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Aula 04 Cirurgia Teórica - Tempos Fundamentais da Cirurgia


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Cirurgia – Prof: Jodson Fernandes – 25/08/21 Cindy Chagas 103 C
TEMPOS FUNDAMENTAIS DA CIRURGIA
“Intervenção cirúrgica é o conjunto de gestos manuais, auxiliados por
instrumentos ou não, que o cirurgião realiza para a execução de ato
operatório com finalidade terapêutica, estética ou diagnóstica. As
intervenções fundamentais, também chamadas tempos fundamentais da
cirurgia, são atos cirúrgicos considerados simples, comuns à maioria das
operações, que praticados em sequência, permitem a realização de
operações complexas”
Tempos Cirúrgicos Fundamentais
• Diérese
• Hemostasia
• Síntese
Tempos Cirúrgicos
• Diérese
• Exérese
• Hemostasia
• Síntese
“Algumas vezes apenas UM tempo cirúrgico pode estar presente, como por
exemplo, na abertura de um abscesso ou na sutura de um corte
ocasionado acidentalmente; e as vezes TODOS os tempos cirúrgicos estão
acontecendo simultaneamente”
DIÉRESE
• SEPARAÇÃO dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a
abordagem de um órgão ou região (cavidade ou superfície), ou seja,
é o rompimento da continuidade dos tecidos ou uma via de acesso a
cavidades anatômicas, órgãos e tecidos.
• INCISÃO, SECÇÃO, DIVULSÃO, PUNÇÃO, DILATAÇÃO, SERRAÇÃO
• Tipos:
- Mecânica
- Física
Diérese Mecânica
Incisão
- Realizada com instrumento DE CORTE (bisturi, eletrocautério, serra, tesoura,
cisalha, faca, laser).
- Corte feito em tecidos por meio de instrumentos incisivos.
- Ocorre leve reação inflamatória pois as lesões do tecido é mínima (pouca
área desvitalizada), com ótima cicatrização dos tecidos (bisturi frio x
diatermia).
PASSO A PASSO:
1. DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE DIÉRESE;
2. ISOLAMENTO PROVISÓRIO DO LOCAL;
3. FIXAÇÃO DA PELE;
4. SENTIDO DA INCISÃO
IMPORTÂNCIA DO PASSO A PASSO:
• BORDAS NÍTIDAS:
- favorecendo a cicatrização
• RESPEITO AOS PLANOS:
- deve-se seccionar um plano de cada vez
• RESPEITO ÀS ESTRUTURAS ANATÔMICAS:
- não comprometer grandes vasos e nervos da região
• ACOMPANHAMENTO DAS LINHAS DE FORÇA DA PELE (LANGER)
Punção
- Realizada geralmente com AGULHA ou TROCÁTER
- Drenar coleções de líquidos ou coletar fragmentos de tecidos,
estabelecer vias de acesso, injeção de contrastes
Secção
- Dividir ou cortar tecidos com uso de material cortante; segmentação dos
tecidos (bisturi, tesouras, serra, eletrocautério, laser, ultrassom).
Divulsão
- Afastamento dos tecidos sem seccioná-los, aproveitando o plano de
clivagem ou sua constituição fasciculada, como por exemplo o tecido
muscular. Ela pode ser feita com tesoura de pontas rombas, pinças
hemostáticas, pinça de Mixter, afastador de Farabeuf, tentacânula, outros.
Dilatação
- Usada para aumentar o calibre ou o diâmetro de vias naturais
estenosadas, canais, ductos e vasos. É obtida pela ruptura de fibras
musculares ou de tecido fibroso. Como exemplos, podem ser citados
dilatação do colo de útero, dilatação de estenose do esôfago, da uretra,
etc.
Serração
- Realizada por meio de serras, mormente na cirurgia ortopédica e
cardíaca.
Curetagem
- Raspagem da superfície do órgão ou tecido.
Descolamento
- É realizado pela separação romba dos tecidos através de um espaço
anatômico virtual. Como exemplos, pode-se citar o descolamento da
vesícula biliar do leito hepático durante a colecistectomia; a manobra de
Kocher que consiste no descolamento do duodeno da parede posterior da
cavidade abdominal.
Diérese Física
Térmica – Realizada com o uso do calor, cuja fonte é a energia elétrica
(bisturi elétrico)
Crioterapia – Resfriamento brusco e intenso da área a ser realizada a
cirurgia (nitrogênio líquido)
Laser – realiza-se por meio de um feixe de radiação, ondas luminosas de
raios infravermelhos concentrados e de alta potência. Há vários sistemas
laser, mas, o mais utilizado na cirurgia é o laser de CO2, que pode ser
facilmente absorvido pela água existente no tecido humano.
INSTRUMENTOS DIÉRESE
HEMOSTASIA
Conjunto de medidas adotadas para prevenir, deter, ou coibir o
extravasamento sanguíneo durante o período intraoperatório.
Compressão, ligadura, cauterização, angiotripsia, químico, sutura,
fotocoagulação, grampeamento, obturação, tamponamento,
garroteamento
- Tipos:
Definitiva X Temporária
Preventiva X Corretiva
“Hemostasia é a resposta fisiológica normal do corpo para a prevenção e
interrupção de sangramento e hemorragias.
Anormalidades na hemostasia podem resultar em sangramento
(hemorragia), na formação de coágulos no sangue (trombose)”
“De fato, a hemostasia se inicia antes mesmo da cirurgia, quando são
realizados uma anamnese minuciosa e exames de tempo de coagulação
e dosagem pró-trombina, ainda no pré-operatório.
