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-Alterações pela lei anticrime -Sentença não é peça privativa de liberdade, no entanto, é necessário que o advogado possar encontrar os vícios em uma sentença, verificar suas falhas. Saber de todo o conteúdo que precisa estar lá, principalmente diante de algumas ausências gerarem nulidade na peça. -O código processual penal não conceitua a sentença. ATOS PROCESSUAIS a) Despachos de mero Expediente -Decisões que estão no processo apenas para movimentar o processo. -O juiz só deve se movimentar pelo princípio da inercio no consoante ao que ele for julgar, durante o processo ele deve impulsionar atos que dever levar o processo ao êxito. -Ex: Despacho designando Audiência, Despacho Abrindo Vistas as Partes, Intimação de partes de ato processual ocorrente no processo. b) Decisões Interlocutórias (não decidem sobre o mérito do processo – não analisam imputação feita ao réu) -Soluções dadas pelo juiz acerca de uma questão controvertida -Interlocutória simples Elas não encerram processo e nem uma fase do processo. -Interlocutória mista Resolvem uma controvérsia encerrando uma parte do processo ou até mesmo o processo em si. c) Decisões Definitivas -Resolvem questão comprometida, porém não discorrem sobre a imputação. Não atingem o mérito d) Sentenças Sentido estrito- condena ou absolve o réu Sentido amplo- não aprecia imputação feita ao réu, mas traz manifestação com cunho decisório. Sentença ¹ em sentido ² em sentido Estrito amplo Julga o mérito Ex “sentença Principal de pronuncia Condena ou absolve 1 – Está Condena ou absolve – Art. 381 CPP – Julga o mérito principal do processo. 2- Decisão Interlocutória Mista, não decide sobre imputação. SENTENÇA a) o CPP não traz um padrão rígido. não traz um conceito expresso. O que nós consideramos sobre sentença é aquela decisão que julga a respeito do mérito do processo, que importa em condenação (quando a sentença acolhe o pedido) ou absolvição. -Condenatórias (Art. 387): Acolhem o pedido formulado na inicial acusatória, aplicando ao réu uma pena (privativa de liberdade, restritiva de direitos ou multa). -Absolutórias (art. 386): podem vir a ser próprias (julgam improcedente a acusação) ou impróprias (absolvem o réu, mas impõem medida de segurança em razão da inimputabilidade total ao tempo do fato). b) podemos considerar que sentença é apenas a decisão que julga o mérito principal? CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS 1. SENTENÇAS DECLARATÓRIAS Ex: Sentença que declara extinta a punibilidade 2. SENTENÇAS CONDENATÓRIAS Ex: Julga procedente a imputação ao réu impondo uma sentença 3. SENTENÇA CONSTITUTIVA Ex: Faz surgir uma nova situação jurídica, exemplo clássico é uma sentença de revisão criminal Art. 381 ao Art. 392 do CPP 4. SENTENÇA MANDAMENTAL Ex: Pode ser encontrada na Peça de HC. Obs.: comum pedir a concessão da ordem no h.c., quando o juiz julga procedente este espede uma ordem, manda emitir alvará de soltura, por exemplo. 5. SENTENÇA EXECUTIVA Ex: Sentenças proferidas nas medidas assecuratórias de sequestro. CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS EM SENTIDO AMPLO a) interlocutórias simples Resolve uma controvérsia simples. Ex: decisão de concessão de liberdade provisória. b) interlocutórias mistas -Terminativas. Ex: decisão que rejeita a denúncia -Não terminativas. Ex: decisão de pronúncia. QUANTO A POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO c) executáveis d)não executáveis OUTRAS CLASSIFICAÇÕES e) sentenças vazias -Sem fundamentação -Absolutamente nulas (violação ao Art. 93, IX, Da CF) f) sentenças suicidas -Há contradição entre a fundamentação e o dispositivo, sendo nulas, mas corrigíveis por embargos de declaração. Art. 382 g) sentenças autofágicas -Reconhece a imputação, mas declara extinta a punibilidade (Ex: perdão judicial). -A alguns crimes que a previsão de perdão judicial. h) sentenças subjetivamente: -Simples Proferidas por um único juiz -Primas (colegiado homogêneo – Ex: Sentença proferida pela primeira turma da soja) e complexas (Proferidas por um órgão – heterógeno, Ex: sentença proferida por júri) Proferidas por colegiado CONTEÚDO/ELEMENTOS DA SENTENÇA ESTRUTURA DA SENTENÇA – Não é faculdade do juiz, ele é obrigado a obedecer a estrutura. Art. 381. A sentença conterá: I - Os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las; (R) II - A exposição sucinta da acusação e da defesa; (R) III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; (F) IV - A indicação dos artigos de lei aplicados; (F) V - O dispositivo; VI - a data e a assinatura do juiz. Relatório - Fundamentação - Dispositivo RELATÓRIO -Tem a fundamentação