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REVISÃO - SENTENÇA

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-Alterações pela lei anticrime 
-Sentença não é peça privativa de liberdade, no entanto, 
é necessário que o advogado possar encontrar os vícios 
em uma sentença, verificar suas falhas. Saber de todo o 
conteúdo que precisa estar lá, principalmente diante de 
algumas ausências gerarem nulidade na peça. 
-O código processual penal não conceitua a sentença. 
ATOS PROCESSUAIS 
a) Despachos de mero Expediente 
-Decisões que estão no processo apenas para 
movimentar o processo. 
-O juiz só deve se movimentar pelo princípio da 
inercio no consoante ao que ele for julgar, 
durante o processo ele deve impulsionar atos que 
dever levar o processo ao êxito. 
-Ex: Despacho designando Audiência, Despacho 
Abrindo Vistas as Partes, Intimação de partes de 
ato processual ocorrente no processo. 
b) Decisões Interlocutórias 
(não decidem sobre o mérito do processo – não 
analisam imputação feita ao réu) 
-Soluções dadas pelo juiz acerca de uma questão 
controvertida 
-Interlocutória simples 
Elas não encerram processo e nem uma fase do 
processo. 
-Interlocutória mista 
Resolvem uma controvérsia encerrando uma 
parte do processo ou até mesmo o processo em 
si. 
c) Decisões Definitivas 
-Resolvem questão comprometida, porém não 
discorrem sobre a imputação. Não atingem o 
mérito 
d) Sentenças 
Sentido estrito- condena ou absolve o réu 
Sentido amplo- não aprecia imputação feita ao 
réu, mas traz manifestação com cunho decisório. 
 
 
Sentença 
 
¹ em sentido ² em sentido 
 Estrito amplo 
 
Julga o mérito Ex “sentença 
Principal de pronuncia 
Condena ou absolve 
 
1 – Está Condena ou absolve – Art. 381 CPP – Julga o 
mérito principal do processo. 
2- Decisão Interlocutória Mista, não decide sobre 
imputação. 
 
SENTENÇA 
a) o CPP não traz um padrão rígido. não traz um conceito 
expresso. 
O que nós consideramos sobre sentença é aquela decisão 
que julga a respeito do mérito do processo, que importa 
em condenação (quando a sentença acolhe o pedido) ou 
absolvição. 
-Condenatórias (Art. 387): Acolhem o pedido formulado 
na inicial acusatória, aplicando ao réu uma pena (privativa 
de liberdade, restritiva de direitos ou multa). 
-Absolutórias (art. 386): podem vir a ser próprias (julgam 
improcedente a acusação) ou impróprias (absolvem o réu, 
mas impõem medida de segurança em razão da 
inimputabilidade total ao tempo do fato). 
b) podemos considerar que sentença é apenas a decisão 
que julga o mérito principal? 
CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS 
1. SENTENÇAS DECLARATÓRIAS 
Ex: Sentença que declara extinta a punibilidade 
2. SENTENÇAS CONDENATÓRIAS 
Ex: Julga procedente a imputação ao réu 
impondo uma sentença 
3. SENTENÇA CONSTITUTIVA 
Ex: Faz surgir uma nova situação jurídica, 
exemplo clássico é uma sentença de revisão 
criminal 
Art. 381 ao Art. 392 do CPP 
 
 
4. SENTENÇA MANDAMENTAL 
Ex: Pode ser encontrada na Peça de HC. 
Obs.: comum pedir a concessão da ordem no h.c., 
quando o juiz julga procedente este espede uma 
ordem, manda emitir alvará de soltura, por 
exemplo. 
5. SENTENÇA EXECUTIVA 
Ex: Sentenças proferidas nas medidas 
assecuratórias de sequestro. 
CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS EM SENTIDO 
AMPLO 
a) interlocutórias simples 
Resolve uma controvérsia simples. 
Ex: decisão de concessão de liberdade provisória. 
b) interlocutórias mistas 
-Terminativas. 
Ex: decisão que rejeita a denúncia 
-Não terminativas. 
Ex: decisão de pronúncia. 
QUANTO A POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO 
c) executáveis 
d)não executáveis 
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES 
e) sentenças vazias 
-Sem fundamentação 
-Absolutamente nulas (violação ao Art. 93, IX, Da CF) 
f) sentenças suicidas 
-Há contradição entre a fundamentação e o dispositivo, 
sendo nulas, mas corrigíveis por embargos de declaração. 
Art. 382 
g) sentenças autofágicas 
-Reconhece a imputação, mas declara extinta a 
punibilidade (Ex: perdão judicial). 
-A alguns crimes que a previsão de perdão judicial. 
h) sentenças subjetivamente: 
-Simples 
Proferidas por um único juiz 
-Primas (colegiado homogêneo – Ex: Sentença proferida 
pela primeira turma da soja) e complexas (Proferidas por 
um órgão – heterógeno, Ex: sentença proferida por júri) 
Proferidas por colegiado 
CONTEÚDO/ELEMENTOS DA SENTENÇA ESTRUTURA 
DA SENTENÇA – Não é faculdade do juiz, ele é obrigado 
a obedecer a estrutura. 
Art. 381. A sentença conterá: 
I - Os nomes das partes ou, quando não possível, as 
indicações necessárias para identificá-las; (R) 
II - A exposição sucinta da acusação e da defesa; (R) 
III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que 
se fundar a decisão; (F) 
IV - A indicação dos artigos de lei aplicados; (F) 
V - O dispositivo; 
VI - a data e a assinatura do juiz. 
Relatório - Fundamentação - Dispositivo 
RELATÓRIO 
-Tem a fundamentação de saber se o juiz conhece do 
processo. 
-História relevante do processo 
 
