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MONITORAMENTO PRISIONAL BIBLIOGRAFIA, LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA TEMÁTICA junho 2021 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação Coordenadoria de Biblioteca MONITORAMENTO PRISIONAL Bibliografia, Legislação e Jurisprudência Temática junho de 2021 SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA Pedro Felipe de Oliveira Santos GABINETE DA PRESIDÊNCIA Patrícia Andrade Neves Pertence SECRETARIA DE ALTOS ESTUDOS, PESQUISAS E GESTÃO DA INFORMAÇÃO Alexandre Reis Siqueira Freire COORDENADORIA DE BIBLIOTECA Luiza Gallo Pestano Aline Lima Matos Amanda de Melo Gomes Ana Carolina Novaes de Mendonça Beatriz Guerra Aragão de Sousa Célia de Sá Marques de Castro Leiber Cipriano Pinheiro Márcia Soares de Oliveira Vasconcelos Solange de Oliveira Jacinto COORDENADORIA DE DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO Thiago Gontijo Vieira Ana Valéria de Oliveira Teixeira Dirceu Moreira do Vale Filho Eliane Nestor da Silva Santos Flávia Trigueiro Mendes Patriota Paula Roberta Gonçalves de Carvalho Farcic Soraia de Almeida Miranda COORDENAÇÃO EDITORIAL Alexandre Reis Siqueira Freire Ana Paula Alencar Oliveira Luiza Gallo Pestano Thiago Gontijo Vieira REVISÃO DE PROVAS EDITORIAIS Juliana Silva Pereira de Souza Márcia Gutierrez Aben-Athar Bemerguy Rosa Cecilia Freire da Rocha CAPA E DIAGRAMAÇÃO Gabriela Alves Coimbra FOTO Natanaelginting/Freepik.com A Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação, por meio da Coordenadoria de Biblioteca e da Coordenadoria de Difusão da Informação, elaborou a Bibliografia, Legislação e Jurisprudência Temática sobre o tema Monitoramento Prisional, com o objetivo de divulgar a dou- trina existente nas bibliotecas cooperantes da Rede Virtual de Bibliotecas (RVBI), a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e a legislação sobre o assunto, como também apoiar os relevantes trabalhos realizados pelos Gabinetes dos Ministros, notadamente em relação à audiência pública para instrução e julgamento do Habeas Corpus 165.704/Distrito Federal. A audiência pública é importante mecanismo de participação social, que possibilita aos ministros e ministras do Tribunal escutar opiniões e reflexões qualificadas de pessoas e entidades que, embora fora da relação processual formal, trabalham ou atuam diretamente com o tema em discussão. O STF realizou a primeira delas em 2007, ao julgar a constitucionalidade da Lei de Biossegurança (ADI 3.510, rel. min. Ayres Britto). Nesses quase quatorze anos, ocorreram mais de trinta audiências públicas, quando foram ouvidas manifestações de representantes de segmentos sociais, científicos, econômicos, filosóficos, culturais, entre outros, que subsidiaram julgamentos de grande relevo na agenda decisória da Corte. Essa inclusão de novas possibilidades de interpretações sobre uma controvérsia reflete a abertura do Tribunal à participação dos cidadãos brasileiros em contendas que, muitas vezes, tratam de casos que impactam o cotidiano da sociedade. As audiências públicas mais recentes aprimoraram suas estruturas a fim de proporcionar uma maior troca de argumentos e mais diálogo entre os participantes. É neste contexto de ampla oxigenação de ideias e pontos de vista que esta obra, disposta em quatro seções, foi idealizada. Para a elaboração da pesquisa sobre o tema, foram utilizados os seguintes termos: APRESENTAÇÃO http://www.stf.jus.br/portal/audienciaPublica/audienciaPublica.asp?tipo=prevista http://www.stf.jus.br/portal/audienciaPublica/audienciaPublica.asp?tipo=prevista • Sistema Penitenciário, Estado de Coisas Inconstitucional; • Sistema Penitenciário, Direitos e Garantias Individuais; • População Carcerária, Violação dos Direitos Humanos; • Política Penitenciária, Inconstitucionalidade por Omissão; • Sistema Penitenciário, Políticas Públicas; • Sistema Penitenciário, Habeas Corpus Coletivo; • Sistema Penitenciário, Direito à Maternidade; • Sistema