de saber se o juiz conhece do processo. -História relevante do processo -Nome das partes -Exposição da acusação e da defesa O RELATÓRIO PODE SER DISPENSADO? Não, se na sentença não tem relatório é motivo de nulidade. No entanto, tem uma hipótese: -No procedimento do juizado -Lei 9.099/90 Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. -Nos demais procedimentos: sua ausência gera nulidade RE L A T Ó RI O TJ – SC – Apelação Criminal/ ACR 324313 SC 2011.032431 (TJ-SC) -Exigência Constitucional Art. 93, IX da CF -Motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão. -Indicar os art. De lei aplicados -Necessário para manutenção do princípio da ampla defesa e do contraditório, princípio constitucional que assegura um julgamento justo e pautado na lei. -Deve responder: Por que ele ta condenando réu? Quais artigos se aplicaram? Está correto? Os pontos Básicos em que se assenta a ideia de motivação como garantia: 1. Constatar se o juiz levou em conta os argumentos e a prova que produziram 2. Garantia de controle da legalidade das decisões judiciarias 3. Garantia de uma atuação equilibrada e imparcial do magistrado. - O juiz deve apontar as provas produzidas que ajudaram em seu posicionamento. -As sentenças tem segurança contra arbitrariedade do estado, de forma a promover a segurança jurídica ao julgado. -Garantia das decisões motivadas -Código de processo penal traz expressamente que ausência de fundamentação gera nulidade Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: V - Em decorrência de decisão carente de fundamentação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) -A CF já retratava sobre decisões imotivadas serem nulas. - Você já se deparou com alguma sentença com afirmação nesse sentido? “Para afastar as preliminares defensivas, reporto-me às razões exaradas no parecer ministerial, que detidamente analisou a questão controvertida.” Explicação: Magistrado utilizando parecer do MP para fundamentar sua decisão. – Fundamentação por remissão FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM [FUNDAMENTAÇÃO POR REMISSÃO] -é quando na motivação de decisão/sentença se reporta as razões de decidir consignadas na fundamentação de outra decisão ou sentença. - Incompatível com os preceitos constitucionais da fundamentação das decisões judiciais, do contraditório e da proteção judicial efetiva, consubstancia manifesta afronta às balizas decisórias do art. 315, § 2º, do cpp, incluídas pela lei 13.964/2019 Explicação: O STF e o STJ entendem que é possível o uso, com ressalva de que o magistrado pode até fazer uso dessa fundamentação, mas precisa também expor seus próprios fundamentos, não podendo utilizar somente as razões de outra decisão. Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegara prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (...) § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - Limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (...) V - Limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) -Objetivo de evitar decisão carente de fundamentação. POSIÇÃO STJ F U N D A M EN T A Ç Ã O A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, embora admita que o julgador se utilize da transcrição de outros alicerces jurídicos apresentados nos autos para embasar as suas decisões – no caso, do parecer do Ministério Público –, ressalta a necessidade também de fundamentação própria, devendo o julgador expor, ainda que sucintamente, as razões de suas conclusões, o que não foi realizado pelo Tribunal de origem. 2. Recurso ordinário em habeas corpus provido para anular o acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 2ª. Região nos autos do Habeas Corpus n.º 0008330-61.2018.4.02.0000, determinando que outro seja prolatado, com a necessária fundamentação.” (RHC 104.665/RJ, j. 13/12/2018) -A mera remissão e transcrição de decisão ou manifestação anterior, sem o devido cotejo com as peculiaridades do caso concreto, é manifestamente incoadunável com a tutela jurisdicional assegurada pela carta magna. Em razão de: (I) exigência própria do Estado Democrático de Direito; (II) direito fundamental do cidadão; (III) serve para controlar a racionalidade da decisão judicial como forma de limitar o poder. Enquadramento Legal Correta Dosimetria da Pena -Onde se justifica o patamar da pena, aplicação de atenuantes, agravantes, diminuição ou aumento da pena. E sentença sem assinatura e sem data vale? Não, ocasiona ato inexistente. A simples inserção no PJe não supre essa falta. Pode ser assinatura eletrônica. “EMBARGUINHOS” ART 382 CPP uma vez publicada a sentença não pode ser alterada exceto: 1. ERRO MATERIAL 2. EM CASOS DE AMBIGUIDADE, OMISSÃO