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1 @allancarrascod | Propedêutica Médica Anamnese e exame físico do Sistema Respiratório Anatomia do Tórax: • Arcabouço esquelético do tórax (12 vértebras torácicas, discos intervertebrais, 12 costelas, cartilagens costais e o esterno) o Costelas verdadeiras = primeiros sete pares de costelas o Costelas falsas = cinco pares remanescentes. o pulmão direito com três lobos, superior, médio e inferior o pulmão esquerdo com dois, o superior e inferior. o Borda inferior do manúbrio se articula com o corpo do es- terno = ângulo esternal ou ângulo de Louis. Primeiro arco costal = localizar o ângulo de Louis, abaixo dele se encontra o 2° espaço intercostal o Representação anatômica do trato respiratório inferior: o Pontinha do coração = 5° espaço intercostal, entre o 6° e o 7° espaço intercostal se encontra a projeção do fígado o Na altura do 2° espaço intercostal = arco da aorta e bifur- cação da traqueia o Porção posterior = escapula e coluna vertebral o Ângulo de Charpy = ângulo formado pelos últimos arcos cos- tais e a ponta do esterno Biotipo normolíneo = 90° Biotipo brevelíneo = angulação menor Biotipo longilíneo = angulação maior Circulação pulmonar: • Compõe-se de dois sistemas = a grande e a pequena circulação, isto é, a circulação geral e a própria da artéria pulmonar e a das artérias brônquicas. • Pressão no território da artéria pulmonar é bem menor que a pressão na circulação arterial sistêmica o Pressão sistólica no ventrículo direito = aprox. 25 mmHg o Pressão diastólica = 8 mmHg o Média = 15 mmHg. • Fluxo sanguíneo pulmonar: o Zona 1 = ausência de fluxo (pressão alveolar sempre maior que capilar). o Zona 2 = fluxo intermitente, só há fluxo na sístole (pressão capilar maior que a alveolar na sístole, menor na diástole) o Zona 3 = fluxo contínuo (pressão capilar sempre maior que a alveolar). Linhas e regiões torácicas • Linhas torácicas verticais: o Linha medioesternal = hemitórax direito e esquerdo. o Linha esternal lateral o Linha hemiclavicular o Linha paraesternal. 2 @allancarrascod | Propedêutica Médica o Face lateral: Linha axilar anterior Linha axilar posterior Linha axilar média o Face posterior: Linha vertebral Linha escapular • Linhas torácicas horizontais: o Linhas das terceira e sexta articulações esternocondrais o Linhas claviculares o Linha da sexta articulação esternocondral. o Linhas de escapula superior e inferior. Regiões das facers do tórax Anamnese • Identificação = algumas patologias são mais predominantes em alguns sexos e idades. • QP • HMA/HDA • IS • Antecedentes pessoais e familiares • Hábitos de vida • Condições socioeconômicas e culturais Sinais e sintomas • Dor torácica o Parede torácica o Traqueia, brônquios, pulmões e pleuras o Coração e pericárdio o Vasos o Esôfago o Mediastino o Órgãos abdominais o Causa psicogênica • Tosse: o Estímulos de natureza inflamatória (hiperemia, edema, se- creções e ulcerações), mecânica (poeira, corpo estranho, aumento ou diminuição da pressão pleural como ocorre nos derrames e nas atelectasias), química (gases irritantes) e térmica (frio ou calor excessivo) 3 @allancarrascod | Propedêutica Médica o Produtiva ou úmida = acompanhada de secreção, não deven- do nesses casos ser combatida o Seca = inútil, causando apenas irritação das vias respirató- rias. o Tosse quintosa = em acessos, geralmente pela madrugada, com intervalos curtos de acalmia o Tosse síncope = após crise intensa, resulta na perda de consciência. o Tosse bitonal = paresia ou paralisia de uma das cordas vo- cais, pode significar comprometimento do nervo laríngeo in- ferior (recorrente), situado à esquerda no mediastino médio inferior. o Tosse rouca = própria da laringite crônica, comum nos taba- gistas. • Expectoração: o Importante para diferenciar as lesões alveolares (pneumoni- as bacterianas) das intersticiais (pneumonias virais). • Hemoptise: o Eliminação de sangue pela boca, passando através da glote. o Origem brônquica = ruptura de vasos o Origem alveolar = ruptura de capilares ou transudação de sangue • Vômica: o Eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza. • Dispneia: o Dificuldade para respirar o Ortopneia = impede de ficar deitado o Trepopneia = aparece com o decúbito lateral o Platipneia = aparece com a transição da posição sentado para em pé. • Sibilância: o Chiado ou “chieira“ • Rouquidão ou disfonia. • Cornagem: o Dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respi- ratórias superiores, na altura da laringe o Manifesta por um ruído (estridor) e tiragem. Exame físico • Realizar o exame de tórax = paciente deve estar despido até a cintura e sentado • Comparar as duas regiões simétricas do pulmão → encontrar alterações que podem estar presentes unilateralmente. • Assim que o paciente entrar observar: o Estado de consciência do paciente o Coloração o Grau de hidratação o Se há lesões elementares sólidas, correlacionando-as com as doenças pulmonares. • Inspeção estática examinam-se o Forma do tórax e suas anomalias estruturais, congênitas ou adquiridas o Localizadas ou difusas o Simétricas ou não. o Condições das partes moles e ósseas: cicatrizes, atrofia, edema e circulação colateral o Presença de abaulamentos e retrações o Observar a estrutura do esterno, costelas e vertebras o Avaliar: Forma Simetria Abaulamentos Retrações Cicatrizes Lesões de pele Ginecomastia Circulação colateral o Técnica: Paciente sentado ou em ortostase Tórax despido Observar regiões anterior, posterior e lateral de ambos hemitórax Análise comparativa (simetria) Geralmente diâmetro latero-lateral é maior que diâme- tro anteroposterior, mas pode haver alterações o Tórax normal: Sem qualquer anormalidade o Possíveis alterações: Tórax chato/plano = perde a convexidade normal da parede anterior, redução do diâmetro anteroposterior. 4 @allancarrascod | Propedêutica Médica Tórax em barril/globoso/tonel = diâmetro AP e LL fi- cam iguais (comum me pacientes com DPOC) – aumento do diâmetro AP – hiperinflação pulmonar Pectus excavatum/infundibuliforme = depressão de es- terno – tórax para dentro (pode ser genético ou adqui- rido – associado ao raquitismo), pode causar dispneia Pectus carinatum/cariniforme = abaulamento do ester- no para o exterior, pode ser congênito associado a ou- tras síndromes clínicas envolvendo aparelho cardiovas- cular ou respiratório ou adquirido Tórax cônico/sino = parte inferior exageradamente alargada, lembrando um tronco de cone ou um sino. Tórax cifótico = curvatura da coluna dorsal, formando uma gibosidade. Escoliose = altera simetria na escapula – deformidade lateral → compensa em assimetria na escapula Hipercifose = curvatura em convexidade posterior mais intensa na região torácica Tórax cifoescoliótico = cifose + desvio da coluna para o lado (escoliose). Cicatrizes = ex.: cicatriz transversal de x cm na parte anterior do tórax na região infraclavicular esquerda A. Normal. B. Em tonel (enfisema). C. Tórax infundibuliforme (pectus excavatum). D. Tórax cariniforme (pectus carinatum). E. Escoliose. F. Cifose. G. Gibosidade. o Ginecomastia: Aumento de tecido glandular mamário no sexo masculino Traça linha inferior a região da mama e classifica-se em graus: o Síndrome da VCS: Circulação colateral por obstrução da VCS por tumor e com isso o sangue retorna para o coração por meio de varizes • Inspeção dinâmica observam se o Padrão de respiração o Definir o padrão respiratório o Avaliar os movimentos respiratórios: frequência e sincronia o Expansibilidade torácica o Retrações