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Maria Luiza Peixoto FMT-LXII Câncer de Pulmão • Controle do tabagismo • Educação dos pacientes • Desconhecimento por parte dos pacientes • Diagnóstico tardio • Desigualdade de acesso ao tratamento de cancer Etiologia e Patogenia: Acúmulo gradual de anormalidades genéticas, que transformam o tecido do epitélio brônquico benigno em tecido neoplásico ➔ Tabagismo 87% dos carcinomas ocorrem em fumantes ativos A redução do tabagismo reduz os riscos, mas não o tira Inalação passiva Iniciadores (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos como benzopirene) e promotores, como derivados do fenol. Elementos radioativos. ➔ Riscos industriais Radiação ionizante Urânio Asbestos ➔ Poluição do ar Radônio Aerossóis ambientais ➔ Genética Molecular Exposições causem alterações genéticas Fenótipo neoplásico ➔ Lesões precursoras 3 tipos: displasia escamosa e carcinoma in situ, hiperplasia adenomatosa atípica e hiperplasia de célula Classificação: Variantes histológicas. • Adenocarcinoma (homens 37%, mulheres 47%). • Carcinoma de células escamosas (homens 32%, mulheres • 25%). • Carcinoma de células pequenas (homens 14%, mulheres 18%). • Carcinoma de células grandes (homens 18%, mulheres 10%). Morfologia: Hilo pulmonar ou ao seu redor ¾ das lesões são originadas nos brônquios de primeira, segunda e terceira ordens. Lesões pré-neoplásicas precedem e acompanham o carcinoma de células escamosas(sofre metástase fora do tórax tardiamente) A disseminação e distância do carcinoma pulmonar ocorre pelas vias linfáticas e hematogênicas. 1. Presença de células escamosas é mais prevalente em serviços públicos de saúde ➔ Encontrado mais em homens tabagistas ➔ Presença de queratinização e /ou pontes intercelulares ➔ Pérolas escamosas ou células individuais com citoplasma denso e acentuadamente eosinofílico 2. Adenocarcinoma predomina em instituições privadas ➔ Tumor epitelial maligno ➔ Diferenciação glandular ou produção de mucina pelas células tumorais ➔ Mais comum em mulheres não fumantes ➔ Lesões encontradas mais perifericamente e tendem a ser menores ➔ Lesões papilares ➔ Maioria positiva para o fator de transcrição de tireoide-1 e 80% tem mucina ➔ Padrão de disseminação broncoalveolar ➔ Crescem mais lentamente Sintomas: • Tosse (75%) • Perda de peso (40%) • Dor torácica (40%) • Dispneia (20%) Maria Luiza Peixoto FMT-LXII Tratamento: Adenocarcinoma e células escamosas tendem a permanecer localizados por mais tempo e apresentam um prognóstico discretamente melhor do que os cânceres não diferenciados. → Estágio terminal é tratada com quimioterapia e/ou radioterapia paliativa → Tratamento com inibidores de EGFT prolonga a sobrevida → Mutações ativadoras de KRAS, associadas a um pior prognóstico Diagnóstico: 89% dos pacientes receberam diagnóstico de câncer feito por meio de radiografia de tórax ➔ Sintomas respiratórios: tosse, dificuldade respiratória, dor torácica.. 20% foram diagnosticados por meio de TC ➔ Pneumonia, embolia pulmonar, asma.. Procedimentos diagnósticos invasivos como broncoscopia e biópsia transtorácica são limitados:] • -Broncoscopia Exame visual direto da laringe e das vias aéreas através de um tubo de visualização Broncoscópio, coleta de amostras de tecido pulmonar Remover secreções, sangue, pus e corpos estranhos; aplicar medicamentos • Biópsia transtorácica com agulha Nódulos ou massas pulmonares periféricas Anormalidades mediastinais, pleurais e hilares Inflitrados ou pneumonias sem diagnóstico quando a broncoscopia é contraindicada ou não é diagnosticada → Quando realizada com orientação de TC e com citopatologista com experiência nesse tipo de atendimento, a biópsia transtorácica com agulha confirma o diagnóstico de doença maligna com > 95% de exatidão. A biópsia com agulha fornece um diagnóstico preciso em processos benignos apenas em 50 a 60% do tempo. Contraidicações: ventilação mecânica, pneumonectomia contralateral, tosse intratavel, hipertensão pulmonar Procedimento: introduz agulha de biópsia na direção da lesão suspeita, enquanto o paciente prente a respiração. Fluoroscopia e radiografia de tórax para excluir pneumotórax e hemorragia. Complicações: pneumotórax, hemorragia, embolia aérea. PET (tomografia por emissão de pósitrons) → estadiamento