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PORTIFOLIO 3 SEMESTRE A FORMAÇÃO DO PROFESSOR FRENTE ÀS TEORIAS E CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS

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PEDAGOGIA
LICENCIATURA
LUANA BACH DRESCH MARQUES
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR FRENTE ÀS TEORIAS E CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
SANTA MARIA
2021
LUANA BACH DRESCH MARQUES
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR FRENTE ÀS TEORIAS E CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS
Trabalho apresentado à UNOPAR, como requisito parcial à aprovação no terceiro semestre do curso de Pedagogia-Licenciatura.
SANTA MARIA
2021
	
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
Avaliação na educação	5
História da Educação e sua relevância para a formação docente	6
Currículo Escolar	7
Teoria tradicional do currículo	8
Teorias críticas do currículo	8
Teorias pós-críticas	8
Práticas Pedagógicas e sua importância na aprendizagem	8
A importância da didática na atuação docente	10
CONCLUSÃO	10
REFERENCIAS	10
INTRODUÇÃO
Com a globalização e avanços científicos e tecnológicos, o modo de viver e pensar das pessoas tem mudado constantemente.
O mundo já não parece tão simples, e a educação parece ter perdido seu papel de alavancar o progresso e a cultura.
Com tantas mudanças e modernizações, o professor vem sendo afetado pelas transformações da realidade que as teorias e concepções pedagógicas da atualidade estão provocando no modo de perceber o mundo, precisando redefinir seu papel.
O professor tem um papel importante na construção da cidadania dos alunos, e por isso a ato de repensar a necessidade da formação docente se torna indispensável.
Para conseguir sucesso e êxito na docência, é preciso buscar estratégias apropriadas para poder desenvolver a ideia de criatividade, ensinar a pensar e a aprender a aprender. Isso é um desafio permanente na sociedade da educação contemporânea.
Lévy (1999) diz que, “os dispositivos da informática suportam tecnologias intelectuais que ampliam, exteriorizam numerosas funções cognitivas humanas: memória, imaginação, percepção e raciocínio”.
Este portfólio tem a intenção de provocar uma análise atualizada respeito de um tema que vem sendo destaque na atualidade: A formação do professor frente às teorias e concepções pedagógicas contemporâneas.
DESENVOLVIMENTO
A história da educação no Brasil começou com a chegada dos primeiros padres jesuítas, iniciando uma fase que deixaria marcas profundas na cultura e civilização do país. 
Durante mais de 200 anos, os Jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil, Movidos por sua religião com o objetivo de propagação da fé.
Embora tivessem fundado inúmeras escolas, a prioridade dos jesuítas foi sempre a escola secundária, grau do ensino onde eles organizaram uma rede de colégios reconhecida por sua qualidade.
Aqui está o princípio de toda a história da educação do Brasil. Foram mais de 200 anos em que se pode definir como primeiro e mais duradouro Projeto Político Pedagógico, que compreendem de 1549 até a expulsão da Companhia de Jesus, em 1759. Sobre os alicerces do ensino foi levantada toda uma obra de catequese e de colonização, quando se dá a chegada da corte portuguesa, há uma falha de quase meio século de decadência e transição na educação brasileira. A partir daí, reinicia-se o seu processo de ressurgimento, processo vivenciado até hoje.
O advento do século XX, mais especificamente quando da inauguração da primeira República, trouxe com ele novas luzes para a educação brasileira. O contexto exigia outros questionamentos. As transformações que o país sofreu nos planos políticos, econômico e social forçaram a introdução de novos paradigmas de pensamento. A escolarização foi, por assim dizer, priorizada. Era entendimento unânime que só por meio da educação se alcançaria a transformação social almejada desde o Império. 
Jorge Nagle (1974:99-100) é a favor que:
O mais importante resultado das transformações sociais mencionadas foi o aparecimento de inusitado entusiasmo pela escolarização e de marcante otimismo pedagógico. (...) A partir de determinado momento, as formulações se entregam: da proclamação de que o Brasil vive na hora decisiva, que está a exigir novos padrões de relações e de convivências humanas, daí que a escolarização ter um papel insubstituível, pois é interpretada como o mais decisivo instrumento de aceleração histórica.