-Nome das partes 
 
-Exposição da acusação e da defesa 
O RELATÓRIO PODE SER DISPENSADO? 
Não, se na sentença não tem relatório é motivo de 
nulidade. No entanto, tem uma hipótese: 
-No procedimento do juizado 
-Lei 9.099/90 
Art. 38. A sentença mencionará os elementos de 
convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos 
relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 
-Nos demais procedimentos: sua ausência gera nulidade 
RE
L
A
T
Ó
RI
O
 
 
 
TJ – SC – Apelação Criminal/ ACR 324313 SC 2011.032431 
(TJ-SC) 
 -Exigência Constitucional 
 Art. 93, IX da CF 
 -Motivos de fato e de direito em que se 
 fundar a decisão. 
 -Indicar os art. De lei aplicados 
-Necessário para manutenção do princípio da ampla 
defesa e do contraditório, princípio constitucional que 
assegura um julgamento justo e pautado na lei. 
-Deve responder: Por que ele ta condenando réu? Quais 
artigos se aplicaram? Está correto? 
Os pontos Básicos em que se assenta a ideia de 
motivação como garantia: 
1. Constatar se o juiz levou em conta os 
argumentos e a prova que produziram 
2. Garantia de controle da legalidade das decisões 
judiciarias 
3. Garantia de uma atuação equilibrada e imparcial 
do magistrado. 
- O juiz deve apontar as provas produzidas que ajudaram 
em seu posicionamento. 
-As sentenças tem segurança contra arbitrariedade do 
estado, de forma a promover a segurança jurídica ao 
julgado. 
-Garantia das decisões motivadas 
-Código de processo penal traz expressamente que 
ausência de fundamentação gera nulidade 
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
V - Em decorrência de decisão carente de 
fundamentação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
-A CF já retratava sobre decisões imotivadas serem nulas. 
- Você já se deparou com alguma sentença com 
afirmação nesse sentido? 
“Para afastar as preliminares defensivas, reporto-me às 
razões exaradas no parecer ministerial, que detidamente 
analisou a questão controvertida.” 
Explicação: Magistrado utilizando parecer do MP para 
fundamentar sua decisão. – Fundamentação por remissão 
FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM 
 [FUNDAMENTAÇÃO POR REMISSÃO] 
-é quando na motivação de decisão/sentença se reporta 
as razões de decidir consignadas na fundamentação de 
outra decisão ou sentença. 
- Incompatível com os preceitos constitucionais da 
fundamentação das decisões judiciais, do contraditório e 
da proteção judicial efetiva, consubstancia manifesta 
afronta às balizas decisórias do art. 315, § 2º, do cpp, 
incluídas pela lei 13.964/2019 
Explicação: 
O STF e o STJ entendem que é possível o uso, com 
ressalva de que o magistrado pode até fazer uso dessa 
fundamentação, mas precisa também expor seus 
próprios fundamentos, não podendo utilizar somente as 
razões de outra decisão. 
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegara 
prisão preventiva será sempre motivada e 
fundamentada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
(...) 
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão 
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - Limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de 
ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou 
a questão decidida; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem 
explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer 
outra decisão; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
(...) 
V - Limitar-se a invocar precedente ou enunciado de 
súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes 
nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta 
àqueles fundamentos; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
-Objetivo de evitar decisão carente de fundamentação. 
POSIÇÃO STJ 
F
U
N
D
A
M
EN
T
A
Ç
Ã
O
 
 
 
