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Estrongiloidíase Há 52 espécies do nematódeo do gênero Strongyloides, 2 delas são infectantes para humanos: S. stercoralis e S. fuelleborni, este tem 2 subespécies S. f. fuelleborni e S. f. kellyi, aquela de distribuição mundial, especialmente nas regiões tropicais, a maioria infectando mamíferos. Morfologia FÊMEA PARTENOGENÉTICA PARASITA: corpo cilíndrico filiforme longo, extremidade anterior arredondada e posterior afilada, mede de 1,7-2,5 mm de comprimento por 0,03-0,04 mm de largura, tem cutícula fina e transparente, levemente estriada no sentido transversal, aparelho digestivo simples com boca contendo 3 lábios, esôfago longo (25% do comprimento), tipo filarióide (filariforme), cilíndrico, que à altura do 5o anterior é circundado por anel nervoso (colar esofagiano), seguido pelo intestino simples, terminando em ânus, próximo da extremidade posterior. O aparelho genital, com útero em disposição anfidelfa/divergente, tem ovários, ovidutos e a vulva, localizada no ⅓ posterior, os ovos são alinhados em diferentes estágios de desenvolvimento embrionário, até 9 em cada ramo uterino (anterior e posterior) não há receptáculo seminal - a fêmea ovovivípara coloca 30-40 ovos/dia, e elimina na mucosa intestinal o ovo larvado. LARVAS FILARIÓIDES: esófago filarióide, longo (½ do comprimento), cutícula fina e hialina, medem de 0,35-0,5 mm de comprimento por 0,01-0,03 mm de largura, vestíbulo bucal curto e intestino terminando em ânus distante da extremidade posterior, a porção anterior é ligeiramente afilada e a posterior afina-se gradualmente terminando em 2 pontas (cauda entalhada), é a forma infectante (L3) capaz de penetrar pela pele ou mucosas, e são vistas no meio ambiente, podem evoluir no interior do hospedeiro, ocasionando auto-infecção interna. Biologia triplóides (3n): se transformam em larvas filarióides infectante, completando o ciclo direto; diplóides (2n): originam as fêmeas de vida livre; haplóides (1n): evoluem para macho de vida livre. HABITAT: as fêmeas partenogenéticas localizam-se na parede do intestino, mergulhadas nas criptas da mucosa duodenal, principalmente nas glândulas de Lieberkuhn e na porção superior do jejuno, onde fazem as posturas - nas formas graves, estão na porção pilórica do estômago até o intestino grosso. CICLO BIOLÓGICO: as larvas rabditóides eliminadas nas fezes do indivíduo parasitado podem ter 2 ciclos: direto (partenogenético) e indireto, sexuado ou de vida livre, ambos monoxênicos, devido à constituição genética das fêmeas partenogenéticas parasitas que são 3n e podem produzir 3 tipos de ovos, dando origem a 3 tipos de larvas rabditóides: A larva rabditóide, frequentemente libertada no interior do hospedeiro é a forma evolutiva importante no diagnóstico. corpo: anterior, cilíndrica e alongada; isto: intermediária, estreitada; bulbo: posterior, globulosa. FÊMEA DE VIDA LIVRE OU ESTERCORAL: aspecto fusiforme, com extremidade anterior arredondada e posterior afilada, mede 0,8-1,2 mm de comprimento por 0,05-o,07 mm de largura, tem cutícula fina e transparente, com finas estriações, aparelho digestivo simples, a boca contém 3 lábios, o esofago é curto e de aspecto rabditóide, é dividido em 3 porções: 1. 2. 3. O anel nervoso contorna a parte estreitada adiante do bulbo, intestino é simples terminando em ânus, o aparelho genital consiste em útero anfidelfo, com até 28 ovos, ovários, ovidutos, vulva situada próxima ao meio do corpo, e receptáculo seminal. MACHO DE VIDA LIVRE: aspecto fusiforme, extremidade anterior arredondada e posterior recurvada ventralmente, mede 0,7 mm de comprimento por 0,04 mm de largura, boca com 3 lábios, esôfago rabditóide, intestino terminando em cloaca, aparelho genital com testículos, vesícula seminal, canal deferente e canal ejaculatório, que se abre na cópula e se deslocam