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Tuberculose Quezia Brito A tuberculose é uma doença infectocontagiosa crônica causada por uma bactéria conhecida como Bacilo de Koch (BK). EPIDEMIOLOGIA Cerca de 100 milhões de pessoas estejam infectadas. 4ª causa de óbito por Doença Infecciosa. 1ª causa de óbito em pacientes com AIDS e indígenas. Homens –entre 25 e 34 anos. No mundo, o país ocupa 16ª posição. 22ª posição em relação a taxa de incidência. Forma contagiosa- Pulmonar Bacilífera (transmissão aérea). Primoinfecção FASE I – SEM IMUNIDADE CELULAR: proliferação bacilar descontrolada – disseminação linfo-hematogênica. FASE II – IMUNIDADE CELULAR ESPECÍFICA BACILO DE KOCH Agente – Mycobacterim tuberculosis (Bacilo de Koch – BK. Pequenos bacilos, não esporulados, aeróbios. Parede celular rica em lipídios. Características físico-químicas dessa parede fazem com que sejam coradas na técnica de Ziehl- Neelsen, por fucsina Define como Bacilo Álcool-Ácido-Resistente (BAAR). Crescimento lento - dificuldade de tratamento. Tempo de duplicação em torno de 18 horas. Formando colônias em culturas em torno de 30 dias. Locais de tensão elevadas de O₂, os alvéolos pulmonares – sobretudo aqueles presentes nos ápices pulmonares. Mais propícios à proliferação do M. tuberculosis Reservatório – homem, gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos. Fonte de contaminação –paciente adulto com tuberculose pulmonar e bacilífero. Transmissão – via aérea, por aerossois. Gotículas de Flügge. Gotículas menores- Núcleos de Wells. FATORES DE RISCO Países desenvolvido Pessoas idosas. Minorias étnicas. Imigrantes estrangeiros. Países em desenvolvimento - Todos os grupos etários. Predomínio população economicamente ativa (15- 54 anos). Detentos. Moradores de rua. Conglomerados urbanos e indígenas. Homens 2X mais do que as mulheres. TRANSMISSÃO A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, principalmente através do ar. Ao falar, espirrar ou tossir, o doente de tuberculose pulmonar lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo o bacilo. As gotículas mais pesadas caem no solo. As mais leves podem ficar suspensas no ar por diversas horas. Somente os núcleos secos das gotículas (Núcleo de Wells), com diâmetro de até 5µm e com 1 a 2 bacilos em suspensão, podem atingir os bronquíolos e alvéolos e então iniciar a multiplicação (Brasil, 2011). Os pacientes com a doença pulmonar cavitada são particularmente infectantes, j á que seu escarro contém normalmente de 1 a 100 milhões de bacilos por mL, e estes tossem com frequência e a cada crise podem expulsar 3 000 gotículas infecciosas. Entretanto, as mucosas respiratórias intactas são bastante resistentes à invasão. Para que ocorra a infecção, os bacilos precisam chegar aos bronquíolos e alvéolos, onde são capturados pelos macrófagos. Embora os pacientes com tuberculose cavitada expectorem quantidades maciças de bacilos, a chance de gerarem partículas infectantes é relativamente baixa. Com isso, um dos fatores mais importantes para a transmissão do M. tuberculosis é a aglomeração em espaços mal ventilados, pois intensifica o contato com o paciente (Iseman, 2005; Raviglioner & O'Brien, 2005). O risco de contrair tuberculose depende essencialmente de fatores externos. Devido à demora em visitar um médico e diagnosticar a doença, estima-se que, a cada caso positivo, 20 pessoas serão infectadas antes que ela tenha sido diagnosticada em localidades com alta prevalência da doença. Outras vias de transmissão do bacilo da tuberculose como a pele ou a placenta são raras e não têm importância epidemiológica (Raviglioner & O'Brien, 2005). PATOGÊNESE A tuberculose pulmonar é dividida em: PRIMÁRIA (primoinfecção).: é a que ocorre em indivíduos que ainda não tiveram contato com o bacilo, sendo, portanto, mais comum em crianças. 