Penitenciário, Direitos da Criança; • Sistema Penitenciário, Direitos da Mulher. Na segunda seção, a obra disponibiliza conteúdo jurisprudencial sobre as principais temáticas decididas pela Corte. O enfoque é apresentar precedentes recentes e atuais para auxiliar os atores da Justiça na compreensão de como a Suprema Corte e seus órgãos colegiados aplicam as regras constitucionais, processuais e regimentais relacionadas ao monitoramento prisional. Ademais, auxilia a pessoa em estado de restrição de liberdade a compreender melhor quais são seus direitos, seus deveres e suas garantias. Para aprimorar a experiência de acesso dos leitores, o estudo jurisprudencial destaca as palavras e expressões relevantes para a pesquisa e está organizado em assuntos: (i) Estado de Coisas Inconstitucional; (ii) superlotação carcerária; (iii) substituição da prisão preventiva pela domiciliar para mães e gestantes presas; (iv) fundamentação da recusa da substituição da prisão preventiva pela domiciliar: crimes graves; (v) sistema penitenciário brasileiro diante da situação de pandemia mundial causada pela proliferação do coronavírus; e (vi) instrumentos para a ressocialização. A seção jurisprudência nacional traz, ainda, a decisão proferida pela Segunda Turma do Tribunal que concedeu habeas corpus coletivo (HC 165.704/DF) para determinar a substituição da prisão cautelar pela domiciliar dos pais e responsáveis por crianças menores de 12 anos e pessoas com deficiência, desde que cumpridos os requisitos previstos no art. 318 do Código de Pro- cesso Penal e outras condicionantes. Esta publicação compreende também pesquisa de jurisprudência internacio- nal, com julgados sistematizados por altas Cortes e órgãos internacionais, traduzidos para a língua portuguesa, relacionados à temática da superlotação carcerária e das medidas alternativas à prisão, com o objetivo de mitigar violações generalizadas a direitos humanos e proteger pessoas privadas de liberdade, em resposta à pandemia do novo coronavírus. Além dos landmark cases da Corte Constitucional da Colômbia a respeito da dou- trina do Estado de Coisas Inconstitucional, a pesquisa demonstra que as condições carcerárias e o tratamento indigno aos detentos são problemáticas que atingem não apenas a América Latina, mas também a Europa. A superlotação carcerária em estabelecimentos na França e em Portugal levou esses países a serem condenados, em 2020, pela violação à proibição de tratamento desumano ou degradante (art. 3º da Convenção Europeia). Por fim, pode-se verificar, ainda, que a pandemia corroborou os esforços de equilibrar a capacidade populacional dos estabelecimentos prisionais. Em geral, atos norma- tivos foram expedidos para disciplinar que as autoridades competentes avaliassem a possibilidade de decretar medidas cautelares alternativas à prisão, a exemplo do que ocorreu na Argentina, na Bélgica, no Chile e na Colômbia. Ocasionalmente, as Cortes Supremas ou Constitucionais desses países foram instadas a avaliar a constitucionalidade desses atos. Ao final, as informações complementares e as referências usadas nesta pesquisa poderão guiar o leitor, auxiliando-o a aprofundar o tema de interesse no âmbito de estudo do direito comparado. Para acesso à integra dos documentos da bibliografia e demais solicitações de pesquisa doutrinária, o interessado pode entrar em contato pelos e-mails biblioteca@stf.jus.br e doutrina@stf.jus.br. Os pedidos de pesquisas de jurispru- dência nacional e internacional podem ser apresentados no seguinte endereço eletrônico: codi@stf.jus.br. Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação mailto:biblioteca%40stf.jus.br?subject= mailto:doutrina%40stf.jus.br?subject= mailto:codi@stf.jus.br 1 – Doutrina 8 2 – Legislação 25 3 – Jurisprudência Nacional 27 4 – Jurisprudência Internacional 99 SUMÁRIO 8< sumário 1 – DOUTRINA 1. ALMEIDA, Eloísa Machado de et al. Pela liberdade de mulheres e crianças: apontamentos sobre o Habeas Corpus Coletivo nº 143. 