Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ASMA Módulo II – Dispneia, Dor Torácica e Edemas Coordenadora: Naira Fausto CASO CLÍNICO M.J. S., sexo feminino, 54 anos, procura a UBS com história de crises de chieira torácica, iniciadas há 2 anos, associada à dispneia e tosse seca, após contato com poeira e mofo. Relata que essas crises se intensificaram após reforma iniciada em sua casa, ocorrendo diariamente, inclusive, com despertares noturno. Relata, ainda, a necessidade de procurar a UPA por 3 vezes durante os últimos 90 dias, recebendo inalação com fenoterol e uso de prednisona, com melhora parcial do quadro. História pregressa: rinite alérgica e crise de chieira na infância. Nega tabagismo e etilismo. História familiar: irmã tem chieira também. Em uso de spray de fenoterol, quando necessário. Ao exame: Dados vitais: PA: 130/80 mmHg, FC:104 bpm, FR: 24 irpm, SR: sibilos difusos, SCV: Bulhas taquicárdicas, sem demais alterações. Após avaliação, o médico solicita alguns exames laboratoriais: RX de tórax, espirometria e teste cutâneo alérgico, mas já prescreve o tratamento para iniciar após a realização da espirometria com formoterol 12mcg + budesonida 800mcg, inalados de 12 em 12 horas, e realiza as orientações de cuidados gerais. Após 1 mês, a paciente retorna com os resultados, referindo melhora das crises. A radiografia de tórax estava normal. O leucograma demonstrou 8.100 leucócitos com 14% de eosinófilos. A espirometria demonstrou moderado distúrbio ventilatório obstrutivo: CVF 2,59 L (70%); VEF1: 1,68 L (65,0%); e o aumento do VEF1 pós-broncodilatador foi de 0,32 L (20%). Após essa avaliação, orienta a paciente a realizar o acompanhamento adequado. Essa chiadeira tem cura, doutor? OBJETIVO 01 Considerando, conceito, epidemiologia, etiologia, fatores de risco, fisiopatologia, classificação, estratificação, quadro clínico, diagnóstico, diagnóstico diferencial, tratamento, prognóstico, complicações e prevenção. ANALISAR A ASMA, CONCEITO Doença inflamatória crônica, caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e por obstrução reversível do fluxo aéreo. EPIDEMIOLOGIA Uma das doenças crônicas mais comuns do mundo Cerca de 250 mil mortes anualmente No Brasil são cerca de 20 milhões de asmáticos Pico de incidência aos 3 anos Acomete cerca de 300 milhões de pessoas no mundo Crianças – sexo masculino FATORES DE RISCO Atopia Genética Alérgenos Infecções Respiratórias Exposição Ocupacional Dieta Poluição do ar FATORES DESCOMPENSANTES Alérgenos Infecções Respiratórias Exercício Físico Fatores Físicos Fármacos Estresse CLASSIFICAÇÃO Asma extrínseca alérgica ETIOLÓGICA Asma extrínseca não alérgica Asma criptogênica Asma induzida por aspirina FISIOPATOLOGIA Inflamação crônica das vias aéreas inferiores Hiper-reatividade brônquica Desequilíbrio imunológico Linfócitos Th2 Remodelamento brônquico Linfócitos T-helper Mastócitos IgE Eosinófilos 1 2 5 4 3 Fonte: Medicina Interna de Harrison QUADRO CLÍNICO Dispneia Sibilância Tosse OUTROSTRÍADE • Sensação de aperto no peito; • Rinite alérgica; • Dermatite atópica. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Insuficiência Cardíaca; Tromboembolismo pulmonar; Obstrução da laringe ou traqueia; Presença de corpo estranho; Esofagite de refluxo; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Síndrome de Löeffler; Bronquiectasias; Infecções virais e bacterianas. DIAGNÓSTICO Anamnese Exame Físico CLÍNICO ESPIROMETRIA EXAMES COMPLEMENTARES INESPECÍFICOS • Hemograma • Testes cutâneos • IgE • Exame de escarro • Radiografia de tórax • Gasometria • VEF1 • CVF • VEF1/CVF • FEF25-75% ESPIROMETRIA E ALÇA DE FLUXO-VOLUME Fonte: Medicina Interna de Harrison CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA QUANTO À GRAVIDADE Fonte: Pneumologia – Série no Consultório CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA QUANTO AO NÍVEL DE CONTROLE Fonte: Medicina Interna de Harrison TRATAMENTO Orientações para todos! Não farmacológico Farmacológico Agonista B2 de ação curta Anticolinérgico Corticoide sistêmico C R I S E TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO Fonte: Medicina Interna de Harrison COMPLICAÇÕES Atelectasia por tampões de muco; Síncope por tosse; Cor pulmonale agudo; Pneumotórax; Insuficiência respiratória com hipercapnia; Insônia; Efeitos colaterais das medicações de controle; Hospitalização e internação. Cessação do tabagismo PREVENÇÃO Manter os ambientes limpos Vacinação Evitar exposição aos sensibilizantes FIM... AGRADEÇO A ATENÇÃO!
Compartilhar