sustentados pelo gubernáculo (estrutura quitinizada). OVOS: elípticos, de parede fina e transparente, os originários da fêmea parasita medem 0,05 mm de comprimento por 0,03 mm de largura e os da de vida livre medem 0,07 mm por 0,04. LARVAS RABDITÓIDES: esôfago rabditóide, cutícula fina e hialina, medem 0,2-0,03 mm de comprimento por 0,015 mm de largura, tem vestíbulo bucal curto com profundidade inferior ao diâmetro da larva, o intestino termina em ânus afastado da extremidade posterior, tem primórdio genital nítido formado por células abaixo do meio do corpo, terminam em cauda pontiaguda, ágeis com movimentos ondulatórios, L1 ou L2 originados da fêmea parasita atingem meio externo, encontra-se 1-25 larvas/g de fezes. Nas formas disseminadas são encontradas na bile, no escarro, na urina, nos líquidos duodenal, pleural e cefalorraquidiano (LCR). As duas últimas completam um ciclo indireto. A fase no solo exige: solo arenoso, umidade alta, 25-30oC e ausência de luz solar direta, no ciclo direto, as larvas rabditóides no solo ou sobre a pele da região perineal, após 24-72 horas, transformam-se em larvas filarióides infectantes, no ciclo indireto, as larvas rabditóides sofrem 4 transformações no solo e após 18-24 horas, produzem fêmeas e machos de vida livre. Ovos das formas de vida livre serão 3n, e larvas rabditóides evoluem para filarióides (3n) infectantes, que não se alimentam e, devido à ausência de bainha, são menos resistentes, permanecendo no solo por 4 semanas. Os ciclos direto e indireto se completam pela penetração ativa de L3 na pele ou mucosa oral, esofágica ou gástrica, secretam melanoproteases, que auxiliam na penetração e na migração pelos tecidos (10 cm/h), depois, atingem a circulação venosa e linfática, seguem para o coração e pulmões, chegam aos capilares pulmonares, onde se transformam em L4, atravessam a membrana alveolar e, através da árvore brônquica, chegam à faringe. Podem ser expelidas pela expectoração que provocam, ou serem deglutidas, atingindo o intestino delgado, onde se transformam em fêmeas partenogenéticas, os ovos são depositados na mucosa intestinal e as larvas alcançam a luz intestinal, o período pré-patente (tempo entre a penetração da larva filarióide na pele, seu desenvolvimento, a postura de ovos larvados, e eclosão das larvas no intestino) é de 15-25 dias. Transmissão HETERO OU PRIMOINFECÇÃO: as L3 penetram na pele ou mucosas da boca e do esôfago - em pessoas descalças, ocorre através da pele dos pés, nos espaços interdigitais e na lateral do pé; AUTO-INFECÇÃO EXTERNA OU EXÓGENA: larvas rabditóides na região perianal de indivíduos infectados transformam-se em L3 e penetram completando o ciclo direto, pode ocorrer em crianças, idosos, pacientes internados que defecam na fralda/roupa ou em indivíduos que deixam permanecer restos de fezes em pelos perianais; AUTO-INFECÇÃO INTERNA OU ENDÓGENA: larvas rabditóides na luz intestinal de indivíduos infectados, transformam-se em L3, que penetram na mucosa intestinal, cronificando o doença por meses ou anos, podem ser encontradas fêmeas partenogenéticas nos pulmões, ocorre em indivíduos com estrongiloidíase e constipação intestinal, devido ao retardamento da eliminação do material fecal. Em pacientes com baixa de imunidade por uso de drogas imunossupressoras, radioterapia, neoplasias, síndrome nefrótica, presença do HIV, gravidez, desnutrição protéico-calórica, alcoolismo crônico e idade avançada, pode ocorrer auto-infecção interna - esta pode acelerar-se, elevando o número de parasitos no intestino e nos pulmões (hiperinfecção), ou disseminar L1, L2 e L3 em diferentes órgãos. Imunidade A interação entre S. stercoralis e o hospedeiro humano é complexa devido à sua capacidade intrínseca de reprodução, existindo 3 tipos de evolução: erradicação da infecção, cronicidade por auto-infecção e hiperinfecção