a secreção
de PTH e mobilização dos osteoclastos para aumentar o nível sérico de cálcio. Ocorre em animais jovens e
idosos.
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Diminuição da radiopacidade dos ossos do crânio (não é osteopenia porque não é generalizada, e
nem osteólise porque não são manchas)
✳ Perda de definição da lâmina dura - é onde os dentes se inserem, então os dentes se tornam mais
evidentes porque todo o resto se torna mais radiotransparente. Se chama essa alteração de “dentes
flutuantes” (na descrição da lesão falar dentes mais evidentes)
✳ Mandíbula de borracha - mobilidade excessiva na mandíbula
✳ Fratura patológica
✳ Calcificação metastática de tecidos moles
Diminuição da radiopacidade dos ossos do
crânio, tornando os dentes mais evidentes.
NEOPLASIAS ÓSSEAS
OSTEOSSARCOMAS
Representam 80% dos casos de neoplasia óssea, porém não são o único tipo e é sempre importante fazer
citologia e biópsia para identificação correta do tumor. Ocorre principalmente em animais adultos e idosos,
raças grandes e gigantes têm maior predisposição (boxer, rottweiler).
Este tipo de tumor tem um “tropismo”, sempre preferindo ficar em posição distal de rádio e proximal de
úmero (longe do cotovelo) e distal de fêmur e proximal de tíbia (próximo ao joelho). É uma neoplasia que
causa bastante desconforto e dor, o animal passa a claudicar e se observa aumento de volume no membro.
É geralmente monostótica, ou seja, afeta somente um osso por vez, mantendo as articulações preservadas.
Pode-se ter ainda fraturas patológicas e metástases pulmonares (pode ocorrer em qualquer tipo de tumor, já
que o pulmão é um órgão altamente vascularizado e bem irrigado pelo sistema linfático, por onde a
metástase se espalha).
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Osteólise
✳ Proliferação periosteal desorganizada ou sunburst
✳ Misto - osteólise + proliferação periosteal desorganizada/sunburst
✳ Aumento de volume de partes moles
✳ Controle radiográfico - acompanhar o quadro
✳ Citologia/biópsia são essenciais!
1. Osteólise importante causando ausência da região distal da ulna; ausência total da falange do
segundo dígito
2. Osteólise em região proximal do úmero. Solicitar ou acompanhamento radiográfico para ver com o
quadro vai evoluir, ou pedir direto uma citologia
3. Proliferação desorganizada em terço proximal do úmero, monostótica. Neoplasia óssea
4. Áreas de osteólise no terço proximal detíbia, monostótica, com fratura patológica
5. Osteólise no terço distal da tíbia, proliferação periosteal desorganizada, monostótica, aumento de
volume
DOENÇAS INFECCIOSAS
OSTEOMIELITE
É uma inflamação óssea causada por focos de infecção. A etiologia pode ser:
✳ Fratura exposta
✳ Cirurgias contaminada - uso de equipamento não esterilizado adequadamente
✳ Mordidas
✳ Feridas abertas
A infecção pode ser causada por bactérias, fungos, protozoários, metalose. Causa dor, edema, febre e
claudicação no animal. Não é possível a visualização radiográfica em quadros agudos, somente em quadros
crônicos que se identificam alterações em RX.
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Monostótica num primeiro momento, podendo evoluir para poliostótica
✳ Osteólise
✳ Esclerose - é sinal de uma tentativa de confinar o foco
✳ Proliferação periosteal - também é uma tentativa de encapsular o foco de infecção
✳ Aumento de partes moles
1. Monostótica, áreas de esclerose e de osteólise. Última imagem
mostra evolução do quadro com antibioticoterapia
2. Áreas de osteólise acometendo todos os ossos do tarso, com
proliferação periosteal desorganizada.
3. Proliferações periosteais exacerbadas ao longo de todo o
fêmur.
OSTEOMIELITE X NEOPLASIA
✳ Anamnese
✳ Sintomas
✳ Estudo radiológico
✳ Histopatológico
✳ Culturas bacterianas e fúngicas
Sistema Articular
Articulação é a junção de dois ou mais ossos, sendo ela composta por:
✳ Cápsula articular
✳ Espaço sinovial
✳ Ligamento colateral
✳ Cartilagem articular
✳ Placa subcondral
No entanto, é importante evidenciar que no raio X só se vê os ossos.
OSTEOARTROSE (DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA)
Artrose é quando, por algum motivo, a articulação está instável e o corpo
entende que esta instabilidade não é boa, gerando mais tecido ósseo na
tentativa de formar uma anquilose (juntar os ossos da articulação) para ele
ficar estável. Todas as doenças articulares que não forem tratadas vão se desenvolver em uma artrose.
