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10 Anamnese e exame físico do Sistema Respiratorio

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1 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
Anamnese e exame físico do Sistema 
Respiratório 
Anatomia do Tórax: 
• Arcabouço esquelético do tórax (12 vértebras torácicas, discos
intervertebrais, 12 costelas, cartilagens costais e o esterno)
o Costelas verdadeiras = primeiros sete pares de costelas
o Costelas falsas = cinco pares remanescentes.
o pulmão direito com três lobos, superior, médio e inferior
o pulmão esquerdo com dois, o superior e inferior.
o Borda inferior do manúbrio se articula com o corpo do es-
terno = ângulo esternal ou ângulo de Louis.
 Primeiro arco costal = localizar o ângulo de Louis, abaixo
dele se encontra o 2° espaço intercostal
o Representação anatômica do trato respiratório inferior:
o Pontinha do coração = 5° espaço intercostal, entre o 6° e o 
7° espaço intercostal se encontra a projeção do fígado
o Na altura do 2° espaço intercostal = arco da aorta e bifur-
cação da traqueia
o Porção posterior = escapula e coluna vertebral
o Ângulo de Charpy = ângulo formado pelos últimos arcos cos-
tais e a ponta do esterno
 Biotipo normolíneo = 90°
 Biotipo brevelíneo = angulação menor
 Biotipo longilíneo = angulação maior
Circulação pulmonar: 
• Compõe-se de dois sistemas = a grande e a pequena circulação,
isto é, a circulação geral e a própria da artéria pulmonar e a das
artérias brônquicas.
• Pressão no território da artéria pulmonar é bem menor que a
pressão na circulação arterial sistêmica
o Pressão sistólica no ventrículo direito = aprox. 25 mmHg
o Pressão diastólica = 8 mmHg
o Média = 15 mmHg.
• Fluxo sanguíneo pulmonar:
o Zona 1 = ausência de fluxo (pressão alveolar sempre maior
que capilar).
o Zona 2 = fluxo intermitente, só há fluxo na sístole (pressão
capilar maior que a alveolar na sístole, menor na diástole)
o Zona 3 = fluxo contínuo (pressão capilar sempre maior que a
alveolar).
Linhas e regiões torácicas 
• Linhas torácicas verticais:
o Linha medioesternal = hemitórax direito e esquerdo.
o Linha esternal lateral
o Linha hemiclavicular
o Linha paraesternal.
2 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
o Face lateral:
 Linha axilar anterior
 Linha axilar posterior
 Linha axilar média
o Face posterior:
 Linha vertebral
 Linha escapular
• Linhas torácicas horizontais:
o Linhas das terceira e sexta articulações esternocondrais
o Linhas claviculares
o Linha da sexta articulação esternocondral.
o Linhas de escapula superior e inferior.
Regiões das facers do tórax 
Anamnese 
• Identificação = algumas patologias são mais predominantes em
alguns sexos e idades.
• QP
• HMA/HDA
• IS
• Antecedentes pessoais e familiares
• Hábitos de vida
• Condições socioeconômicas e culturais
Sinais e sintomas 
• Dor torácica
o Parede torácica
o Traqueia, brônquios, pulmões e pleuras
o Coração e pericárdio
o Vasos
o Esôfago
o Mediastino
o Órgãos abdominais
o Causa psicogênica
• Tosse:
o Estímulos de natureza inflamatória (hiperemia, edema, se-
creções e ulcerações), mecânica (poeira, corpo estranho,
aumento ou diminuição da pressão pleural como ocorre nos
derrames e nas atelectasias), química (gases irritantes) e
térmica (frio ou calor excessivo)
 3 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
o Produtiva ou úmida = acompanhada de secreção, não deven-
do nesses casos ser combatida 
o Seca = inútil, causando apenas irritação das vias respirató-
rias. 
o Tosse quintosa = em acessos, geralmente pela madrugada, 
com intervalos curtos de acalmia 
o Tosse síncope = após crise intensa, resulta na perda de 
consciência. 
o Tosse bitonal = paresia ou paralisia de uma das cordas vo-
cais, pode significar comprometimento do nervo laríngeo in-
ferior (recorrente), situado à esquerda no mediastino médio 
inferior. 
o Tosse rouca = própria da laringite crônica, comum nos taba-
gistas. 
 
• Expectoração: 
o Importante para diferenciar as lesões alveolares (pneumoni-
as bacterianas) das intersticiais (pneumonias virais). 
 