inspiratórias: tiragem o Uso de musculatura acessória → normal = expiração com duração semelhante a da inspiração, com uma pequena pau- sa entre os dois movimentos o Técnica: Paciente sentado ou em pé Tórax despido Observar regiões anteriores, posterior e lateral de am- bos hemitórax Análise dinâmica dos movimentos respiratórios Análise comparativa (simetria) o Tipo respiratório: Observar a movimentação do tórax e do abdome o Inspeção dinâmica: Padrão respiratório Frequência respiratória • Mulher = 18 a 20 irpm; • Homem = 16 a 18 irpm; • Criança = 20 a 25 irpm; • Lactantes = 30 a 40 irpm. • Pré escolares = 20 a 35 irpm • RN = 40 a 45 irpm Ritmo respiratório Sinais de esforço respiratório expansibilidade 5 @allancarrascod | Propedêutica Médica o Padrão respiratório: Toracoabdominal: • Mais comum – normal • Expansão concomitante do tórax e abdome. • Quando ar entra expandindo diâmetro do tórax, o diafragma é jogado para baixo, aumentando a pres- são intra-abdominal e deslocando a parede abdominal Costal superior: • Também pode ser normal • Só expansão torácica, sem expansão abdominal • Ex. = gravidez (lesão diafragmática, obstáculo ao dia- fragma) Abdominal = (alterações pleurais, hiperinsuflação toráci- ca, lesão muscular intercostal) Movimentos respiratórios torácicos paradoxais (retra- ção do gradil costal) • Após trauma as costelas fraturadas ficam soltas e com isso durante a respiração vão para dentro o Ritmo respiratório: Padrão respiratório normal: • Ciclos semelhantes uns aos outros (em duração, ex- piração é igual à da inspiração com pausa muito breve entre eles) • Frequência respiratória no adulto varia de 12 a 20 incursões respiratórias por min – normopneico (muda de acordo com a faixa etária – recém- nascido até 45 incursões por min) • Ciclos simétricos, mesmo intervalo e inspiração igual a expiração Respiração de Cheyne-Stokes: • Fase de apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas (taquipneico) até atingir um máximo, para depois vir decrescendo (bradip- neia) até nova pausa (apneia). • Causas mais frequentes = insuficiência cardíaca grave, hipertensão intracraniana, acidentes vascula- res cerebrais e traumatismos cranioencefálicos. • Marcador de pior prognostico em pacientes com IC e pacientes com graus elevados de pressão intra- craniana Respiração de Biot: • Primeira fase = apneia • Segunda = movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e à amplitude • indica grave comprometimento encefálico • Ciclos irregulares • Facilmente detectado por não possuir um padrão • Encontrado em pacientes com lesão no tronco ce- rebral/bulbo, com grave sofrimento cerebral, pés- simo prognostico neurológico Respiração de Kussmaul: • Paciente taquipneico até que se tem um período de apneia em sequência de maneira súbita • Diferença entre ele e o cheyne-stockes é que este não possui o período de bradipneia • Presente em todas as situações de acidose metabó- lica, principal exemplo é a cetoacidose diabética • (1) inspirações ruidosas, gradativamente mais am- plas, alternadas com inspirações rápidas e de pe- quena amplitude; • (2) apneia em inspiração; • (3) expirações ruidosas gradativamente mais pro- fundas alternadas com inspirações rápidas e de pe- quena amplitude; • (4) apneia em expiração Respiração suspirosa.: • Paciente executa movimentos inspiratórios de ampli- tude crescente seguidos de expiração breve e rápi- da. • Movimentos respiratórios normais são interrompi- dos por “suspiros” isolados ou agrupados • Traduz tensão emocional e ansiedade Sinais de esforço respiratório: • Paciente com situação crítica do ponto de vista ven- tilatório em que há utilização de musculatura aces- sória (ex.: nasal, cervical, intercostal) • Tiragem intercostal • Retração de fúrcula – utilização de musculatura acessória do pescoço • Batimento de asa nasal 6 @allancarrascod | Propedêutica Médica • Palpação: o Expansibilidade: Expansibilidade dos ápices pulmonares • Pesquisa com ambas as mãos espalmadas • Bordas internas toquem a base do pescoço, os po- legares apoiem-se na coluna vertebral e os demais dedos nas fossas supraclaviculares = mão em ferradura Expansibilidade das bases pulmonares • apoiam-se os polegares nas linhas paravertebrais e os outros dedos recobrem os últimos arcos costais. Ambas as manobras o médico fica atrás do paciente em posição sentada, e este deve respirar profunda e pausadamente. Buscar simetria entre os campos pulmonares e entre os terços pulmonares Expansibilidade reduzida: • Unilateral apical: pneumonia, pneumectomia • Unilateral basal: derrame pleural, hepatomegalia (lado D), esplenomegalia (lado E) • Unilateral difusa: pneumotórax, derrame pleural vo- lumoso, atelectasia (obstrução), traumatismo • Bilateral apical: pneumonia, pneumectomia (que aco- meteu ambos os pulmões) • Bilateral basal: gravidez, ascite, obesidade, derrame pleural bilateral • Bilateral difusa: DPOC, senilidade o Frêmito toracovocal (FTV): Vibrações das cordas vocais transmitidas à parede to- rácica. Paciente emite um som estridente, como quando requi- sitado a falar ‘33’ Auxilia o diagnóstico de processos patológicos • Derrame pleural = frêmito diminuído, líquido entre a pleura e o pulmão, dificultando a propagação do som até a parede torácica • Consolidações pulmonares = som aumentado, meio solido da consolidação permite maior transmissibilida- de por meio da arvore brônquica Auxilia o diagnóstico de processos patológicos Mais intenso no hemitórax direito – mais curto e mais calibroso, ar passa mais rápido e com uma maior pres- são Mais bem transmitido em meio sólido Dependente da permeabilidade das vias áreas Técnica: • Paciente sentado ou em ortostase • Tórax despido • Paciente emite som vibrante (33). • Mãos percorre todo o tórax • Análise comparativa Normal: • Mais intenso no ápice direito e região interescapular direita (brônquio fonte direito mais curto e com me- nor angulação) • Variações patológicas • Aumento: consolidação (pneumonia, infarto pulmo- nar) • Redução: derrame pleural, atelectasia, pneumotórax, DPOC • Percussão: o O tórax funciona como uma caixa de ressonância de seus componentes: ossos, partes moles e ar o iniciar a percussão do tórax pela sua face posterior, de cima para baixo, ficando o médico atrás e à esquerda do paciente o Realizada com a mão dominante, usando a falange distal do terceiro dedo sobre o segundo ou terceiro dedo da outra mão que deve estar inteiramente em contato com a pele e com os dedos bem separados o Bater a falange contra os outros dedos realizando sempre a comparação entre os sons produzidos na porção de um he- mitórax com a do outro hemitórax o Som claro pulmonar ou sonoridade pulmonar: Áreas de projeção dos pulmões Pulmão normal o Som timpânico: Espaço de Traube Características de estruturas ‘ocas’ 7 @allancarrascod | Propedêutica Médica Com grande quantidade de ar no parênquima pulmonar ou na cavidade torácica Ex.: enfisema pulmonar e de pneumotórax o Som maciço: Região inferior do esterno (macicez hepática) Região inframamária direita Percute regiões mais ‘densas’, ou seja, quando há dimi- nuição da quantidade de ar no pulmão ou em suas pro- ximidades Ex.: tumores periféricos e pneumonias o Som submaciço: Região precordial Quando há líquido interposto entre o parênquima pulmo- nar e a parede torácica o Digitodigital: Sentado = todas as faces Deitado = anterior e lateral (paciente com mão na ca- beça) Borda ungueal do dedo médio ou do indicador da mão dominante (plexor – indicador ou dedo médio da mão dominante) golpeia