Na chegada do século XXI, com o processo de globalização iniciado com as grandes navegações, o avanço das tecnologias de informação e comunicação observam-se intensificadas mudanças das relações tempo/espaço, trazendo consequências no modo de operar da sociedade, incluindo grandes modificações no sistema de valores da nova humanidade e no pensamento humano. A educação, participando dos processos de transformação e construção dessa nova realidade, deve estar aberta para envolver novos hábitos, comportamentos, percepções e demandas, desempenhando o papel de contribuir para a formação de indivíduos, criadores de novas formas culturais.
O professor tem um papel fundamental nessa nova era e precisa desenvolver habilidades, conhecer e saber usar as novas tecnologias no processo de ensino aprendizagem. Para que isso ocorra é necessário que sua formação seja enfrentada como um processo permanente.
Avaliação na educação
Ao longo dos tempos o conceito de avaliação ganhou vários conceitos fundamentados na visão de vários autores, evidenciando diversas concepções e significados sobre o ato de avaliar. 
Embora a pedagogia contemporânea defenda uma concepção de avaliação escolar como instrumento de autonomia, no cotidiano escolar prevalece ainda nas práticas avaliativas, uma ênfase nas notas obtidas pelos alunos e não na sua aprendizagem, posso citar a avaliação classificatória, onde o professor avalia os alunos através de trabalhos com o objetivo de observar se os alunos aprenderam ou não, classificados por meio de notas.
Segundo Cipriano Carlos Luckesi, um dos nomes de referência em avaliação da aprendizagem escolar, o conceito de avaliação, segundo concepção tradicional de ensino, traz a ideia de avaliar com a prática de exames e provas, onde apenas são verificados os resultados configurados em valores cognitivos com ênfase na memorização de conteúdos, centralizando o ensino com a figura principal sendo o professor, e os alunos na posição de receptores de saberes, com conteúdos fora da realidade dos mesmos. 
Esse tipo de visão avaliativa é considerado uma perspectiva de avaliação classificatória, que ainda está presente no cotidiano escolar, pois é visto por professores e alunos como um método confiável.
Como educadores, precisamos compreender que o aluno é capaz de tomar suas próprias decisões, é um sujeito participativo e criativo. 
Deste modo, Hoffmann, afirma que “avaliar é estimular oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento permanente do professor, que incentivará o aluno a novas questões a partir de respostas formuladas” (HOFFMANN, 1995, p.20).
Segundo Hoffmann (2012, p.13) avaliar é acompanhar um percurso de vida da criança, durante o qual ocorrem mudanças em múltiplas dimensões, com intenção de favorecer o máximo possível seu desenvolvimento. Devemos refletir sobre avaliação mediadora, pois acompanhar é permanecer atento a cada aluno, é segui-los em pensamento, guiando em suas ações e reações, buscando entendimento sobre os diferentes jeitos de ser e de aprender.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira traz referências relativas à avaliação, estando elas relacionadas às instituições, aos alunos, aos docentes e ao processo educativo como um todo. Conforme o art. 31, da LDB, A avaliação na educação infantil deve basear-se na consignação e na análise da evolução da progressão da criança, não tendo, portanto, como objetivo a promoção/retenção em decorrência do alcance ou não de pré-requisitos indicados como necessários para o acesso ao ensino fundamental (BRASIL, 1996). É fundamental que através de atividades bem planejadas e objetivos traçados que o professor consiga ir além, e que o mesmo não fique limitado à intenção ou vontade, apenas coletando dados ou observando os alunos.
Para Hoffmann a visão do educador deve ultrapassara concepção de alguém que simplesmente observa se o aluno acompanhou o processo e alcançou resultados esperados, a direção deve partir de educador que propõe ações diversificadas e alguém que provoca, questiona, confronta, exige novas e melhores soluções a cada momento. (HOFFMANN, 2001, p.111).
História da Educação e sua relevância para a formação docente
O professor deve saber como foi construído os processos de construção da educação ao longo do tempo e como esse processo foi moldado mediante a evolução da cultura humana, assim observando como a educação evoluiu e com ela as práticas escolares.
Esse conhecimento é capaz de promover uma melhor noção do contexto atual e sempre olhar para o passado como quem olha para o retrovisor de um carro, pois o passado ensina a como evitar diversos erros já cometidos, assim facilitando a busca por um futuro mais assertivo e eficaz para o cenário educacional.
Não há História da Educação sem um pensamento e um olhar específicos sobre a realidade educativa e pedagógica (Nóvoa, 2005, p. 09). Devemos conhecer e entender os fatos ocorridos no passado e fazer a reflexão do que se passa nos dias de hoje, utilizando-se portando da disciplina História da Educação.