641. Boletim IBCCrim, São Paulo, v. 26,n. 306, p. 7-10, maio 2018. [1171143] CAM PGR STJ TJD STF 2. ALVES, Francisco Glauber Pessoa. A custosa questão carcerária brasileira e as inverdades convenientes = Brazilian problematic issue of its prison system and its convenient deceit. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 107, n. 987, p. 241-266, jan. 2018. Revista CEJ, Brasília, v. 21, n. 73, p. 75-84, set./dez. 2017. Revista da Emerj, Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, p. 37-60, set./dez. 2017. Disponível em: https://www.emerj. tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista19_n4/revista19_n4_37. pdf. Acesso em: 27 maio 2021. [1115419] SEN CAM CLD PGR STJ STM TCD TST STF (DIG) 3. ANDRADE, Andressa Paula de. Atuação do Supremo Tribunal Federal na Lei 11.343 entre 2006 e 2016: leituras constitucionais: entre o proibicionismo e os direitos fundamentais. In: CARVALHO, Érika Mandes de; ÁVILA, Gustavo Noronha de (org.). 10 anos da Lei de Drogas: aspectos criminológicos, dogmáticos e político-criminais. Belo Horizonte: D’Plácido, 2016. p. 531-561. Conteúdo: Encarceramento galopante, sistema penitenciário em “Estado de Coisas Inconstitu- cional” e possíveis rumos da Suprema Corte na descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal: um trabalho inacabado e o RE nº 635.659. [1088242] PGR TJD 4. AZEVEDO, Júlio Camargo de. Política carcerária: Corte Suprema de Justiça da Nação Argentina – caso “Verbitsky, Horacio s/ Habeas https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista19_n4/revista19_n4_37.pdf https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista19_n4/revista19_n4_37.pdf https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista19_n4/revista19_n4_37.pdf 9< sumário Corpus” – julgamento em 03 de maio de 2005. In: GRINOVER, Ada Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da (coord.). O processo para solução de conflitos de interesse público. Salvador: JusPODIVM, 2017. p. 563-568. [1102098] TJD STF 341.272 P963 PSC 5. BARBAGALO, Fernando Brandini; LOPES, João Felipe Mene- zes. Prisão processual e execução penal: a evolução da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. In: FUX, Luiz; BODART, Bruno; MELLO, Fernando Pessôa da Silveira (coord.). A Constituição da República segundo ministros, juízes auxiliares e assessores do STF. Salvador: JusPODIVM, 2019. p. 173-189. Conteúdo: Prisão Cautelares e liberdade provisória. Situação carcerária no Brasil: o julgamento da Medida Cautelar na ADPF 347. [1147112] SEN MJU PGR TJD TST STF 341.24 C758 CRS 6. CAMPOS, Carlos Alexandre de Azevedo. Estado de Coisas Incons- titucional. 2. ed. rev. atual. ampl. Salvador: JusPODIVM, 2019. 367 p. Conteúdo: Omissão inconstitucional: a visão tradicional da doutrina brasileira. A tutela deficiente de direitos fundamentais como omissão inconstitucional. Teorizando o Estado de Coisas Inconstitucional: fundamentos, pressupostos e as sentenças estruturais. Estado de Coisas Inconstitucional, ativismo judicial estrutural e diálogos institucionais. Uma agenda para o Supremo Tribunal Federal: o Estado de Coisas Inconstitucional relativo ao sistema carcerário. Sumário disponível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/nova- saquisicoes/2020/janeiro/1160872/sumario.pdf. Acesso em: 27 maio 2021. [1160872] TJD STF 341.2 C198 ECI 2.ED. 7. CARMONA, Flávia Nunes de Carvalho Cavichioli. Fundo Peni- tenciário Nacional: da promessa à realidade do Estado de Coisas Inconstitucional nas prisões brasileiras. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2019. 