Pode ter causas:
✳ Primária - uso e idade, sem causa específica
✳ Secundária - qualquer situação que leve a alteração articular
ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS
✳ Aumento de volume intra-articular (edemaciado) 1
✳ Osteófito periarticular - borda do osso subcondral pontiagudo 2
✳ Entesófitos - ossos que nascem na região de inserção de ligamento
ou tendão, é o mesmo que o osteófito o que muda é a região de
inserção 3
✳ Erosão osso subcondral - desgaste da superfície do osso subcondral,
a tornando irregular 4
✳ Calcificações peri/intra-articulares (joint mice) 5
✳ Esclerose do osso subcondral 6
✳ Áreas císticas 7
LUXAÇÃO E SUBLUXAÇÃO
É a perda total (luxação) ou parcial (subluxação) da relação articular, podendo acontecer com qualquer
articulação do sistema esquelético. Pode ocorrer por:
✳ Trauma
✳ Desenvolvimento alterado (superfícies articulares)
✳ Congênitas (origem em má formação)
OSTEOCONDROSE
Quando ocorre uma falha na ossificação do osso subcondral, ou seja, permanece a cartilagem e por isso não
aparece no RX, demonstrando uma área de osteólise. Quando na imagem radiográfica é possível ver um
“tampão” acompanhando a área de osteólise, se chama osteocondrite dissecante (joint mice). Pode ser
bilateral, é mais comum em machos de grande porte (não se sabe o porquê). Claudicação com idade de 4 a 9
meses é o mais comum, ocorrendo principalmente em cabeça caudal do úmero, côndilos femorais (medial), e
tálus (medial).
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Osteólise no osso subcondral, podendo ou não ser acompanhado de esclerose
✳ Flap cartilaginoso ou calcificado “joint mice” - passa a se chamar de osteocondrite dissecante
✳ DAD
LUXAÇÃO DE PATELA
É uma deformidade com origem congênita ou traumática, sendo o mais comum a forma congênita em raças
toy levando à um desvio medial (em cães de grande porte ocorre o desvio lateral, mas é mais raro). Pode
acontecer por:
✳ Arrasamento do sulco troclear - sulco fica mais raso e a patela não fica estável na articulação
✳ Variações angulares do fêmur
✳ Alterações ligamentares/musculares - se inserem na patela e no osso, então caso o osso seja torto
se terá uma frouxidão ligamentar/muscular
Pelo exame físico é possível graduar a luxação de patela em graus de I a IV (I/II: intermitente, III/IV:
persistente).
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Projeção craniocaudal
✳ Desvio medial da patela (bilateral)
✳ Traumática vai ser unilateral
✳ Rotação do terço proximal da tíbia - em decorrência de uma frouxidão do tendão/ligamento
✳ DAD - doença articular degenerativa, ou seja, caso não trate vai desenvolver em artrose
RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL
É a principal causa de claudicação na clínica de cães e gatos, sendo muito comum em pitbull, bulldog,
rottweiler, labrador (cães com o quadríceps bem desenvolvidos). Pode ou não ser secundário a trauma. O
diagnóstico é feito pelo exame físico com o movimento de gaveta.
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Derrame intra-articular
✳ Deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur - patognomônico
✳ Sesamóide poplíteo pode deslocar caudodistalmente - secundário ao derrame intra-articular
✳ DAD
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS
ARTRITE
Processo inflamatório que pode ter origem infecciosa ou não.
✳ Infecciosa - feridas, contaminação por injeção intra-articular, via hematógena
✳ Não infecciosa - autoimune. Simétricas/poliartrite
✳ Erosivas (artrite reumatóide) - causa dano ósseo levando à formação de áreas de osteólise
✳ Não erosivas - não causam danos ósseos, portanto não se vê alterações no RX
ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS
✳ Distensão da cápsula articular (derrame)
✳ Lesões líticas (osteólise) em osso subcondral - quando erosiva
✳ Luxação/subluxação
✳ DAD
*Como o aspecto radiográfico de neoplasia é muito semelhante, se faz diferenciação por coleta de líquido
sinovial ou biópsia óssea.
NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR (NACF)
Ocorre principalmente em cães jovens (7 a 11 meses de idade) de raças toy. O paciente normalmente chega
sem histórico de trauma nem lesão, claudicando (às vezes até com impotência funcional do membro) e com
dor. Ocorre pela falha da irrigação da cabeça do fêmur, ou seja, isquemia que gera uma necrose do tecido.