a superfície dorsal da segunda falan- ge do dedo médio ou do indicador da outra mão (plexí- metro) Mão que golpeia com os dedos estendidos sem esforço, exceto o plexor que imita um martelo (mínimo e anular podem ficar fletidos) Apenas o punho se movimenta (cotovelo fixo, fletido a 90º com o braço em semiabdução) Mão golpeada:somente o plexímetro troca a superfície Começar pela face anterior, de cima pra baixo Após, face lateral e posterior Pontos simétricos bilateralmente para comparação o Percussão normal: Hemitórax direito na linha hemiclavicular = som claro pulmonar até 4º espaço intercostal (EIC); a partir daí a transição para submacicez e maciez (fígado) Hemitórax esquerdo é possível delimitar área cardíaca (submacicez/macicez) Espaço de traube = timpânico (fundo gástrico) Menor intensidade do som claro pulmonar nas bases o Alterações: Hipersonoridade pulmonar = DPOC (bater em uma caixa de papelão – cheio de ar, amplificação sonora), redução do calibre brônquico (estenose) Submacicez/macicez = derrame pleural, espessamento pleural, condensação pulmonar (infecciosa, neoplásica, infarto pulmonar), neoplasias periféricas, infarto pul- monar volumoso, pneumonias lobares, cavidades perifé- ricas contendo líquido (cistos). Som timpânico = pneumotórax, cavernas • Ausculta: o Método semiológico mais importante no exame físico dos pulmões o examinador colocasse atrás do paciente, que não deve for- çar a cabeça nem dobrar excessivamente o tronco. o paciente com o tórax despido o Tórax ereto em leve rotação anterior, para examinar na parte posterior, pedir para o paciente que cruze as mãos sobre o peito, afastando as escapulas posteriormente para ter uma maior clareza na ausculta o respirar pausada e profundamente, com a boca aberta, sem fazer ruído. o Ambiente silencioso o Abranger toda a superfície torácica o Ausculta comparativa dos hemitórax o Comparar os dois lados, pois, pode-se encontrar achados unilaterais (que se encontram em apenas um hemitórax) • Sons normais Originam-se nas vias aéreas de maior calibre (>2mm) Turbulência do ar passando pela via aérea Som traqueal e som brônquico = normal o Projeção da traqueia, no pescoço e na região ester- nal o Som rude o Componente expiratório mais longo que inspiratório o Respiração brônquica: som traqueal audível na pro- jeção de brônquios de maior calibre, na região ante- rior do tórax, próximo ao esterno (componente ex- piratório menos intenso) Murmúrio vesicular = normal o Maior parte do tórax o não tem intensidade homogênea 8 @allancarrascod | Propedêutica Médica o Turbulência do ar ao chocar-se com bifurcações e ao passar de bronquíolos para alvéolos oMais fraco e mais suave o Componente inspiratório mais intenso e mais longo que expiratório oMais intenso na região anterossuperior do tórax, na região axilar e nas regiões infraescapulares Som broncovesicular = normal o Região interescapulovertebral direita, região ester- nal e nível de 3ª e 4ª vértebras o Características mistas o Som suave, fisiológico por excelência (produzindo sobretudo na periferia do pulmão) o Sons anormais Descontínuos = estertores finos e grossos o Estertores finos/crepitantes Mais audíveis no final da inspiração Alta frequência (agudos) Curta duração Sem alteração com tosse Semelhante a atrito de cabelo ou abrir velcro Mais comum em bases Produzido por aberturas sequenciais de vias aéreas anteriormente fechadas por pressão de líquidos Pneumonias, congestão pulmonar, doenças pulmonares intersticiais o Estertores grossos/bolhosos Frequência menor Maior duração Alteram com tosse Sem distribuição preferencial Mais audíveis no início da inspiração e durante expiração Produzido por aberturas/fechamentos de vi- as aéreas que contêm secreção viscosa e espessa Bronquites, bronquiectasias