ou disseminação. A infecção pelo S. stercoralis pode ser limitada por mecanismos de defesa de mucosa, independentes da resposta imune humoral ou celular, ligado à dessensibilização de mastócitos e a diminuição da produção de histamina na mucosa, ou seja, a defesa local mediada pormastócitos controla a intensidade da infecção, diretamente, pela capacidade dessas células de lesar os parasitos, e indiretamente, pela degranulação de substâncias que atraem e ativam os eosinófilos. A cronicidade e a continua passagem da L3 através dos tecidos resultam em uma incessante exposição sistêmica aos antígenos parasitários, a maioria dos indivíduos desenvolve anticorpos IgG, IgA, IgM e IgE específicos. Patologia enterite ulcerosa: muitos parasitos provocam inflamação com eosinofilia intensa, ulcerações, com invasão bacteriana, que serão substituídas por tecido fibrótico causando rigidez da mucosa intestinal, cujos sintomas são: dor epigástrica antes das refeições, diarréia em surtos, náuseas, vômitos, síndromes disentéricas com esteatorréia, seguidas de desidratação, que podem levar a choque hipovolêmico, emagrecimento e comprometimento do estado geral do doente. enterite catarral: parasitos nas criptas glandulares, há reação inflamatória leve,com acúmulo de células que secretam mucina e aumento de secreção mucóide; Indivíduos portadores de poucos parasitos no intestino são assintomáticos ou oligossintomáticos, mas há ação patogênica e lesões, formas graves ou fatais, relacionam-se com fatores extrínsecos, pela carga parasitária adquirida e com fatores intrínsecos (subalimentação, diarréia e vômitos, alcoolismo crônico, infecções parasitárias, comprometimento da imunidade, intervenções cirúrgicas, etc.). CUTÂNEA: discreta, ocorre nos pontos de penetração das L3, pele e mucosas, com reação celular em torno das larvas mortas, em reinfecções, há reação de hipersensibilidade com formação de edema, eritrema, prurido, pápulas hemorrágicas e urticárias, há migração das L3 no tecido subcutâneo com aspecto linear ou serpiginoso urticariforme com prurido (larva currens) no tronco, nádegas, períneo, virilha e coxas, avançando 5-14 cm/hora. PULMONAR: intensidade variável, apresenta tosse com ou sem expectoração, febre, dispnéia e crises asmatiformes decorrentes das L3 e das fêmeas que ao atingir a maturidade, produzem ovos e larvas rabditóides, cuja travessia do interior dos capilares para os alvéolos causa hemorragia, infiltrado inflamatório de linfócitos e eosinófilos, limitados ou, em casos graves, há broncopneumonia, síndrome de Löeffler, edema pulmonar e insuficiência respiratória. INTESTINAL: as fêmeas localizam-se na mucosa do duodeno e jejuno, limitando-se à zona glandular, raramente ultrapassam a muscularis mucosae, onde são aprisionadas pelas células epitelióides e removidas pelos leucócitos polimorfonucleares, assim, em ordem crescente de gravidade: enterite edematosa: parasitos nas túnicas da parede intestinal, há reação inflamatória com edema de submucosa e desaparecimento do relevo mucoso com síndrome de má absorção intestinal; DISSEMINADA: pacientes imunocomprometidos favorecem a auto-infecção, com grande produção de larvas no intestino, as quais alcançam a circulação e se disseminam a múltiplos órgãos, assim, numerosas larvas completam o ciclo e dirigem-se aos rins, fígado, vesícula biliar, coração, pâncreas, tireóide, adrenais, próstata, glândulas mamárias, linfonodos - complicações com infecções bacterianas secundárias, transportadas pelas larvas para a circulação ou pela presença de ulcerações da mucosa intestinal permitem a penetração de enterobactérias na circulação. Os sintomas são: dor abdominal, vômitos, diarréia intensa, insuficiência respiratória, pneumonia hemorrágica e broncopneumonia bacteriana, quando crônica causa: anemia, astenia, eosinofilia, sudorese, incontinência