• Hemoptise: 
o Eliminação de sangue pela boca, passando através da glote. 
o Origem brônquica = ruptura de vasos 
o Origem alveolar = ruptura de capilares ou transudação de 
sangue 
 
• Vômica: 
o Eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma 
quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza. 
 
• Dispneia: 
o Dificuldade para respirar 
o Ortopneia = impede de ficar deitado 
o Trepopneia = aparece com o decúbito lateral 
o Platipneia = aparece com a transição da posição sentado 
para em pé. 
 
• Sibilância: 
o Chiado ou “chieira“ 
 
• Rouquidão ou disfonia. 
• Cornagem: 
o Dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respi-
ratórias superiores, na altura da laringe 
o Manifesta por um ruído (estridor) e tiragem. 
 
 
 
Exame físico 
• Realizar o exame de tórax = paciente deve estar despido até a 
cintura e sentado 
• Comparar as duas regiões simétricas do pulmão → encontrar 
alterações que podem estar presentes unilateralmente. 
• Assim que o paciente entrar observar: 
o Estado de consciência do paciente 
o Coloração 
o Grau de hidratação 
o Se há lesões elementares sólidas, correlacionando-as com as 
doenças pulmonares. 
 
• Inspeção estática examinam-se 
o Forma do tórax e suas anomalias estruturais, congênitas ou 
adquiridas 
o Localizadas ou difusas 
o Simétricas ou não. 
o Condições das partes moles e ósseas: cicatrizes, atrofia, 
edema e circulação colateral 
o Presença de abaulamentos e retrações 
o Observar a estrutura do esterno, costelas e vertebras 
 
o Avaliar: 
 Forma 
 Simetria 
 Abaulamentos 
 Retrações 
 Cicatrizes 
 Lesões de pele 
 Ginecomastia 
 Circulação colateral 
 
o Técnica: 
 Paciente sentado ou em ortostase 
 Tórax despido 
 Observar regiões anterior, posterior e lateral de ambos 
hemitórax 
 Análise comparativa (simetria) 
 Geralmente diâmetro latero-lateral é maior que diâme-
tro anteroposterior, mas pode haver alterações 
 
o Tórax normal: 
 Sem qualquer anormalidade 
 
o Possíveis alterações: 
 Tórax chato/plano = perde a convexidade normal da 
parede anterior, redução do diâmetro anteroposterior. 
 4 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
 Tórax em barril/globoso/tonel = diâmetro AP e LL fi-
cam iguais (comum me pacientes com DPOC) – aumento 
do diâmetro AP – hiperinflação pulmonar 
 Pectus excavatum/infundibuliforme = depressão de es-
terno – tórax para dentro (pode ser genético ou adqui-
rido – associado ao raquitismo), pode causar dispneia 
 Pectus carinatum/cariniforme = abaulamento do ester-
no para o exterior, pode ser congênito associado a ou-
tras síndromes clínicas envolvendo aparelho cardiovas-
cular ou respiratório ou adquirido 
 Tórax cônico/sino = parte inferior exageradamente 
alargada, lembrando um tronco de cone ou um sino. 
 Tórax cifótico = curvatura da coluna dorsal, formando 
uma gibosidade. 
 Escoliose = altera simetria na escapula – deformidade 
lateral → compensa em assimetria na escapula 
 Hipercifose = curvatura em convexidade posterior mais 
intensa na região torácica 
 Tórax cifoescoliótico = cifose + desvio da coluna para o 
lado (escoliose). 
 Cicatrizes = ex.: cicatriz transversal de x cm na parte 
anterior do tórax na região infraclavicular esquerda 
 
A. Normal. 
B. Em tonel (enfisema). 
C. Tórax infundibuliforme (pectus excavatum). 
D. Tórax cariniforme (pectus carinatum). 
E. Escoliose. 
F. Cifose. 
G. Gibosidade. 
 