Contínuos = roncos, sibilos e estridor o Roncos Associados a pontos de obstrução ao fluxo aéreo em vias com calibre maior de 2mm Som rude, grave e intenso Baixa frequência Podem aparecer na inspiração ou na expira- ção, tendem a ser mais comuns na expiração Presença de secreção espessa nas paredes brônquicas Bronquites, bronquiectasias, obstruções locali- zadas Inspiração e expiração Fugazes e mutáveis o Sibilos Som agudo, geralmente musical (lembra um assovio) Pode aparecer tanto na inspiração como na expiração Expiração, o calibre dessas estruturas é re- duzido, gerando muito mais atrito do ar quan- do vai atravessar a via aérea) Característicos do espasmo da musculatura li- sa dos brônquios Múltiplos e disseminados por todo o tórax o Estridor Produzido pela semiobstrução da laringe ou da traqueia Ex.: estenose da traqueia, corpo estranho Som intenso e agudo. Pode ser ouvido sem es- tetoscópio Pode aparecer na inspiração ou na expiração, mas é mais comum na inspiração Mais audível no local da obstrução Estertores grossos ou subcrepitantes Equalização de pressões pela abertura súbita de vias aéreas de maior calibre Produzidas por secreções viscosas, edema pulmonar avançado (maior quantidade de líqui- do na via aérea), bronquiectasias (brônquio mais dilatado e espesso) Som explosivo e semelhante a lí-quido borbulhando Aparecem na inspiração e na expiração Sopros o Tubários =vuverificação normal = 7a vértebra cer- vical no dorso, traqueia, região interescapular, sopro brando e mais longo na expiração o Cavitários = pulmão perde sua textura normal o Anfóricos = pneumotórax hipertensivo. 9 @allancarrascod | Propedêutica Médica Atrito pleural o Fricção dos folhetos pleurais doentes o Condições = inflamação e neoplasia sem derrame pleural extenso o Pode aparecer na inspiração e na expiração o Mais audível nas regiões inferolaterais e posteriores no tórax na inspiração o Pleurite o Ruído irregular o Comparado ao ranger de couro o Diferenças estertores = duração maior, frequência mais baixa o Sons vocais Broncofonia Egofonia Pectorilóquia fônica e afônica. o Alterações nos sons normais: Redução difusa do som vesicular O que pode causar alteração difusa do sim normal? • Obesidade • Edema de parede • Musculatura muito hipertrofiada • Espessamento pleural • Enfisema pulmonar • Broncoespasmo intenso Redução localizada do som vesicular O que pode causar alteração localizada do som normal: • Ressecções pulmonares • Obstrução brônquica localizada • Atelectasia • Síndromes de barreira (derrame pleural e pneumo- tórax) o Ausculta da voz: Sons produzidos pela vibração das cordas vocais e vias respiratórias superiores; Orientar o paciente a emitir sons ou pronunciar pala- vras: ‘’33’’ Ressonância vocal normal Ressonância vocal diminuída Ressonância vocal aumentada: • Broncofonia = auscultasse a voz sem nitidez com in- tensidade sonora; • Pectorilóquia fônica = auscultasse a voz nitidamente • Pectorilóquia afônica = auscultasse a voz mesmo se cochichada. Anormalidades: • Diminuição ou abolição da transmissão sonora (difi- culdade na produção ou na propagação das vibra- ções sonoras da laringe a parede torácica – exemplos: afonia, rouquidão, obstrução das vias respiratórias, aumento da heterogeneidade do pa- rênquima pulmonar) • Aumento da transmissão sonora (sons mais inten- sos em frequências mais altas (sons mais agudos). • Tecido pulmonar adquire homogeneização do meio – Exemplos: Condensações pneumônicas, sequelas pulmonares com fibrose e retrações). • Egofonia = broncofonia de qualidade nasalada e metálica, comparada ao balido de cabra. Apare- ce na parte superior dos derrames pleurais. Pode ser observada, também, na condensação pulmonar.
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