1- Na Primoinfecção o Mycobacterium tuberculosis inalado: 2- Atinge os Alvéolos, onde ocorre um Processo Inflamatório inicial mediado por Neutrófilos Polimorfonucleares/Macrófagos Alveolares e a formação de um Nódulo Exsudativo. 3- Se esse primeiro mecanismo de defesa, não for suficiente para Conter o Avanço do Bacilo, a Fração Lipídica e a Tuberculoproteína do Bacilo combinam-se aos Receptores Fc dos Macrófagos 4- Tornando-os Ativados e Capazes de apresentar os Antígenos do microorganismo aos Linfócitos T no Tecido Linfóide associado aos brônquios. 5- Nestes, os Macrófagos Ativados passam a secretar principalmente três tipos de citocinas: quimiotáxicas (Leucotrieno B4 e Interleucina1), Interferon e Fator de Crescimento de fibroblastos, constituindo-se assim uma Reação de Hipersensibilidade. 6- Os Macrófagos Ativados voltam aos Alvéolos, aglomeram-se ao redor dos bacilos, transformando-se em Células Epitelióides, onde clones de células T formam um manguito periférico ao redor destas. Terminada a sua função fagocítica, as Células Epitelióides se agrupam e originam as Células Gigantes Multinucleadas. 7- Essa reação produtiva constitui o Granuloma, cuja Função Básica é a de Barreira à Disseminação do Bacilo a outros locais do tecido normal. 8- O conjunto de Granulomas Formados recebe o nome de Nódulo de Ghon. 9- Ao Conjunto de Nódulo de Ghon, Linfangite e Linfadenite dá-se o nome de Complexo Primário da Tuberculose que, 10- Dependendo do Número e da Virulência dos Bacilos e do Grau de Hipersensibilidade e Resistência do Hospedeiro, pode Evoluir para Cura ou para Doença. 11- A Doença Primária evolui a partir do Foco Pulmonar (processo pneumônico parenquimatoso) ou, com maior frequência, do Foco Ganglionar. 12- Esses gânglios podem fistulizar-se para um brônquio adjacente e determinar a Disseminação Broncogênica da Tuberculose. 13- Com a expansão das lesões destrutivas, os bacilos atingem os vasos sanguíneos e disseminam-se para o pulmão e outros órgãos. Secundária: desenvolve-se a partir de uma nova infecção (reinfecção exógena) ou da reativação de bacilos latentes (reinfecção endógena). FISIOPATOLOGIA Inalação de Aerossóis contendo o BK proveniente das secreções das vias respiratórias de Indivíduos Bacilíferos. → Partículas aspiradas atravessam as barreiras mecânicas nas vias aéreas superiores. → se instalam nos bronquíolos e alvéolos. → alteração no clearence ciliar das vias aérea superiores. → processo inflamatório local inespecífico do qual participam :PMN e macrófagos não ativados. → macrófagos fagocitam os bacilos, apresentam epítopos para linfócitos T CD4+ → secretam citocinas quimiotáxicas e ativadores de macrófagos se diferenciam em células epitelioides – se organizam formando o GRANULOMA. → GRANULOMAS BEM FORMADO, INFECÇÃO É CONTIDA -SISTEMA IMUNE CELULAR Bacilos podem ter escapados do parênquima pulmonar antes da Resposta Celular Específica → Atingem Gânglios Hilares: podem se disseminar sistemicamente, atingir órgão(s) → maioria: resposta granulomatosa surge, contendo a proliferação dos Bacilos. Não aconteça: formas Miliares ou Extrapulmonares da TB. → alguns casos, além do Complexo de Ghon pode-se visualizar um Gânglio Hilar Calcificado no Local de Passagem do Bacilo: → Complexo