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PROJETO INTEGRADO DE SEGURANÇA EM AMBIENTES LABORAIS I

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Prévia do material em texto

Projeto Integrado 
de Segurança em 
Ambientes Laborais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Solange de Fátima Azevedo
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Santos
As Normas Regulamentadoras – NRs
• Portaria 25 de dezembro de 1994: Riscos Ocupacionais.
 · Entender o que significa NR;
 · Compreender quais e quantas são as NRs;
 · Identificar as atribuições de todas as NRs.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
As Normas Regulamentadoras – NRs
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE As Normas Regulamentadoras – NRs
Portaria 25 de dezembro de 1994: 
Riscos Ocupacionais
As Normas Regulamentadoras – NRs
Sabe-se que os problemas com doenças geradas por agentes ambientais existem 
desde que o homem surgiu no mundo. Em qualquer época da vida na terra, os seres 
vivos tiveram que correr riscos para sobreviver, haja vista os incontáveis acidentes 
que ocorrem até hoje, mesmo com o desenfreado avanço tecnológico.
Documentalmente, foi a partir de 1700, com a publicação do livro “As Doenças dos 
Trabalhadores, escrito pelo pai da Segurança do Trabalho, o Médico Dr. Bernardino 
Ramazzini. No seu livro, Ramazzini relacionou 54 profissionais e descreveu os principais 
problemas de saúde causados por agentes ambientais.
Após a Revolução Industrial, ocorreram grandes transformações nas condições 
de trabalho dos operários ingleses. A partir daí, foram criados os “Limites de 
Tolerância”, para estabelecer critérios de exposição aos riscos ambientais.
O programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) foi criado em 1994, pela 
Portaria do Ministério do Trabalho, que passou a vigorar em 1995, e considerado 
um marco na legislação de riscos brasileira. A PPRA ganhou maior dimensão por 
meio da Instrução Normativa nº 99/2003. 
Pode-se dizer que, no Brasil, a legislação sobre exposição de agentes ambien-
tais surgiu a partir de 1960. Depois desse fato, foram feitas várias mudanças. A lei 
nº 6.514, de 22 de setembro de 1977, alterando a Consolidação das Leis do Traba-
lho e, em 1978, são aprovadas as Normas Reguladoras (NRs), relativas à segurança 
e medicina do trabalho. No início de sua implantação, eram 28, hoje temos 36.
Entre as 28 existentes na época, a Norma Regulamentadora-9 – Riscos Am-
bientais – tinha em seu contexto os riscos ambientais como físicos, químicos e 
biológicos. Nessa ocasião, o texto considerava agentes agressivos, insalubres ou 
perigosos que passaram a ser escritos na NR-15 (atividades e Operações Insalu-
bres) e a NR-16 (Atividades e Operações Perigosas).
Em 1997, a Legislação Previdenciária é criada, exigindo metodologia específica 
para cada agente avaliado. É o caso da Norma de Higiene Ocupacional (NHO).
A Portaria nº 5 altera a NR-9 – Riscos Ambientais –, de 1992, que prevê a ela-
boração do mapa de riscos pela CIPA, Comissão Interna de Prevenção de Aciden-
tes, com origem na Itália e que a partir de 1992, graças a essa portaria também é 
elaborada pela CIPA no Brasil.
Em 1994, é alterada a NR-9, que passa a ser chamada de Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que prevê ações a serem desenvolvidas 
pelas empresas, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores.
8
9
A Presidência da República em 2003, determina que as avaliações ambientais 
deverão obedecer à metodologia e aos procedimentos de avaliação estabelecidos 
pela Fundacentro. No mesmo ano, foi aprovada a NR-17 sobre “Lesões por Esfor-
ços Repetitivos (LER), ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, 
introduzindo o termo ‘riscos psicossociais’”.
Em 2004, o Ministério do Trabalho e Empregos, altera a NR-10 que trata de 
Instalações e Serviços em Eletricidade. Assim passa a constar no texto, a análise 
de risco, que prevê que sejam adotadas medidas preventivas do controle de risco 
elétrico e de outros riscos adicionais, como: campo elétrico e magnético, explosivi-
dade, umidade, poeira e outros. 
