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FISIOPATOLOGIA: durante a placentação, a 2ª onda de invasão trofoblástica, em torno da 20ª semana, ocorre de forma inadequada. Durante esse processo, a camada média das arteríolas espiraladas nos vasos placentários não é destruída e permanece responsiva aos vasopressores circulantes. A falta de remodelamento das arteríolas espiraladas leva a um aumento da resistência ao fluxo sanguíneo e, consequentemente diminuição desse fluxo, gerando hipóxia. O espasmo arteriolar universal, devido à ativação endotelial, resulta em processo insidioso e progressivo, culminando em insuficiência de múltiplos órgãos. A hipóxia estimula a liberação de mediadores inflamatórios pela placenta doente na circulação materna, induzindo disfunção endotelial generalizada. CONDUTA: Pacientes que apresentem uma PAD maior que 100 mmHg ou que estavam fazendo uso de medicação anti-hipertensiva antes da gravidez com bom controle pressórico devem ser medicadas durante a gestação. • Primeira escolha: metildopa (inibidor adrenérgico central); • Segunda escolha: nifedipino (bloqueador de cálcio) e hidralazina (vasodilatador); • Obs: se a paciente iniciar o pré-natal com um diurético tiazídico, pode manter a medicação, mas nunca introduzir se caso a paciente não tomava anteriormente. Em hipertensas com doença não complicada, é recomendado o parto com 39/40 semanas. v É considerado hipertensão na gravidez quando PA ≥ 140X90 mmHg. DHEG se refere à hipertensão que se desenvolve durante a segunda metade da gravidez decorrente das alterações ocorridas na invasão trofoblástica. DEFINIÇÃO: HAS diagnosticada antes da gravidez ou antes de 20 semanas de gestação e que persiste 12 semanas pós-parto ou o uso de anti-hipertensivos anterior à gestação. Em 90% dos casos é essencial, as principais causas são: doença renal, feocromocitoma, coarctação de aorta, lúpus, DM, tireotoxicose. CRITÉRIOS PARA PRESCRIÇÃO DE ANTI-HIPERTENSIVO PA ≥ 150-160/100-110 Idade > 40 anos HAS há mais de 10 anos HAS secundária HAS com comprometimento de órgão-alvo DEFINIÇÃO: HAS que se desenvolve após 20 semanas, porém sem a presença de proteinúria, a pressão retorna ao normal até 12 semanas pós- parto. Até 25% evolui para pré-eclâmpsia. E não é necessário iniciar terapia medicamentosa! TERAPÊUTICA: • Se diagnosticada a termo, o parto é recomendado afim de evitar complicações; • Se diagnosticado pré-termo, recomenda-se manejo expectante com monitorização frequente de sinais de agravamento da doença. v DEFINIÇÃO: aparecimento de hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação em gestante previamente normotensa. O diagnóstico de PE pode ser realizado se associado um ou mais dos critérios de qualquer uma das 3 colunas abaixo à PA ≥140x90 PROTEINÚRIA ALTERAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS DISFUNÇÕES UTEROPLACENTÁRIAS • 300 mg ou mais de proteína em urina de 24h; • ≥ 1+ em amostra isolada de urina; • relação proteinúria/creatinúria em amostra urinária > 0,3. • Plaquetopenia (< 100.000/mm3); • Elevação das enzimas hepáticas (o dobro do basal); • Piora da função renal (creatinina > 1,1 mg/dl ou duplicação do valor normal, na ausência de outras doenças renais); • Edema agudo de pulmão; • Sintomas visuais ou cerebrais. • Restrição de crescimento fetal assimétrico; • Oligodramnia; • Doppler umbilical alterado; A presença de