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A Psicologia na Organização do Trabalho

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A Psicologia na Organização do Trabalho
A preocupação com o trabalho do ponto de vista do psicólogo hoje é diferente aos tempos da colônia, tendo como foco a moral como prevenção ao ócio, a preguiça e o vicio para o controle e o processo de produção.
A preocupação vem aumentando desde o século XIX incrementando o processo de urbanização, que traz a emergência de novas camadas sociais com a ampliação e a diversificação das atividades produtivas. Essa configuração social gerou conflitos exigindo do poder ações controladas, para reprimir movimentos contestatórios. A medicina social veio exercer importante papel trazendo modelos higiênicos de vida social categorias patológicas e comportamentos considerados desviantes.
As primeiras experiências da psicologia ás questões do trabalho datam da década de 20, lançando as bases dos desenvolvimentos. Foi quando a psicologia se estabeleceu definitivamente ampliando as direções e explicando suas possibilidades de aplicação ás necessidades impostas pela vida social.A psicologia veio inserir-se num panorama que a preocupação com a maximização tornava-se imperativo, contribuindo com conhecimentos e técnicas necessárias.
Assiste-se nesse momento um acelerado crescimento da indústria brasileira, ao mesmo tempo em que a burguesia industrial busca implementação de processos modernos Jorge Street, Roberto Simonsen e Paulo Nogueira Filho fora, alguns dos mais destacados representando do mercado brasileiro que defenderam e adotaram tais ideias.
A década de 10 caracterizou-se por uma progressiva organização da classe trabalhadora, nesse momento ocorre um fortalecimento dos sindicatos e associações de trabalhadores, incluindo varias greves e, além disso, a elaboração de proposta sistemáticas de intervenção sobre os problemas do país, dentre a gestão de produção.Os empresários sentindo-se ameaçados buscam a contenção desse processo, porém, na década de 20, assiste a uma mudança nos regimes disciplinares: anuncia-se um projeto de produção do novo trabalhador, a nova fabrica deveria então constituir o palco formador da nova figura produtiva, no mesmo tempo, deveria configurar como o lugar de atuação de um outro tipo de patrão, moderno e agilizado em oposição á antiga figura do proprietário despótico, arbitrário e rude do passado.
Segundo Rago, tais mudanças antecedem a penetração das ideias Tayloristas e fordistas no país. Ideias que serão a principal base sobre as mudanças propostas que encontrarão suas diretrizes. De acordo com Taylor a Phisiologia e a psychologia foram chamadas a cooperar na organização das fábricas, para maior eficiência econômica e melhoria das condições de trabalhos operários.
Nessa perspectiva parte dos empresariados brasileiros percebeu a necessidade de institucionalização desse projeto de modernização e cientifização dos processos administrativos.
Tiveram grande impacto no processo as conferências proferidas por Léon Walther sobre Psicotécnica, instrumental fundamental para a materialização das finalidades enunciadas pela administração cientifica.
Cogita atualmente, a Associação Comercial de São Paulo de promover a fundação de um Instituto de organização cientifica do Trabalho.Tal iniciativa não se concretizou, pois, segunda Antonacci 1987, a crise de 29 interrompeu, embora momentaneamente, sob a liderança de Aldo Mario de Azevedo, outro grupo começou a se formar no final de 1930, com a finalidade de criar o Instituto Paulista de Eficiência que foi o elemento base para a fundação do Instituto de Organização Racional do Trabalho.
Nesse panorama a psicologia assumiu ao lado de outras áreas a função sustentáculo cientifico dos novos métodos administrativos, foi fundamental para justificar e legitimar novas medidas no plano teórico com o conjunto de técnicas por ela fornecido. A psicologia foi essencial no fator humano na administração das indústrias, como na seleção de pessoal e orientações profissionais, iniciando na década de 20 o movimento dos testes tendo como marco o curso Psicotécnico, ministrado por Piéron.
A experiência pioneira com a utilização de testes aconteceu em 1924, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, coordenado pelo Suíço Roberto Mange, a primeira vez no Brasil que utilizou teste com a finalidade de seleção. Surgiu então o teste vocacionail com a finalidade de orientar profissionalmente os jovens, para que suas escolhas fossem compatíveis com suas aptidões. Medeiros e Alburquerque e Isaias relacionam-se diretamente com as primeiras aplicações dos testes no país, sendo os principais recursos técnicos da psicologia.
A psicologia se desenvolveu no interior de outra área de saber, para qual convergem diversas áreas de conhecimentos. Com esse processo a psicologia ganhou impulso para seu desenvolvimento e principalmente definindo com clareza seu campo de ação profissional.

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