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Gravidez Ectópica * Ectópico = “está fora do lugar” → Na gravidez ectópica ocorre a implantação do blastocisto fora do revestimento endometrial.Sendo que, 95-97% desses casos ocorrem nas tubas uterinas. Normalmente, a fecundação ocorre na ampola, demorando até 7 dias para o blastocisto se implantar no útero, porém, qualquer problema que altere a motilidade da tuba pode dificultar essa implantação no endométrio. Lugares mais frequentes: 1 Tubas uterinas; 2 Ovários. *Gravidez ectópica também pode ocorrer por conta de uma obstrução na na tuba uterina, o que dificulta a passagem o ovócito fecundado para ao útero e ser implantado (ex.:Endometriose). → Localização x morbimortalidade: Tubária - não existe espaço suficiente para o desenvolvimento fetal; Intersticial; Cervical; Ovariana; Abdominal; Cicatriz de cesárea - cesárea só deveria ser indicada em casos necessários, por não haver possibilidade de se realizar um parto normal; Pós histerectomia - retirada do útero; Heterotópica - gravidez dupla (dois embriões) onde um embrião está no útero e o outro na tuba uterina. → Fatores de risco: - DIP (infecção / inflamação) - levam a uma distorção da morfologia da tuba uterina, dificultando a motilidade e de contração das tubas; Distorção tubária; Vários parceiros. - Gravidez ectópica prévia - mulher que teve uma gravidez ectópica tem maiores chances de ter outra; - Idade materna > 35 anos; - Cirurgia tubária prévia; - Endometriose - causa obstrução das tubas. - Infertilidade: Tubas anômalas. - Tabagismo: Diminuição imunidade; Aumento risco de DIP. - DIU - se não estiver bem colocado ou se não estiver liberando os hormônios corretamente; Ação endométrio e motilidade tubária tardia. → Gravidez ectópica: Principal causa de morte materna no primeiro trimestre - Caso a paciente não for diagnosticada e tratada pode haver uma ruptura da tuba uterina, levando a uma hemorragia. Causando assim, um choque e posteriormente levar ao óbito. Sendo assim, é importante o diagnóstico precoce (antes da ruptura). - Diagnóstico é feito com a análise do β-hCG e USTV (ultrasomtransvaginal); * Zona discriminatória de β-hCG = 1.500 a 2.000 mUI/mL. * A ausência de imagem de gestação tópica com valores da β-hCG acima da zona discriminatória é indicativo de gestação anormal. * A única exceção = gravidez múltipla - pois, antes mesmo de ocorrer a implantação no útero o valor de β-hCG está muito maior de uma gravidez que não é múltipla. → Diagnóstico: Dor abdominal; Amenorreia - ausência do ciclo normal ; Sangramento vaginal; Desconforto abdominal; Massa anexial - é uma massa que pode ser palpável ou identificada nas imagens de ultrassom nos anexos do útero (tuba uterina, ovário, ligamento magno); Instabilidade hemodinâmica - se a mulher estiver com uma instabilidade hemodinâmica, é porque já ocorreu uma ruptura em decorrência de uma gravidez ectópica, esse quadro é tido como uma emergência médica; Desejo de defecar - o sangue pode se acumular no fundo do saco de Douglas, o qual faz relação anatômica com o colo do intestino, esse sangue comprime o colo intestinal e leva a vontade de defecar ; Dor no ombro - O sangramento em decorrência da ruptura da tuba uterina irrita o diafragma e esse músculo é inervado pelas raízes nervosas C4 e C5 do nervo frénico, esses possuem uma representação somática, um dermátomo no ombro, com isso, um estímulo diafragmático pode dar uma dor referida no ombro. Pois, as raízes do nervo frênico tem relação somestésica com o dermátomo do ombro. Caso Clínico: Gravidez Ectópica Uma nuligesta de 23 anos de idade apresenta uma história de 2 dias de dor abdominal intermitente no quadrante inferior direito, sem irradiação, sem fatores atenuantes, exacerbada por movimento, com agravamento progressivo e sem associação com sintomas gastrointestinais. O último período menstrual foi há 7 semanas. Ela nega ter problemas clínicos. Sua história ginecológica aponta uma infecção por clamídia na adolescência.
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