de Ghon + Nódulo Pulmonar e Gânglio Calcificado = Complexo de Ranke. *Fase do Complexo Primário – maioria dos Indivíduos Infectados é Assintomático, principalmente os Adultos. *Crianças- Tosse e Febre. → Linfonodos Hilares – Aumentar, provocando obstrução dos brônquios –Atelectasia. → Eritema Nodoso, Ceratoconjuntivite flictenular – Viragem Tuberculínica. APRESENTAÇÃO CLÍNICA – PRIMOINFECÇÃO Pneumonia Clássica. Febre. Tosse produtiva. Raro Insuficiência respiratória aguda. Dor pleurítica. Pleurite após infecção secundária da pleura e derrame pleural Crianças e adultos jovens–dor pleurítica, tosse e febre alta. TB MILIAR –mais comum em recém-nascidos e crianças com imunodeficiência. TUBERCULOSE PRIMÁRIA NÓDULO DE GHON - geralmente é único. 1/3 médio do pulmão direito (lobo médio, língula) Parte inferior do lobo superior, parte superior do lobo inferior. “COMPLEXO DE RANKE” - intensa proliferação de bacilos, que acabam sendo drenados para os Linfonodos Hilares e Mediastinais. Junto ao Nódulo de Gohn, surge uma adenopatia satélite. APÓS A PRIMOINFECÇÃO 90% das pessoas –Boa Imunidade –CONTROLE DA INFECÇÃO. Restante adoece 5% Forma Primária 5% Forma Pós-Primária PATOGENIA DA PRIMOINFECÇÃO FORMAS CLÍNICAS –TUBERCULOSE PULMONAR FORMA PULMONAR- Mais comum. LINFONODOMEGALIA MEDIASTINAL E HILAR ✓Tipicamente hilar, paratraqueal direita. ✓Frequente em crianças. ✓Geralmente associada à consolidação pulmonar e a Atelectasia. ✓1/3 linfoadenomegalia bilateral. ✓Adultos – linfonodos calcificados. ✓TB Primária em Crianças– causa mais comum de adenopatia hilar/mediastinal unilateral ✓Aumento dos linfonodos – mais frequente da TB primária TUBERCULOSE PRIMÁRIA - Localização pulmonar Forma mais característica das crianças. 15% não apresentam alterações radiológicas. Quadro clínico na criança – Pneumonia de evolução arrastada. Achados radiológicos ✓Consolidação Parenquimatosa → Opacidade homogênea do pulmão. → Apagamento dos vasos pulmonares. → Adultos-lobos médios e inferiores. → Crianças – lobos superiores. Simular pneumonia Bacteriana. ✓Linfoadenomegalia Mediastinal Hilar ✓Atelectasia → Compressão extrínseca por linfonodomegalias. → Segmento anterior do lobo superior. → Segmento medial do lobo médio. ✓Derrame Pleural -Manifestação tardia da TB Primária. → 25% dos pacientes. → Rara na infância. → Penetração de bacilos no espaço pleural através foco subpleural adjacente. TUBERCULOSE PÓS PRIMÁRIA Pacientes já tiveram contato com o Bacilo. Forma mais comum entre adultos e adolescentes. 85% apresentação Pulmonar. MECANISMO Reinfecção, através da inalação de um novo inóculo bacilar. (Reinfecção Exógena) Reativação de um foco latente, que foi semeado na Primoinfecção. (Reinfecção Endógena). QUADRO CLÍNICO Paciente jovem. Idade – 15 e 40 anos. Febre vespertina. Tosse persistente. RADIOGRAFIA DO TÓRAX Cavitação em lobo superior direito. Opacidade heterogênea. Consolidação. Padrão reticulonodular. Nódulo – Tuberculoma. Banda Parenquimatosa. DIAGNÓSTICO Anamnese + exame físico. Exame radiológico - radiografia do tórax PA e perfil TC se necessário. Exame Microbiológico ✓BAAR do escarro - duas amostras em todos os sintomáticos respiratórios. ✓Pacientes BAAR negativos – realizar Cultura. ✓Sequência para obtenção de amostras respiratórias ✓Escarro Espontâneo → Escarro Induzido → Exames Induzido → Exames Invasivos → Broncoscopia. Prova Tuberculínica-PT, Teste Tuberculínico –TT ou PPD. ✓Não serve como diagnóstico. ✓Indica apenas que houve infecção. Histopatológico - Granuloma Caseoso Sorologia – não é