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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 3ª VARA DE REGISTROS PÚBLICOS DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO– RJ.
Processo n. ______-__.____._.__.____
Maria Capitolina Santiago, casada, já qualificada nos autos da AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL C/C PEDIDO LIMINAR DE TUTELA DE URGÊNCIA, que lhe move Quinzinho Machado de Assis, vem, mui respeitosamente, por seu procurador, com endereço eletrônico ____________@____.__, CEP ____-___, perante Vossa Excelência apresentar: 
CONTESTAÇÃO
Com fulcro no artigo 335 do Código de Processo Civil, diante dos fatos e direitos que passa a expor:
1. DOS FATOS
O autor alega que tomou posse mansa, pacifica e ininterrupta do imóvel de 02 (dois) hectares, onde vive com sua esposa e seus quatro filhos e onde está habilitado no programa da agricultura familiar. Afirma ainda que a ré não detém matrícula do imóvel.
Ocorre que a ré detém sim matrícula do imóvel, de área superior a 23 (vinte e três) hectares, onde o autor alega ter 02 (dois) hectares, Capitu jamais deixou de exercer posse de seu imóvel, visto que o autor reside e sempre residiu a título de parceria agrícola e comodato no local.
Além disso, Maria Capitolina é casada com Bento Santiago, com quem detêm a titularidade do bem, este, não foi citado na presente demanda, assim como a própria Maria, já que erroneamente sua mãe foi citada em seu lugar, sendo a citação enviada para o endereço de Dona Fortunata, cabendo salientar, que devido a pandemia, Maria não ficou sabendo antes da presente ação. 
2. PRELIMINARMENTE
2.2 NULIDADE DA CITAÇÃO REALIZADA
Importante salientar que a citação da ré não foi realizada da forma correta, tendo em vista que a citação foi endereçada a sua mãe Dona Fortunata, que não é parte da demanda, não sendo realizada pessoalmente, o que gerou atraso no conhecimento da presente ação, acarretando prejuízo a ré.
Além disso, houve a ausência de citação de Bento Santiago, que é titular do referido imóvel juntamente com Maria Capitolina, assim, cabe arguição dessa preliminar, de acordo com o art. 242, art. 337, inciso I e art. 73, §1º, inciso I do CPC.
3. DO MÉRITO
Como exposto nos fatos, Maria Capitolina e seu marido Bento Santiago detém matrícula da área de 23 (vinte e três) hectares, assim como, restou claro que há existência de comodato e contrato de parceria agrícola, o que demonstra que não há de se falar em animus domini (intenção de agir como dono) do Sr. Quinzinho. 
O comodato, previsto nos arts. 579 à 585, não possibilita a aquisição da propriedade quando a posse decorre desse empréstimo, onde o proprietário permite apenas o uso do bem e não dispõe de seu domínio. Já se posicionou a Jurisprudência nesse sentido:
TJ-MG – Apelação APL 02023052320028260577 SP 0202305-23.2002.8.26.0577
EMENTA
*POSSE. COMODATO VERBAL. USUCAPIÃO. 1. A verdade formal obtida nos autos demonstra a ocupação da área por mera comodidade do proprietário, em razão da relação empregatícia. Inexistiu, portanto, aquisição da posse, mas sim, mera detenção. 2. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. ART. 252, do RITJSP.*
Assim como,
TJ-MG – Apelação Cível AC 10024095433819001 MG (TJ-MG)
EMENTA
APELAÇÃO CÍVEL – CONTRATO DE COMODATO VERBAL – USUCAPIÃO – POSSE POR MERA TOLERÂNCIA – IMPOSSIBILIDADE DE USUCAPIR O BEM – Em regra, a posse originada do contrato de comodato inviabiliza a posse ad usucapionem. Trata-se de posse precária, por mera tolerância do proprietário que permite o uso do bem, sem, todavia, se dispor do seu domínio. Não gera direito algum e é revogável a qualquer momento.
4. DO PEDIDO
Diante de todo o exposto requer:
a) O acolhimento das Preliminares;
b) O não provimento da referida ação;
c) A condenação do autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de acordo com o art. 85 do CPC;
d) A produção dos meios de provas admitidos.
Nestes termos, pede deferimento
Rio de Janeiro, data.
Advogada
OAB

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