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, embora 
admita que o julgador se utilize da transcrição de outros 
alicerces jurídicos apresentados nos autos para embasar 
as suas decisões – no caso, do parecer do Ministério 
Público –, ressalta a necessidade também de 
fundamentação própria, devendo o julgador expor, ainda 
que sucintamente, as razões de suas conclusões, o que 
não foi realizado pelo Tribunal de origem. 2. Recurso 
ordinário em habeas corpus provido para anular o acórdão 
proferido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª. Região nos 
autos do Habeas Corpus n.º 0008330-61.2018.4.02.0000, 
determinando que outro seja prolatado, com a necessária 
fundamentação.” (RHC 104.665/RJ, j. 13/12/2018) 
-A mera remissão e transcrição de decisão ou 
manifestação anterior, sem o devido cotejo com as 
peculiaridades do caso concreto, é manifestamente 
incoadunável com a tutela jurisdicional assegurada pela 
carta magna. 
Em razão de: 
(I) exigência própria do Estado Democrático de Direito; 
(II) direito fundamental do cidadão; 
(III) serve para controlar a racionalidade da decisão judicial 
como forma de limitar o poder. 
 
 Enquadramento Legal 
 
 Correta Dosimetria da Pena 
 
-Onde se justifica o patamar da pena, aplicação de 
atenuantes, agravantes, diminuição ou aumento da pena. 
 
E sentença sem assinatura e sem data 
vale? 
Não, ocasiona ato inexistente. A simples 
inserção no PJe não supre essa falta. 
Pode ser assinatura eletrônica. 
 
“EMBARGUINHOS” ART 382 CPP 
uma vez publicada a sentença não pode ser alterada 
exceto: 
1. ERRO MATERIAL 
2. EM CASOS DE AMBIGUIDADE, OMISSÃO E 
OBSCURIDADE 
Os embargos [382 DO CPP], quando julgados 
procedentes, resultam: 
1. em uma alteração que não implica normalmente 
modificação dos comandos normativos, pois que 
os embargos apenas buscam tornar-se claro o 
conteúdo da sentença; 
2. Excepcionalmente modificação dos comandos 
normativos 
-Embargo não altera mérito na sentença. 
-Para alterar mérito, apelação. 
CORRELAÇÃO DA ACUSAÇÃO E SENTENÇA 
1. Princípio da correlação ou congruência 
Dessa correlação (absolutamente) necessária entre a 
acusação e a sentença deriva um outro princípio, o da 
adstrição do juiz ao pedido da parte, que se expressa por 
meio de três regras básicas que são as seguintes: 
1.1 a sentença não pode ser ultra petita (a sentença não 
pode ir além do pedido: denúncia por lesão corporal e 
condenação por lesão corporal seguida de morte – ne 
eat iudex petita partium); 
1.2 extra petita (a sentença não pode estar fora do pedido: 
acusação de furto e condenação por apropriação 
indébita); 
1.3 citra petita (a sentença não pode ficar aquém do que 
foi pedido: acusação de dois delitos e condenação por um 
só deles, sem nada decidir sobre o outro). 
 