do câncer de pulmão Diagnostica precocemente o câncer Diagnostica epilepsia e alzheimer Permite visualizar os problemas a nível celular atráves da emissão de radiação, ou seja, é capazde verificar a atividade metabólica das célular. • Detectar problemas neurológicos, como a epilepsia e demências; • Verificar problemas cardíacos; • Monitorar a evolução do câncer; • Monitorar resposta à terapia; • Identificar processos metastáticos. Procedimento: liquidos ou diretamente com glicose marcada com uma substância radiotiva. Por ser feito com glicose, esse exame não traz risco à saude, já que é eliminado facilmente pelo organismo. Jejum de 4 a 6h e feito após 1h da ingestão da glicose. Aspiração transbrônquica com agulha guiada por broncoscopia → seguro e eficaz → Insere-se uma agulha retrátil pelo broncoscópio, que pode ser usada para coletar amostras de linfonodos ou massas mediastinais. Pode-se utilizar ultrassonografia endobrônquica (EBUS) para ajudar a orientar a biópsia por agulha. Aspiração transtorácica com agulha fina guiada por TC → precisão e segurança Ultrassonografia endobrônquica Técnica minimamente invasiva Visualiza nódulos ou massas pulmonares, paredes das vias aéreas e estruturas ao redor de toda a árvore traqueobrônquica. Baixo risco e elevado rendimento diagnóstico em doenças neoplásicas e não neoplásicas. Testes moleculares Fundamental para melhorar os resultados terapêuticos Acesso limitado • Testes de mutação do gene EGFR → Utiliza o material coletado na biópsia para avaliar se essa proteína está alterada. → EGFR é um receptor do fator de crescimento epidérmico, é uma proteína encontrada na superfície das células do corpo. Responsável pelo estímulo para o crescimento e desenvolvimento das células. Se essa proteína https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/procedimentos-pulmonares-diagn%C3%B3sticos-e-terap%C3%AAuticos/exames-de-imagem-do-t%C3%B3rax#v913062_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/procedimentos-pulmonares-diagn%C3%B3sticos-e-terap%C3%AAuticos/exames-de-imagem-do-t%C3%B3rax#v913062_pt Maria Luiza Peixoto FMT-LXII estiver muito ativa, ela origina o câncer devido a proliferação de célular cancerosas. Está presente geralmente no câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) • Testes do gene ALK (quinase do linfoma anaplásico) → Gene ALK codifica um receptor tirosino- quinase transmembrana de mesmo nome, a proteína ALK, que expressa apenas no sistema nervoso durante a embriogênese. → Mutações e translocações no gene ALK são mto associadas ao CPNPC, mais frequentes em pacientes não fumantes com adenocarcinoma. → A maioria dessasmutações trata-se de translocações do gene ALK com outros genes, como a inversão com o par do gene EML-4 (Echinoderm microtubule associated protein-like 4), o qual, assim como o ALK, se localiza no cromossomo 2. Como resultado, a proteína ALK oncogênica resultante da translocação causa a ativação de vias de sinalização que leva à proliferação exacerbada das células. → Os inibidores de tirosina quinase (TKIs – Tyrosine Kinase Inhibitors) têm como alvos os oncogenes EGFR e ALK e resultaram em grandes avanços no tratamento, possibilitando efeitos colaterais menos agressivos e redução do tamanho dos tumores. Por outro lado, de acordo com alguns estudos, podem induzir ao aumento de expressão de PDL- 1, que também é alvo de imunoterapias. Veja material específico. → Pelo exame de imuno-histoquímicapara ALK, é possível avaliar a proteína ALK qualitativamente, identificando pacientes elegíveis para tratamentos específicos. Por sua vez, a hibridização in situ por fluorescência (FISH) com sondas do tipo “break apart” é considerada padrão ouro na identificação de mutações do gene ALK. O método permite identificar as translocações dos genes, as quais são associadas ao CPNPC. Problemas: Reembolso e logística, acesso a terapia específica, informação por parte do médico e do paciente, infraestrutura laboratorial limitada. Inibidores de tirosina quinase (ITQ) do EGFR fornecem a maioria dos testes moleculares *Mutações do EGFR é menor no Brasil, que na ásia. *Origem étinica responsavel pelo perfil molecular distinto Tratamento ▪ Cirurgia Lobectomias e segmentectomias • Lobectomia. Consiste na remoção do lobo inteiro do pulmão que