 
 
 
o Ginecomastia: 
 Aumento de tecido glandular mamário no sexo masculino 
 Traça linha inferior a região da mama e classifica-se em 
graus: 
 
o Síndrome da VCS: 
 Circulação colateral por obstrução da VCS por tumor e 
com isso o sangue retorna para o coração por meio de 
varizes 
 
• Inspeção dinâmica observam se 
o Padrão de respiração 
o Definir o padrão respiratório 
o Avaliar os movimentos respiratórios: frequência e sincronia 
o Expansibilidade torácica 
o Retrações inspiratórias: tiragem 
o Uso de musculatura acessória → normal = expiração com 
duração semelhante a da inspiração, com uma pequena pau-
sa entre os dois movimentos 
 
o Técnica: Paciente sentado ou em pé 
 Tórax despido 
 Observar regiões anteriores, posterior e lateral de am-
bos hemitórax 
 Análise dinâmica dos movimentos respiratórios 
 Análise comparativa (simetria) 
 
o Tipo respiratório: 
 Observar a movimentação do tórax e do abdome 
 
o Inspeção dinâmica: 
 Padrão respiratório 
 Frequência respiratória 
• Mulher = 18 a 20 irpm; 
• Homem = 16 a 18 irpm; 
• Criança = 20 a 25 irpm; 
• Lactantes = 30 a 40 irpm. 
• Pré escolares = 20 a 35 irpm 
• RN = 40 a 45 irpm 
 Ritmo respiratório 
 Sinais de esforço respiratório expansibilidade 
 
 5 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
o Padrão respiratório: 
 Toracoabdominal: 
• Mais comum – normal 
• Expansão concomitante do tórax e abdome. 
• Quando ar entra expandindo diâmetro do tórax, o 
diafragma é jogado para baixo, aumentando a pres-
são intra-abdominal e deslocando a parede abdominal 
 Costal superior: 
• Também pode ser normal 
• Só expansão torácica, sem expansão abdominal 
• Ex. = gravidez (lesão diafragmática, obstáculo ao dia-
fragma) 
 Abdominal = (alterações pleurais, hiperinsuflação toráci-
ca, lesão muscular intercostal) 
 Movimentos respiratórios torácicos paradoxais (retra-
ção do gradil costal) 
• Após trauma as costelas fraturadas ficam soltas e 
com isso durante a respiração vão para dentro 
o Ritmo respiratório: 
 Padrão respiratório normal: 
• Ciclos semelhantes uns aos outros (em duração, ex-
piração é igual à da inspiração com pausa muito 
breve entre eles) 
• Frequência respiratória no adulto varia de 12 a 20 
incursões respiratórias por min – normopneico 
(muda de acordo com a faixa etária – recém-
nascido até 45 incursões por min) 
• Ciclos simétricos, mesmo intervalo e inspiração igual 
a expiração 
 Respiração de Cheyne-Stokes: 
• Fase de apneia seguida de incursões inspiratórias 
cada vez mais profundas (taquipneico) até atingir 
um máximo, para depois vir decrescendo (bradip-
neia) até nova pausa (apneia). 
• Causas mais frequentes = insuficiência cardíaca 
grave, hipertensão intracraniana, acidentes vascula-
res cerebrais e traumatismos cranioencefálicos. 
• Marcador de pior prognostico em pacientes com IC 
e pacientes com graus elevados de pressão intra-
craniana 
 Respiração de Biot: 
• Primeira fase = apneia 
• Segunda = movimentos inspiratórios e expiratórios 
anárquicos quanto ao ritmo e à amplitude 
• indica grave comprometimento encefálico 
• Ciclos irregulares 
• Facilmente detectado por não possuir um padrão 
• Encontrado em pacientes com lesão no tronco ce-
rebral/bulbo, com grave sofrimento cerebral, pés-
simo prognostico neurológico 
 Respiração de Kussmaul: 
• Paciente taquipneico até que se tem um período de 
apneia em sequência de maneira súbita 
• Diferença entre ele e o cheyne-stockes é que este 
não possui o período de bradipneia 
• Presente em todas as situações de acidose metabó-
lica, principal exemplo é a cetoacidose diabética 
• (1) inspirações ruidosas, gradativamente mais am-
plas, alternadas com inspirações rápidas e de pe-
quena amplitude; 
• (2) apneia em inspiração; 
• (3) expirações ruidosas gradativamente mais pro-
fundas alternadas com inspirações rápidas e de pe-
quena amplitude; 
• (4) apneia em expiração 
 Respiração suspirosa.: 
• Paciente executa movimentos inspiratórios de ampli-
tude crescente seguidos de expiração breve e rápi-
da. 
• Movimentos respiratórios normais são interrompi-
dos por “suspiros” isolados ou agrupados 
• Traduz tensão emocional e ansiedade 
 
