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DPOC: Definição, Fatores de Risco e Diagnóstico

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DPOC 
Quezia Brito 
DEFINICÃO 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
 Obstrução crônica ao fluxo aéreo, não totalmente 
reversível 
 Doença caracterizada pela limitação ao fluxo 
aéreo que não é totalmente reversível. Esta limitação ao 
fluxo, geralmente é progressiva, e associada a uma 
resposta inflamatória anormal do pulmão às partículas ou 
gases nocivos (GOLD) 
 Assim como a asma é uma doença inflamatória 
crônica das vias aéreas. A diferença é que a asma é 
reversível, DPOC é irreversível. 
 Tabagismo é aa principal causa (85%) 
 
FATORES DE RISCO 
PESSOAIS 
 Genético (deficiência da alfa-1-antitripsina) 
→ Presente nos pulmões e fígado 
→ TT: reposição da enzima EV 
 Hiperresponsividade 
 Crescimento pulmonar (envelhecimento) 
 Sexo masculino 
 Idade avançada 
 
AMBIENTAIS 
 Tabagismo (85%) 
 Fumante passivo 
 Poluição do ar 
 Exposição profissional (queima de combustíveis: 
lenha, carvão, irritantes químicos) 
 Infecções respiratórias recorrentes 
 Etilismo 
 Pobreza 
 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
 Volume Expirado Forçado no 1° minuto (VEF1) 
declina 25mL/ano depois dos 25 anos → é o normal 
Já DPOC e fumante declina 75mL/ano 
 História natural em 20-30 anos até início da 
clínica 
 Dispneia é muito tardia: paciente procura com 
função pulmonar em 50% 
 Parar de fumar: melhora inicial da tosse, mas a 
dispneia não melhora tanto, pois é paciente já perdeu muita 
função pulmonar. O que perdeu, perdeu. 
 Final: insuficiência respiratória e cor pulmonale 
 
PATOGÊNSE DA DPOC 
AGENTE NOCIVO 
(fumaça de cigarro, poluentes, agentes ocupacionais) 
 
Fatores genéticos 
 Infecções respiratórias 
 Etc 
 
DPOC 
 
 
 
 
 
 
 
ASMA X DPOC 
 
 
BRONQUITE X ENFISEMA 
 São as duas grandes formas do DPOC 
 
BRONQUITE: 
 É uma inflamação do revestimento dos tubos 
bronquiais. A inflamação impede a entrada e a saída de ar 
dos pulmões. 
 
PATOGENESE: 
com a obstrução por inflamação e secreção de muco 
↓ 
decréscimo da ventilação (baixa hematose) e o organismo 
responde com 
↓ 
aumento do DC para mandar mais sangue 
↓ 
circulação rápida em pulmão pobremente ventilado 
↓ 
hipoxemia e policitemia (aumento da hemoglobina) 
↓ 
hipercapnia e acidose respiratória 
↓ 
vasoconstricção arterial: aumenta VRP: cor pulmonale 
 
 
 
 
ENFISEMA: 
 É uma doença pulmonar crônica caracterizada 
por aumento dos espaços aéreos distais aos bronquíolos 
terminais, com destruição de suas paredes alveolares, mas 
sem fibrose. 
 
PATOGENESE: 
destruição dos septos alveolares/destruição do leito 
capilar pulmonar 
↓ 
aumento da incapacidade de oxigenar o sangue 
(hematose) 
↓ 
diminuição do DC (pois o pulmão já não tem mais a 
capacidade de receber tanto sangue, por causa da 
destruição dos capilares) e hiperventilação compensatória 
↓ 
fluxo sanguíneo limitado em um pulmão superventilado 
↓ 
diminuição do DC 
↓ 
hipoxemia tecidual e caquexia respiratória (diminuição da 
massa muscular e perda de peso), pois há um baixo DC, 
então não consegue oxigenar os demais tecidos (menos 
nutrientes e oxigênio) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIMITAÇÃO 
DO FLUXO AÉREO 
PINK PUFFER E BLUE BLOATER 
 
 
 
AVALIAÇÃO E MONITORIZAÇÃO: PONTOS 
FUNDAMENTAIS 
 O diagnóstico da DPOC é baseado em uma 
história de exposição a fatores de risco e na presença de 
limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível 
na presença ou não de sintomas (às vezes, o VEF1 cai, mas 
não há presença de sintomas ainda) 
 Pacientes que apresentam tosse crônica e 
produção de expectoração e que tenham história de 
exposição a fatores de risco deverão ser submetidos a uma 
espirometria, mesmo na ausência de dispneia. 
 A espirometria é o padrão-ouro para o 
diagnóstico e a avaliação da DPOC 
 Os profissionais de saúde envolvidos no 
diagnóstico e na conduta da DPOC devem ter acesso à 
espirometria 
 A realização da GASOMETRIA ARTERIAL deve 
ser levada em consideração para todos os pacientes com 
VEF1<50% do previsto ou com sinais clínicos sugestivos de 
insuficiência respiratória ou insuficiência cardíaca direita. 
 
