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EEXXAAMMEE FFÍÍSSIICCOO GGEERRAALL Exame externo do cliente, incluindo as condições gerais, estado mental, tipo morfológico, dados antropométricos, postura, locomoção, expressão facial (fácies), pele, mucosa e anexos, e sinais vitais (BARROS,2010). OObbjjeettiivvooss ♥ Complementar e aprofundar as informações obtidas através da anamnese; ♥ Avaliar a condição física atual do cliente; ♥ Detectar os primeiros sinais de problema de saúde em desenvolvimento; ♥ Detectar sinais pré-existentes; ♥ Estabelecer parâmetro para futuras comparações; ♥ Subsidiar o diagnóstico de enfermagem; ♥ Fundamentar a prescrição e implementação dos cuidados de enfermagem; ♥ Avaliar as respostas do cliente às intervenções de enfermagem e demais membros da equipe de saúde; ♥ Viabilizar a prestação de cuidados e de qualidade aos clientes sob nossa responsabilidade. SSeemmiioottééccnniiccaa ddoo eexxaammee ffííssiiccoo ✓ Inspeção: consiste numa observação concentrada, com propósito definido e realizada a partir do momento em que você entra em contato com o cliente, quando ele entra em sua sala ou quando você adentra em seu apartamento ou enfermaria. ▪ Nutrição ▪ Hidratação ▪ Higiene ▪ Estado emocional/psíquico ✓ Ausculta: consiste em ouvir os sons produzidos nos vários órgãos do corpo com o auxílio do estetoscópio. ✓ Percussão: é a técnica que envolve golpear ou bater de leve em determinadas partes do corpo para a produção de vibrações sonoras com características próprias quanto à intensidade, timbre e tonalidade. Além do som, à percussão é possível observar a resistência oferecida pela região golpeada, além de estimar a estrutura e seu tamanho. Podemos aplicar diferentes formas de percussão: 1) Percussão direta: golpeia-se diretamente a região-alvo com os dedos. 2) Percussão dígito-digital: o golpe é dado com a borda ungueal do dedo médio dominante (plexor) sobre o dorso da 2ª falange do dedo médio ou indicador da mão não dominante (plexímetro). Este último deve ser o único a tocar a área a ser percutida. Forma de percussão mais utilizada. ✓ Palpação: acompanha e, por vezes, confirma os dados observados na inspeção. É realizada através do tato, que permite obter informações sobre as estruturas mais superficiais, e da pressão, que fornece dados das estruturas mais profundas. A dígito-pressão detecta edema; a pinça com o indicador e o polegar detectam o turgor e elasticidade da pele; o dorso das mãos ou dos dedos pode servir para verificar temperatura. ESTADO GERAL Avaliação subjetiva baseada no conjunto de dados apresentados pelo cliente (“aparência de doença grave”). TTeerrmmooss ttééccnniiccooss Cefalopodálico: da cabeça aos pés. Biotipo: características hereditárias e adquiridas. Posição antálgica: posição em que o indivíduo está deitado (de lado: decúbito lateral; de barriga para baixo: decúbito abdominal ou ventral; de barriga para cima: decúbito dorsal ou supino). Posição do indivíduo deitado e recostado sobre as espáduas. Posição ortostática: o corpo está numa postura ereta (em pé, posição ortostática ou bípede) com os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas das mãos voltadas para a frente. A cabeça e pés também estão apontados para frente e o olhar para o horizonte. Posição de Sims: posição deitada de lado (direito ou esquerdo), sendo que a perna superior está flexionada, afastada ligeiramente para frente e apoiada sobre a superfície de repouso. Posição de fawler: paciente semideitado, de costas, com braços e pernas estendidos, com a cabeceira elevada a 45º. Decúpito dorsal (DD): posição deitada, de costas, com os braços e pernas estendidas. Decúpito ventral: posição deitada de abdome para baixo. Decúpito lateral: posição deitada de lado (direito ou esquerdo). Deambulação ou marcha: locomoção, caminhada. Normolíneo: Indivíduo de estatura mediana. Brevelíneo: membros curtos, tórax alargado, estatura baixa (Ex: nanismo). Longelíneo: tórax afilado e