Se não corrigível com embargo, requer-se nulidade 
absoluta. 
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DIREITO PROCESSUAL PENAL. PRINCÍPIO DA 
CORRELAÇÃO. CAUSA DE AUMENTO DE PENA. 
A causa de aumento de pena não pode ser 
presumida pelo julgador, devendo o fato que a 
configurar estar descrito pormenorizadamente na 
denúncia ou queixa. O princípio da correlação entre 
acusação e sentença, também chamado de 
princípio da congruência, representa uma das mais 
relevantes garantias do direito de defesa, visto que 
assegura a não condenação do acusado por fatos 
não descritos na peça acusatória. 
HC 149.139-DF, DJe 2/8/2010; HC 139.759-SP, DJe 
1º/9/2011. REsp 1.193.929-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio 
Bellizze, julgado em 27/11/2012 
TRECHO DO VOTO MIN CELSO MELO [REVISOR] 
o 03/10/2017 -SEGUNDA TURMA 
o AÇÃO PENAL 975 ALAGOAS 
o O caso - recurso de apelação interposto pelo 
Deputado Federal Ronaldo Augusto Lessa dos 
Santos contra a sentença penal condenatória 
proferida – em momento que precedeu a 
diplomação do apelante como Deputado Federal – 
pela Justiça Federal de primeira instância de Alagoas 
Princípio da correlação e da congruência entre 
acusação e sentença: necessidade de sua 
observância como garantia fundamental do direito de 
defesa Entendo, de outro lado, que tem plena razão 
o eminente Relator, quando reconhece a existência, 
no caso, de nulidade absoluta resultante da violação 
ao princípio da correlação ou da congruência que 
necessariamente deve haver entre a denúncia e a 
sentença. 
Esse específico aspecto foi bem ressaltado pelo 
eminente Ministro EDSON FACHIN, como o 
evidenciam as razões que dão suporte ao seu douto 
voto, de que extraio os seguintes fundamentos: 
“Com efeito, em que pese não arguido pelas partes, 
compulsando os autos verifico que a sentença 
exorbitou os limites traçados pela exordial acusatória, 
impondo assim o reconhecimento de nulidade parcial 
da decisão. 
(...) 
A sentença, contudo, em descompasso aos limites 
traçados pela exordial acusatória, condenou o réu 
pela prática de mais de 7 (sete) crimes de peculato, 
considerando, em sua fundamentação, a participação 
do réu em fatos estranhos, não narrados na 
denúncia, a saber: (i) a responsabilidade por atos 
praticados pelo secretário de infraestrutura 
FERNANDO DE SOUZA; (is) desvios e irregularidades 
havidas na gestão do Convênio 003/2005 e (III) o 
desvio ocorrido em 23/11/2005, quando, por meio de 
TED, efetuou-se a transferência irregular de valores 
da conta específica do Convênio 003/2005 para a 
conta única do Governo do Estado de Alagoas (fl. 
2202-v). 
EMENDATIO LIBELLI 
-Quando o juiz sem modificar a descrição do fato que 
esta contifdo na denuncia ou queixa, pode atribuir uma 
definição juridica diversa ainda que como sonseguencia 
ele tente aplicar a pena mais grave. (Não ofende Ampla 
defesa – não altera fatos – O REU SE DEFENDE DOS 
FATOS NARRADOS. 
-Se aplicado pena mais gravosa será a cabivel ao delito, 
não odendendo garantias processuais. 
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida 
na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição 
jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de 
aplicar pena mais grave 
§ 1o Se, em consequência de definição jurídica diversa, 
houver possibilidade de proposta de suspensão 
condicional do processo, o juiz procederá de acordo com 
o disposto na lei. 
§ 2o Tratando-se de infração da competência de outro 
juízo, a este serão encaminhados os autos. 
 
1-Pode surgir um crime que 2- Pode surgir 
possibilita a suspensão modificação de 
condicional do processo. Competência. 
 Devendo o juiz 
 remeter aos autos 
 
 
 
EMENDATIO DE OFÍCIO 
Pergunta: É necessário oitiva previa das partes? 
EMENDATIO LIBELE 
SUMULA N° 337 STJ 
É cabível a suspensão 
condicional do processo 
na desclassificação do 
crime e na procedência 
parcialda pretensão 
punitiva. 
 
 
O CPC, DISPÕE: PRINCIPIO DA NÃO SUPRESSA 
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das 
partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: 
I - À tutela provisória de urgência; 
II - Às hipóteses de tutela da evidência previstas 
no art. 311, incisos II e III; 
III - à decisão prevista no art. 701. 
 Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de 
jurisdição, com base em fundamento a respeito do 
qual não se tenha dado às partes oportunidade de 
se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre 
a qual deva decidir de ofício. 
-Segundo o código de processo penal não determina a 
necessidade de que as partes sejam ouvidas antes da 
determinação. 
-Prevalecer que o juiz aplicara a emendatio de oficio, sem 
a necessidade de uma formalidade prévia, afinal, os fatos 
estavam adequadamente narrados desde o início. 
-O autor Aury, no entanto, afirma que o juiz deve ouvir 
previamente as partes, mesmo nas questões de direito, 
em respeito ao princípio do contraditório (POSIÇÃO 
MAJORITÁRIA) 
 Momento processual 
 Sentença, em regra. 
 Admite excepcionalidade? 
 Sim, a casos em que se admitem a exceção. Para 
por exemplo, evitar o desgaste econômico no 
processo, ocorrendo no momento da denuncia 
ou queixa, se ele perceber mudança de 
competência ou suspensão do processo. 
EMENDATIO EM SEGUNDO GRAU: É POSSÍVEL? 
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas 
suas decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, 
no que for aplicável, não podendo, porém, ser 
agravada a pena, quando somente o réu houver 
apelado da sentença. 
-Exclusivo da defesa e de forma que não prejudique a 
defesa. 
MUTATIO LIBELLI 
-Mudança na definição jurídica do fato. A mudança no fato. 
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se 
entender cabível nova definição jurídica do fato, em 
consequência de prova existente nos autos de 
elemento ou circunstância da infração penal não 
contida na acusação, o Ministério Público deverá 
aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) 
dias, se em virtude desta houver sido instaurado o 
processo em crime de ação pública, reduzindo-se 
a termo o aditamento, quando feito oralmente. 
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
ofendido pode fazer aditamento? 
1ª) doutrina majoritária, por analogia, cabe ao querelante o 
aditamento, desde que dentro do prazo dos 6 meses. 
(POSIÇÃO ADOTADA) 
2ª) não, pode pois o art. 384, CPP, especificamente fala 
em Ministério Público 
TJ-PR- PROCESSO CRIMINAL Recursos Apelação APL 
00016391120178160075 PR 0001639-11.2017.8.16.0075 
NOSSA OPINIÃO: Na ação penal privada não vige o 
princípio da obrigatoriedade (como ocorre nos casos de 
ação penal pública), mas o da oportunidade. Dessa forma, 
e desde que não tenha transcorrido o prazo decadencial 
de 06 (seis) meses, o Querelante poderia, porém sem 
qualquer iniciativa do órgão julgador, realizar a MUTATIO 
LIBELLI. 
Depois de aditada a denúncia o Juiz pode condenar com 
base da denúncia originária, rejeitando a imputação feita 
no aditamento? 
Deve ser observado: 
a) O fato definido no aditamento suplanta 
inteiramente os fatos expostos na denúncia – 
Aditamento 
pelo MP 
Se o MP não entende 
pelo aditamento? 
Se admitir, designa 
audiência 
Não admitindo, 
segue o processo 
Juiz decide pelo 
aditamento ou não 
Realizado aditamento, 
notifica a defesa 
Em caso de aceitação do 
aditamento o que pode 
fazer a defesa? 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm
 