A partir do conhecimento da História da Educação é possível compreender de onde veio a estrutura do Ensino Público no país.
As iniciativas dos jesuítas no período colonial assim como também as reformas pombalinas da instrução pública, aliadas, no período do império, às iniciativas tanto do governo imperial quanto dos governos provinciais para organizar a escola pública, constituem a base sobre a qual, a partir do regime republicano, foi sendo construída a escola pública que temos hoje.
Segundo afirma o autor Dermeval Saviani (1991):
“Através da historia da educação levando em conta “as ideias pedagógicas e as concepções de educação”, é possível detectar quatro momentos distintos: Entre 1549 e 1759 nós temos a predominância da pedagogia tradicional católica desenvolvida pelos jesuítas. Entre 1759 e 1932 desenvolve-se paralelamente à persistência da pedagogia religiosa, a pedagogia laica. Entre 1932 e 1969 nós temos a emergência e desenvolvimento da pedagogia nova com tentativa de superação dos limites da pedagogia tradicional. E, entre 1969 e os dias atuais nós temos o desenvolvimento da concepção pedagógica produtivista que vem desenvolvendo uma tendência a articular mais fortemente a educação com as demandas do mercado, o que é próprio da sociedade capitalista, conclui”.
Currículo Escolar 
O currículo não é apenas uma simples descrição de conteúdos e diretrizes a serem trabalhados em sala de aula pelos professores, é uma construção histórica e também cultural que sofre, ao longo do tempo, transformação em suas definições. Por esse motivo, para o professor, é preciso não só conhecer os temas relacionados ao currículo de suas áreas de atuação, como também o sentido expresso por sua orientação curricular.
As teorias curriculares abordam sobre a função e as perspectivas do currículo no contexto educacional. Elas dividem-se em tradicionais, críticas e pós-críticas.
Ao longo do tempo o conceito de currículo na educação foi se transformando e diferentes correntes pedagógicas são responsáveis por abordar a sua dinâmica e suas funções. Diversos autores têm suas variadas formas de teorias curriculares.
Teoria tradicional do currículo
Também chamadas de teorias técnicas, tem como objetivo principal práticas de memorização para alcançar os objetivos intelectuais. Esse tipo de currículo é bastante conservador, baseada nos princípios de Taylor, buscava a imposição de regras, padronização, o trabalho repetitivo. Esse currículo tinha como centro do conhecimento e sabe o professor, o qual o mesmo que transmitia os conhecimentos e saberes, onde os alunos eram vistos apenas como repetidores dos assuntos apresentados.
Teorias críticas do currículo
As teorias curriculares foram baseadas nas concepções marxistas e também nos ideias da chamada Teorias Críticas e influenciada pela Nova Sociologia Da Educação.
Ouve uma crescente compreensão a partir da década de 1960, que tanto a escola com a educação em si são instrumentos de reprodução e comprovação das desigualdades sociais. Assim então, o currículo estaria ligado ao interesse das classes dominantes, e não fundamentado aos contextos dos grupos inferiores.
Teorias pós-críticas
Na teoria Pós-crítica, o currículo é visto como algo que produz uma relação de gêneros, pois predomina a cultura patriarcal. Essa teoria critica a desvalorização do desenvolvimento cultural e histórico de alguns grupos étnicos e os conceitos da modernidade, como razão e ciência. Outra perspectiva desse currículo é a fundamentação no pós-estruturalismo que acredita que o conhecimento é algo incerto e indeterminado. Questiona também o conceito de verdade, já que leva em consideração o processo pelo qual algo se tornou verdade.
É por causa dessa divergência entre as teorias curriculares que a escola deve procurar discutir qual currículo ela quer adotar para se chegar ao objetivo desejado. Essa escolha deve ser pensada a partir da concepção do seu Projeto Politico Pedagógico, esse que deve fundamentar a prática teórica da instituição e as inquietudes dos alunos.
Práticas Pedagógicas e sua importância na aprendizagem
Quando pensamos em práticas pedagógicas, rapidamente refletimos em que medidas podem influenciar em uma melhor aprendizagem dos alunos. Quais atitudes e condutas que resulte em um processo educativo mais enriquecedor, tanto para os alunos quanto para os professores.