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ Osteólise da cabeça e colo femoral*
✳ Aumento da interlinha radiográfica (espaço articular)*
✳ Remodelamento de cabeça femoral e acetábulo - em quadros crônicos
✳ Fragmentação do osso subcondral - é uma fratura patológica
✳ Uni ou bilateral
✳ DAD
*São o que caracteriza a necrose asséptica da cabeça do fêmur
DISFUNÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
DISPLASIA DO COTOVELO
Ocorre uma alteração de desenvolvimento da articulação que vai gerar um mau encaixe entre estes ossos.
Pode decorrer de:
✳ Osteocondrose (OCD) do côndilo medial do úmero
✳ Não união do processo ancôneo (NUPA) - é uma falha na fusão do centro de crescimento (ancôneo
e ulna)
✳ Fragmentação do processo coronóide medial (FPCM)
✳ Incongruência articular
É uma doença hereditária mais recorrente em cães de grande porte de 4 a 18 meses de idade.
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
✳ OCD do côndilo medial do úmero - projeções crcd e ML oblíqua. Área radiotransparente em osso
subcondral do côndilo medial do úmero (porção lateral). É a lesão menos frequente na displasia do
cotovelo
✳ Não união do processo ancôneo - projeções ML e ML flexionada. Linha radiotransparente entre
processo ancôneo e a ulna
✳ Fragmento do processo coronóide medial da ulna - projeções ML estendida, crcd e crcd supinada
(15°). Contorno anormal e perda da definição do processo coronóide medial. É de difícil
diagnóstico, muitas vezes sendo necessário uma tomografia computadorizada
✳ Incongruência articular - interlinha radiográfica assimétrica
DISPLASIA COXOFEMORAL
Desenvolvimento anormal da articulação fazendo com que o encaixe ósseo não seja perfeito. Pode ocorrer
por:
✳ Fatores genéticos - melhoramento genético para evitar ao máximo e deletar esta doença
✳ Fatores ambientais - obesidade, piso liso
✳ Raças grandes - crescimento rápido. Pastor alemão, labrador, golden retriever e rottweiler
✳ Gatos persa (ultimamente tem aparecido mais, mas não só persa)
✳ BilateralALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS
✳ Incongruência articular - interlinha articular assimétrica
✳ Arrasamento/remodelamento acetabular
✳ Subluxação/luxação
✳ DAD secundário à DCF - osteófitos periarticulares, alteração morfológica da cabeça e colo do
fêmur, linha de Morgan (osteófito curvilíneo caudolateral) sendo o primeiro sinal de instabilidade
articular (só é visível no começo da DCF)
ÂNGULO DE NORBERG
✳ > 105° é normal
✳ <90° severa
Coluna Vertebral
ASPECTOS ANATÔMICOS
● C7, T13, L7, S3, Cc variáveis
● Discos intervertebrais - em condições normais não aparece no RX
● Ligamentos
● Vascularização
● Nervos
● Medula espinhal
1. Corpo vertebral
2. Processo transverso
3. Processo espinhoso
4. Espaço intervertebral - onde está o disco
5. Forame intervertebral - por onde passam as ramificações nervosas
6. Região articular
ANATOMIA RADIOGRÁFICA
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS
EXAME SIMPLES
● Exame físico/neurológico prévios
● Segmentos restritos
● Posicionamento - sedação/anestesia geral para evitar que o paciente sinta dor, mas o
posicionamento correto é essencial
● Projeções - lateral e ventrodorsal
MIELOGRAFIA
Avalia o espaço subaracnóide (tamanho e forma da medula), mas hoje em dia foi substituída pela tomografia
que é muito superior mas tem a mesma técnica.
● Anestesia geral
● Exame simples - LL e VD
● Punção espaço subaracnóide
- Cervical - cisterna magna
- Lombar - L5 e L6
● Contraste iodado não iônico
- Iopamiron 300 - 0,3-0,5 ml/Kg
- Omnipaque 300 - 0,3-0,5 ml/Kg
É contraindicado fazer esse exame quando:
● Suspeita de trauma agudo
● Infecções cutâneas - risco de levar contaminantes para dentro do espaço subaracnóide
● Quando procedimento cirúrgico não é considerado para tratamento
Dentre os efeitos adversos podemos citar: convulsões, apnéia, piora neurológica, hipertermia, meningite,
óbito.
DESVIOS DE EIXO
● Cifose - desvio dorsal da coluna, “corcunda de notre-dame”
● Lordose - desvio ventral da coluna
● Escoliose - desvios laterais da coluna
DOENÇAS DEGENERATIVAS
DISCOPATIAS
São as herniações que podem ser classificadas como Hansen tipo I (raças condrodistróficas) e Hansen tipo II
(raças não condrodistróficas). Podem acontecer por:
● Trauma
● Fatores mecânicos e anatômicos
O disco intervertebral tem as faces lateral e ventral mais espessas que a
região dorsal.
