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Metabolismo é uma sequência de reações químicas que permitem que grandes estruturas se transformem em pequenas e sejam utilizadas para diversas funções no organismo ou célula. Nos seres humanos o metabolismo energético é composto por uma sequência de reações químicas que compõe o mapa metabólico, e elas são divididas em função de grandes grupos metabólicos. Na glicólise, uma molécula de glicose (seis carbonos) é degradada em uma série de reações, catalisadas por enzimas para produzir duas moléculas de três carbonos, o piruvato. São 10 reações enzimáticas. A glicose que vem da nossa alimentação é utilizada nessa via metabólica para gerar energia ou partículas menores. Existem três vias possíveis nesse metabolismo: armazenamento (formação de moléculas de reserva, glicogênio), vias das pentoses fosfato, é uma via mais rápida, oxidativa, ela repõe produtos necessários pro metabolismo e também gera energia e a via da glicólise, que gera o piruvato. Através dessa última via tem-se a possibilidade de uma nova via a partir do piruvato, uma via oxidativa para a degradação completa da estrutura da glicose e gerar mais energia e metabólitos. A glicose (C6H12O6) passa por esse processo de glicólise, ela vai ser quebrada em duas moléculas de piruvato. Quando temos essa via metabólica ativada, ela vai gerar piruvato e este vai ter 2 possibilidades de destino: No nosso processo fermentativo acontece a produção de lactato. Quando existe a possibilidade desse piruvato entrar na via oxidativa, oxidação completa da glicose, temos uma outra parte da via metabólica capaz de gerar uma quantidade muito maior de energia, é uma reação mais longa e complexa. Obs.: na glicólise produz-se 4 moléculas de ATP para cada molécula de glicose, porém o saldo final é de 2 ATP. A sequência de reações enzimáticas que compõe a glicólise é dividida em duas fases (preparatória e pagamento). Quando a glicose entra na célula, a primeira reação que ela sofre, é uma reação que a transforma em glicose 6fosfato, e é uma reação que gasta ATP e depois dessa reação à liberação de 1 ADP e a formação da glicose 6fosfato. O fosfato do ATP trifosfato que foi transformado em difosfato se associa a molécula de glicose, na extremidade final, no carbono n° 6. É uma reação irreversível. Ela é fundamental: quando a glicose entra na célula e acontece essa reação e ela se transforma em 6fosfato, ela fica presa na célula e tem que seguir a via glicolítica, sendo fundamental para regular o processo, não se perde uma glicose que entra na célula. Metabolismo Glicolítico A segunda reação é uma conversão isomérica, a glicose 6fosfato é transformada em frutose 6fosfato. O que muda é a posição da ligação, os componentes são os mesmos. É reversível, e isomerase permite a transformação em frutose e ao mesmo tempo uma concentração muito alta desse frutose pode fazer com que a reação volte para o estágio 1. Na terceira reação, tem gasto de ATP, e assim como na primeira a liberação de ADP, e o fosfato inorgânico é incorporado e passa a ter uma estrutura chamada de frutose 1,6-bifosfato, agora além do fosfato no carbono 6, adicionou-se fosfato no carbono 1. É irreversível, porque tem o gasto de ATP, e para tirar o fosfato precisa de ATP e também porque houve a desestabilização da molécula. Obs.: o anel aromático é uma molécula muito estável, e como o objetivo da glicólise é quebra- lo precise de alguma maneira facilitar para que isso aconteça, e a melhor maneira é adicionar fosfato nas duas extremidades, desestabilizando as ligações. Na quarta reação já tem a separação das duas subunidades, que já são instáveis e facilmente deixam de ser uma estrutura de 6 carbonos. Como conseguimos compreender de maneira geral a glicólise? São 3 estágios. No primeiro nós temos a criação da estrutura frutose 1,6-bifosfato, que é o momento em que há gasto de 2ATP e coloca a estrutura em condição de quebra. Na sequência tem-se a reação de quebra. E no terceiro estágio a formação de piruvato. Recapitulando: 1° estágio- 3 reações: Glicose sofrendo ação da enzima hexoquinase. Na segunda reação tem a ação da enzima fosfoglicose isomerase. E na terceira reação tem a fosfofrutoquinase. O estágio 2 ou intermediário, existe uma enzima chamada aldolase que é responsável pela quebra da frutose 1,6-bifosfato em duas novas unidades chamadas de gliceraldeído 3-fosfato e dihidroxiacetona fosfato. Essas duas estruturas são isômeras. No nosso organismo existe uma enzima chamada triose fosfato isomerase que é capaz de fazer essa conversão de novo, se você tem muito de uma ela converte, mantendo o equilíbrio. Quem segue no processo da glicólise é a gliceraldeído-3-fosfato e vai entrar no estágio 3. O estágio 3 tem reações que necessariamente devem acontecer duas vezes em sequência, já que agora tem duas moléculas de carbono duas gliceraldeído-3-fosfato, sendo uma convertida que antes era dihidroxicetona. Esta molécula então vai sofrer ação de uma enzima gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase e vai ser convertida em uma estrutura chamada 1,3- bifosfoglicerato. Logo na sequência a última vai perder o primeiro ADP, sofrendo ação da enzima fosfoglicerato quinase que vai tirar o fosfato presente nessa estrutura e doar para o ADP que vai se transformar em ATP. E a 1,3- bifosfoglicerato passa a ser 3-fofoglicerato. Esta última vai sofrer ação da enzima fosfoglicerato mutase e as 2 moléculas vão passar a se chamar 2-fosfoglicerato, porque o fosfato é transportado para o C2. Na sequência emos a reação 9, onde a enolase vai liberar água, tendo então perda de hidrogênio e oxigênio, e há a formação da fosfoenolpiruvato que por fim vai sofrer ação de uma enzima chamada piruvato quinase para a geração do piruvato. E novamente há liberação do fosfato nesse processo, que é incorporado ao ADP que vira ATP. 1 unidade de piruvato = 2 ATP Obs.: como a gliceraldeído-3-fosfato entra duas vezes na via, sendo uma na vez que a dihidroxicetona fosfato que é convertida, vão ser gerados duas moléculas de piruvato e logo o saldo total de 4 ATPs. A cada metade da glicose regenera 2 ATP. Obs.: é um processo que acontece no citosol. Quando a quantidade desses micronutrientes começa a crescer muito vai parando as reações de cima e para de entrar glicose na célula e consequentemente vai parar de ter a ação da hexoquinase e vai para de entrar fosfato na glicose, e ela vai ficar circulante no meio. Porem esta precisa entrar em algum lugar por isso existem as vias de armazenamento, onde viram lipídeos, glicogênio... Existem duas possibilidades do “engarrafamento” da via da glicólise: - A primeira é no piruvato. O piruvato pode seguir por caminhos diferentes, sendo o mais provável quando se tem uma quantidade muito grande de glicose e para manter o organismo em atividade, é que ele seja direcionado para a oxidação completa da glicose, as vias oxidativas. Atletas de alto desempenho por exemplo vão detonar a glicose e acumular o piruvato de maneira absurda, porque é a fonte de energia mais rápida. Todo o piruvato acumulado, num primeiro momento, vai ser desviado para processos fermentativos, a partir dai temos a produção alta de lactato. As atividades essas chamadas essas de anaeróbia, não consegue o piruvato ir para a via oxidativa, que necessita de oxigênio. (via aeróbia). A via de piruvato-lactato é de mão dupla. Então o piruvato acumulado pode entrar na via oxidativa e o lactato que estava acumulado vai ser revestido em piruvato, podendo durar hora ou dias até. Se você acumula piruvato, diminui as reações do ciclo.
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