recomendado. Teste Molecular - Gene Xpert® ✓Confirma o diagnóstico rápido em poucas horas. ✓Resistência a Rifampicina. EXAMES LABORATORIAIS Anemia de doença crônica. Leucocitose. VSH elevada. Enzimas Hepáticas elevadas. Hiponatremia por possível SIAD. TUBERCULOSE EXTRA PULMONAR Disseminação Linfo-Hematogênica para vários órgãos e sistemas. Contiguidade. Dados epidemiológicos escassos. Dificuldade diagnóstica. TUBERCULOSE PLEURAL Forma típica de Tuberculose Primária. Pacientes mais velhos – adolescentes e adultos jovens. Mais comum no Brasil - 64%. Período de incubação - 1-3 meses. Fisiopatogenia → Ruptura de um pequeno foco primário de localização subpleural. → Poucos bacilos atingem o espaço pleural, desencadeando uma resposta imunológica de hipersensibilidade granulomatosa. → Inflamação das pleuras visceral e parietal, com produção de exsudato. Quadro clínico → Agudo ou subagudo → Febre, dor pleurítica, tosse seca. → Dispneia + Derrame volumoso. Raramente é bilateral. Diagnóstico: → TORACOCENTESE – casos suspeitos. - Líquido Pleural – Exsudato, coloração amarelo –citrino, turvo. - Serossanguinolento. - Contém mais de 1000 células, predomínio de Linfócitos (50 a 90%). - Glicose – baixa. - Ausência de células mesoteliais e eosinófilos. - BAAR no líquido – não é sensível para fazer o diagnóstico em cerca de 10%. - Cultura BK - 30%. → BIÓPSIA PLEURAL – Cultura e Histopatológico. - Exusudato com mais de 75% de linfócitos. - ADA > 40U/L -MUITO SUGESTIVO. - Ausência de Células Neoplásicas → Autorizado o tratamento. - Dosagem do Interferon- Gama > 140 pg/ml. Tratamento → Prova Terapêutica com RIPE - <40 anos - Impossibilidade de biópsia - Bacteriologia negativa → RIPE – doses fixas combinadas (DFC). RIFAMPICINA – 150 mg - Inibe a síntese de RNA. ISONIAZIDA – 75 mg - Inibe a síntese da parede celular. PIRAZINAMIDA -400 mg. alteração na membrana celular, alteração no metabolismo energético. síntese de ATP. ETAMBUTOL – 275 mg. Inibe a síntese da parede celular. → Duração – 6 meses. → FASE INTENSIVA -2RIPE – 2meses. 3-4 comprimidos. Dose R 150 mg/ I 75 mg /P 400 mg /E 275 mg. → FASE DE MANUTENÇÃO – 4RI – 4meses. Dose – R 150 mg / I 75 mg. TUBERCULOSE MILIAR Disseminação Hematogênica do BK Os nódulos possuem diâmetro entre 1 e 4 mm, distribuição difusa e homogênea pelos pulmões, habitualmente sem derrame pleural. Nessa forma de doença a Baciloscopia do escarro costuma ser negativa. Fatores de risco → Crianças não vacinadas. Crianças < 2 anos. → Imunodeprimidas. → Desnutridos. → Idosos debilitados. → Imunodeprimidos. → DM. → HIV. → Opacidades isoladas 1-3mm. → Uniformes em tamanho. Classificação: AGUDA CLÁSSICA → Em qualquer faixa etária. → Evolução insidiosa 7 e 16 semanas. → Fraqueza. → Anorexia. → Febre baixa. → 80% tosse pode estar presente. Hepatomegalia – 35% dos casos. → Alteração do Sistema Nervoso – 30%. → Envolvimento Multissistêmico -Hepático, Esplênico, SNC. FORMA CRÍPTICA –FORMA OBSCURA → Quadro arrastado. → Perda ponderal progressiva. → Febre de origem obscura. → Poucas manifestações sistêmicas. → Micro abscessos neutrofílicos em fígado e baço. → Padrão miliar no estágio final. → Idosos ou pacientes debilitados. → Frequentemente leve ao óbito antes do diagnóstico. → Muito grave. → África e Ásia. → Sepse. → Síndrome inflamatória. → Olho – alterações do plexo coroide. FORMA NÃO REATIVA Diagnóstico → TESTE TUBERCULÍNICO- positivo 70% dos casos. → PESQUISA DE BAAR NO ESCARRO - positivo 20% dos casos. → IGRA –TESTE BASEADO NO INTERFERON GAMA - Indicado na tuberculose latente - Primeira