PE, independentemente de sua gravidade, determina risco fetal e materno aumentados. É uma síndrome de origem multifatorial. TEORIAS RELACIONADAS À FISIOPATO DA PE Deficiência da invasão trofoblástica Disfunção endotelial e alterações inflamatórias Fatores imunológicos Fatores genéticos Laís Rios Saad – T9 PREVENÇÃO: O AAS e o cálcio são recomendados para mulheres com fatores de risco para pré-eclâmpsia. • AAS: iniciado entre 12-28 semanas e deve ser mantido até 36 semanas – 60- 150 mg/dia. • Cálcio: iniciado a partir da 20ª semana – 1-2 g/dia. CONDUTA: • Hospitalização de todas pacientes independente da gravidade; • Dieta normossódica; • Repouso relativo; • PA 4/4H; • Terapia anti-hipertensiva precoce. FATORES DE RISCO Primípara História prévia de PE Nefropatas HAC DM Extremos de idades Obesidade Gemelaridade Gestação molar Hidropsia fetal AVALIAÇÃO DO BEM ESTAR MATERNO: • ganho ponderal; • pressão arterial; • hemograma e contagem de plaquetas; • ureia, creatinina e ácido úrico sérico; • transaminases hepáticas e LDH; • EAS e proteinúria de 24 horas. Metildopa 250 mg/dia Nifedipina 20-60 mg/dia Hidralazina ou Metropolol Somente associa-se uma nova droga quando chega a dose máxima da droga que já estava em uso. Só podem ser usadas no máximo 3 drogas. URGÊNCIA HIPERTENSIVA NA PRÉ-ECLAMPSIA: Há risco de lesão de órgão alvo sem sintomas + PA ≥ 160x110 mmHg; Nifedipina 10-20 mg VO 30/30 min. EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA NA PRÉ-ECLAMPSIA: Já existe lesão de órgão alvo com sintomas + PA ≥ 160x110 mmHg; Hidralazina 5 mg EV 15/15 min. DEFINIÇÃO: aparecimento de convulsões tônico-clônicas generalizadas, em gestantes com sinais e sintomas de pré-eclâmpsia. TRATAMENTO: avaliação do estado geral + manutenção da função cardiorrespiratória + controle da PA + manejo da crise convulsiva e prevenção de novas crises. Iminência de eclâmpsia Cefaleia Epigastralgia ou dor no hipocôndrio direito Distúrbios visuais ESQUEMAS DE SULFATAÇÃO PRTICHARD ZUSPAN SIBAI Ataque: 4g EV +10 g IM (5 em cada nádega) Manutenção: 5 g IM 4/4h Ataque: 4 g EV Manutenção: 1-2 g/h EV Ataque: 6 g EV Manutenção: 2-3 g/h EV IMPORTANTE!!!! Ficar de olho na toxicidade da sulfatação: o primeiro sinal é a diminuição dos reflexos tendineos profundos, seguida de parada respiratória e cardíaca. Antídoto: gluconato de cálcio. Manter magnésio por 24h pós-parto. AVALIAÇÃO DO BEM ESTAR FETAL: • movimentação fetal: sinal de alerta da redução da movimentação fetal; • crescimento uterino e volume de líquido amniótico: CIUR e oligodramnia. • CTG: semanalmente a partir de 30-32 semanas; • USG (perfil biofísico fetal) e dopplervelocimetria: solicitar na época do diagnóstico e repetir, se normal, uma vez por mês. DEFINIÇÃO: desenvolvimento de pré-eclâmpsia em pacientes com diagnóstico prévio de HAC; CONDUTA: • Se pré termo: ➢ Sem características graves: tratamento expectante → 37 semanas → parto; ➢ Com características graves: realizar manejo igual pré-eclâmpsia grave → 34 semanas → parto; • Se termo: parto. DEFINIÇÃO: H Hemolysis • Esfregaço periférico com esquizócitos; • DHL > 600 U/L; • BT ≥ 1,2 mg/dl. E L Elevated liver enzymes • TGO e TGP ≥ 70 UI/L. L P Low platelets • < 100.00 plaquetas/mm³ Pode manifestar-se em qualquer momento da gravidez e no puerpério. CONDUTA: interrupção da gravidez, preferencialmente, por via vaginal.
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