contém o tumor. • Segmentectomia ou ressecção em cunha. Nesse procedimento apenas parte do lobo é removido. Essa técnica é realizada se o paciente não tem função pulmonar suficiente para suportar a retirada do lobo inteiro. → Pequena proporção de pacientes é submetida a cirurgia com intenção curativa • Cirurgia torácica videoassistida (toracoscopia) → Procedimento minimamente invasivo que permite abordagens diagnósticas e/ou terapêuticas. → Sua grande vantagem é fornecer ao paciente, uma recuperação mais rápida, melhor resultado estético, menor dor pós- operatória, redução do tempo de internação e retorno precoce às atividades. → Na VATS geralmente são feitas duas ou três pequenas incisões (de aproximadamente 2 cm), onde são inseridas o endoscópio (dispositivo que permite a visualização da cavidade) e os instrumentais de trabalho. Além disso para manter as incisões abertas facilitando a entrada dos instrumentais no momento do procedimento, são utilizados um tubo chamado de trocarter. Radioterapia RT estereotáxica corporal ou rt estereotáxica ablativa para tratar doença localizada Procedimento endobrônquico é usado principalmente para fins paliativos RT paliativa revela altas taxas de controle dos sintomas - Terapia Sistêmica Quimioterápicos-padrão como taxanos e gencitabina Taxanos • Taxol(casca de tronco) e taxotere(folha) • Podem causar mucosite e neutropenia • Estabilização dos microtúbulos da mitose, impedindo sua desagregação e levando à morte celular • Induz a formação anormal ou feixe de microtúbulos durante o ciclo celular e múltiplos ásteres de microtúbulos durante a mitose Maria Luiza Peixoto FMT-LXII • Taxotere pode ser mais absorvido pelas células e ficar retido intracelularmente por mais tempo Gencitabina Cloridrato de Gencitabina isolado ou em combinação com a cisplatina é indicado como tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas localmente avançado ou metastático. • Metabolizada intracelularmente pelas quinases-nucleosídeo aos nucleosídeos ativos difosfato e trifosfato. • Inibição da síntese do AND (ácido desoxirribonucleico), pela ação do difosfato e trifosfato. • A gencitabina induz a fragmentação internucleossomal do ADN, uma característica do processo programado de morte celular. Pemetrexede Em combinação com a cisplatina, é indicado para o tratamento de pacientes com mesotelioma pleural maligno irressecável ou não passível de cirurgia curativa. Pemetrexede Dissódico é um agente antineoplásico antifolato que exerce sua ação através do rompimento de processos metabólicos folato-dependentes, essenciais para a replicação da célula. Terapias específicas, com anticorpos monoclonais como bevacizumabe e ITQ do EGFR Bevacizumabe • Em combinação com quimioterapia à base de platina, é indicado para o tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células, não escamoso, irressecável, localmente avançado, metastático ou recorrente. • Anticorpo monoclonal humanizado recombinante que se liga e neutraliza seletivamente a atividade biológica do fator de crescimento do endotélio vascular humano (VEGF). • A neutralização da atividade biológica do VEGF reduz a vascularização de tumores, inibindo, assim, o crescimento tumoral. Inibidor de ALK → Crizotinibe Quimioterapia de 1 linha,2 e 3 Regime baseado em platina Uso de carboplatina e pemetrexed Cisplatina e vinorelbina combinadas em pacientes idosos com CPCNP Carboplatina: Está também indicado no tratamento do carcinoma de pequenas células de pulmão, nos carcinomas espinocelulares de cabeça e pescoço e nos carcinomas de cérvice uterina. A Carboplatina se liga ao DNA através de ligações cruzadas nas duas cadeias, alterando a configuração da hélice e inibindo sua síntese. O efeito é provavelmente independente do ciclo. Identificação correta de casos de mutação do EGFR para terapia específica PET-TC para estadiamento de câncer de pulmão Poliquimioterapia para o tratamento de primeira linha de pacientes com CPCNP metastático com perfomance status=2 Câncer de Pulmão de Pequenas Células Esse tipo de câncer de pulmão tende a crescer e se disseminar mais rápido que o câncer de pulmão de não pequenas células. Cerca de 70% dos pacientes com câncer de pulmão de pequenas células terão metástases no momento do diagnóstico. Como esse câncer cresce