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APG 27 - Microbiota Intestinal

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1 
 
APG 27 
 
APG 27: Sujou! 
 
Uma universitária estava a poucos dias da sua formatura 
e precisava perder peso para ficar bem no seu vestido 
do baile. Uma amiga a aconselhou a usar Xenical®. No 
dia seguinte à automedicação, a estudante acabou 
desistindo, pois ao espirrar, acabou eliminando um 
líquido gorduroso nas roupas íntimas. 
 
1. Estudar as funções da microbiota intestinal 
2. Entender o sistema de células de defesa no intestino 
3. Analisar a nomenclatura do medicamento (comercial 
X genérico) 
 
 A microbiota intestinal é considerada 
um ecossistema essencialmente bacteriano 
que reside normalmente nos intestinos 
humanos, exerce o papel de proteção, 
impedindo o estabelecimento de bactérias 
patogênicas que geralmente são 
ocasionadas pelo desequilíbrio da 
microbiota. a. Algumas doenças como a 
diarreia e a colite pseudomembranosa são 
provenientes dessa assimetria bacteriana. 
 O intestino é considerado um ambiente 
com amplo número de espécies de bactérias 
distintas. São encontradas em toda região 
gastrointestinal, entretanto, no estômago e no 
intestino delgado encontram-se em menores 
quantidades devido ao contato e ação 
bactericida do suco gástrico. No íleo, há uma 
área de transição e o colón apresenta 
condições favoráveis para o crescimento 
bacteriano devido à escassez de secreções 
intestinais e abrangente fonte de nutrição. 
 Existe uma relação de aspecto 
benéfico entre hospedeiro e microbiota no 
intestino, sendo fundamental o equilíbrio que 
favoreça as duas partes. As bactérias que 
integram o trato gastrointestinal são em sua 
maioria anaeróbicas, destacando-se os 
gêneros bacteroides, Bifi dobacterium, 
Eubacterium, Clostridium, Peptococcus, 
Peptostreptococcus, Ruminococcus e 
Fusobacterium. 
 A microbiota intestinal tem várias 
funções que são significantes e bem 
estabelecidas, sendo importantes as de 
proteção anti-infecciosa que fornecem 
resistência à colonização por micro-
organismos exógenos; a imunomodulação, 
que possibilita uma ativação das defesas 
imunológicas e, por fim, a contribuição 
nutricional resultante das interações locais e 
dos metabólitos produzidos oferecendo fontes 
energéticas e de vitaminas. 
 
Funções da Microbiota Intestinal 
 
Muitas são as funções desempenhadas e 
estabelecidas pelo sistema gastrointestinal, a 
alta atividade metabólica e endócrina do 
TGI são importantes exemplos que têm 
influência sobre a saúde e o bem estar do 
ser humano. As bactérias que colonizam o 
TGI são determinantes na manutenção da 
homeostase do hospedeiro. 
 
Entres as principais funções da comunidade 
bacteriana destacam-se a 
antibacteriana/proteção, imunomoduladora 
nutricional e metabólica. Ao longo do TGI, 
bactérias fazem a barreira de proteção 
natural, alocadas no intestino por sítios de 
ligação determinados pela genética. 
 
Sistema Imune do intestino 
 
 O sistema imune do intestino é capaz de 
reagir aos microrganismos agressores e 
mantém-se tolerante aos microrganismos 
pertencentes à microbiota do intestino e, 
também, aos antígenos presentes na dieta. 
 
GALT (gut-associated lymphoid 
tissue) (tecido linfoide associado ao 
intestino) 
 
Existe uma interação dinâmica entre a 
microflora intestinal, o epitélio intestinal e o 
sistema imune da mucosa intestinal, que deve 
sempre resultar em um equilíbrio para o 
hospedeiro. O sistema imune da mucosa 
constitui uma barreira imunológica intestinal 
 
2 
 
que é formada pelas imunoglobulinas e pelo 
GALT. 
 
A composição do GALT inclui os seguintes 
componentes, a saber: 
• Tecido linfoide difuso: apêndice cecal e 
folículos linfoides solitários; 
• Tecido linfoide organizado: placas de 
Peyer e células M. 
 
Barreira de Permeabilidade Intestinal e 
suas possíveis alterações 
 
O intestino constitui a maior interface entre o 
ser humano e o meio ambiente, e a existência 
de uma barreira intestinal intacta é, portanto, 
essencial na manutenção da saúde e na 
prevenção de doenças. A barreira intestinal 
possui vários componentes imunológicos e 
não imunológicos, sendo que a barreira 
epitelial é um dos componentes não-
imunológicas mais importantes. A 
hiperpermeabilidade desta barreira pode 
contribuir para a patogênese de várias 
doenças gastrointestinais incluindo a alergia 
alimentar, doença inflamatória intestinal e 
doença celíaca. 
 