185 p. Originalmente apresentado como dissertação de mestrado, Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), sob o título: O Fundo Penitenciário Nacional como promessa de viabilidade de melhorias nas prisões: uma análise da declaração do Estado de Coisas Incons- titucional e seu impacto no ciclo da política pública penitenciária http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2020/janeiro/1160872/sumario.pdf http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2020/janeiro/1160872/sumario.pdf 10< sumário brasileira, 2019. Conteúdo: Origem do Fundo Penitenciário Nacio- nal: a promessa de viabilizar melhorias no sistema penitenciário. A realidade do Fundo Penitenciário Nacional: a falência do sistema penitenciário judicialmente atestada no reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitucional. A (des)esperança no Fundo Penitenciário Nacional: impacto no ordenamento jurídico na política penitenciária após a ordem de descontingenciamento das verbas. [1154844] SEN STJ TJD STF 341.582 C287 FPN 8. CARVALHO NETO, Tarcisio Vieira de; REALE, Ingrid Neves. Algumas reflexões sobre a crise do Sistema Penitenciário Brasileiro. In: MORAES, Alexandre; MENDONÇA, André Luiz de Almeida. Democracia e sistema de justiça: obra em homenagem aos 10 anos do Ministro Dias Toffoli no Supremo Tribunal Federal. Belo Horizonte: Fórum, 2020. p. 633-657. [1170132] AGU SEN STJ TCD TJD STF 341.234 D383 DSJ (DIG) 9. CHEVITARESE, Aléssia Barroso Lima Brito Campos; SANTOS, Ana Borges Coêlho; GRAÇA, Felipe Meneses. A efetividade do Estado de Coisas Inconstitucional em razão dos sistemas de monitoramento: uma análise comparativa entre Colômbia e Brasil = Effectiveness of the unconstitutional state of affairs in reason due to monitoring systems: a comparative analysis between Colombia and Brazil. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, v. 9, n. 2, p. 217-230, 2019. Conteúdo: As falhas de efetividade do Estado de Coisas Inconstitucional nos casos relativos ao sistema prisional colombiano. A efetividade do Estado de Coisas Inconstitucional no caso do deslocamento forçado em razão dos sistemas de monitoramento desenvolvidos pela Corte Constitu- cional da Colômbia. A análise do Estado de Coisas Inconstitucional na realidade brasileira a partir da ADPF 347. Disponível em: https:// www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6050. Acesso em: 27 maio 2021. [1175268] 10. COSTA, Susana Henriques da; FERNANDES, Débora Chaves Martines. Processo coletivo e controle judicial de políticas públicas: relatório Brasil. In: GRINOVER, Ada Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da (coord.). O processo para https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6050 https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6050 11< sumário solução de conflitos de interesse público. Salvador: JusPODIVM, 2017. p. 359-382. [1102098] TJD STF 341.272 P963 PSC 11. CRESPO, André Pereira; VARELLA, Marcelo Dias. A insuficiên- cia das políticas públicas no sistema penitenciário para responder ao Estado de Coisas Inconstitucional: um problema comum a todos os poderes = The insuffiency of public policies in the penitenciary system to respond to the unconstitutional state of things: a commom pro- blem to all the powers. Revista da Faculdade de Direito da UFG, Goiânia, v. 43, p. 1-24, 2019. Disponível em: https://revistas.ufg.br/ revfd/article/view/56883/34521. Acesso em: 27 maio 2021. [1172768] CLD STF (DIG) 12. CRUZ, Rogerio Schietti Machado. O julgamento da Medida Cau- telar na ADPF nº 347 e a implementação das audiências de custódia no Brasil. In: FUX, Luiz (coord.); ARABI, Abhner Youssif Mota; MALUF, Fernando; ALVES, José Roberto de Castro (org.). Os gran- des julgamentos do Supremo. Rio de Janeiro: GZ, 2020. p. 345-361. Conteúdo: Estado de Coisas Inconstitucional. Reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitucional no julgamento na Medida Caute- lar ajuizada no âmbito da ADPF 347 e determinação de realização e audiências de custódia: A Resolução nº 213 do CNJ. Finalidades da audiência de custódia. [1186770] PGR STJ STF 340.6 STF G752 GJS 13. DERBLI, Felipe. A ADPF 347 e as ações civis públicas sobre o sis- tema penitenciário: desafios processuais de uma difícil conciliação. In: MENDES, Aluisio Gonçalves de Castro et al (coord.). O novo processo civil brasileiro: temas relevantes, estudos