rapidamente, tende a responder bem à quimioterapia e a radioterapia. No entanto, a maioria dos pacientes terá recidiva da doença em algum momento. Ele se localiza a maior parte das vezes centralmente nos pulmões e tem crescimento muito rápido e agressivo, o que significa que se espalha cedo para locais distantes do corpo. Os sintomas típicos são a tosse, dor no peito, falta de ar e perda de peso. O diagnóstico costuma ser feito com a ajuda de exames de sangue e de imagem dos pulmões, e recolhendo uma pequena amostra de tecido do pulmão. O tratamento depende da fase do câncer. Nem todos os casos podem ser curados, pois frequentemente o câncer já se espalhou no momento do diagnóstico. Os sintomas típicos são tosse com expectoração com sangue, dor no peito, falta de ar e perda de peso. Também são comuns o chiado ao respirar e a perda de apetite. Se o tumor se espalhou, os sintomas podem ser também dores de cabeça (pior de manhã), visão turva, sensibilidade à luz, náuseas, vômitos, confusão mental, dor óssea e dificuldade em engolir. NICOTINA E TABACO Descobertas recentes mostraram que o gene CYP2A6 tem a propriedade de ativar as nitrosaminas do tabaco. Existem tabagistas que consumem uma grande quantidade de cigarros, passando por aqueles que fumam habitualmente até os que fumam de maneira esporádica. Devido ao grande polimorfismo desse gene, a metabolização da nicotina pode ser muito variada e, portanto, também o consumo de tabaco. Essa diversidade está associada ao risco de câncer, principalmente de câncer do pulmão. Tabagistas que possuem o gene que consumem muito tabaco têm maior risco de câncer do pulmão; ao contrário, nos casos que o gene está ausente, as pessoas fumam menos, o que reduz o risco de doença. https://consultaremedios.com.br/cisplatina/bula https://minutosaudavel.com.br/cancer-de-pulmao/ https://consultaremedios.com.br/cisplatina/bula Maria Luiza Peixoto FMT-LXII Nos tabagistas, uma forma pela qual o tabaco desencadeia o câncer do pulmão, seria a interação da nicotina com os receptores de nicotina sobre as células epiteliais e as células que no futuro serão cancerosas. Além disso, a nicotina provoca dependência física e psíquica, o que faz que o tabagista fume cada vez mais e, com isso, introduz no organismo substâncias cancerígenas, além das nitrosaminas. Cada tragada de fumaça do cigarro introduz no organismo 4 trilhões de radicais livres. O tabagismo é uma toxicodependência caracterizada pela dependência física e psicológica do consumo de nicotina, substância presente no tabaco. O cigarro é um dos maioresagressores do endotélio – aquela parede de células que recobre os vasos sanguíneos. Essa ação interfere com a produção de uma substância protetora conhecida como óxido nítrico (ele que vai dilatar os vasos e diminuir a pressão arterial, já que ele libera GMPc que vai fosforilar cadeias de miosina, (sequestrar cálcio e contrair o músculo) e faz como que as artérias fiquem mais vulneráveis ao acúmulo de gordura. Há também uma interferência no mecanismo de contração e relaxamento, o que resulta numa maior dificuldade para o sangue circular. A nicotina, substância encontrada no produto, atua pelos sistemas simpáticos e parassimpáticos e, quando a adrenalina é liberada, influencia na redução de consumo de oxigênio, e faz com que o corpo passe a absorver mais colesterol (calibre das arterias vasoconstruidas terá maior facilidade de formação de placas de ateroma).. A fumaça do cigarro contrai os vasos capilares dos pés e das pernas e, um único cigarro, já é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo. A cada tragada, ocorre um endurecimento das artérias do fumante, fazendo com que o coração trabalhe mais intensamente. Qualquer tipo de tabaco pode estimular a produção de novas placas nas artérias e piorar a aterosclerose (acúmulo de gordura nas paredes das artérias). A nicotina juntamente com o monóxido de carbono, provoca diversas doenças cardiovasculares. Além disso, estimula no aparelho gastrointestinal a produção de ácido clorídrico, o que pode causar úlcera gástrica. Também desencadeia a liberação de substâncias quimiotáxicas no pulmão, que estimulará um processo que irá destruir a elastina, provocando o enfisema pulmonar.
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