FISIOPATOLOGIA
● Hansen tipo I (raças condrodistróficas) - ocorre uma desidratação do núcleo pulposo, podendo ou
não haver calcificação, e em decorrência de um trauma ou alteração anatômica haverá a formação
de fendas/rupturas do anel fibroso na região dorsal (que é mais delgada) causando a extrusão do
material nuclear e consequente compressão da medula
● Hansen tipo II - desidratação do núcleo pulposo somado à um trauma/alteração mecânica ou
anatômica vai se formar fissuras no anel fibroso o que vai levar à protrusão do material nuclear e
consequente compressão da medula
ESPONDILOSE DEFORMANTE
Tudo que diz espondilo se refere ao corpo vertebral. Por alguma alteração se passa a ter uma instabilidade
entre os corpos vertebrais e se começa a fazer uma proliferação óssea na tentativa de unir os corpos
vertebrais para promover estabilidade, semelhante a artrose mas não pode ser chamada assim quando não
está na face articular. A etiologia é ou idiopática ou secundária a instabilidade entre as vértebras (hérnia por
exemplo).
As proliferações ósseas nas margens dos corpos vertebrais podem ser: ventrais, laterais e dorsais.
DOENÇAS CONGÊNITAS/DESENVOLVIMENTO
ESPONDILOMIELOPATIA CERVICAL CAUDAL - SÍNDROME WOBBLER
Se tem estenose do canal vertebral cervical caudal (C5, C6, C7) por uma malformação de processos
articulares e degeneração das faces articulares (instabilidade), isso leva a protrusão do disco cervical (hérnia
tipo II) e hipertrofia do ligamento flavo e cápsula articular comprimindo a medula de forma dorsal. Ocorre
principalmente em Dobermans com mais de 2 anos de idade.
DIAGNÓSTICO
● Exame radiográfico simples e contrastado
● Projeções radiográficas - LL, VD e sob “stress” (mostrar alterações conforme o movimento do
animal - flexionada, estendida e tracionada)
● Posicionamentos de “Stress”- artefatos x lesão iatrogênica
SUBLUXAÇÃO ATLANTOAXIAL
A ventroflexão excessiva da cabeça gera estresse articular e compressão medular em região atlantoaxial.
Pode ser:
● Adquirida (traumática)
- Fratura do odontóide ou processo espinhoso do axis
- Ruptura de ligamentos
● Congênita ou de desenvolvimento - ocorre em animais de pequeno porte com menos de um ano
- Não fusão do processo odontóide a C2
- Angulação dorsal do processo odontóide
- Má formação atlantoaxial
- Agenesia/hipoplasia do processo odontóide
- Ausência/ruptura dos ligamentos
DIAGNÓSTICO
● Exame radiográfico simples - muito cuidado com a manipulação do animal que deve ser
anestesiado!
- Projeções laterais (sobreposição)
- Aumento do espaço entre o arco dorsal e o processo espinhoso (4 a 5mm)
- Angulação do axis em relação ao atlas
- Fratura do PO ou rotação do terço final do axis, indicando ausência do PO
- Mielografia - não fazer por causa do posicionamento necessário da cabeça do animal para injetar
o contraste
VÉRTEBRAS DE TRANSIÇÃO
Por uma má formação é possível ter:
● C7 com uma ou duas costelas
● T1 com ausência de costelas
● T13 com ausência de costelas
● L1 com par de costelas (toracolização)
● L7 com aspecto de vértebra sacra (sacralização)
● S1 com aspecto de vértebra lombar (lombarização)
Isso não tem grande importância clínica, mas sim cirúrgica devido ao posicionamento anatômico confuso
na necessidade de qualquer cirurgia em coluna, sendo sempre necessário informar o médico veterinário
responsáveis sobre a presença de vértebra de transição.
HEMIVÉRTEBRAS
Ocorre uma ossificação incompleta dos centros de ossificação dos corpos vertebrais, sendo mais comum na
região torácica com a vértebra em aspecto de trapézio gerando desvio de coluna, geralmente. As raças mais
acometidas são os Bulldogs e os Pugs, podendo ou não haver sintomatologia neurológica.
ALTERAÇÕES TRAUMÁTICAS
FRATURA
SUBLUXAÇÃO
Exige correção cirúrgica porque promove instabilidade, o que pode futuramente afetar a medula.
