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Manobras Cirúrgicas Fundamentais

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1 
 
Manobras Cirúrgicas Fundamentais 
→ São manobras que visam à realização de um 
procedimento cirúrgico, de forma ordenada e 
sistematizada, levando ao menor trauma 
cirúrgico, no menor tempo possível. 
→ São divididas em 4 manobras: 
o Diérese 
o Exérese 
o Hemostasia 
o Síntese 
DIÉRESE 
→ Manobras que visam romper a integridade 
tecidual, penetrando o interior dos tecidos. 
→ É dividida em INCISÃO e DIVULSÃO. 
INCISÃO (corte do tecido) 
→ Manobra que serve para abrir, por meios 
mecânicos (bisturi ou tesoura) ou térmicos (bisturi 
elétrico ou laser), os tecidos superficiais. 
→ Incisão com bisturi: 
o Cabo nº 3 
o Lâminas descartáveis (nº 11, 12 ou 15) 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE UMA INCISÃO 
→ Traço único em 45° 
→ Apoio em tecido ósseo sadio 
→ Amplitude: possibilitar visibilidade ao campo 
operatório 
→ Evitar estruturas anatômicas importantes 
→ Base ampla = irrigação do retalho 
→ Base do retalho (x) deve ser maior que a altura do 
retalho (y) 
 
→ Maximizar o suprimento sanguíneo = de onde ele 
vem e por onde vem o aporte sanguíneo 
 
 
 
TIPOS DE INCISÕES 
 
1. NEUMANN: 
→ Incisão interpapilar ou sulcular com 1 relaxante 
divergente para a base – trapezoidal 
 
 
 
2. NEUMANN MODIFICADA: 
→ Incisão interpapilar com 2 relaxantes divergentes 
para a base irrigação – trapezoidal 
 
 
 
 
 
3. WASMUND: 
→ Incisão linear sobre a gengiva inserida com 2 
relaxantes voltada para irrigação – base da incisão. 
 
 
2 
4. PARTSCH: 
→ Concavidade para apical 
 
5. PICHLER: 
→ Concavidade para cervical 
 
6. ENVELOPE: 
→ Incisão sulcular – interpapilar 
→ Utilizada para intervenções no palato e na região 
lingual, onde não se faz incisões relaxantes. 
7. OCHSENBEIN: 
→ Incisão sobre a mucosa sem invadir o sulco 
gengival acompanhando o formato das papilas 
com 2 relaxantes retilíneas divergentes voltada 
pada a região de irrigação. 
 
 
 
DIVULSÃO 
→ Afastamento ou rebatimento dos tecidos 
incisados, a fim de permitir acesso ao osso. 
→ Tipos: 
o Total: levanta-se o periósteo junto com a 
mucosa. 
o Dividido: não levanta o periósteo em nível 
de papila. 
→ Instrumentos: 
o Tesoura de ponta romba 
o Pinças hemostáticas 
o Descoladores de periósteo de Molt 
o Sindesmótomo 
 
 
 
 
EXÉRESE 
→ Manobras de remoção de tecido, lesão, retirada 
de um órgão ou parte dele. 
→ Tipos: 
o Osteotomia: corte do tecido ósseo sem 
sua eliminação 
o Ostectomia: corte e remoção parcial de 
tecido ósseo 
o Alvusão (via alveolar e via não alveolar) 
o Curetagem (remover formações 
estranhas, patológicas ou não) 
→ Instrumentos: 
o Bisturi, tesoura 
o Osteótomos (pinça-goiva/alveolótomo) 
o Curetas 
o Fórceps 
HOMEOSTASIA 
→ Manobras que visam parar ou prevenir o 
sangramento tecidual excessivo (hemorragia), 
oriundo das manobras de diérese e exérese. 
→ Tipos de hemorragias: 
o Arterial 
o Venosa 
o Capilar 
→ A hemostasia tem por objetivo prevenir ou coibir 
as hemorragias decorrentes de feridas acidentais 
ou operatórias. 
→ Constitui um fenômeno “in vivo” em que 
participam além da coagulação sanguínea, os vasos 
e as plaquetas. 
→ Podem ser esquematizadas em três tempos ou 
etapas: 
o Tempo parietal: 
- dura aproximadamente 30 s; 
- vasoconstricção reflexa; 
SINDESMOTOMIA = descolamento da gengiva 
marginal com o auxílio de um instrumento 
apropriado (sindesmótomo). 
 
3 
- adesão e agregação plaquetária; 
- obstrução e recobrimento da porção lesada do vaso 
sanguíneo. 
o Tempo plasmático: 
- constitui a fase de formação do coágulo; 
- compreende a formação de tromboplastina, trombina 
e fibrina. 
o Tempo trombodinâmico: 
três fases: (72 horas após a formação do coágulo) 
 - construtiva 
- estabilizadora 
 - destrutiva 
 
TIPO DE HEMOSTASIA 
→ PRIMÁRIA: 
o Estanca o sangramento 
o Ação das plaquetas para formação do Tampão 
Plaquetário 
→ SECUNDÁRIA: 
o Evita o ressangramento 
o Ação dos fatores da cascata de coagulação para 
formação da rede de fibrina. 
HEMORRAGIAS 
→ Externas: quando o sangue se exterioriza na 
superfície da área em que se intervém. 
→ Internas: quando a hemorragia ocorre em uma 
cavidade natural do organismo. 
→ Intersticiais: quando a hemorragia ocorre no 
tecido subcutâneo e subconjuntivo. 
→ Primárias: ocorrem no trans-operatório. 
→ Secundárias: ocorrem no pós-operatório. 
→ Recorrentes: são as que se repetem, comumente 
causadas por técnica hemostática inadequada. 
 