 
assim teria que seguir comente o exposto pelo 
aditamento. 
b) Ou o aditamento se refere apenas ao acréscimo 
de circunstância que qualifica o crime- assim o juiz 
não fica inteiramente vinculado ao aditamento. 
MODALIDADES DE ADITAMENTO 
 Aditamento próprio 
-REAL/OBJETIVO 
-PESSOAL/SUBJETIVO 
• Aditamento Improprio 
-Ex: (retificação, esclarecimento circunstanciais) 
Obs: No caso de queixa-crime para alguns autores apenas 
o aditamento improprio. 
EMENDATIO LIBELLI E A MUTATIO LIBELLI 
APLICADAS PELOS TRIBUNAIS NO EXERCÍCIO DE 
COMPETÊNCIA RECURSAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERGUNTA 
O réu foi denunciado por estupro consumado, tendo o 
MP reafirmado essa tipificação nos memoriais (“alegações 
finais”). O juiz poderá condenar o acusado por estupro 
tentado mesmo que não haja aditamento da denúncia na 
forma do art. 384 do CPP? 
-Explicação: Seguindo o entendimento, pode o juiz 
condenar por delito tentado. 
a) Réu denunciado por delito na forma consumada 
e condenada na forma tentada: 
Informativo 557 do STJ 
b) Ementa Oficial 
HC 297.551/MG Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI 
CRUZ. SEXTA TURMA. Julgado em 05/03/2015. 
TRECHO DE DECISÃO EXARADA NO HC 197.068/SP, 
REL. MINISTRO JORGE MUSSI. 
Não há ilegalidade no procedimento adotado pelo 
magistrado de origem, que condenou os pacientes 
pelo crime de roubo consumado, já que, nos exatos 
termos do artigo 383 do Código de Processo Penal, 
o Juízo pode atribuir definição jurídica diversa aos 
fatos contidos na inicial, desde que não os modifique, 
ainda que, por consequência, tenha que aplicar pena 
mais grave. [...] 4. Não há ilegalidade na condenação 
dos pacientes pelo crime de roubo consumado, 
quando o Ministério Público oferece denúncia e 
sustenta nas alegações finais que o delito teria sido 
praticado na forma tentada. 
Obs: A tentativa não é figura autônoma. 
Recursos cabíveis contra: 
➢ Decisão de recebimento do aditamento 
➢ Decisão de rejeição de aditamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO EM 
SEGUNDA INSTANCIA 
EMENDATIO LIBELLI 
MUTATIO LIBELLI 
Implicaria na 
supressão de 
instância 
 
Súmula 453 - STF: 
Não se aplicam à 
segunda instância o art. 
384 e parágrafo único 
do Código de Processo 
Penal, que possibilitam 
dar nova definição 
jurídica ao fato 
delituoso, em virtude 
de circunstância 
elementar não contida, 
explícita ou 
implicitamente, na 
denúncia ou queixa 
 
Deve ser 
observado a 
proibição da 
reformatio in 
pejus em caso 
de recurso 
exclusivo da 
defesa

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