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PROVA 1 Hermeneutica

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FACULDADE UNINASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
DISCIPLINA Hermenêutica
		
	ALUNO
	Suelene Alves Araujo  
	VALOR
	 8,0
	DISCIPLINA
	HERMENÊUTICA E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
	DATA DA PROVA
	12 e 13/04
	PROFESSOR
	Siberia Sales Queiroz 
	TIPO DE PROVA
	Bimestral  1
	TURMA
	Direito  noturno
	CÓDIGO DA TURMA
	 
	NOTA
	 
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QUESTÕES OBJETIVAS:
1. A hermenêutica aplicada ao direito formula diversos modos de interpretação das leis. A interpretação que leva em consideração principalmente os objetivos para os quais um diploma legal foi criado é chamada de: (1,0)
1. interpretação restritiva, por levar em conta apenas os objetivos da lei, ignorando sua estrutura gramatical.
1. interpretação extensiva, por aumentar o conteúdo de significado das sentenças com seus objetivos historicamente determinados.
1. interpretação autêntica, pois apenas as finalidades da lei podem dar autenticidade à interpretação.
1. interpretação teleológica, pois o sentido da lei deve ser considerado à luz de seus 
Resposta; letra D interpretação teleológica, pois o sentido da lei deve ser considerado à luz de seus objetivos.
1. Ao explicar as características fundamentais da Escola da Exegese, o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio afirma que tal Escola foi marcada por uma concepção rigidamente estatal de direito. Como consequência disso, temos o princípio da onipotência do legislador. (1,0)
Segundo Bobbio, a Escola da Exegese nos leva a concluir que:
1. a lei não deve ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daquele que deve aplicá-la, mas, ao contrário, este deve submeter-se completamente à razão expressa na própria lei.
1. o legislador é onipotente porque é representante democraticamente eleito pela população, e esse processo representativo deve basear-se sempre no direito consuetudinário, porque este expressa o verdadeiro espírito do povo.
1. uma vez promulgada a lei pelo legislador, o estado-juiz é competente para interpretá-la buscando aproximar a letra da lei dos valores sociais e das demandas populares legítimas.
1. a única força jurídica legitimamente superior ao legislador é o direito natural; portanto, o legislador é soberano tomar suas decisões, desde que não violem os princípios do direito natural.
Resposta; letra A, a lei não deve ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daquele que deve aplicá-la, mas, ao contrário, este deve submeter-se completamente à razão expressa na própria lei.
1. “A interpretação jurídico-científica não pode fazer outra coisa senão estabelecer as possíveis significações de uma norma jurídica. Como conhecimento do seu objeto, ela não pode tomar qualquer decisão entre as possibilidades por si mesma reveladas, mas tem de deixar tal decisão ao órgão que, segundo a ordem jurídica, é competente para aplicar o Direito. Um advogado que, no interesse de seu constituinte, propõe ao tribunal apenas uma das várias interpretações possíveis da norma jurídica a aplicar a certo caso, e um escritor que, num comentário, elege a interpretação determinada, dentre as várias interpretações possíveis, como a única 'acertada', não realizam uma função jurídico-científica mas uma função jurídico-política (de política jurídica). Eles procuram exercer influência sobre a criação do Direito."
Esta concepção de hermenêutica, extremamente influente no século XX, é extraída do(a): (1,0)
1. Escola exegética.
1. Escola do pensamento axiológico.
1. Escola da moldura kelseana.
1. Escola do pragmatismo americano.
Resposta; letra C, Escola da moldura kelseana.
1. Acerca dos métodos interpretativos, considere as seguintes assertivas: (1,0)
I. Método preocupado com o sentido das palavras: [...] é, pois, apenas um ponto de partida, e nunca ou quase nunca um fim do processo.
(FERRAZ JR., T. S. A ciência do direito. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2014, p. 94)
II. Considera o ordenamento jurídico como um todo: A oposição entre dois textos incompatíveis não decorre apenas da sua oposição formal, mas exige uma referência a uma situação.
(FERRAZ JR., T. S. A ciência do direito. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2014, p. 95)
III. Baseia-se na investigação dos antecedentes da norma jurídica; guarda relação com o projeto de lei, sua justificativa e exposição de motivos, discussões e emendas.
O método interpretativo a que se refere cada uma das assertivas é:
1. I - gramatical II - lógico-sistemático III – histórico
1. I - sociológico II - histórico III - lógico-sistemático
1. I - gramatical II - histórico III – sociológico
1. I - gramatical II - lógico-sistemático III – sociológico
1. I – histórico II - lógico-sistemático III – sociológico.
Resposta; letra A, I - gramatical II - lógico-sistemático III – histórico.
QUESTÕES DISCURSIVAS:
1. Quais são os fundamentos e principais características das escolas de hermenêutica: exegese, moldura kelseana e pragmatismo americano. (1,0)
Resposta; A escola exegese objetiva a análise do texto da lei em sua forma e essência; pretende refletir o que foi buscado pelo legislador; utiliza mecanismos que garantem a observação literal do texto, considerado sagrado e dotado de extrema racionalidade; consagra o racionalismo jurídico; resume o direito a lei; confere uma supremacia a vontade do legislador. 
Moldura Kelseana; a lei infraconstitucional deve respeitar as delimitações de abrangência criada pela moldura superior, o interprete do direito não é absolutamente livre em seus atos, pois a moldura kelseana estabelece limites á interpretação.
Pragmatismo norte americano; abandono da abstração das normas jurídicas em nome da utilização de métodos empíricos de investigação, afastamento da validade em sentido formal, privilegiando a validade considerada em termos empíricos e sociais valorização da prática judicial, no sentido de compreender que o direito real decorre de decisões judiciais e que as disposições normativas são secundárias. 
 
