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Ponto de vista muscular: maior problema é em relação a cartilagem SISTEMA ESQUELÉTICO – OSSOS: Até 35 anos (pode-se também considerar 25 pois entre 25 e 35 o ganho é muito pequeno) atingimos a maior massa óssea – pico de massa óssea-, a partir disso há uma perda progressiva dessa massa (aumento da reabsorção óssea) Admite-se media de 90% de massa até os 18 anos A formação e a reabsorção não são homogêneas deve-se levar em conta o tipo de esqueleto (apendicular e axial) e o tipo de osso (trabecular e cortical) Antes dos 50 perde-se mais osso trabecular. Depois dos 50 perde-se mais osso cortical No idoso: predomínio de perda de massa óssea em membro inferior (problema: quedas, fraturas do fêmur) Esqueleto é renovado a cada 10 anos Perda massa ocorre mais em mulheres pós- menopausa (falta “freio” – estrogênio - nos osteoclastos, trabalhando muito) e idosos (hipovitaminose D) Vitamina D vem principalmente dos tecidos cutâneos após exposição à radiação UV (tomar sol) e secundariamente pela dieta No caso do idoso a dieta se torna mais importante pois o idoso perde essa capacidade da formação endógena nos tecidos cutâneos A pele tem um precursor cutâneo da vit. D, o 7-Desidrocolesterol, que é termolábil e irá se transformar com a ação dos raios UV em em Pré-vitamina D3 (precursor da vitamina D3), que quando exposta em temperatura (Termolábil) é transformada em vitamina D3, que passa para o sangue e depois para o fígado, ganhando um OH (hidroxilando), pela enzima 25-hidrozilase, formando o 25- colecalciferol, que irá passar para o rim, onde irá sofrer a ação de alfa 1-hidroxilase, que irá doar mais um OH para o 25-colecalciferol, formando então o calcitriol (1,25-dihidroxi- colecalciferol) que aumenta a absorção de cálcio nos intestinos. O PTH atua na transformação de 25-colecalcifero em calcitriol no rim No idoso: menor produção da 1a-hidroxilase renal, que é a enzima que permite o ganho do segundo OH, o que irá originar o calcitriol Idoso = baixa de qualidade de pele (não há muita disponibilidade de 7-desidrocolesterol), o que faz com que o idoso tenha déficit de absorção de cálcio (as vezes há aumento osteoclasto e as vezes simplesmente não há a absorção do cálcio) necessária a suplementação em dieta No idoso: baixa quantidade de 25- colecalciferol No idoso: menos exposição ao sol (permanecem mais em casa e quando saem tendem a cobrir mais o corpo com roupas Déficit de vitamina D: depressão geriátrica e condições de fraqueza muscular Quando se suplementa vit. D, ela vem em forma de colecalciferol, que não precisa da ativação pelos raios UV, necessitando apenas da metabolização RANK-RANKL E INTERAÇÃO ESTRÓGENO RANK-L ativa osteoclastogênese A interação RANK-RANKL é primordial para maturação dos osteoclastos, o que é contra- regulado pela osteoprogesterina, que é sintetizada pelos osteoblastos (com a idade não há mais tanta OPG, fazendo com que a interação RANK-RANKL diminua, fazendo com que os osteoclastos fiquem livres para “trabalhar muito”, não dando tempo para os osteoblastos trabalharem AUMENTA reabsorção óssea (pode gerar osteoporose no idoso) Obs: interação RANK-RANKL faz diferenciação de célula tronco em osteoclasto Obs 2: no idoso, então, não há equilíbrio entre ativação de osteoblasto e osteoclasto Estrogênio – inibidor da reabsorção óssea Baixa de estrogênio: mais um freio da reabsorção óssea vai embora Na mulher- há mais baixa de estrogênio, por isso também a mulher tem mais chance de osteoporose INTERAÇÃO PTH O paratormônio atua no rim (produção renal de calcitriol), aumentando a absorção fracionada do cálcio no intestino Com idade: paratormônio cai, havendo diminuição do calcitriol renal e há diminuição da absorção do cálcio no intestino Cálcio em altos níveis para a produção de PTH OU SEJA: ALTERAÇÕES NA VITAMINA D, NA INTERAÇÃO RANK-RANKL, NA INTERAÇÃO DE PTH E NA INTERAÇÃO DE ESTROGÊNIO: RENOVAÇÃO ÓSSEA ANORMAL (MAIOR CHANCE DE OSTEOPOROSE) SISTEMA ESQUELÉTICO – CARTILAGEM: O envelhecimento cartilaginoso traz consigo um menor poder de agregação dos prosteoglicanos, aliado a menor resistência mecânica da cartilagem. O colágeno adquire menor hidratação, maior resistência à colagenase e maior afinidade pelo cálcio Osteoblastos diminuem sua produção na velhice Condrócitos tem menor capacidade de manter e reparar cartilagem articular (por isso ocorrem as ossificações – é fisiológico dependendo do grau, patológico em grau elevado) condições degenerativas (a cartilagem articular já tem uma capacidade reparadora limitada, o que é acentuado na velhice) Calcificação das cartilagens (ossificação) (diminui a resistência e a elasticidade) Há na articulação um proteoglicano, o agrecano , que é o que mais se atrai pelo cálcio, captando muito esse cálcio, gerando a ossificação – no envelhecimento, reconhecem- se muitas alterações na estrutura do agrecano e dos agregados multimoleculares Assim, a síntese e o turnover de agregados sofrem influência da idade e do local de origem (alguns locais tem maior diminuição de condrócitos e alterações/desgastes de cartilagem que em outros locais do corpo) SISTEMA ESQUELÉTICO – músculos: Envelhecimento – substituição de tecido muscular por tecido gorduroso (movimento mais lento) Se a estrutura muscular for trabalhada (exp:academia) pode ser feita a recuperação do músculo (muscula mais recuperado = maior proteção de osso) Como é percebido que essa perda está ocorrendo? Creatinina na urina (ou seja, creatina do musculo está indo embora) Tomografia (analisa a espessura da fibra do musculo pelo exame – perda do volume da fibra e da quantidade de fibras) Esse declínio está diretamente relacionado com a diminuição da força muscular idade- relacionada (porém a capacidade de oxigenação do musculo é preservada, de maneira que se colocamos carga nesse músculo, ele pode voltar a atividade) Sarcopenia = diminuição das fibras musculares Existe a sarcopenia fisiológica (ocorre aos poucos com a idade) É esse declínio muscular idade-relacionada que designamos por sarcopenia Etiologia da sarcopenia = alterações endócrinas, fatores nutricionais, alterações no metabolismo do músculo, fatores mitocondriais, genética e estilo de vida (condições ambientais e comportamentais) Sarcopenia = se cansa mais fácil Miostatina sérica é um marcador biológico da sarcopenia (exp: idoso tem mais miostanina sérica que o jovem) O grau de sarcopenia não é o mesmo para diferentes músculos e varia amplamente entre indivíduos Músculos inferiores são mais acometidos Individuo sarcopênico = razão da soma da massa muscular apendicular (kg) pela altura ao quadrado (m2) é superior a dois ou mais desvios padrão (dp) Diminuição da força muscular da cintura pélvica e nos extensores dos quadris resulta em dificuldade para impulsão e levantar-se (dificuldade na marcha) Diminuição da força da mão e do tríceps torna mais difícil o uso de bengalas se necessário (substitui-se pelo andador)