escolha em pacientes vacinados com BCG. - Para o PPD Falso Positivo. - Maior especificidade que o PPD. - Maior sensibilidade que o PPD. - Não faz o Diagnóstico de infecção micobactérias - Indica Exposição ao agente. - Toracotomia: se suspeitar de doenças que cursam com lesões micronodulares. → ASPIRADO GÁSTRICO. → URINA. → ASPIRADO GANGLIONAR. → BRONCOSCOPIA COM BIÓPSIA TRANSBRÔNQUICA 70%. → BIÓPSIA HEPÁTICA -70 A 100%. → ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA - 16 E 33%. Tratamento → RIPE – DOSES FIXAS COMBINADAS(DFC). RIFAMPICINA – 150 mg: inibe a Síntese de RNA. ISONIAZIDA – 75 mg: inibe a Síntese da Parede Celular. PIRAZINAMIDA -400 mg: alteração na Membrana Celular, alteração no Metabolismo Energético, síntese de ATP. ETAMBUTOL – 275 mg: inibe a Síntese da Parede Celular. → Deve ser iniciado prontamente, mesmo se houver baciloscopias negativas. → Duração – 6 meses. → FASE INTENSIVA -2RIPE: 2meses. 3 a 4 comprimidos. Dose - R 150 mg/ I 75 mg /P 400 mg /E 275 mg. → FASE DE MANUTENÇÃO – 4RI:4meses. Dose – R 150 mg / I 75 mg. TUBERCULOSE MENÍNGEA. Quadro Agudo e Grave. Crianças Não Vacinadas.: 54% apresentam mesmo vacinadas. Imunodeprimidos. Alto potencial de morbimortalidade. Crianças < 12 anos - letalidade de 25% Chance em torno de 70% para o desenvolvimento de sequelas neurológicas permanentes. Forma Primária - em crianças. Pós-Primária - em adultos. Quadro Clínico Subagudo em três fases: I - Sintomas Inespecíficos -2 a 3 semanas. II - Cefaleia, Febre e Sinais Meníngeos. III - Torpor, Coma e Crise Convulsiva. Fases Complicações → Compressão de Pares Cranianos. → Principal VI par, III, IV, VII e VIII pares. → Espessamento meníngeo Basal. → Vasculite com Infartos do parênquima - levando à déficits focais ou movimentos involuntários – Coreoatetose. → Hidrocefalia - levando à Hipertensão intracraniana e ao → Papiledema. → SIAD. → Tuberculomas. Diagnóstico → TCAR contrastada. - Hidrocefalia em 85% das crianças e 50% dos adultos. - Infartos cerebrais e tuberculomas . → Punção lombar. → LCR –maioria é hipertenso. Claro. Límpido. → Pleocitose -500 células/ml predomínio de mononucleares. → Teor Proteínas – elevado 100-500mg/dL. → Glicorraquia baixa < 45mg/dL. → BAAR – eventualmente pode ser encontrado 15%. → Cultura – confirmar M. tuberculosis 60% dos casos. → ADA elevado. Tratamento: → 2RIPE/7RI – 9 meses – Dose de Rifampicina e Isoniazida aumentadas. → 2RIPE-FASE INTENSIVA: 150/75/400/275 - 3 a 4 COMPRIMIDOS. → 7RI –FASE DE MANUTENÇÃO: 300/200 OU 150/100 → Corticoide 2-4 meses – Prednisona 1-2mg/kg/dia em crianças. 40mg a 60 mg/dia adultos ou Dexametasona IV (0,3-0,4mg/kg/dia Duração - 4 a 8 semanas, com retirada nas 4 semanas seguintes. - Indicação – prevenir sequelas. - Piora clínica nos primeiros dias do Esquema RIPE, precipitada pela liberação de antígenos proteicos dos bacilos mortos. → Internação -Mandatória TUBERCULOSE GANGLIONAR PERIFÉRICA. 2ª manifestação mais comum de TB extrapulmonar. Escrófula. Reativação de focos de infecção latente. Mais frequente em pacientes portadores do HIV e Crianças. Linfoadenomegalia – cervical, axilar e supraclavicular que podem fistulizar material caseoso, - fistulizam - Escrófula. Associação com doença pulmonar em mais de 40% dos casos. Febre com evolução crônica. Diagnóstico → TCAR CONTRASTADA – captação periférica do contraste e densidade atenuada no centro (necrose caseosa). → ASPIRADO GANGLIONAR: BAAR + em 75-80% dos pacientes HIV positivos. → BIÓPSIA DO LINFONODO: necrose Caseosa. Cultura do fragmento macerado