em homenagem ao professor, jurista e Ministro Luiz Fux. Rio de Janeiro: GZ, 2018.v. 1, p. 363-376. Conteúdo: A ADPF 347 e a Cautelar concedida: o Estado de Coisas Inconstitucional do sistema carcerário brasileiro. Considerações introdutórias: breves anotações sobre o conceito de Estado de Coisas inconstitucional. A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 347. O “varejo” das ações civis públicas sobre o sistema penitenciário, a preservação da competência e a autoridade da decisão do STF: a conciliação é possível? [1135193] STJ TJD STF 341.46 N945 NOP (DIG) https://revistas.ufg.br/revfd/article/view/56883/34521 https://revistas.ufg.br/revfd/article/view/56883/34521 12< sumário 14. DINATT, Stefania Fontella; QUADRADO, Jaqueline Carvalho. O direito das mulheres privadas de liberdade à convivência com os filhos = Right of women deprived of their liberty to live with their children. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 26, n. 146, p. 695-724, ago. 2018. [1129927] SEN STJ STM TJD PGR STF 15. FARIA, Adriana Ancona de; ALMEIDA, Eloísa Machado de. Res- ponsabilidade do Estado frente às condições de detenção: estudos de caso no STF = State responsability for cruel prison condition: Supreme Court case study. Revista de Direito Administrativo Contemporâneo, São Paulo, v. 4, n. 25, p. 141-159, jul./ago. 2016. Conteúdo: Condições de detenção, responsabilidade e Judiciário. Recurso Extraordinário 580.252: caso de indenização por condições degradantes. Medida Cautelar da ADPF 347: Estado de Coisas Inconstitucional. [1081552] STJ STF (DIG) 16. FREITAS JUNIOR, Horival Marques de. Política carcerária: Suprema Corte dos EUA: caso Brown, Governor of California, et al. v. Plata et al. – julgamento em 23 de maio de 2011. In: GRINOVER, Ada Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da (coord.). O processo para solução de conflitos de interesse público. Salvador: JusPODIVM, 2017. p. 569-576. [1102098] TJD STF 341.272 P963 PSC 17. GOMES, Abel Fernandes. Sistema penitenciário, Estado de Coisas Inconstitucional e ativismo judicial. In: CARVALHO, Thomaz Jeffer- son; VERAS, Nathália Santos; AMORIM, Maria Carolina Cancella de (org.). Estudos hermenêuticos em homenagem ao Prof. Dr. Lenio Streck. Londrina: Thoth, 2019. p. 181-196. [1170078] STJ 18. GOMES, Jéssica Vitoriano; GERHARD, Daniel Cardoso. O Estado de Coisas Inconstitucional no sistema carcerário brasileiro: uma análise acerca da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 347. In: BENTES, Dorinethe dos Santos; SEIXAS, Bernardo Silva de; GOMES, Sebastião Marcelice (org.). Temas contemporâneos de direito: uma contribuição à pesquisa da Universidade Federal do 13< sumário Amazonas. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017. v. 2, p. 59-78. [1132035] TCD TST (DIG) 19. GONÇALVES NETO, José Francisco. As cooperativas de mulheres e o cárcere: um pressuposto modelo de humanização do Sistema Peniten- ciário Brasileiro. In: COSTA, Larissa Trindade; SILVA, Claudia Sayuri Shigekiyo Miranda; SILVA, Magno Israel Miranda (org.); ALVES JÚNIOR, Altamir et al. Direito, política e economia: atualidades e tendências. Lisboa: Assunto Sábio, 2019. p. 257-286. [1155648] SEN 20. GRINOVER, Ada Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da (coord.). O processo para solução de conflitos de inte- resse público. Salvador: JusPODIVM, 2017. 608 p. Sumário dispo- nível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/ novasaquisicoes/2018/janeiro/1102098/sumario.pdf. Acesso em: 27 maio 2021. [1102098] TJD STF 341.272 P963 PSC 21. GRINOVER, Ada Pellegríni. Caminhos e descaminhos do controle jurisdicional de políticas públicas no Brasil. In: GRINOVER, Ada Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da (coord.). O processo para solução de conflitos de interesse público. Salvador: JusPODIVM, 2017. p. 423-448. [1102098] TJD STF 341.272 P963 PSC 22. GUEDES, Camila de Oliveira. O mínimo existencial, a reserva do possível e o Estado de