 Sinais de esforço respiratório: 
• Paciente com situação crítica do ponto de vista ven-
tilatório em que há utilização de musculatura aces-
sória (ex.: nasal, cervical, intercostal) 
• Tiragem intercostal 
• Retração de fúrcula – utilização de musculatura 
acessória do pescoço 
• Batimento de asa nasal 
 
6 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
• Palpação:
o Expansibilidade:
 Expansibilidade dos ápices pulmonares
• Pesquisa com ambas as mãos espalmadas
• Bordas internas toquem a base do pescoço, os po-
legares apoiem-se na coluna vertebral e os demais 
dedos nas fossas supraclaviculares = mão em 
ferradura
 Expansibilidade das bases pulmonares
• apoiam-se os polegares nas linhas paravertebrais e 
os outros dedos recobrem os últimos arcos costais.
 Ambas as manobras o médico fica atrás do paciente 
em posição sentada, e este deve respirar profunda e 
pausadamente.
 Buscar simetria entre os campos pulmonares e entre 
os terços pulmonares
 Expansibilidade reduzida:
• Unilateral apical: pneumonia, pneumectomia
• Unilateral basal: derrame pleural, hepatomegalia (lado 
D), esplenomegalia (lado E)
• Unilateral difusa: pneumotórax, derrame pleural vo-
lumoso, atelectasia (obstrução), traumatismo
• Bilateral apical: pneumonia, pneumectomia (que aco-
meteu ambos os pulmões)
• Bilateral basal: gravidez, ascite, obesidade, derrame 
pleural bilateral
• Bilateral difusa: DPOC, senilidade
o Frêmito toracovocal (FTV):
 Vibrações das cordas vocais transmitidas à parede to-
rácica.
 Paciente emite um som estridente, como quando requi-
sitado a falar ‘33’
 Auxilia o diagnóstico de processos patológicos
• Derrame pleural = frêmito diminuído, líquido entre a
pleura e o pulmão, dificultando a propagação do som
até a parede torácica
• Consolidações pulmonares = som aumentado, meio
solido da consolidação permite maior transmissibilida-
de por meio da arvore brônquica
 Auxilia o diagnóstico de processos patológicos
 Mais intenso no hemitórax direito – mais curto e mais
calibroso, ar passa mais rápido e com uma maior pres-
são
 Mais bem transmitido em meio sólido
 Dependente da permeabilidade das vias áreas
 Técnica:
• Paciente sentado ou em ortostase
• Tórax despido
• Paciente emite som vibrante (33).
• Mãos percorre todo o tórax
• Análise comparativa
 Normal:
• Mais intenso no ápice direito e região interescapular
direita (brônquio fonte direito mais curto e com me-
nor angulação)
• Variações patológicas
• Aumento: consolidação (pneumonia, infarto pulmo-
nar)
• Redução: derrame pleural, atelectasia, pneumotórax,
DPOC
• Percussão:
o O tórax funciona como uma caixa de ressonância de seus
componentes: ossos, partes moles e ar
o iniciar a percussão do tórax pela sua face posterior, de cima
para baixo, ficando o médico atrás e à esquerda do paciente
o Realizada com a mão dominante, usando a falange distal do
terceiro dedo sobre o segundo ou terceiro dedo da outra
mão que deve estar inteiramente em contato com a pele e
com os dedos bem separados
o Bater a falange contra os outros dedos realizando sempre a
comparação entre os sons produzidos na porção de um he-
mitórax com a do outro hemitórax
o Som claro pulmonar ou sonoridade pulmonar:
 Áreas de projeção dos pulmões
 Pulmão normal
o Som timpânico:
 Espaço de Traube
 Características de estruturas ‘ocas’
 7 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
 Com grande quantidade de ar no parênquima pulmonar 
ou na cavidade torácica 
 Ex.: enfisema pulmonar e de pneumotórax 
o Som maciço: 
 Região inferior do esterno (macicez hepática) 
 Região inframamária direita 
 Percute regiões mais ‘densas’, ou seja, quando há dimi-
nuição da quantidade de ar no pulmão ou em suas pro-
ximidades 
 Ex.: tumores periféricos e pneumonias 
o Som submaciço: 
 Região precordial 
 Quando há líquido interposto entre o parênquima pulmo-
nar e a parede torácica 
 
