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HERPES ZOSTER THALITA NOBREGA ALVARENGA A. Conceito: Entende-se que o Herpes-Zoster é a consequência da reativação de uma infecção latente pelo vírus varicela-zoster (VVZ), um alfa-herpes vírus morfologicamente semelhante ao herpes-vírus, que persistiu no sistema nervoso após uma infecção primária a partir dos gânglios das raízes dorsais. B. Causas: A razão para o herpes zoster ocorrer não é clara. Uma das hipóteses é a redução da imunidade, uma vez que a doença é mais comum em pessoas com 60 anos ou mais e/ou com sistema imunológico debilitado. C. Fatores de risco: Idade, doenças que debilitam o sistema imunológico (HIV-AIDS, CÂNCER), tratamento com imunossupressores e medicamento de uso contínuo que reduzem a imunidade. D. Fisiopatologia: A determinação do Herpes zoster se dá pela reativação de uma infecção prévia ao vírus da varicela zoster, podendo se deflagrar anos após a primo- infecção. E. Quadro Clínico e período: O quadro clínico do Herpes zoster é caracterizado por: ▪ Vesículas herpetiformes ▪ Dor em queimação: no dermátomo afetado, com predileção para face e tórax ▪ Mal-estar ▪ Prurido ▪ Cefaleia ▪ Febre A persistência da dor após a resolução das manifestações cutâneas caracteriza a sua complicação mais frequente, a Neuralgia Pós- Herpética. F. Sintomas: É dividido em fases de desenvolvimento: I. Período de incubação (antes das erupções): dor que se inicia antes mesmo de surgirem as lesões de pele, ardor e sensação de cócegas e/ou formigamento na área próxima aos nervos afetados, calafrios, distúrbios gastrointestinais. OBSERVAÇÃO: Esses sinais podem aparecer alguns dias antes das erupções aparecerem, os calafrios e dor de estomago (com ou sem diarreia) aparecem poucos dias antes das erupções e podem persistir durante o período das lesões da pele. II. Fase ativa: Nesta fase, as erupções aparecem. O fluido dentro das lesões é claro no início, mas pode se tornar turvo após três ou quadro dias. Algumas pessoas podem ter ferimentos mais suaves, quase imperceptíveis. As erupções podem ocorrer na testa, bochecha, nariz ou em torno de um dos olhos (herpes zoster oftálmico), são geralmente acompanhadas de dor, descrita como “agulhas penetrantes na pele”, regridem após gerarem uma crosta que persiste por 5 dias em média. Este quadro melhora em cerca de duas a quatro semanas e as erupções podem deixar cicatrizes. III. Fase crônica (neuralgia pós-herpética): A neuralgia pós-herpética é a complicação mais comum do herpes zoster (acomete 10 a 15% das pessoas). Dura pelo menos 30 dias e pode continuar por meses ou anos. Os sintomas apresentados são: queimação e pontadas na área onde ocorrem as erupções, dor persistente no local (pode durar anos) e extrema sensibilidade ao toque. A dor é mais comum na testa ou no peito e prejudica as atividades diárias como comer, dormir e trabalhar além de poder levar à depressão. A dor da neuralgia pós-herpética pode ser confundida com as típicas de outros quadros como apendicite, infarto, úlceras ou enxaqueca, dependendo da localização. G. Diagnósticos e exames: O diagnóstico da infecção por Herpes-zoster é eminentemente clínico, no entanto, exames complementares como a reação de cadeia polimerase (PCR) ou a imunofluorescência direta auxiliam na identificação do DNA e do antígeno viral respectivamente. H. Tratamentos: HERPES ZOSTER THALITA NOBREGA ALVARENGA Não há cura. O tratamento pode reduzir a duração da doença e prevenir complicações. Banhos frios ou frescos, compressas úmidas na região das lesões podem ajudar a aliviar a coceira e a dor. O principal tratamento para pacientes acometidos pelo HZ é o uso de antiviral oral, sendo eles o aciclovir, vanciclovir ou fanciclovir. Todos irão ser indicados também em: pacientes imunocompetentes com idade maior ou igual a 50 anos; na presença de erupções cutâneas consideradas severas ou que comprometam outras partes do corpo além do tronco; e se a dor for moderada ou grave. Geralmente, o diagnóstico do herpes-zoster é complicado e demorado, gerando atraso para o início do tratamento. Porém, quando diagnosticado, o paciente deve ter o tratamento prescrito por 7 dias na ausência de complicações do HZ. ▪ Aciclovir: 800mg – 5x ao dia por 7 a 10 dias. ▪ Fanciclovir: 500mg – 3x ao dia por 7 dias. ▪ Vanciclovir: 1000mg – 3x ao dia por 7 dias. O uso desses fármacos tem como objetivo a cura das lesões cutâneas, além de diminuir a dor e prevenir a ocorrência da neuralgia pós-herpética (NPH). Os efeitos colaterais mais comuns dos antivirais citados acima são náuseas, vômitos, cefaleia, tontura e dor abdominal. I. Prevenção: Vacinação. J. Epidemiologia: Por ser resultado de uma primo-infecção, o herpes- zoster tem maior incidência ao decorrer do aumento de idade, principalmente após os 45 anos, o que serve de alerta diante a predisposição da sociedade ao envelhecimento populacional. Como outros fatores de risco estão associados à reativação: a imunossupressão – decorrentes de HIV, terapias imunossupressoras ou pelo processo de senescência, história familiar prévia para a doença e a raça negra. A complicação mais frequente do Herpes-zoster é a neuralgia pós-herpética (NPH).
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