Coisas Inconstitucional no Brasil: repercussões nos presídios brasileiros. In: SALES, Tainah Simoes; SILVA, Lucas Matos da; MARTINS, Luana Adélia Araújo (org.). Constituição e política no cenário de 2016: democracia, impeachment, STF e outras polêmicas. Curitiba: CRV, 2017. p. 129-164. [1108111] CAM STF 341.2 C758 CPD (DIG) 23. GUIMARÃES, Graziely Rodrigues; FERREIRA, João Victor Bar- bosa. Maternidade enclausurada: a prisão domiciliar como alternativa na jurisprudência do TJDFT = Maternity in prison: house arrest as an alternative to mothers serving time in the capital of Brazil. Revista dos Estudantes de Direito da Universidade de Brasília, Brasília, n. 17, http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2018/janeiro/1102098/sumario.pdf http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2018/janeiro/1102098/sumario.pdf 14< sumário p. 221-245. 2020. Conteúdo: Prisão, mulheres e maternidade: introdu- ção ao campo. Mulheres, mães, filhas e avós: quem são elas? O Habeas Corpus Coletivo como forma de resguardar os direitos fundamentais da primeira infância, mulheres na subalternidade e a observância do precedente pelo TJDFT. Disponível em: https://periodicos.unb.br/ index.php/redunb/article/view/30807/26669. Acesso em: 26 maio 2021. [1183476] STF (DIG) 24. GUIMARÃES, Mariana Rezende. O Estado de Coisas Inconstitu- cional: a perspectiva de atuação do Supremo Tribunal Federal a partir da experiência da Corte Constitucional Colombiana na ADPF n. 347. Boletim Científico da Escola Superior do Ministério Público da União, Brasília, v. 16, n. 49, p. 79-111, jan./jun. 2017. [1114697] SEN CAM PGR STJ TJD TST STF (DIG) 25. KOSAK, Ana Paula; BARBOZA, Estefânia Maria de Queiroz. O papel do CNJ diante do reconhecimento do Estado de Coisas Incons- titucional do sistema carcerário brasileiro na perspectiva do ativismo dialógico = Role of CNJ and the recognition of the unconstitutional state of affairs of the brazilian prison system in the perspective of dialogical activism. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, v. 10, n. 1, p. 175-194. 2020. Disponível em: https://www.publica- coesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6518. Acesso em: 26 maio 2021. [1176255] 26. KOZICKI, Katya; VAN DER BROOCKE, Bianca Maruszczak Schneider. A ADPF 347 e o “Estado de Coisas Inconstitucional”: ativismo dialógico e democratização do controle de constitucionalidade no Brasil = ADPF 347 and the “unconstitucional state of affairs”: dia- logic activism and democratization of the control of constitucionality in Brazil. Direito, Estado e Sociedade, Rio de Janeiro, n. 53, p. 147- 181, jul./dez. 2018. Disponível em: http://direitoestadosociedade.jur. puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?infoid=383&sid=36. Acesso em: 27 maio 2021. [1144439] MJU STJ (DIG) 27. LELLIS, Carina. O STF e o sistema prisional brasileiro: a tutela de uma minoria invisível. In: SARAIVA, Renata et al (coord.). Ministro Luís https://periodicos.unb.br/index.php/redunb/article/view/30807/26669 https://periodicos.unb.br/index.php/redunb/article/view/30807/26669 https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6518 https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6518 http://direitoestadosociedade.jur.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=383&sid=36 http://direitoestadosociedade.jur.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=383&sid=36 15< sumário Roberto Barroso: 5 anos de Supremo Tribunal Federal: homenagem de seus assessores. Belo Horizonte: Fórum, 2018. p. 163-178. Conteúdo: Decisões do STF a respeito do sistema prisional. RE nº 592.581: possibilidade de o Poder Judiciário impor à Administração pública realização de obras em presídios. ADPF nº 347: o Estado de Coisas Inconstitucional do sistema prisional brasileiro. RE nº 580.252: o Estado tem o dever de indenizar os danos morais causados ao preso. RE nº 641.320/RS e Súmula Vinculante nº 56: o condenado não pode ser submetido a regime mais grave que o estabelecido na sentença. [1175376] SEN CAM STF341.4191 M665 MLR 28. LIMA, Renata Miranda; ALBUQUERQUE, Carolina de. O Estado de Coisas Inconstitucionais: caminhos adotados pelo judiciário brasi- leiro = State of unconstitutional things: pathways adopted by brazilian judiciary. Direito em Debate, Ijuí, v. 28, n. 52, p. 236-250, jul./dez. 2019. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/ revistadireitoemdebate/article/view/9004. Acesso em: 27 maio 2021. [1167560] 29. LIMA, Renata Miranda; MEYER-PFLUG, Samantha Ribeiro. O Estado de Coisas Inconstitucionais e a superlotação do sistema carce- rário brasileiro = State of unconstitutional things and the overcrowding of the brazilian prison system for an emancipation of the human being for its equal dignity and cultural. 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A litigância estrutural e sua disseminação no globo sul. O Estado de Coisas Inconstitucional. Uma alternativa para o controle de políticas públicas no Brasil? Um problema posto pela ADPF 347. A proposta da tutela coletiva estrutural e o Estado de Coisas Inconstitucional nas lides coletivas. Um caminho alterna- tivo para a litigância estrutural no Brasil. Sumário disponível em: https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/147717. Acesso em: 27 maio 2021. [1174503] STJ STF 341.202 S586 ECI http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/quaestioiuris/article/view/20941 http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/quaestioiuris/article/view/20941 https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/147717 22< sumário 55. SILVA, Marcos Rolim da. Política carcerária: Supremo Tribunal Federal: ADPF nº 347 MC/DF – julgamento em 09 de setembro de 2015.In: GRINOVER, Ada Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da (coord.). O processo para solução de conflitos de interesse público. 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[1102098] TJD STF 341.272 P963 PSC http://www.actiorevista.com.br/index.php/actiorevista/article/view/134/123 http://www.actiorevista.com.br/index.php/actiorevista/article/view/134/123 23< sumário 60. SOUZA, Marcio Scarpim de. Estado de Coisas Inconstitucional: da experiência colombiana à aplicação pelo STF na ADPF 347 = Unconstitutional State of Affairs: from colombian experience to appli- cation by the STF in ADPF 347. Revista de Direito Constitucional e Internacional, São Paulo, v. 27, n. 111, p. 117-147, jan./fev. 2019. [1154776] SEN PGR STJ TJD STF (DIG) 61. STRECK, Lenio Luiz. 30 anos da CF em 30 julgamentos: uma radiografia do STF. Rio de Janeiro: Forense, 2018. 335 p. Conteúdo: ADPF 347: questão prisional, Estado de Coisas Inconstitucional e Habeas Corpus Coletivo 143641. Sumário disponível em: http://www. stf.jus.br/arquivo/biblioteca/capassumarios/novasaquisicoes/2018/ setembro/1127502/sumario.pdf. Acesso em: 27 maio 2021. [1127502] SEN TCD TJD STF 341.2 S914 TAC 62. 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Habeas Corpus 143.641 e os problemas do encarceramento http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/capassumarios/novasaquisicoes/2018/setembro/1127502/sumario.pdf http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/capassumarios/novasaquisicoes/2018/setembro/1127502/sumario.pdf http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/capassumarios/novasaquisicoes/2018/setembro/1127502/sumario.pdf https://www.edufma.ufma.br/wp-content/uploads/woocommerce_uploads/2021/03/DIREITOS-HUMANOS-1-E-FRATERNIDADE-VOLUME-1-2021.pdf https://www.edufma.ufma.br/wp-content/uploads/woocommerce_uploads/2021/03/DIREITOS-HUMANOS-1-E-FRATERNIDADE-VOLUME-1-2021.pdf https://www.edufma.ufma.br/wp-content/uploads/woocommerce_uploads/2021/03/DIREITOS-HUMANOS-1-E-FRATERNIDADE-VOLUME-1-2021.pdf 24< sumário feminino no Brasil. Gênero: revista do Núcleo Transdisciplinar de Estudos de Gênero – NUTEG, Niterói, v. 20, n. 1, p. 171-193, 2019. Conteúdo: “O presente trabalho busca