É preciso fazer uma análise sobre a qualidade da educação e dos métodos de ensino que são fundamentais nesse processo, já que eles interferem diretamente no cotidiano escolar.
Na hora de planejar as práticas pedagógicas, devemos levar em conta todo o contexto da realidade, pois a prática pedagógica é influenciada pelos aspectos e cenários da sociedade em que os educandos estão inseridos.
Precisamos fazer uma reflexão inicial dos recursos ou materiais que serão necessários para executar as práticas pedagógicas, e não menos importantes, os objetivos que se pretende atingir, oque se pretende com elas? Dar uma aula mais produtiva? Despertar nos alunos o interesse pelo debate? Incentivar a leitura?
Enfim, tudo isso precisa ser considerado anteriormente, depois em último momento deve se criar a própria prática pedagógica.
As práticas pedagógicas são de extrema importância para a relação dos educandos, um exemplo é os trabalhos coletivos que mostra aos alunos a importância de saber trabalhar em grupo. É uma ótima iniciação do ponto de vista social, que ajuda a desenvolver a empatia e o respeito pelo próximo.
Uma boa opção como exemplo é muito atual, a tecnologia. A tecnologia pode tornar as aulas mais divertidas e dinâmicas. Conscientizar os alunos sobre o uso dos celulares é uma forma de educá-los.
A importância da didática na atuação docente
Não podemos considerar a didática apenas como um conjunto de técnicas, métodos ou regras a serem seguidos a partir do contexto social do aluno, a didática é flexível, surgindo conforme a necessidade de cada turma ou aluno. A didática faz parte da formação do pedagogo, possibilitando o surgimento de uma visão crítica de ensino. 
A prática pedagógica tem sua extrema importância quando fundamentada em embasamentos teóricos e somada com estudos e espaços dinâmicos, assim alcançará uma educação de qualidade, tendo a didática como objeto essencial neste processo.
CONCLUSÃO
Com esta produção textual pude notar que o mundo esta em constante inovação e mudanças, ou seja, o mundo globalizado onde a tecnologia tomou grande parte da humanidade e significantes consequências.
Ao me deparar com um mundo contemporâneo, pude notar o quão importante é o estudo da historia da educação, onde como pedagoga em formação devo ficar atenta a todas as mudanças que ocorreram ao longo dos séculos até chegar a atualidade, foram muitas teorias, muitos currículos diferentes, vários teóricos e educadores buscando sempre descobrira a melhor maneira de transformar o mundo.
Em fim podemos concluir que o educador é um sujeito em constante formação, ou seja, nós docentes devemos nos manter atualizados conforme a realidade em que estamos vivendo, pois em um mundo cada vez mais atualizados não podemos ficar para trás, devemos nos atualizamos frente às novas teorias e concepções, sempre buscando novas formas, novas didáticas para podermos atender as demandas dos alunos que estão em uma sociedade cada vez com mais diversidades para enfrentar.
REFERENCIAS
EDUCAÇÃO no Brasil. Portal são Francisco, 2021. Disponível em: <https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/educacao-no-brasil#:~:text=a%20hist%c3%b3ria%20da%20educa%c3%a7%c3%a3o%20no,cultura%20e%20civiliza%c3%a7%c3%a3o%20do%20pa%c3%ads.&text=jo%c3%a3o%20vi%2c%20importante%20em%20muitos,da%20corte%20portuguesa%20no%20Brasil>. Acesso em 06 de maio de 2021.
SALOMÃO, Thaís; NASCIMENTO, Clair Moro. A avaliação da aprendizagem na perspectiva formativa e na classificatória. Desafios atuais para a educação. Disponível em: <http://www.uel.br/eventos/semanaeducacao/pages/arquivos/anais/artigo/saberes%20e%20praticas/a%20avaliacao%20da%20aprendizagem%20na%20perspectiva%20formativa%20e%20na%20classificatoria.pdf>. Acesso em 07 de maio de 2021.
OLIVEIRA, Emanuelle. Teorias do currículo. Info escola, navegando e aprendendo, 2006. Disponível em: <https://www.infoescola.com/educacao/teorias-do-curriculo/>. Acesso em: 03 de maio de 2021.
Práticas pedagógicas fundamentais para a qualidade da educação. Editora 2B, 2018. Disponível em:< https://www.editora2b.com.br/blog/praticas-pedagogicas-fundamental-para-qualidade-da-educacao >. Acesso em: 07 de maio de 2021.
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