positiva em 60%. Sintomas → Nódulo de crescimento lento e indolor. → Assimetria e aumento da consistência dos linfonodos. → Fistulização cutânea com liberação de material caseoso. → AIDS – associada a sintomas sistêmicos. → Febre. → Perda ponderal. → Hepatoesplenomegalia. → Adenopatia mediastinal e/ou abdominal TUBERCULOSE GENITURINÁRIA. Associação com doença pulmonar em 33% dos casos. Reativação de um foco latente no tecido renal. Suspeitar sempre que EAS mostrar piúria com cultura negativa. → Piúria - >10 piócitos por campo. → Piúria Asséptica. → pH urinário ácido. Hematúria Microscópica - >10 hemácias por campo. Achados Importantes → Corrosões Caliciais. → Hidronefrose. Sintomas → Disúria → Urgência urinária crônica ou recorrente. → Febre vespertina → Sudorese noturna → Perda ponderal Diagnóstico → CULTURA DE URINA para M.tb.-primeira amostra 3-5 dias + 40%. → UROGRAFIA EXCRETORA – avaliar diagnóstico e prognóstico. 85% dos casos alguma anormalidade é encontrada → CISTOSCOPIA COM BIÓPSIA.: lesões nodulares ou ulceradas. Biópsia – Granuloma caseoso. → ULTRASSONOGRAFIA RENAL: deformidade renal. Focos hiperecoicos (granulomas). Focos anecoicos (lesões cavernosas – abcessos). Tratamento → Duração – 6 meses. → FASE INTENSIVA -2RIPE – 2meses. 3-4 comprimidos. Dose - R 150 mg/I 75 mg /P 400 mg /E 275 mg. → FASE DE MANUTENÇÃO – 4RI – 4 Meses. Dose – R 150 mg / I 75 mg. Complicações → Urografias excretoras periódicas – Risco de Estenose. → Intervenções cirúrgicas. → Nefrectomia. → Dor intratável. → Hematúria macroscópica refratária. → ITU de repetição. → Suspeita de neoplasia. → Refratariedade da urinocultura ao esquema RIPE. → Hipertensão secundária. TUBERCULOSE ESQUELÉTICA. Locais mais acometidos: → Coluna Vertebral –articulação mais acometida → Quadril. → Joelho. Sintomas → Mal de Pott. → Dor lombar → Dor a palpação → Sudorese noturna. → Atrofia Muscular. → Limitação dos movimentos. → Espasmos musculares. → Gibosidade. → Paraplegia. Diagnóstico → Cultura para TB. → Radiografia. → TCAR lesões líticas que não respeitam o disco intervertebral. → Biópsia de corpo vertebral TUBERCULOSE ENTÉRICA. Todo Segmento do TGI. Região Íleocecal - O bacilo invade a parede intestinal pela deglutição do material escarrado ou por via Linfo Hematogênica. Ceco ascendente. Fígado. Hepatite granulomatosa. Febre com dor abdominal. Hepatomegalia. Aumento das enzimas hepáticas (fosfatase alcalina). Pâncreas. Sintomas locais. Quadro obstrutivo. Perfuração. Sintomas → Alteração dos hábitos intestinais. → Má absorção com esteatorreia. → Massa palpável em fossa ilíaca direita. → Obstrução intestinal. → Fístula. Diagnóstico Diferencial –Doença de Crohn. → Dor abdominal. → Tumefação. → Febre. → Anorexia. → Hematoquesia. → Massa palpável no abdome. → Emagrecimento. → Sudorese. → Ulcerações. → Fístulas. Diagnóstico → Cultura de fragmentos da mucosa intestinal. → Clíster opaco. → Biópsias TUBERCULOSE PERICÁRDICA. Progressão direta de foco primário no interior do Pericárdio. Reativação de um foco latente. Ruptura de um linfonodo adjacente abaixo da carina. Início – subagudo. Agudo: dispneia., febre, dor retroesternal surda, atrito pericárdico. Corticosteroides –ajudam no controle da inflamação do saco pericárdico, diminuindo o volume do derrame. Raramente provoca tamponamento cardíaco. Diagnóstico Diferencial: pericardite viral. Diagnóstico → ELETROCARDIOGRAMA: o eletrocardiograma apresenta alterações inespecíficas do segmento ST em praticamente 100% dos casos. → ECOCARDIOGRAMA. → TC DO TÓRAX. → RX DE TÓRAX: