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O papel do facilitador de grupos

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J. A. 
Dinâmica de grupo e 
relações humanas 
 
 
→ A dinâmica de um grupo possui leis e fenômenos 
próprios. 
 
→ Deve estar atento ao processo grupal com o objetivo 
de compreender os significados das relações 
humanas, percebendo e decodificando a linguagem 
grupal manifestada no inter-relacionamento dos 
membros que o compõe. 
→ Conduzir os indivíduos a se conscientizarem de suas 
relações com os outros membros, o que promove o 
desenvolvimento pessoal de cada um. 
→ É preciso que tenha sensibilidade e percepção para 
observar e interpretar os processos emergenciais do 
grupo. 
→ Deve acolher, analisar e devolver de maneira 
adequada para o grupo as emoções contidas na 
dinâmica grupal, compreendendo seu visível e seu 
invisível, ou facilitando o seu emergir. 
→ Deve exercitar sua capacidade de percepção, de 
intuição e de empatia, explorar as lideranças 
espontâneas e a situação vivenciada (reflexão), 
conduzindo o grupo a aprendizagens profundas do 
aqui e agora. 
→ Para fazer uma intervenção adequada, deve entrar 
em sintonia com o grupo, atrair e ser atraído por ele, 
produzir o contato em que é possível a troca e a 
influência real. 
 
 
 
 
 
 
 
→ No grupo serão depositadas aspirações, 
dificuldades, facilidades, esperanças, projeções, 
rejeições e emoções da cultura grupal. Essa função 
exige extrema precisão na leitura dos fenômenos 
grupais, aliada a grande perspicácia, firmeza, rapidez, 
fundamentação teórica e “jogo de cintura”, para que 
todas as forças que emergem do grupo sejam bem 
aproveitadas, sem nenhum tipo de destruição 
(Pinheiro, 2002, p. 49). 
 
 
→ Precisa se colocar discretamente no grupo, e sua 
presença precisa ser não contaminadora, isto é, ele 
deve sentir sem vivenciar o processo; criar um 
terceiro olho que se posiciona à parte do que está 
acontecendo no grupo, mas que está atento a todo 
acontecer grupal e pronto a memorizar falas 
importantes, fatos relevantes, situações não 
desveladas e invisíveis, intenções dissimuladas, as 
entrelinhas das comunicações e os conteúdos 
latentes. 
→ Deve ser assertiva, de forma a favorecer um clima 
de maior abertura entre os participantes. Deve estar 
aberto a ouvir cada membro do grupo, respeitar 
posições contrárias, reconhecer que todos podem 
contribuir e agir a fim de evitar competições 
destrutivas. 
→ Para Andaló (2001), o facilitador de grupos, além de 
gostar de atuar com grupos, deve desenvolver os 
seguintes atributos: 
 Ter coerência e senso de ética; 
 Respeitar as características individuais dos 
participantes do grupo; 
 Ser paciente; 
 Ser continente, acolhendo e contendo as 
necessidades e angústias trazidas pelo grupo; 
 Conter as próprias angústias; 
 
 
 
J. A. 
 Ser hábil na comunicação verbal e na não 
verbal; 
 Conhecer a si mesmo, seus valores e 
idiossincrasias; 
 Ter empatia; 
 Ser capaz de extrair um denominador comum 
dentre as várias comunicações do grupo, 
sintetizando-as; 
 Atuar como ego auxiliar para que perceba, 
conheça, discrimine e critique o grupo, 
ajudando-o a se desenvolver. 
→ Deve ter em mente os princípios que embasam sua 
atividade, os objetivos da intervenção e seu papel, 
devendo buscar uma relação cooperativa com os 
membros do grupo, convidando-os a participarem das 
atividades e técnicas de grupo que forem realizadas, 
contribuindo assim para o desenvolvimento do 
processo grupal, estimulando a expressão de todos os 
participantes. 
→ Lewin (em Mailhiot, 1991, pp. 118-119) sugere que 
o facilitador desenvolva três atitudes pedagógicas em 
relação aos participantes do grupo: 
 Ser não diretivo. 
 Contar com os recursos do grupo. 
 Centrar sua atuação no vivido aqui e agora. 
 
→ Nas intervenções em que for aplicar técnicas de 
grupo, é fundamental que o facilitador: 
 Conheça todos os passos da técnica de grupo 
para aplicá-la com segurança; 
 Saiba qual o objetivo e a função da técnica 
dentro do processo a ser desenvolvido, 
entendendo-a como um instrumento; 
 Promova um clima de espontaneidade em 
que os participantes sintam-se livres e à 
vontade para participar da vivência; 
 Perceba o nível de relações e entendimento 
do grupo. 
 Observe as expressões corporais (ex.: 
expressões faciais) dos participantes, no 
decorrer da realização da técnica de grupo, 
para perceber as reações de cada 
participante. 
 Saiba que qualquer que seja o resultado 
alcançado com uma técnica, a experiência 
será o objeto da reflexão e da aprendizagem, 
pois a técnica em si não possui resultado certo 
ou errado, o que é relevante é o processo 
grupal; 
 Note que as técnicas de grupo devem ser 
adaptadas de acordo com a realidade e o 
tamanho do grupo; 
 Lembre-se de que cabe a ele a preparação 
prévia do espaço físico e do material 
necessário para a aplicação da técnica de 
grupo; 
 Zele pela integridade física e psicológica dos 
participantes garantindo o sigilo do que 
ocorreu na sessão de intervenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência: 
Gattai, M. C. P. (2019). Dinâmicas de grupo: da teoria 
à prática. São Paulo: Editora Senac. Edição do Kindle.

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