2005 o MTE, aprova a Norma Regulamentadora 31 de Segurança e Saúde no 
Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
• Agricultura;
• Aquicultura (organismos aquáticos);
• Exploração Florestal;
• Pecuária;
• Silvicultura (regenerar e melhorar os povoamentos florestais).
No mesmo ano, é aprovado o texto da NR-32, de Segurança e Saúde no Trabalho 
em Estabelecimento de Saúde. A NR-32 especifica que serviços de saúde da população, 
qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas 
as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em 
qualquer nível de complexidade e, contém os requisitos para elaboração do PPRA.
No ano de 2006, é aprovada a NR-33, que regulariza a Segurança e Saúde nos 
Trabalhos em Espaços Confinados, que avalia e controla os riscos físicos, químicos 
e biológicos.
O Presidente da República (2009) define a regra que prevê que o Programa de Pre-
venção de Riscos Ambientais e de Doenças Ocupacionais será, exclusivamente, apli-
cado por Engenheiro com especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, 
devidamente registrada no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA).
No mesmo ano, são acrescidos à NR-6 as normas técnicas de ensaio e os requi-
sitos obrigatórios aplicáveis aos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
No ano 2010, foram inseridos riscos adicionais na NR-12, acrescentando ruído, 
vibração, calor, radiação ionizante e radiação não ionizante, combustíveis, inflamá-
veis e substâncias que reagem violentamente.
Em 2011, a NR-34 foi criada tratando de Condições e Meio Ambiente de 
Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval. 
A NR-35, Trabalho em Altura, foi criada em 2012 e a última alteração foi em 
2016, com o acréscimo de: “[...] é obrigatória a utilização de sistema de proteção 
contra quedas sempre que não for possível evitar o trabalho em altura”.
9
UNIDADE As Normas Regulamentadoras – NRs
Em 2013, a NR-36, a última até os dias de hoje, foi criada:
com objetivo de estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle 
e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na 
indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao 
consumo humano, de forma a garantir permanentementea segurança, a 
saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do 
disposto nas demais Normas Regulamentadoras. (BRASIL, 2013, p. 28)
É possível perceber que as Normas Reguladoras no Brasil, comparativamente 
com outros países, são recentes e sofrem modificações ou são criadas, à medida 
das necessidades das atividades de trabalho. À medida que surgem problemas com 
as atividades trabalhistas, cria-se uma nova NR, ou insere-se novo texto à norma já 
existente. A Figura 1 mostra os riscos que correm os trabalhadores sem o cumpri-
mento das devidas normas de segurança do trabalho.
Figura 1 – Riscos de acidentes – trabalhadores sem equipamentos de segurança
Fonte: iStock/Getty Images
No Quadro 1, há um resumo de todas as NR e os principais dispositivos.
Quadro 1 – NR
NR Dispositivo
NR 01  Disposições Gerais
NR 02  Inspeção Prévia
NR 03  Embargo ou Interdição
NR 04  Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do Trabalho
NR 05   Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
NR 06  Equipamentos de Proteção Individual – EPI
NR 07 Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
NR 08 Edificações
NR 09 Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
10
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NR Dispositivo
NR 10  Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR 12  Máquinas e Equipamentos
NR 13  Caldeiras e Vasos de Pressão
NR 14   Fornos
NR 15 Atividades e Operações Insalubres
NR 16  Atividades e Operações Perigosas
NR 17 Ergonomia
NR 18  Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
NR 19 Explosivos
NR 20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
NR 21 Trabalho a Céu Aberto
NR 22  Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
NR 23 Proteção Contra Incêndios
NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR25 Resíduos Industriais
NR 26 Sinalização de Segurança
NR 27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB (Revogada pela Portaria GM n.º 262/2008)
NR 28 Fiscalização e Penalidades
NR 29 Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR 30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR 31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
NR 33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
NR 34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
NR 35 Trabalho em Altura 
NR 36
Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados:
NRR 1 - Disposições Gerais (Revogada pela Portaria MTE 191/2008)
NRR 2 - Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural (Revogada pela Portaria MTE 
191/2008)
NRR 3 - Comissão Interna De Prevenção De Acidentes Do Trabalho Rural (Revogada pela Portaria MTE 
191/2008)
NRR 4 - Equipamento De Proteção Individual – EPI (Revogada pela Portaria MTE 191/2008)
NRR 5 - Produtos Químicos (Revogada pela Portaria MTE 191/2008)
O Quadro 1 representa as Normas Regulamentadoras (NR) que têm como obje-
tivo a melhoria das condições dos trabalhadores e prevenir acidentes. O dispositivo 
indica o nome da norma e constitui as obrigações, direitos e deveres que devem ser 
cumpridos por empregadores e trabalhadores para atingir os objetivos da mesma.