urinária, palpitações, insônia, tonturas, alterações no ECG, irritabilidade, depressão e emagrecimento ou manifestações incomuns (ascite, perfuração intestinal e artrites). Diagnóstico métodos parasitológicos ou diretos: a confirmação parasitológica da presença da infecção pode ser dificultada pelo pequeno número de parasitos e da liberação mínima e irregular de larvas nas fezes na infecção moderada, necessita-se métodos específicos para pesquisa de larvas que ainda apresentam baixa sensibilidade. métodos indiretos: são eles: CLÍNICO: ≃ 50% dos casos são assintomáticos, mas, a tríade: diarréia, dor abdominal e urticária é sugestiva e a eosinofilia e achados radiográficos e sorológicos podem auxiliar na suspeita diagnóstica. LABORATORIAL: métodos parasitológicos ou diretos se fundamentam no encontro das formas evolutivas de S. stercoralis, entre os métodos indiretos, estão os imunológicos (testes de screening), e quando positivos, realiza-se a pesquisa do parasito. 1. exame de fezes: pesquisa de larvas em fezes sem conservantes, pelos métodos de Baermann-Moraes e de Rugai, baseados no hidro e termotropismo das larvas, necessitando 3-5 amostras de fezes, colhidas em dias alternados, para confirmação da presença de larvas rabditóides, podem ser visualizadas L3 em fezes envelhecidas ou em casos com ritmo intestinal lento ou em fezes de indivíduos hiperinfectados; 2. coprocultura: utiliza-se método de Loss, Brumpt, Harada & Mori e cultura em placa de ágar - baseados no desenvolvimento do ciclo indireto, com visualização de formas evolutivas, principalmente L3, é indicada quando o exame de fezes é repetidamente negativo ou quando o material fecal é escasso, é um método limitado pela demora na obtenção dos resultados (5- 7 dias) e risco de infecção durante a manipulação de larvas infectantes; 3. pesquisa de larvas em secreções e outros líquidos orgânicos: pesquisa das formas evolutivas direito ou após a centrifugação nas seguintes formas, conforme quadro clínico: broncopulmonar (exame de escarro e lavado broncopulmonar), duodenal (colhido por tubagem), urna, líquido pleural, líquido ascítico e LCR; 4. endoscopia digestiva: visualização da mucosa gastrointestinal em pacientes com infecção maciça e alterações duodenojejunais, propicia a ampla visualização do aspecto da mucosa intestinal e a realização de biópsia em vários locais; 5. biópsia intestinal: no duodeno, jejuno e íleo; 6. necropsia: possibilita o estudo de vários órgãos; 7. esfregaços citológicos: realizados em esfregaços obtidos de aspirado gástrico e cervicovaginal. 1. hemograma: na fase aguda, a taxa de eosinófilos pode ser elevada até 82%, diminui na fase crônica (8-15%) desaparecendo nos casos de evolução grave ou fatal, assim, a eosinopenia está associada a um mau prognóstico, pois os eosinófilos participam na proteção à estrongiloidíase fulminante; 2. diagnóstico por imagem: raios X de tórax, demonstrando aceleração do trânsito intestinal, ou apagamento difuso do relevo mucoso duodenojejunal e imagem de tubo rígido nos casos graves, além da ultrassonografia e tomografia computadorizada; 3. métodos imunológicos: avaliação da resposta imune do hospedeiro nos casos de formas assintomáticas e esclarecimento do diagnóstico clínico, e emprego em inquéritos soroepidemiológicos pela alta sensibilidade; 4. diagnóstico por biologia molecular: avaliação de antígenos recombinantes, obtidos por tecnologia empregada em biologia molecular demonstrou resultados de alta sensibilidade e especificidade quando empregados no imunodiagnóstico. LAYANE SILVA Epidemiologia presença de fezes de homens ou animais infectados no solo; presença de larvas infectantes originárias dos ciclos direto e de vida livre no solo; solo arenoso ou areno-argiloso, úmido, com ausência de luz solar direta; temperatura entre 25-30oC; condições sanitárias inadequadas; hábitos