TRATAMENTO DAS HEMORRAGIAS 
→ Profilático: realizado previamente ao 
procedimento cirúrgico quando são detectadas 
alterações sanguíneas. 
→ Preventivo: realizado imediatamente após o 
procedimento cirúrgico 
→ Curativo: realizado após a instalação da 
hemorragia durante ou após o ato cirúrgico 
 
 
 
TÉCNICAS E INTRUMENTOS 
→ Compressão (gaze) 5 a 10 minutos (mais utilizada); 
→ Pinçamento e/ou ligadura de vasos (pinças 
hemostáticas e fios de sutura); 
→ Termocoagulação (bisturi eletrônico); 
→ Agentes hemostáticos (esponja de gelatina 
absorvível, esponja de fibrina, celulose oxidada 
regenerada, vitamina K, cera para osso); 
→ Obs: no tecido ósseo pode ser feito o 
esmagamento para obter a hemostasia. 
 
SÍNTESE 
→ Síntese ou sutura consiste nas manobras cirúrgicas 
feitas para a aproximação das bordas da ferida 
cirúrgica. 
→ Objetivos: 
o reposicionar adequadamente os tecidos; 
o auxiliar a hemostasia; 
o impedir a formação de “espaço morto “ – 
evitar hematomas e infecção. 
INSTRUMENTAIS 
→ Porta-agulhas Mayo-Hegar; 
→ Pinça cirúrgica (dissecção ou dente de rato); 
→ Tesoura cirúrgica; 
→ Fio de sutura 
CARACTERÍSTICAS DO FIO IDEAL 
→ Grande resistência à tração e torsão; 
→ Mole, flexível e pouco elástico; 
→ Ausência de reação tecidual; 
→ Baixo custo. 
TIPOS DE FIOS DE SUTURA 
→ Absorvíveis (sutura de mucosas e planos 
profundos): maior reação tecidual 
o Naturais: categute (+ barato; muita reação 
tecidual) – feito do intestino do porco – para ele 
ser reabsorvido há necessidade de um processo 
inflamatório pq ele é reabsorvido por fagocitose. 
o Sintéticos: poliglactina 910 e ácido poliglicólico (+ 
caro; menos reação tecidual) – não há 
necessidade de fagocitose. 
 
 
 
 
4 
→ Inabsorvíveis (sutura de mucosa e pele): menor 
reação tecidual 
o Naturais: seda, linho e algodão 
(multifilamentados) -> maior resistência a 
tração, porém acumula mais alimentos pq 
apresenta superfície irregular 
o Sintéticos: nylon, poliéster e polipropileno 
(monofilamentados) – conformação lisa, menos 
resistência a tração e não acumula alimentos. 
ESPESSURA DOS FIOS DE SUTURA 
 
 
 
12-0 6-0 5-0 4-0 3-0 2-0 1-0 1 2 3 
 
 
 
TEMPO DE ABSORÇÃO 
→ Catgut: 8 a 10 dias; 
→ Catgut cromado: 20 dias; 
→ Ácido poliglicólico (PGA): 30 a 60 dias; 
→ Poliglactina: 60 a 90 dias. 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A REALIZAÇÃO DA 
SUTURA 
→ Apreender a agulha com o porta-agulhas na 
metade ou ¾ da distância da ponta; 
→ Agulha deve penetrar perpendicularmente ao 
tecido suturado; 
→ Introduzir a agulha com movimento circular 
(rotação do pulso); 
→ Não forçar a agulha contra os tecidos; 
→ Não apreender a agulha pela ponta ativa; 
→ Realizar a sutura dos tecidos móveis em direção 
aos relativamente fixos; 
→ Aproximar as bordas da ferida sem tensão; 
→ Passar a agulha nos tecidos com o auxílio da pinça 
nos tecidos com o auxílio da pinça de dissecção 
(evitar apreender a agulha com os dedos); 
→ Primeiro ponto no meio da incisão, segundo e 
terceiro nas extremidades; 
→ No caso de incisões relaxantes, primeiro ponto no 
ângulo das incisões; 
→ O nó cirúrgico deverá sempre ser posicionado 
lateralmente ao traço da incisão. 
TIPOS DE SUTURAS 
→ Interrompida simples 
→ Interrompida em “X” 
→ Contínua simples 
→ Contínua festonada 
→ Interrompida em “U” 
→ Contínua em “U” 
 
Interrompidasimples 
 
Interrompida em “X” 
 
Contínua simples 
 
Contínua festonada 
MAIOR ESPESSURA 
MENOR ESPESSURA 
5 
 
Interrompida em “U” 
 
Contínua em “U” 
 
NÓ CIRÚRGICO 
 
 
 
 
REMOÇÃO DA SUTURA 
→ Depende da região, cavidade bucal: 7 a 10 dias; 
→ Antes de remover, fazer antissepsia; 
→ Tracionar levemente o fio com a pinça, cortando o 
mais próximo possível da porção que estava dentro 
do tecido.

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