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UNIDADE As Normas Regulamentadoras – NRs
A Figura 2 mostra um trabalhador com os itens de segurança (EPIs):
Figura 2 – Trabalhador utilizando os EPIs.
Fonte: iStock/Getty Images
A NHO (Norma de Higiene Ocupação)
Antes de descrever a NHO, é necessário conhecer a história da Fundacentro, 
fundada em 1966, devido aos altos índices de acidentes e doenças do trabalho 
no Brasil. Em 1960, o Governo brasileiro iniciou discussões com Organização 
Internacional do Trabalho (OIT), na tratativa, iniciam-se reuniões com o intuito de 
estudar e avaliar e encontrar soluções para os inúmeros acidentes trabalhistas. 
Depois do encontro no Brasil, em 1965, com os especialistas da OIT, o Gover-
no Federal, após estudos, orientações e sugestões, sobre as condições dos traba-
lhadores, principalmente, em São Paulo, grande polo industrial, resolveu criar um 
centro especializado, a Fundacentro. 
Foi em 1966 que a Fundacentro iniciou os primeiros estudos e pesquisas no 
país sobre:
• os efeitos de inseticidas organoclorados na saúde; 
• da bissinose (doença ocupacional respiratória) do setor de fiação;
• expostos à poeira de algodão e juta; 
• as consequências das vibrações e ruídos em trabalhadores que operam marteletes; 
• o teor da sílica nos ambientes de trabalho na indústria cerâmica; 
• os riscos da exposição ocupacional ao chumbo.
Fonte: https://goo.gl/qCKMji. Acesso em: 12 de fev., 2018
12
13
Em 1974, a Fundacentro é vinculada ao Ministério do Trabalho, com isso ocorre 
a implantação do Centro Técnico Nacional, concluído em 1983, no bairro de 
Pinheiros, em São Paulo. Atualmente, a fundação atua em todos os estados, com 
um Conselho Curador representado por governo, os trabalhadores e empresários, 
por meio de suas organizações de classe. Sua atuação lhe deu a liderança na 
América Latina no campo da pesquisa na área de segurança e saúde no trabalho, 
é designada como centro colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS), e 
colaboradora da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A Fundacentro publicou, em 1980, uma série de Normas Técnicas denominadas 
Normas de Higiene do Trabalho – NHT, posteriormente foram designadas Normas 
de Higiene Ocupacional – NHO, que normatizou ao público técnico que atua na 
área da saúde ocupacional, as regras para os trabalhadores.
As NHOs – Normas de Higiene Ocupacional – são criadas para determinar 
limites de tolerância, metodologia de avaliação, critérios técnicos de equipamentos 
usados nas avaliações de riscos ocupacionais, bem como orientação sobre formas 
de controle de agentes de riscos ambientais (FUNDACENTRO, 2017). A seguir, 
o Quadro 2 mostra as NHOs, as determinações, criadas pela Fundacentro. E a 
Figura 2, demonstra um trabalhador utilizando um equipamento de vibração, que 
corresponde a NR- 09- Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacio-
nal a Vibração de Corpo Inteiro.
Quadro 2 – NHOs
NHO Dispositivo
01 Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído
O2 “Método de Ensaio - análise qualitativa da fração volátil (vapores orgânicos) em colas, tintas e vernizes por cromatografia gasosa / detector de ionização de chama”, está passando por reformulação.