o Digitodigital: 
 Sentado = todas as faces 
 Deitado = anterior e lateral (paciente com mão na ca-
beça) 
 Borda ungueal do dedo médio ou do indicador da mão 
dominante (plexor – indicador ou dedo médio da mão 
dominante) golpeia a superfície dorsal da segunda falan-
ge do dedo médio ou do indicador da outra mão (plexí-
metro) 
 Mão que golpeia com os dedos estendidos sem esforço, 
exceto o plexor que imita um martelo (mínimo e anular 
podem ficar fletidos) 
 Apenas o punho se movimenta (cotovelo fixo, fletido a 
90º com o braço em semiabdução) 
 Mão golpeada:somente o plexímetro troca a superfície 
 Começar pela face anterior, de cima pra baixo 
 Após, face lateral e posterior 
 Pontos simétricos bilateralmente para comparação 
 
o Percussão normal: 
 Hemitórax direito na linha hemiclavicular = som claro 
pulmonar até 4º espaço intercostal (EIC); a partir daí a 
transição para submacicez e maciez (fígado) 
 Hemitórax esquerdo é possível delimitar área cardíaca 
(submacicez/macicez) 
 Espaço de traube = timpânico (fundo gástrico) 
 Menor intensidade do som claro pulmonar nas bases 
 
o Alterações: 
 Hipersonoridade pulmonar = DPOC (bater em uma caixa 
de papelão – cheio de ar, amplificação sonora), redução 
do calibre brônquico (estenose) 
 Submacicez/macicez = derrame pleural, espessamento 
pleural, condensação pulmonar (infecciosa, neoplásica, 
infarto pulmonar), neoplasias periféricas, infarto pul-
monar volumoso, pneumonias lobares, cavidades perifé-
ricas contendo líquido (cistos). 
 Som timpânico = pneumotórax, cavernas 
 
• Ausculta: 
o Método semiológico mais importante no exame físico dos 
pulmões 
o examinador colocasse atrás do paciente, que não deve for-
çar a cabeça nem dobrar excessivamente o tronco. 
o paciente com o tórax despido 
o Tórax ereto em leve rotação anterior, para examinar na 
parte posterior, pedir para o paciente que cruze as mãos 
sobre o peito, afastando as escapulas posteriormente para 
ter uma maior clareza na ausculta 
o respirar pausada e profundamente, com a boca aberta, sem 
fazer ruído. 
o Ambiente silencioso 
o Abranger toda a superfície torácica 
o Ausculta comparativa dos hemitórax 
o Comparar os dois lados, pois, pode-se encontrar achados 
unilaterais (que se encontram em apenas um hemitórax) 
 
• Sons normais 
 Originam-se nas vias aéreas de maior calibre (>2mm) 
 Turbulência do ar passando pela via aérea 
 