E OBSCURIDADE Os embargos [382 DO CPP], quando julgados procedentes, resultam: 1. em uma alteração que não implica normalmente modificação dos comandos normativos, pois que os embargos apenas buscam tornar-se claro o conteúdo da sentença; 2. Excepcionalmente modificação dos comandos normativos -Embargo não altera mérito na sentença. -Para alterar mérito, apelação. CORRELAÇÃO DA ACUSAÇÃO E SENTENÇA 1. Princípio da correlação ou congruência Dessa correlação (absolutamente) necessária entre a acusação e a sentença deriva um outro princípio, o da adstrição do juiz ao pedido da parte, que se expressa por meio de três regras básicas que são as seguintes: 1.1 a sentença não pode ser ultra petita (a sentença não pode ir além do pedido: denúncia por lesão corporal e condenação por lesão corporal seguida de morte – ne eat iudex petita partium); 1.2 extra petita (a sentença não pode estar fora do pedido: acusação de furto e condenação por apropriação indébita); 1.3 citra petita (a sentença não pode ficar aquém do que foi pedido: acusação de dois delitos e condenação por um só deles, sem nada decidir sobre o outro). Se não corrigível com embargo, requer-se nulidade absoluta. D IS PO SI T IV O D A T A E A SS IN A T U RA D O J U IZ DIREITO PROCESSUAL PENAL. PRINCÍPIO DA CORRELAÇÃO. CAUSA DE AUMENTO DE PENA. A causa de aumento de pena não pode ser presumida pelo julgador, devendo o fato que a configurar estar descrito pormenorizadamente na denúncia ou queixa. O princípio da correlação entre acusação e sentença, também chamado de princípio da congruência, representa uma das mais relevantes garantias do direito de defesa, visto que assegura a não condenação do acusado por fatos não descritos na peça acusatória. HC 149.139-DF, DJe 2/8/2010; HC 139.759-SP, DJe 1º/9/2011. REsp 1.193.929-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 27/11/2012 TRECHO DO VOTO MIN CELSO MELO [REVISOR] o 03/10/2017 -SEGUNDA TURMA o AÇÃO PENAL 975 ALAGOAS o O caso - recurso de apelação interposto pelo Deputado Federal Ronaldo Augusto Lessa dos Santos contra a sentença penal condenatória proferida – em momento que precedeu a diplomação do apelante como Deputado Federal – pela Justiça Federal de primeira instância de Alagoas Princípio da correlação e da congruência entre acusação e sentença: necessidade de sua observância como garantia fundamental do direito de defesa Entendo, de outro lado, que tem plena razão o eminente Relator, quando reconhece a existência, no caso, de nulidade absoluta resultante da violação ao princípio da correlação ou da congruência que necessariamente deve haver entre a denúncia e a sentença. Esse específico aspecto foi bem ressaltado pelo eminente Ministro EDSON FACHIN, como o evidenciam as razões que dão suporte ao seu douto voto, de que extraio os seguintes fundamentos: “Com efeito, em que pese não arguido pelas partes, compulsando os autos verifico que a sentença exorbitou os limites traçados pela exordial acusatória, impondo assim o reconhecimento de nulidade parcial da decisão. (...) A sentença, contudo, em descompasso aos limites traçados pela exordial acusatória, condenou o réu pela prática de mais de 7 (sete) crimes de peculato, considerando, em sua fundamentação, a participação do réu em fatos estranhos, não narrados na denúncia, a saber: (i) a responsabilidade por atos praticados pelo secretário de infraestrutura FERNANDO DE SOUZA; (is) desvios e irregularidades havidas na gestão do Convênio 003/2005 e (III) o desvio ocorrido em 23/11/2005, quando, por meio de TED, efetuou-se a transferência irregular de valores da conta específica do Convênio 003/2005 para a conta única do Governo do Estado de Alagoas (fl. 2202-v). EMENDATIO LIBELLI -Quando o juiz sem modificar a descrição do fato que esta contifdo na denuncia ou queixa, pode atribuir uma definição juridica diversa ainda que como sonseguencia ele tente aplicar a pena mais grave. (Não ofende Ampla defesa – não altera fatos – O REU SE DEFENDE DOS FATOS NARRADOS. -Se aplicado pena mais gravosa será a cabivel ao delito, não odendendo garantias processuais. Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave § 1o Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. § 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos. 1-Pode surgir um crime que 2- Pode surgir possibilita a suspensão modificação de condicional do processo. Competência. Devendo o juiz remeter aos autos EMENDATIO DE OFÍCIO Pergunta: É necessário oitiva previa das partes? EMENDATIO LIBELE SUMULA N° 337 STJ É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcialda pretensão punitiva. O CPC, DISPÕE: PRINCIPIO DA NÃO SUPRESSA Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I - À tutela provisória de urgência; II - Às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; III - à decisão prevista no art. 701. Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. -Segundo o código de processo penal não determina a necessidade de que as partes sejam ouvidas antes da determinação. -Prevalecer que o juiz aplicara a emendatio de oficio, sem a necessidade de uma formalidade prévia, afinal, os fatos estavam adequadamente narrados desde o início. -O autor Aury, no entanto, afirma que o juiz deve ouvir previamente as partes, mesmo nas questões de direito, em respeito ao princípio do contraditório (POSIÇÃO MAJORITÁRIA) Momento processual Sentença, em regra. Admite excepcionalidade? Sim, a casos em que se admitem a exceção. Para por exemplo, evitar o desgaste econômico no processo, ocorrendo no momento da denuncia ou queixa, se ele perceber mudança de competência ou suspensão do processo. EMENDATIO EM SEGUNDO GRAU: É POSSÍVEL? Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença. -Exclusivo da defesa e de forma que não prejudique a defesa. MUTATIO LIBELLI -Mudança na definição jurídica do fato. A mudança no fato. Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). ofendido pode fazer aditamento? 1ª) doutrina majoritária, por analogia, cabe ao querelante o aditamento, desde que dentro do prazo dos 6 meses. (POSIÇÃO ADOTADA) 2ª) não, pode pois o art. 384, CPP, especificamente fala em Ministério Público TJ-PR- PROCESSO CRIMINAL Recursos Apelação APL 00016391120178160075 PR 0001639-11.2017.8.16.0075 NOSSA OPINIÃO: Na ação penal privada não vige o princípio da obrigatoriedade (como ocorre nos casos de ação penal pública), mas o da oportunidade. Dessa forma, e desde que não tenha transcorrido o prazo decadencial de 06 (seis) meses, o Querelante poderia, porém sem qualquer iniciativa do órgão julgador, realizar a MUTATIO LIBELLI. Depois de aditada a denúncia o Juiz pode condenar com base da denúncia originária, rejeitando a imputação feita no aditamento? Deve ser observado: a) O fato definido no aditamento suplanta inteiramente os fatos expostos na denúncia – Aditamento pelo MP Se o MP não entende pelo aditamento? Se admitir, designa audiência Não admitindo, segue o processo Juiz decide pelo aditamento ou não Realizado aditamento, notifica a defesa Em caso de aceitação do aditamento o que pode fazer a defesa? http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm assim teria que seguir comente o exposto pelo aditamento. b) Ou o aditamento se refere apenas ao acréscimo de circunstância que qualifica o crime- assim o juiz não fica inteiramente vinculado ao aditamento. MODALIDADES DE ADITAMENTO Aditamento próprio -REAL/OBJETIVO -PESSOAL/SUBJETIVO • Aditamento Improprio -Ex: (retificação, esclarecimento circunstanciais) Obs: No caso de queixa-crime para alguns autores apenas o aditamento improprio. EMENDATIO LIBELLI E A MUTATIO LIBELLI APLICADAS PELOS TRIBUNAIS NO EXERCÍCIO DE COMPETÊNCIA RECURSAL. PERGUNTA O réu foi denunciado por estupro consumado, tendo o MP reafirmado essa tipificação nos memoriais (“alegações finais”). O juiz poderá condenar o acusado por estupro tentado mesmo que não haja aditamento da denúncia na forma do art. 384 do CPP? -Explicação: Seguindo o entendimento, pode o juiz condenar por delito tentado. a) Réu denunciado por delito na forma consumada e condenada na forma tentada: Informativo 557 do STJ b) Ementa Oficial HC 297.551/MG Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ. SEXTA TURMA. Julgado em 05/03/2015. TRECHO DE DECISÃO EXARADA NO HC 197.068/SP, REL. MINISTRO JORGE MUSSI. Não há ilegalidade no procedimento adotado pelo magistrado de origem, que condenou os pacientes pelo crime de roubo consumado, já que, nos exatos termos do artigo 383 do Código de Processo Penal, o Juízo pode atribuir definição jurídica diversa aos fatos contidos na inicial, desde que não os modifique, ainda que, por consequência, tenha que aplicar pena mais grave. [...] 4. Não há ilegalidade na condenação dos pacientes pelo crime de roubo consumado, quando o Ministério Público oferece denúncia e sustenta nas alegações finais que o delito teria sido praticado na forma tentada. Obs: A tentativa não é figura autônoma. Recursos cabíveis contra: ➢ Decisão de recebimento do aditamento ➢ Decisão de rejeição de aditamento APLICAÇÃO EM SEGUNDA INSTANCIA EMENDATIO LIBELLI MUTATIO LIBELLI Implicaria na supressão de instância Súmula 453 - STF: Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa Deve ser observado a proibição da reformatio in pejus em caso de recurso exclusivo da defesa
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