03 Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides sólidos coletados sobre Filtros e Membrana
04 Método de Ensaio: Método de Coleta e a Análise de Fibras Em Locais de Trabalho
05 Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de Radiologia
06 NHO 06 - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor
07 Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da Bolha de Sabão
08 Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho
09 Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração de Corpo Inteiro
10 Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional a Vibração em Mãos e Braços
Obs: 1. Para elaboração do PPRA, nós podemos utilizar a metodologia de avaliação 
de risco prevista nas NHOs, mesmo sem ser obrigatório do ponto de vista normativo, 
porém, os limites de tolerância observados deverão ser sempre os da NR 15. Nem 
todos os anexos da NR 15 têm descrito o detalhamento da metodologia de avaliação 
ambiental dos riscos ocupacionais, por isso, na ausência por parte da NR 15, é 
melhor usar a metodologia da ACGIH ou das NHOs
Fonte: https://goo.gl/15Vh5W. Acesso em 05 de fev., 2018
13
UNIDADE As Normas Regulamentadoras – NRs
Figura 3 – Trabalhador utilizando um equipamento que vibra para moer brita
Fonte: iStock/Getty Images
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
O Brasil estava no período do Estava Novo, em 1º de maio de 1943, quandoa 
CLT foi sancionada pelo então Presidente Getúlio Vargas. A legislação trabalhista à 
época foi unificada, tornando de forma decisiva, os direitos do trabalhador. Dois anos 
antes, a “Consolidação das Leis do Trabalho e da Previdência Social”, foi criada. 
De lá para cá muitas mudanças ocorreram, como mostra o Quadro 3.
Quadro 3 – Resumo das alterações/criação de Leis Trabalhistas
Ano Período Ações 
1888 Fim da escravidão Primeiras discussões sobre direitos trabalhistas.
1891 Regulamentação do trabalho menor de 18 anos Em 1891, o Decreto nº 1.313 regulamentou o trabalho de menores.
1891 Em 1891, o Decreto nº 1.313 regulamentou o trabalho de menores.
1903 Lei de sindicalização rural.
1907 Lei que regulou a sindicalização de todas as profissões.
1918 Departamento Nacional do Trabalho.
1923 Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio Criado o Conselho Nacional do Trabalho.
Após 
1930 Revolução de 1930
Consolidação da Justiça do Trabalho e a proteção dos direitos dos trabalhadores;
Criado o Ministério do Trabalho.
1934 Constituição de 1934
Aplicação da Consolidação das Leis do Trabalho; 
Criação Justiça do Trabalho no capítulo “Da Ordem Econômica e Social”. Com o objetivo de 
conciliar conflitos entre empregadores e empregados.
14
15
Ano Período Ações 
1934
Regulamentação das Leis do Trabalho;
Instituiu o salário mínimo;
A jornada de trabalho de oito horas;
O repouso semanal;
As férias anuais remuneradas;
A indenização por dispensa sem justa causa;
Reconhecimento de Sindicatos.
1937 Constituição de 1937 Consagrou direitos dos trabalhadores.
1946 Fim da ditadura de Getúlio Vargas.
A Assembleia Constituinte criou:
• Reconhecimento do direito de greve;
• Repouso remunerado em domingo e feriados;
• Extensão do direito à indenização de antiguidades;
• A estabilidade do trabalhador rural;
• Integração do seguro contra acidentes do trabalho no sistema da Previdência Social.
1967 Constituição Federal de 1967
• Aplicação da legislação trabalhista aos empregados temporários;
• Valorização do trabalho como condição da dignidade humana;
• Proibição da greve nos serviços públicos e atividades essenciais;
• Direito à participação nos lucros das empresas; 
• Limitou a idade mínima para o trabalho do menor, em 12 anos, com proibição de 
trabalho noturno;
• Direito ao seguro-desemprego;
• Aposentadoria para a mulher após 30 anos de trabalho, com salário integral;
• Previsão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 
• Contribuição sindical, 
• Voto sindical obrigatório.
1988 Promulgação da Constituição de 5 de outubro de 1988
Legitimidade do poder normativo da Justiça do Trabalho.
• Proteção contra a despedida arbitrária, ou sem justa causa; 
• Piso salarial proporcional à extensão; 
• Complexidade do trabalho prestado; 
• Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias; 
• Licença-paternidade; 
• Irredutibilidade salarial; 
• Limitação da jornada de trabalho para 8 horas diárias e 44 semanais;
• Proibição de qualquer tipo de discriminação quanto a salário e critérios de admissão 
do trabalhador portador de deficiência.
Muda o sentido da palavra “trabalho”, passa de “sofrimento e esforço” para “dignidade da 
pessoa humana”.