 Som traqueal e som brônquico = normal 
o Projeção da traqueia, no pescoço e na região ester-
nal 
o Som rude 
o Componente expiratório mais longo que inspiratório 
o Respiração brônquica: som traqueal audível na pro-
jeção de brônquios de maior calibre, na região ante-
rior do tórax, próximo ao esterno (componente ex-
piratório menos intenso) 
 Murmúrio vesicular = normal 
o Maior parte do tórax 
o não tem intensidade homogênea 
8 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
o Turbulência do ar ao chocar-se com bifurcações e
ao passar de bronquíolos para alvéolos
oMais fraco e mais suave
o Componente inspiratório mais intenso e mais longo
que expiratório
oMais intenso na região anterossuperior do tórax, na
região axilar e nas regiões infraescapulares
 Som broncovesicular = normal
o Região interescapulovertebral direita, região ester-
nal e nível de 3ª e 4ª vértebras
o Características mistas
o Som suave, fisiológico por excelência (produzindo
sobretudo na periferia do pulmão)
o Sons anormais
 Descontínuos = estertores finos e grossos
o Estertores finos/crepitantes
 Mais audíveis no final da inspiração
 Alta frequência (agudos)
 Curta duração
 Sem alteração com tosse
 Semelhante a atrito de cabelo ou abrir velcro
 Mais comum em bases
 Produzido por aberturas sequenciais de vias
aéreas anteriormente fechadas por pressão
de líquidos
 Pneumonias, congestão pulmonar, doenças
pulmonares intersticiais
o Estertores grossos/bolhosos
 Frequência menor
 Maior duração
 Alteram com tosse
 Sem distribuição preferencial
 Mais audíveis no início da inspiração e durante
expiração
 Produzido por aberturas/fechamentos de vi-
as aéreas que contêm secreção viscosa e
espessa
 Bronquites, bronquiectasias
 Contínuos = roncos, sibilos e estridor
o Roncos
 Associados a pontos de obstrução ao fluxo
aéreo em vias com calibre maior de 2mm
 Som rude, grave e intenso
 Baixa frequência
 Podem aparecer na inspiração ou na expira-
ção, tendem a ser mais comuns na expiração
 Presença de secreção espessa nas paredes
brônquicas
 Bronquites, bronquiectasias, obstruções locali-
zadas
 Inspiração e expiração
 Fugazes e mutáveis
o Sibilos
 Som agudo, geralmente musical (lembra um 
assovio)
 Pode aparecer tanto na inspiração como na 
expiração
 Expiração, o calibre dessas estruturas é re-
duzido, gerando muito mais atrito do ar quan-
do vai atravessar a via aérea)
 Característicos do espasmo da musculatura li-
sa dos brônquios
 Múltiplos e disseminados por todo o tórax
o Estridor
 Produzido pela semiobstrução da laringe ou da 
traqueia
 Ex.: estenose da traqueia, corpo estranho
 Som intenso e agudo. Pode ser ouvido sem es-
tetoscópio
 Pode aparecer na inspiração ou na expiração, 
mas é mais comum na inspiração
 Mais audível no local da obstrução
 Estertores grossos ou subcrepitantes
 Equalização de pressões pela abertura súbita 
de vias aéreas de maior calibre
 Produzidas por secreções viscosas, edema 
pulmonar avançado (maior quantidade de líqui-
do na via aérea), bronquiectasias (brônquio 
mais dilatado e espesso)
 Som explosivo e semelhante a lí-quido 
borbulhando
 Aparecem na inspiração e na expiração
 Sopros
o Tubários =vuverificação normal = 7a vértebra cer-
vical no dorso, traqueia, região interescapular, sopro
brando e mais longo na expiração
o Cavitários = pulmão perde sua textura normal
o Anfóricos = pneumotórax hipertensivo.
 9 @allancarrascod | Propedêutica Médica 
 Atrito pleural 
o Fricção dos folhetos pleurais doentes 
o Condições = inflamação e neoplasia sem derrame 
pleural extenso 
o Pode aparecer na inspiração e na expiração 
o Mais audível nas regiões inferolaterais e posteriores 
no tórax na inspiração 
o Pleurite 
o Ruído irregular 
o Comparado ao ranger de couro 
o Diferenças estertores = duração maior, frequência 
mais baixa 
 
o Sons vocais 
 Broncofonia 
 Egofonia 
 Pectorilóquia fônica e afônica. 
 
o Alterações nos sons normais: 
 Redução difusa do som vesicular 
 O que pode causar alteração difusa do sim normal? 
• Obesidade 
• Edema de parede 
• Musculatura muito hipertrofiada 
• Espessamento pleural 
• Enfisema pulmonar 
• Broncoespasmo intenso 
 Redução localizada do som vesicular 
 O que pode causar alteração localizada do som normal: 
• Ressecções pulmonares 
• Obstrução brônquica localizada 
• Atelectasia 
• Síndromes de barreira (derrame pleural e pneumo-
tórax) 
 
o Ausculta da voz: 
 Sons produzidos pela vibração das cordas vocais e vias 
respiratórias superiores; 
 Orientar o paciente a emitir sons ou pronunciar pala-
vras: ‘’33’’ 
 Ressonância vocal normal 
 Ressonância vocal diminuída 
 Ressonância vocal aumentada: 
• Broncofonia = auscultasse a voz sem nitidez com in-
tensidade sonora; 
• Pectorilóquia fônica = auscultasse a voz nitidamente 
• Pectorilóquia afônica = auscultasse a voz mesmo se 
cochichada. 
 Anormalidades: 
• Diminuição ou abolição da transmissão sonora (difi-
culdade na produção ou na propagação das vibra-
ções sonoras da laringe a parede torácica – 
exemplos: afonia, rouquidão, obstrução das vias 
respiratórias, aumento da heterogeneidade do pa-
rênquima pulmonar) 
• Aumento da transmissão sonora (sons mais inten-
sos em frequências mais altas (sons mais agudos). 
• Tecido pulmonar adquire homogeneização do meio 
– Exemplos: Condensações pneumônicas, sequelas 
pulmonares com fibrose e retrações). 
• Egofonia = broncofonia de qualidade nasalada e 
metálica, comparada ao balido de cabra. Apare-
ce na parte superior dos derrames pleurais. 
Pode ser observada, também, na condensação 
pulmonar.

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