INSTABILIDADE LOMBOSSACRA
Faz parte da síndrome da cauda equina, ocorre o deslocamento ventral da epífise cranial de S1 em relação a
epífise caudal de L7, diminuindo o canal vertebral e comprimindo os nervos. Devido a instabilidade vai se
formar uma espondilose deformante em L7 e S1.
Uma forma de tentar diagnosticar é jogando a cauda do animal para cima, como se fosse encostar no dorso,
isso vai fazer com que o animal reclame de dor por um desvio ventral intensificado no movimento.
ALTERAÇÕES INFECCIOSAS
DISCOESPONDILITE
É um processo inflamatório do disco intervertebral causado por um processo infeccioso, ou seja, é
secundário. A infecção pode vir por via hematógena, corpos estranhos, ou até mesmo complicações pós
cirúrgicas em coluna, geralmente os agentes infecciosos são: Staphylococcus spp e Brucella canis. É mais
comum nas regiões torácica e lombar.
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS
● Fase aguda
- Lise irregular das epífises vertebrais
- Alargamento do espaço intervertebral
● Fase crônica - tentativa de encapsular o foco de infecção
- Esclerose dos bordos vertebrais
- Osteófitos
- Fusão de corpos vertebrais adjacentes
NEOPLASIA
É pouco frequente, mas pode ocorrer de forma primária ou metastática (secundária a tumor de mama, por
exemplo). Se observa processo lítico, proliferativo ou misto, assim como qualquer outra neoplasia óssea.
Ultrassonografia
O ultrassom funciona através de ondas sonoras, de forma que o aparelho envia um frequência de outras para
a região avaliada que responde com ondas diferentes, traduzindo a imagem vista. Isso só é possível graças ao
uso de cristais piezoelétricos presentes no transdutor, já que para produzir uma onda sonora se exige
vibração e é isso que eles promovem ao aparelho.
TRANSDUTORES
Emite frequências de 2 a 20 MHz, de forma que quanto maior a frequência menor é a penetração e melhor
será a resolução.
● Frequênciasmaiores - avaliação superficial porque a penetração é menor (animais pequenos,
cervical, ocular, articular)
● Frequências menores - avaliação mais profunda, imagem com menor resolução (animais maiores,
órgão profundos)
Existem transdutores que formam diferentes tipos de imagem:
● Setoriais - cristal único que vibra sobre o mesmo eixo (ecocardiografia)
● Lineares - vários cristais dispostos de forma linear (estruturas superficiais, frequência maior)
● Convexo - vários cristais dispostos de forma convexa (estruturas profundas, frequência menor)
ECOGENICIDADE
● Preto - líquido
● Cinza escuro - mais escuro do que deveria
● Cinza - mesma cor em relação a alguma coisa
● Branco - estruturas mais densas, mais claro do que deveria
ARTEFATOS DE TÉCNICA
Durante o exame podem aparecer alguns artefatos de técnica, com imagens adicionais, ausentes ou
distorcidas.
REVERBERAÇÃO
Ocorre principalmente onde se tem a presença de ar (principalmente), osso e metais. Quando acontece são
produzidas várias reflexões das ondas sonoras formando diversas linhas brancas ao longo do exame
escondendo as imagens necessárias.
IMAGEM EM ESPELHO
O diafragma é um bom refletor, demonstrando uma imagem em que se vê fígado de um lado, diafragma e
logo depois fígado do outro lado.
REFORÇO ACÚSTICO POSTERIOR
Ao agir sobre líquido, as ondas sonoras fluem de forma mais rápida e sem perder potência, garantindo que a
imagem seja melhor. Sendo assim, estruturas que não atenuam o feixe sonoro, permitem que os tecidos
abaixo deles sejam submetidos a um feixe de maior amplitude, produzindo ecos mais intensos, embora o
tecido não tenha realmente maior densidade. Isso ajuda no diagnóstico porque quando se está na dúvida se a
imagem é anecogênica ou muito hipoecogênica basta usar este artefato já que se for anecogênica vai haver
reforço acústico posterior.
SOMBRA ACÚSTICA POSTERIOR
Estruturas que atenuam o feixe sonoro (densa), além de provocarem intensa reflexão, fazem com que
nenhum eco seja produzido abaixo delas. Ocorre quando a onda incide sobre osso, cálcio. Ajuda a saber a
densidade da estrutura.
INFORMAÇÕES DO EXAME
● Topografia
● Dimensões, forma, contornos
● Vascularização (doppler)
● Ecogenicidade
● Ecotextura
● Arquitetura intern
● Conteúdo
● Peristaltismo
● Espessura e regularidade de parede

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