DIAGNÓSTICO DA DPOC 
SINTOMAS: tosse, expectoração, dispneia 
+ 
EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCO: tabagismo, ocupação, 
poluição extra e/ou intradomiciliar 
= ESPIROMETRIA 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 Espirometria 
 Gasometria arterial (formas mais graves) 
 SpO2 
 Hematócrito (bronquite) 
 RX de tórax 
 
✓Sinal: coração em gota, pois o tórax está mais 
avantajado 
✓Espaços intercostais mais alargados 
✓Diafragma: planificação 
✓Costelas mais horizontais 
✓Aumento do diâmetro antero-posterior 
✓Enfisema: redução da retração pulmonar 
 TC de tórax 
 
Ilhotas arredondadas pretas: enfisema centro-lobular 
 Alfa-1-Antitripsia 
 ECG/ECO 
 Volumes pulmonares e difusão (cintolografia) 
 
ESTADIAMENTO 
 Classificação pela espirometria 
 VEF1/CVF < 70% DPOC 
>70% asma 
 IRespC (PAO2<60mmHg -> gasometria) 
OBS.: Gasometria deve ser realizada quando VEF1 <50%, 
para saber se é grave ou muito grave 
 
 
 
CAT > 10 já é elevado 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Asma 
 Bronquiectasias 
 Tuberculose 
 ICC 
 
OBJETIVOS DA CONDUTA NA DPOC 
✓Prevenir a progressão da doença (cessar tabagismo ou 
não se expor aos fatores ambientais) 
✓Aliviar os sintomas 
✓Melhorar a tolerância a atividades físicas 
✓Melhorar o estado da saúde 
✓Prevenir e tratar exacerbações 
✓Prevenir e tratar complicações 
✓Reduzir a mortalidade 
✓Minimizar os efeitos colaterais do tratamento 
 DPOC não tem cura 
FATORES DETERMINANTES DA GRAVIDADE DA DPOC 
 Gravidade dos sintomas 
 Gravidade da obstrução brônquica 
 Frequência e gravidade das exacerbações 
 Presença de complicações da DPOC 
 Presença da insuficiência respiratória 
 Comorbidades (HAS, DM, DRC) 
 Estado de saúde geral 
 Número de medicações necessários para o 
tratamento da doença 
 
ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA DPOC 
 Prevenção (cessar tabagismo ou não se expor 
aos fatores ambientais) 
 Estadiamento 
 Tratamento medicamentoso 
 
ABDC DA DPOC - GOLD 
 
 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
 Broncodilatadores (principais) 
 Corticoides inalatórios 
 Associação entre broncodilatadores (LABA + 
LAMA) 
 Vacinas (pneumocócica, influenza) 
 N-acetilcisteína (tosse com expectoração) 
 Macrolídeos 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES TERAPÊUTICAS DE ACORDO COM OS 
ESTÁGIOS DA DPOC 
 
 
 
 GOLD 2014: 
Roflumilaste (Daxas) 500mg nos estágios 3 e 4 
(antinflamatório), em associação 
 
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO 
 Reabilitação pulmonar (fisioterapia) 
 Oxigenoterapia 
 Ventilação não invasiva (VNI) 
 Cirurgia 
→ Redutora de volume (tirar a parte enfisematosa, para 
o pulmão se reacomodar) 
→ Transplante 
 
EXACERBAÇÕES 
 Evento de instalação súbita (crises) 
 Mortalidade imediata e tardias altas 
 A principal causa é INFECÇÃO 
 
 
QUADRO DA EXACERBAÇÃO 
 Aumento da dispneia 
 Aumento da tosse 
 Aumento e/ou alteração do aspecto da 
expectoração (indício da infecção) 
 Sibilos, opressão torácica 
 Indisposição, fadiga e diminuição na tolerância aos 
exercícios 
 Irritabilidade, tremores, confusão mental, 
sonolência, coma e convulsão 
 Febre (nem sempre presente - idosos) 
 
CONDUTA DA EXACERBAÇÃO: 
1. Tratar fator precipitante (infecções, poluentes, 
TEP, pneumotórax, isquemia cardíaca, arritmias e ICC) 
2. Melhorar a oxigenação do paciente (manter 
SaO2 entre 90-92%) 
3. Diminuir a resistência das vias aéreas 
(broncodilatadores, corticoides e fisioterapia respiratória) 
4. Melhorar a função da musculatura respiratória 
(suporte ventilatório não invasivo, nutrição adequada, 
ventilação mecânica.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERNAR OU NÃO? 
 
 
 
 
TRATAMENTO DA EXACERBAÇÃO

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