radiografia com Aumento da área cardíaca, cujo maior diâmetro corresponde a mais da metade do maior diâmetro do tórax. A radiografia simples de tórax demonstra aumento da área cardíaca em 90% dos pacientes, usualmente sem alterações pulmonares sugestivas de tuberculose → TESTE TUBERCULÍNICO. → IGRA. → CULTURA DO LÍQUIDO PERICÁRDICO- BAAR +50% → FRAGMENTOS DO PERICÁRDIO - + 71% A 100% → HISTOLOGIA - 73% A 100%. TUBERCULOSE OFTÁLMICA. Tuberculose Ocular - é uma doença crônica pleomórfica, com alto índice de redução da acuidade visual (23,5%). Torna-se imperativo que a pesquisa desta etiologia seja realizada em todos os pacientes com Uveítes Crônicas de causa indeterminada. Acomete qualquer estrutura: glândulas lacrimais, órbitas, córneas, retina, úvea. Coriorretinite - Forma mais comum de apresentação ocular. Tubérculos coroides (lesões elevadas amarelo- brancacentas). Sinais e sintomas → Uveíte Crônica Bilateral Granulomatosa (35,3%) ocorrendo, contudo, uma diversidade de apresentação clínica. → Dor ocular espontânea ou ao toque. → Vermelhidão. → Visão turva. → Fotofobia intensa. Principais Complicações → Catarata (35,3%). → Glaucoma (11,8%). → Hemorragia vítrea (11,8%). → Descolamento de retina (11,8%). → Edema macular cistoide (5,9%), sendo que estas três últimas foram responsáveis por diminuição permanente da acuidade visual. Diagnóstico Diferencial-bastante difícil. → Toxoplasmose. → Neoplasias oculares. Fundoscopia: sorologia para toxoplasmose. Tratamento → Quanto mais precoce o diagnóstico for realizado, melhor o prognóstico visual. → Tuberculostáticos. EFEITOS COLATERAIS: Todos atravessam a barreira placentária. Hepatoxicidade qualquer componente do RIPE. ISONIAZIDA – grande toxicidade é Neuropatia Periférica. Não por efeito tóxico direto. Reduzir a absorção de vitamina B6- PIRIDOXINA. ESTREPTOMICINA – único que associado a efeitos nocivos no Feto-Surdez Congênita. PIRAZINAMIDA – Mais associado a elevação do Ácido úrico no sangue. ETAMBUTOL – (Olho) - Neurite óptica → Corticosteroides - A dose recomendada depende da intensidade do processo exsudativo inflamatório, e pode variar de 1 a 2 mg/kg/dia de prednisona por um período de semanas, e a redução da dose deverá ser gradual até a suspensão total. - A administração de Corticosteroides Sistêmicos também pode ser indicada em casos especiais onde há a presença de inflamação ocular causada por hipersensibilidade à tubérculo-proteína. → ESQUEMA DE TRATAMENTO: drogas de Primeira Linha - RIPE - Adultos e Adolescentes >10 anos de idade. - Comprimidos com 2 a 4 drogas em proporções fixas (Dose Fixa Combinada) =DFC - Vantagens – menos resistência bacteriana. - Maior facilidade médica e farmacêutica. - Número reduzido de comprimidos. - Melhor adesão ao tratamento R - Rifampicina - 150 mg I - Isoniazida - 75 mg P - Pirazinamida - 400 mg E - Etambutol - 275 mg DEFINIÇÕES IMPORTANTES CASO NOVO OU VIRGEM DE TRATAMENTO –VT Pacientes que nunca se submeteram ao tratamento anti-TB Fizeram por menos de 30 dias. RETRATAMENTO Pessoa já tratada para TB por mais de 30 dias. Que venha a necessitar de novo tratamento por recidiva após cura (RC). Ou Reingresso após abandono (RA). TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO -TDO TDO - Consiste na ingestão diária dos tuberculostáticos pelo paciente sob a observação de um profissional de saúde Para registro do TDO no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), é necessário que a tomada seja observada todos os dias, ao menos, 3 vezes na semana, no mínimo 24 tomadas da medicação