O sistema imune intestinal pode ser dividido 
em duas categorias: inato e adaptativo. 
 
É responsável pela defesa contra os 
microrganismos patogênicos: reações iniciais 
(imunidade inata) e pelas respostas tardias 
(imunidade adquirida). 
 
Imunidade Inata do intestino 
 
Constituída por barreiras químicas e físicas, 
tais como: 
• Epitélio, acidez gástrica, camada de 
muco, microbiota intestinal; 
• Células fagocitárias: granulócitos, 
macrófagos, células NK; 
• Sistema complemento e citocinas. 
 
Epitélio Intestinal - Este tipo de imunidade 
representa a interface entre o hospedeiro e a 
microbiota comensal, atua como barreira 
física, separando agentes altamente 
imunogênicos do lúmen intestinal de outros 
imunoreativos da submucosa. Expressa 
múltiplos receptores para detectar a presença 
de bactérias patogênicas e comensais. Além 
disso, produz moléculas antimicrobianas 
como alfa e beta defensinas, lecitinas, dentre 
outras. 
 
• Peristaltismo: previne a estase de 
nutrientes e bactérias 
• Muco: mecanismo de barreira 
• Secreção de substâncias 
antibacterianas pelo epitélio 
Imunidade Adaptativa do Intestino 
 
Este sistema envolve os linfócitos, os quais 
proporcionam proteção duradoura após 
exposição ao antígeno, e, se dividem 2 
grupos, a saber: 
 
• Humoral: mediada por linfócitos B e 
anticorpos produzidos por eles; 
• Celular: mediada por linfócitos T e 
citocinas. 
 
Imunidade Humoral - caracterizada pela 
produção de IgA no epitélio e sua secreção no 
lúmen intestinal. Inibe a proliferação viral 
dentro do enterócito e neutraliza as 
enterotoxinas. 
 
Imunidade Celular 
 
Linfócitos Intraepiteliais - atuam na 
manutenção da integridade do epitélio 
intestinal. Estes localizam-se nos espaços 
intraepiteliais do intestino, onde são expostos 
a uma variedade de antígenos microbianos e 
alimentares. 
 
3. Medicamento genérico e de referência 
 
Existem 3 ‘’tipos’’ de medicamentos, o de 
referência, o genérico e o similar. 
É importante entender que eles não têm 
diferença em relação a sua atuação nos 
organismos, são todos os mesmos e todos 
passam pela aprovação da anvisa. 
 
 
 
3 
 
Medicamento de Referência ou Ético – 
Costuma ter mais credibilidade e visibilidade 
por ser original e inovador, são os de marcas 
de empresas grandes, que investem mais e 
possuem recursos. Muitas vezes o 
medicamento fica conhecido mais pelo seu 
nome ‘’famosinho’’ e esquecem da 
composição do medicamento. 
 
Medicamento Genérico – Quando a patente 
do medicamento é quebrada (cerca de 20 
anos), indústrias podem realizar uma cópia do 
original: o genérico. 
 
Ele surgiu há algumas décadas em outros 
países com o objetivo principal de tornar mais 
acessíveis os medicamentos. 
A fórmula do genérico é a mesma do remédio 
original, com o mesmo princípio ativo, 
concentração e ação no organismo. A 
diferença é que não pode ter marca. 
 
Medicamento Similar – Em resumo é um 
genérico com marca. uma cópia do 
medicamento de referência que pode ter um 
nome fantasia e um logo bonitinho. 
 
Nomenclatura dos medicamentos 
 
Um determinado medicamento pode ser 
identificado por seu nome comercial (ou de 
fantasia), pelo nome genérico da substância 
ativa ou então pelo seu respectivo nome 
químico. 
 
O exemplo, a seguir, pode tornar mais fácil o 
entendimento e mais nítida a diferença entre 
os nomes de fantasia, químico e genérico. 
 
Nome genérico: Paracetamol 
 
Nome químico: 4-hidroxiacetanilida,p-
acetilaminofenol, N-acetil-p-aminofenol 
 
Nome de fantasia: Acetofenâ , Asalginaâ , 
Dolocidâ , Dôricoâ , Eraldorâ , Pacemolâ , 
Paradorâ , Parmolâ , Tynofenâ , Tylenolâ, etc. 
 
 
 
 
Curiosidades da microbiota 
 
Microbioma – tudo 
 
Temos 100 trilhões de microrganismos 
vivendo no nosso corpo 
 
Produção de microrganismos nos 1000 cem 
dias são cruciais 
 
Influenciados por fatores maternos, parto e 
aleitamento 
 
Filos – actinobactérias, bacteriodetes, 
firmicutes e proteobactérias 
 
Se constituem mais no intestino grosso (colo) 
 
Relação de simbiose 
• Proteção contra bactérias ruins 
• Biodisponibilidade de alimentos 
• Síntese de vitaminas 
• IgA 
• Integridade da mucosa

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