A Atual CLT e a Reforma Trabalhista
A reforma trabalhista, que entrou em vigor em 11 de novembro do ano passado, 
concretizou alterações na CLT. A mais comentada das alterações é a possibilidade de 
que “empregador e trabalhador estabeleçam regras próprias” dependendo da negocia-
ção de ambas as partes. São várias alterações na legislação, porém, só foi descrito no 
quadro, as que dizem respeito à segurança e saúde do trabalhador. O Quadro 4, faz 
um paralelo na CLT até 2017 e o que mudou a partir de novembro do mesmo ano.
15
UNIDADE As Normas Regulamentadoras – NRs
Quadro 4 – Quadro comparativo das mudanças na CLT relacionadas à Segurança do Trabalho
1 – Terceirização
Antes Período Possíveis consequências 
Não havia Sem restrições à atividades terceirizadas - fim dos empregadores.
A mudança pode trazer maior dificuldade 
na fiscalização destas atividades, podendo 
ocorrer mais acidentes com funcionários 
destas empresas.
2 – Jornada de Trabalho
1 hora 
Horas extras pagas
Poderá ser de 12 horas com direito a 36 horas 
de descanso, sempre respeitando o limite de 
horas semanais, estabelecido com 44 horas 
semanais e 220 horas mensais;
Intervalo para almoço de no mínimo 
30 minutos, ao invés de 1 hora.
HORAS EXTRAS - banco de horas
Quanto menor o tempo de descanso, 
maiores os riscos de acidentes do trabalho 
e de adoecimento ocupacional;
Se, no final do contrato, o banco de horas 
não for compensado, as horas extras serão 
pagas sem juros, sem correção monetária 
e sem multa.
3 – Trabalho Home office
Antes Período Possíveis consequências 
Não havia 
O trabalho home office, conhecido também 
como trabalho remoto, foi  mencionado na 
nova legislação, a qual estabelece a obriga-
toriedade da empresa em arcar com os cus-
tos do trabalho feito remotamente, forma-
lizado através de contrato, como também 
a mudança no controle das atividades, que 
serão controladas não mais pela quantida-
de de horas trabalhadas (tempo) e sim pela 
quantidade de tarefas executadas.
Pode ocorrer um excesso de horas trabalha-
das, podendo ocorrer stress do trabalhador e, 
consequentemente, acidentes de trabalho ou 
doença ocupacional.
4 – Insalubridade para grávidas
Grávidas ou lactantes não poderiam traba-
lhar em ambientes com condições insalu-
bres de qualquer grau,
A nova regra permite que grávidas e lac-
tantes trabalhem em condições insalubres, 
independente do grau, desde que a em-
presa apresente um atestado médico que 
garanta que não haverá risco para mãe, 
nem para o bebê.
 São incalculáveis os problemas causados 
para o bebê e para a gestante ou lactante.
O e-social 
O e-social é um banco de dados que foi criado pelo Governo Federal, que as 
empresas devem alimentar um sistema online, com informações trabalhistas e pre-
videnciárias de seus colaboradores. Ele foi criado em 2015, para centralizar o envio 
de informações a respeito dos trabalhadores com o objetivo de otimizar a fiscaliza-
ção da prestação de contas feita pelas empresas. 
Para elaborar o sistema e-social, foram envolvidas algumas instituições para 
colocar em prática todo sistema, como Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional 
do Seguro Social (INSS), Ministério da Previdência, Ministério do Trabalho e 
Emprego e Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Anteriormente à sua criação, todas as informações relativas ao trabalhador, eram 
atualizadas mensalmente, ou anualmente extintas, agora serão enviadas apenas 
para o e-social de uma única forma, via sistema online.
16
17
O e-social é válido e obrigatório para todas as empresas, como:
• Micro empreendedor individual com empregado; 
• Empresa de pequeno, médio e grande porte; 
• Pequeno produtor rural. 
Há uma variedade de informações que devem ser adicionadas ao sistema, que 
foi dividido em etapas para facilitar o gerenciamento do sistema.
• 1ª etapa: chamada de carga inicial objetiva, com o objetivo de criar um banco 
de dados do governo. A empresa faz o cadastramento de dados de seus fun-
cionários como: endereço, escolaridade, filiação, jornada de trabalho, duração 
do contrato, entre outras.
• 2ª etapa: envio de informações por eventos. São chamados de eventos toda e 
qualquer situação que ocorra entre empregado e empresa de forma individualizada:
 » Admissão e demissão, 
 » Férias, acidente de trabalho,
 » Datas, motivos, 
 » Atestados, acordos etc. 