na fase de ataque, e 48 na fase de manutenção Tratamento Observado por Amigos e/ou familiares não é considerado TDO, por isso não deve constar no Sinan como “TDO realizado”. O TDO estimula a criação de vínculo entre profissionais de saúde e o paciente, facilita a cura por meio da adesão ao tratamento, fortalece a atenção à pessoa com TB devido à melhora do acolhimento, estimula a organização do serviço para o apoio à tomada da medicação. RETRATAMENTO Pessoa já tratada para TB por mais de 30 dias. Que venha a necessitar de Novo Tratamento por Recidiva após Cura (RC). Ou Reingresso após abandono (RA) Coletar material para Baciloscopia. Teste molecular Rápido para Tuberculose Cultura para Micobactéria com identificação. Teste de Sensibilidade antimicrobiano. Confirmam os diagnósticos de Tuberculose. Detectam precocemente resistência aos fármacos. Após coleta, reiniciar o esquema de Tratamento. REINGRESSO APÓS ABANDONO - FALÊNCIA REINGRESSO Doente que retorna, após iniciado o tratamento para Tuberculose. Que deixou de comparecer à unidade de saúde por mais de 30 dias consecutivos a partir da data marcada para seu retorno. Ou da última tomada supervisionada. FALÊNCIA Persistência da Positividade do Escarro ao Final do Tratamento. Aqueles que, no início do tratamento são fortemente positivos (++ ou +++) até o 4º mês. Com positividade inicial seguida de negativação, a partir do 4º mês de tratamento. CRIANÇAS MENOS DE 10 ANOS Antigo RIP 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida e isoniazida 4 meses de Rifampicina e Isoniazida Etambutol –não deve ser utilizada em crianças. Dificuldade de identificar precocemente a neurite óptica (reação adversa ao uso do Etambutol) nessa faixa etária ESQUEMA PARA TUBERCULOSE MENINGOENCEFÁLICA EM ADULTOS E ADOLESCENTES > 10 ANOS 2 RIPE –Fase Intensiva R150/I75/P400/E275 7RI –Fase de Manutenção R300/I200 ou R150/I100 OBJETIVOS DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE A tuberculose é uma doença infecto- contagiosa grave, porém se o tratamento for administrado corretamente, ela é curável em praticamente 100% dos casos. O objetivo do tratamento é eliminar todos os bacilos tuberculosos, anulando rapidamente as fontes de infecção. O tratamento deve ser feito no ambulatório com supervisão no serviço de saúde mais próximo, na residência ou no trabalho do doente. Para assegurar a cura, é necessário, além de uma associação medicamentosa adequada em doses corretas, o uso por tempo suficiente, com supervisão da administração dos medicamentos (Brasil, 2009). Embora a vacina disponível para a doença, a BCG (Bacilo de CalmetteGuérin), previna o desenvolvimento de TB fatal em crianças e jovens, sua eficácia de proteção contra a doença pulmonar em adultos é questionável. Nenhuma outra vacina eficaz para reduzir a incidência da em adultos encontra-se, atualmente, disponível. Portanto, a principal estratégia para o controle da disseminação dessa doença é a quimioterapia. Assim sendo, novos agentes anti-TB são urgentemente necessários para diminuir sua incidência global e combater o crescente aumento da resistência bacteriana aos fármacos comumente empregados. Nesse contexto, a elucidação dos mecanismos de resistência do microrganismo aos fármacos disponíveis pode representar avanço significativo no desenvolvimento de novas substâncias capazes de agir contra cepas MDRTB (Andrade et al., 2008). EFEITOS ADVERSOS MENORES DOS TUBERCULOSTÁTICOS EFEITOS ADVERSOS MAIORES DOS TUBERCULOSTÁTICOS
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