higiênicos inadequados; contato com alimento contaminado por água de irrigação poluída com fezes; não utilização de calçados. A estrongiloidíase tem distribuição mundial heterogênea, segundo a prevalência da infecção por S. stercoralis: esporádica (<1%), endêmica (1- 5%) e hiperendêmica (>5%), nos países desenvolvidos, a infecção prevalece em agricultores, hortigranjeiros, trabalhadores rurais, imigrantes e viajantes que visitaram áreas endêmicas e, nos países em desenvolvimento que são áreas endêmicas, a doençaatinge a faixa etária de 0-15 anos, pela frequente permanência em solos contaminados. A presença de infecção natural pelo S. stercoralis, confirmada em cães, gatos e macacos, que estão em contato com o homem é um importante reservatório da parasitose, os fatores que influenciam no aparecimento, manutenção e propagação da estrongiloidíase são: Profilaxia As equipes de saúde das regiões endêmicas devem elaborar programas de controle adotando medidas para geo-helmintíases: atenção aos hábitos higiênicos, como lavagem adequada dos alimentos, utilização de calçados, educação e engenharia sanitária e melhoria da alimentação, pois a unidade epidemiológica fundamental é a familiar, tem-se que comprovar diagnóstico e proceder ao tratamento específico dos indivíduos e animais parasitados mesmo assintomáticos para eliminar a fonte de infecção. Há necessidade de diagnosticar e tratar os indivíduos que irão se submeter a tratamentos imunossupressores devido à probabilidade de desenvolvimento de hiperinfecção ou disseminação da doença, que podem ser fatais, em indivíduos imunodeprimidos, recomenda-se o uso profilático de tiabendazol por 2-3 dias mensalmente, para evitar a recidiva da estrongiloidíase. Tratamento TIABENDAZOL: atua sobre fêmeas partenogenéticas, inibindo o desencadeamento das vias metabólicas do parasito, quando crônica é recomendado na forma líquida para crianças, dose de 30 mg/kg/dia e, em comprimidos para adultos, dose de 50 mg/kg divididos em 4 tomadas, após as refeições, atinge o pico sérico em 1 hora, é metabolizado no fígado e eliminado na urina, em 24 horas, utilizado com cautela em indivíduos com insuficiência hepática grave. A eficácia é > 90%, e os efeitos colaterais são: náuseas, vômitos, diarréia, tonturas, cefaleias, sonolência e erupções cutâneas, que regridem com suspensão do tratamento, nos casos de hiperinfecção e doença disseminada o tratamento deve durar > 10 dias, e em pacientes com AIDS repetir a terapêutica por 2-3 dias, mensalmente. CAMBENDAZOL: atua sobre fêmeas partenogenéticas e larvas, com formas líquidas e comprimidos, a dose única é 5 mg/kg, a eficácia é > 90%, e os raros efeitos são: cólicas, náuseas, vômitos, diarréia e sonolência. ALBENDAZOL: atua sobre fêmeas partenogenéticas e larvas, as formas líquidas e comprimidos, para crianças > 2 anos e adultos, na dose de 400 mg/dia durante 3 dias consecutivos (com eficácia de ≃ 50%), ou 800 mg/dia durante 3 dias (com eficácia de 90%), os efeitos são: cefaléia. tonturas e desconforto gastrointestinal. IVERMECTINA: dose única oral de 200 µm/kg nos dias 1, 2, 15 e 16 de tratamento, os efeitos são leves: diarréia, anorexia e prurido. A repetição do tratamento é indicada pela possibilidade de reinfecção ou algumas fêmeas sobreviverem eliminando larvas, na auto-infecção interna, em que há constipação intestinal, a fim de impedir a evolução das larvas rabditóides para filarióides pelo retardamento da eliminação do material fecal, nos indivíduos com formas grave e disseminada, deve ter tratamento concomitante com antibióticos que atuem nas bactérias gram-negativas, pois a bacteremia está presente, em função do acompanhamento das enterobactérias na migração das larvas pelo organismo - essas formas graves e complicadas geralmente evoluem para óbito.
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