1. É correto afirmar que o método de interpretação axiológica é sempre suficiente para a adequada e justa interpretação do Direito? (1,0) 
Resposta; Não, a interpretação axiológica não terá solução para todas antinomias. 
7) Assista à sustentação oral disponível no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=plUKobkpBB4&t=475s 
 Em seguida, elabore uma análise sobre interpretação do Direito realizada pelo Dr. Luís Roberto Barroso. (2,0) Máximo de 15 linhas
Nessa sustentação oral podemos perceber que a norma penal entra em conflito com alguns dos direitos fundamentais da mulher , o ministro Luís Roberto Barroso defende sua tese detalhadamente, começando pela parte que alega que a interrupção da gestação em casos de anencefalia não é aborto, pois a definição de aborto no código penal pressupõe a potencialidade de vida extra uterina, o que é impossível para fetos anencefálicos.
No seu segundo fundamento o ministro usa o art. 128 CP, onde prever que não se pune o aborto em caso de estupro e quando necessário para salvar a vida da mãe, e alega que o código não previu a descriminalização do aborto em casos de anencefalia pois o código é de 1940, época que não havia possibilidade de fazer esse diagnóstico. Nesse segundo fundamento o ministro usou o método interpretativo histórico e sociológico, ele interpretou a norma a partir de uma leitura das necessidades sociais, ampliando o alcance normativo. 
No terceiro fundamento Luís Roberto Barroso usou o princípio da dignidade da pessoa humana, que garante as necessidades vitais de cada individuo, que no caso da criminalização do aborto de anencefálicos viola a integridade física e psicológica da mulher, que é obrigada a passar por todas as transformações que uma gestante passa no período de gravidez, na espera de um filho que não poderá levar para casa, pois esse mesmo não terá vida extra uterina. Obrigar a mulher a prosseguir com uma gestação onde não há garantia de vida para o feto seria uma violação dos direitos reprodutivos, psíquicos e autonomia da vontade da mulher. 
O ministro usou osmétodos interpretativos histórico, sociológico e sistemático, onde o direito á vida entrou em conflito com os direitos fundamentais da mulher.

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