achatado, membros longos e musculatura delgada (Ex: Síndrome de Marfan) Disfonia: rouquidão. Afonia: dificuldade ou incapacidade de produzir a fala. Dislalia: alteração na articulação das palavras/troca de letras. Disartria: fala arrastada, lenta (fadiga extrema, embriaguez, anestesia, efeito de drogas...) Disfasia: dificuldade de falar ou usar as palavras corretamente. Seborreia: inflamação na pele que causa descamação e vermelhidão principalmente em algumas áreas da face, como sobrancelhas e cantos do nariz, além de afetar couro cabeludo e colo. Pediculose: infestação de piolhos. Fácies: Expressão fisionômica (facial) do paciente. a) Fácies normal ou atípica b) Fácies anormais ou típicas (Fácies leonina; mongoloide; hipocrática; etc.) Ptose palpebral: pálpebra caída. Miose: contração da pupila, que pode ser temporária ou permanente, dependendo da causa. Midríase: dilatação da pupila, que pode ser fisiológica, patológica ou terapêutica. Anisocoria ou anisocóricas: pupilas com diâmetros diferentes. Isocoria: estado normal das duas pupilas, que apresentam a mesma dimensão. Hiperemia: congestão sanguínea em qualquer órgão ou parte do corpo; vermelhidão. Epistaxe: hemorragia nasal. Anosmia: ausência de olfato. Hiposmia: é a diminuição do sentido do olfato. Sialorreia: produção excessiva de saliva. Saburra: camada esbranquiçada que aparece na parte superior da língua, em decorrência de certas doenças. Turgor: é a elasticidade da pele, ou seja, sua habilidade de se esticar e retomar a força original. Cianose: é uma condição caracterizada pela coloração azulada da pele, unhas ou boca, sendo normalmente um sintoma de doenças que podem interferir na oxigenação e circulação do sangue. Hiperidrose: aumento da secreção de suor Hipoidrose: diminuição da secreção de suor Anidrose: é uma doença da pele em que há redução ou ausência da secreção de suor Bromidrose: suor com odor forte e desagradável Lesões primárias: mácula, pápula, nódulo, tumor, vesícula, bolha, pústula. Mácula: mancha na pele Pústula: vesícula com conteúdo purulento Pápula: lesão sólida, circunscrita, elevada e menor que 1cm de diâmetro Vesícula: parte do corpo que apresenta uma porção inchada com líquido dentro Bolha: pele com porção inchada com líquido dentro Lesões secundárias: crosta, escama, erosão, escoriação, fissura, ulceração, cicatriz, quelóide, liquenificação (equizema de longa duração), atrofia. Equimose: mancha na pele, de coloração variável, produzida por extravasamento de sangue. Petéquia: é um pequeno ponto vermelho no corpo (na pele ou mucosas), causado por uma pequena hemorragia de vasos sanguíneos. Quanto à cor, as mucosas podem ser: ▪ Normocrômicas (arroxeadas) ▪ Hipocrômicas (pálidas) ▪ Hipercrômicas: pigmentação excessiva que ocorre por depósito de pigmento (que pode ser melanina ou outro pigmento). ▪ Cianóticas (azuladas) ▪ Ictéricas (amareladas) Ictus cordis: é o local da parede torácica onde se pode palpar o pulsar do coração. Ruídos hidroaéreos: sons normais dos intestinos. Constipação: Eructação: excesso de gases no estômago ou na parte superior do intestino liberado pela boca, também conhecido como arroto. Fadiga: sensação subjetiva de perda de energia; forte desejo de repouso. Dispepsia: Desconforto na área superior do abdômen, descrito como sensação de queimação, inchaço ou flatulência, náuseas ou saciedade muito rápida depois de começar a comer. Piparote (sinal): teste de onda líquida; é um sinal médico indicativo de ascite. Cacifo ou sinal de Godet: é um sinal clínico avaliado por meio da pressão digital sobre a pele, por pelo menos 5 segundos, a fim de se evidenciar edema. Náuseas: uma sensação desagradável e difusa de desconforto e mal-estar, que em muitos casos se manifesta por vontade em vomitar.Pirose: sensação de queimação retroesternal; é diferente de azia, que é regurgitação ácida SSiinnaaiiss VViittaaiiss ((SSSSVVVV)) ▪ Temperatura (T) ▪ Pulso (P) ▪ Respiração (R)/ saturação de oxigênio (SaO2) ▪ Pressão