• Temporária:
- Cruenta X Incruenta
- Intervenção cirúrgica para deter ou impedir temporariamente o fluxo de
sangue no local da cirurgia
- Tipos: pinçamento, tamponamento, garroteamento, ação farmacológica,
parada circulatória com hipotermia, hipotensão controlada ou oclusão
endovascular, outros
• Definitiva:
- Obliteração do vaso sanguíneo em caráter permanente
- Tipos: Clipagem, ligadura definitiva, sutura, cauterização, fotocoagulação
SÍNTESE
Último tempo da cirurgia – síntese cirúrgica
Consiste na aproximação das bordas dos tecidos seccionados ou
ressecados:
a) manutenção e restauração da contiguidade dos tecidos (proximidade
ou adjacência)
b) facilitar as fases iniciais do processo de cicatrização
c) agulhas retas e curvas (cilíndricas ou cortantes)
d) fios absorvíveis e não absorvíveis
Princípios básicos:
- materiais que resistam às trações e tensões de acordo com o tecido a ser
manipulado nas fases iniciais da formação da cicatriz
- o material quase sempre representado por fios de sutura devem ser
substituídos naturalmente pela própria cicatrização à medida que ela se
processa (substituindo a sua função).
- a síntese com a cicatrização restauraram a continuidade dos tecidos, a
primeira não substitui a segunda e a sua missão não deve terminar antes
que a segunda esteja em pleno curso.
- a sutura manual, quando bem feita, embora demorada, obtém resultados
dificilmente superáveis
INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA SÍNTESE MANUAL
Agulhas: São utilizados com a finalidade de transfixar os tecidos, servindo
de guia aos fios de cirurgia.
• Agulhas retas
• Agulhas curvas
• Traumáticas ou cortantes/triangulares
• Atraumáticas ou cilíndricas
Seleção da Agulha
• Acessibilidade do tecido
• O tipo de tecido
• O diâmetro do fio de sutura
Agulha dividida em 3 partes
• Ponta
• Corpo
• Olho
Materiais
• Pinças
• Porta-Agulha
Materiais – Fios
• Absorvíveis
• Não absorvíveis
Materiais – Fios Absorvíveis
• Caguete
• Ácido Poliglicólico
• Ácido Poligaláctico
• Poliodioxanoma
Caguete – absorção por processo inflamatório tipo corpo estranho.
Simples – (ovelha e bovinos), absorção rápida em torno de 8 dias
Cromado – (bicromado de potássio, absorção mais lenta em torno de
20 dias)
Ácido Poliglicólico
- Sintético – Dexon
Absorção hidrólise – 60-90 dias
- Resistência tensil – 21 dias
- Sintético – Vycril
Absorção hidrólise – 60 dias
Poliodioxanoma
Sintético – PDS
Monofilamentar
Absorção lenta após 90 dias até 180 dias
Difícil manuseio
Materiais – Fios Inabsorvíveis
• Seda
• Algodão
• Poliéster
• Nylon
• Polipropileno
Seda
Bicho-da-seda – tratadas com polibutilato
Degradado ao longo dos anos
Algodão
Como todo fio multifilamentar pode perpetuar processo infeccioso
Poliéster
Multifilamentado
Pouca reação tecidual
Nylon
Derivado de Poliamidas – Monofilamentar (pode ser multi)
Pouca reação tecidual
Polipropileno
Sintético e monofilamentar (Prolene)
Pouca reação tecidual
MATERIAL DE PRÓTESE
Origem Biológica
• Fáscia
• Dura-máter
• Pericárdio bovino (válvulas cardíacas)
Origem Sintética
• Próteses Metálicas (ortopedia)
• Plásticas (nylon, teflon, polipropileno ou dácron)
• Membranas Plásticas (silicone)
NÓS E SUTURAS
• Deve ser de fácil realização• Primeira laçada aperta
• Segunda laçada fixa
• Terceira laçada segurança
• Sentidos contrário
Tipos de Sutura
• Suturas em pontos separados
A sutura em pontos separados apresentam uma série de vantagens:
- O afrouxamento de um nó, ou queda do mesmo, não interfere no
restante da sutura;
- Há menor quantidade de corpo estranho dentro da ferida 
intraoperatória;
- Os pontos são menos isquemiantes que os pontos contínuos.
Tipos: ponto simples; ponto simples com nó no interior da ferida; ponto em
“U” horizontal; ponto em “U” vertical (Donatti); ponto em “X” horizontal;
ponto em “X” horizontal com nó no interior da ferida; ponto recorrente;
ponto helicoidal duplo
• Sutura Contínua
Na sutura contínua deve-se considerar o nó inicial, a sutura propriamente
dita, e o nó terminal.
Tipos: Tipos de sutura continua; Chuleio simples ;Chuleio ancorado; Sutura
em barra grega; Sutura intratecidual (intradérmica); Sutura em pontos
recorrentes.
Outros Tipos de Sutura:
Suturas da Pele; Suturas da Tela Subcutânea; Sutura da Aponeurose; Sutura
Muscular; Sutura de Vasos e Nervos; Suturas do Tubo Digestivo; Suturas
Através de Grampeadores
Retirada dos Fios de Sutura
a) aspecto da cicatriz seca, sem edema ou
congestão
b) local da ferida livre de tensões excessivas
c) direção da cicatriz obedecendo as linhas de
forca
d) ausência de condições que interferem na
cicatrização
e) Tipo de tecido e sua capacidade intrínseca de
adquirir resistência tênsil, com o processo de
cicatrização.
f) Tensão a que o tecido será submetido