• 3ª etapa: envio de dados detalhados da folha de pagamento: 
 » Salários, 
 » Comissões, 
 » Gratificações, 
 » Descontos e benefícios.
 » Recolhimento de impostos, entre outros. 
Com o sistema do e-social a empresa deixa de enviar documentos como: 
• Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)
• Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF)
• Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
• PerfilProfissiográfico Previdenciário (PPP)
• Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e 
de Informações à Previdência Social (GFIP)
• Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)
• Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)
• Seguro Desemprego (CD/SD)
• Manual Normativo de Arquivos Digitais (MANAD)
Com o novo sistema online, a unificação das declarações facilita o trabalho das 
empresas e melhora a eficiência da fiscalização pelos órgãos públicos. No que diz 
respeito à Segurança do Trabalho como: 
17
UNIDADE As Normas Regulamentadoras – NRs
• Tabela de ambientes de trabalho, 
• Tabela de acidentes de trabalho, 
• Monitoramento da saúde do trabalhador,
• Condições ambientais do trabalho. 
• Informações do Empregador (S-1000) - GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade 
Laborativa decorrente de Riscos Ambientais do Trabalho) - FAP (Fator Acidentário 
de Prevenção),
• Admissão de Trabalhador (S-2200) – que eram no ASO (Atestado de Saúde
Ocupacional) admissional,
• Comunicação de Acidente de Trabalho / CAT (S-2210) – notificação de quaisquer
eventos referentes a acidentes de trabalho, detalhando, inclusive, aspectos como 
o agente causador do acidente (ou a situação geradora do acidente) e a natureza
da lesão.
• Monitoramento da Saúde do Trabalhador (S-2220)
• Afastamento Temporário (S-2230). 
• Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Risco (S-2240) ( uso de EPI e
emissão do PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário).
• Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial (S-2241) – que permitirá a
verificação imediata do pagamento da alíquota RAT (Risco Ambiental do Trabalho).
• Desligamento (S-2299) – arquivo que conterá o registro de desligamento do
funcionário do quadro da empresa e no qual estará incluído o Atestado de Saúde
Ocupacional (ASO) Demissional.
• A obrigatoriedade, no que se refere à Medicina Ocupacional, acontece a partir de
1º de julho de 2018, para as empresas que faturam R$78 milhões ou mais. Para as 
outras empresas começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2019.
Fonte: https://goo.gl/iXk2UG, acesso em 12 de fev., 2018.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Uma Metodologia para Auxiliar no Gerenciamento de Riscos e na Seleção de Alternativas de Investimento sem Segurança
ALBERTON, A. Uma Metodologia para Auxiliar no Gerenciamento de Riscos e 
na Seleção de Alternativas de Investimento sem Segurança. 1996. 
https://goo.gl/GNg1dc
Guia Trabalhista
Norma Regulamentadora NR-10 . Programa de controle médico de saúde ocupacional. 2013.
https://goo.gl/pFwqaN
Guia Trabalhista
Norma Regulamentadora NR 15. Programa de controle médico de saúde ocupacional. 2013.
https://goo.gl/FCN6Fx
Guia Trabalhista
Norma Regulamentadora NRs 7. Programa de controle médico de saúde ocupacional. 2013.
https://goo.gl/HxvK5q
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UNIDADE As Normas Regulamentadoras – NRs
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.823, de 23 de agosto de 2012. 
Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional. Diário Oficial da República Federativa do 
Brasil, Poder executivo, Brasília,
________. Ministério da Saúde. Portaria Nº 25, de 29 de dezembro de 1994. 
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, 
dez. 1994. Seção 1, p. 21.278 e 21.302.
________. Ministério da Saúde. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. 
Estabelece diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à 
segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. Ministério do Trabalho 
e Emprego. Brasília, v. 142, n. 219, nov. 2005. p.80-104.
LAURELL, A. C.; NORIEGA, M. (Org). Processo de Produção e Saúde – 
Trabalho e Desgaste Operário. São Paulo: Hucitec, 1989.
MEDEIROS, A. L. et al. Gerenciamento de Riscos e Segurança no Trabalho 
em Unidades de Saúde da Família. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, São 
Paulo, v.17, n.4, p. 341-348, abril. 2013.
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