Arterial (PA) DADOS ANTROPOMÉTRICOS Peso e Altura Limites aceitáveis para adultos (POTTER, 2013): ▪ Temperatura axilar: 36,5° C ▪ Pulso: 60-100 bat/min ▪ Respiração: 12 – 20 mov/ min ▪ Pressão Arterial: <120/80 ▪ Saturação de oxigênio (SaO2= 95% – 100%) TEMPERATURA (T) ▪ Superficial / periférica (ambiente). ▪ Interna ou central (regulação minuciosa: 1,3oC). Regulação da temperatura: ▪ Temperatura corporal - atividade metabólica (alimento). ▪ Equilíbrio - Hipotálamo (porção inferior do cérebro). Alterações fisiológicas da temperatura: ▪ Idade; ▪ Exercício físico; ▪ Nível hormonal/ Sexo; ▪ Ritmo circadiano (16h/ 1-4h); ▪ Estresse/ Emoções; ▪ Ambiente ▪ Sono e repouso; ▪ Estado nutricional; ▪ Alimentação; ▪ Banhos; ▪ Agasalhos. Métodos de medida: ▪ Temperatura axilar (36,5°C) ▪ Temperatura oral (37oC) ▪ Temperatura retal (37,5° C) Terminologia/ diagnósticos de enfermagem: ▪ Hipertermia (>=37.8oC) ▪ Febre ▪ Pirexia: é a elevação da temperatura corporal acima do nível que normalmente é mantido pelo indivíduo (acima de 37,8º). ▪ Febrícula ou estado subfebril (37.2 a 37.80C) ▪ Hiperpirexia/ insolação (<40,5) ▪ Exaustão pelo calor ▪ Hipotermia leve (34 a 360C) PULSO (P) Fatores que modificam a frequência do pulso: ▪ Emoções; ▪ Drogas; ▪ Dor; ▪ Exercício físico; ▪ Sono e repouso; ▪ Sexo; ▪ Idade; ▪ Alimentação; ▪ Alterações posturais. Métodos de medida/ locais para verificação: ▪ Pulso apical: pela ausculta cardíaca, no ápice ou ponta do coração, no lado esquerdo do tórax, levemente abaixo do mamilo ▪ Pulso periférico (radial, ulnar braquial, arótida, temporal) OBSERVAR: ▪ Frequência RN 120 a 140 b/min Lactente 100 a 120 b/min 2a infância 80 a 100 b/min Adolescência 65 a 100 b/min Adulto 60 a 100 bat/min ▪ Ritmo ▪ Força/Tamanho/volume/ Tensão . Terminologia/ diagnósticos de enfermagem: ▪ Rítimico ou regular: ritmado. ▪ Arrítimico ou irregular: sem ritmo definido. ▪ Pulso caótico ▪ Normocardia: frequência cardíaca normal. ▪ Taquicardia: aumento da frequência cardíaca. ▪ Bradicardia: diminuição da frequência cardíaca. ▪ Fraco/débil ou filiforme ▪ Pulso forte/pulso cheio ▪ Taquisfigmia: batimentos cardíacos tomados na artéria radial acelerados. ▪ Bradisfigmia: lentidão anormal do pulso. ▪ Pulso apical-radial (Déficit de pulso) RESPIRAÇÃO (R) Controle (voluntário e involuntário) Métodos para verificação: ▪ Inspeção visual. ▪ Ausculta ▪ Palpação OBSERVAR: ▪ Frequência (POTTER, 2013) Lactentes 30 a 50 inc/min Crianças 20 a 30 inc/min Adultos 12 a 20 inc/min ▪ Ritmo ▪ Profundidade/amplitude ▪ Caráter respiratório geral Terminologia/ diagnósticos de enfermagem: ▪ Eupneia: respiração normal e saudável. ▪ Dispneia: dificuldade para respirar. ▪ Taquipneia: respiração anormalmente rápida e, muitas vezes, curta. ▪ Bradipneia: lentidão anormal da respiração. ▪ Apneia: é o distúrbio no qual o indivíduo sofre breves e repetidas interrupções da respiração enquanto dorme. ▪ Ortopneia: dificuldade de respiração provocada por certas doenças, esp. quando o paciente se encontra deitado. ▪ Hiperventilação/Hipoventilação ▪ Respiração estertorosa: respiração ruidosa. ▪ Respirações patológicas (Cheyne Stokes, Kusmaull e Biot) PRESSÃO ARTERIAL (PA) Fisiologia/determinação da PA: ▪ Bombeamento do coração (DC) + grau de resistência vascular Pressão sistólca (<120mmHg) Pressão diastólica (< 80mmHg) Fatores determinantes da PA: ▪ > resistência vascular > PA ▪ Volume de sangue circulante ( (infusão rápida) ▪ Viscosidade (hematócrito) Terminologia/ diagnósticos de enfermagem: ▪ Hipertensão ▪ Hipotensão ▪ Hipotensão postural ▪ Normotensão: pressão arterial dentro dos padrões normais. ▪ Tensão divergente: quando a diferença entre a pressão arterial sistólica e a pressão arterial diastólica (Pressão diferencial) ultrapassa o valor de 60mmHg. ▪ Tensão convergente: quando a diferença entre a pressão arterial sistólica e a pressão arterial diastólica (Pressão diferencial) é menor que 30mmHg.
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