analisar quais foram os funda- mentos jurídicos do Habeas Corpus Coletivo 143.641, concedido pelo STF, que abordou o caso Alyne Pimentel, considerada a primeira e única denúncia acolhida pelo Comitê para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher (CEDAW) e que respon- sabilizou o Brasil por uma morte materna evitável. Trata, ainda, dos problemas do encarceramento feminino no Brasil, demonstrando um pouco da realidade deplorável vivenciada por milhares de mulheres, e até mesmo por seus filhos, e a dificuldade que é a gravidez no cárcere, além de fazer uma análise da efetiva implementação do Habeas Corpus em questão”. Disponível em: https://periodicos.uff.br/revistagenero/ article/view/38497/22070. Acesso em: 27 maio 2021. [1187715] 65. VILA-NOVA, Daniel Augusto Diniz. ADPF nº 347-DF: Estado de Coisas Inconstitucionais e sistema penitenciário: critérios (normativos e institucionais) e a proteção judicial efetiva em sede de ADPF. In: FUX, Luiz. Jurisdição constitucional II: cidadania e direitos fun- damentais. Belo Horizonte: Fórum, 2017. v. 2, p. 111-117. [1108512] TCD TJD STF 341.2563 J95 JDD (DIG) https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/38497/22070 https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/38497/22070 25< sumário 1. BRASIL. [Constituição [(1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 126, n.1, p. 1, 5 out. 1988. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 27 maio 2021. 2. BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 2391, 31 dez. 1940. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/del2848.htm. Acesso em: 27 maio 2021. 3. BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 19699, 13 out. 1941. Disponível em: https://www.planalto.gov. br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm. Acesso em: 27 maio 2021. 4. BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 10227, 13 jul. 1984. Disponível em: https://www.planalto.gov. br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 27 maio 2021. 5. BRASIL. Resolução nº 14, de 11 de novembro de 1994. Resolve fixar as Regras Mínimas para o Tratamento do Preso no Brasil. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 18352, 12 dez. 1994. Disponível em: http://www.crpsp.org.br/interjustica/pdfs/ regras-minimas-para-tratamento-dos-presos-no-brasil.pdf. Acesso em: 24 maio 2021. 2 – LEGISLAÇÃO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm http://www.crpsp.org.br/interjustica/pdfs/regras-minimas-para-tratamento-dos-presos-no-brasil.pdf http://www.crpsp.org.br/interjustica/pdfs/regras-minimas-para-tratamento-dos-presos-no-brasil.pdf 26< sumário 6. BRASIL. Lei nº 12.962, de 8 de abril de 2014. Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente, para assegurar a convivência da criança e do adolescente com os pais privados de liberdade. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 9 abr. 2014. Disponível em: https://www.planalto.gov. br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12962.htm. Acesso em: 27 maio 2021. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12962.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12962.htm 27< sumário 3 – JURISPRUDÊNCIA NACIONAL 3.1 Estado de Coisas Inconstitucional (ECI) do sistema peni- tenciário brasileiro EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO FORMULADA CONTRA DECISÃO MONOCRÁ- TICA DE MINISTRO RELATOR DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PACIENTE MÃE DE FILHA MENOR DE 12 ANOS DE IDADE E GRÁVIDA COM 4 MESES DE GESTÃO. PRISÃO DOMICILIAR COM FUNDA- MENTO NO ART. 318 DO CPP. APLICAÇÃO DO ENTENDI- MENTO FIRMADO NO JULGAMENTO DO HC COLETIVO 143.641/SP. ORDEM CONCEDIDA, DE OFÍCIO. AGRAVO REGI- MENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – A acusação não diz respeito a crime praticado mediante violência ou grave ameaça, nem contra os descendentes, e não estão presentes circunstâncias excepcionais que justificariam a denegação da ordem ou mesmo que recomendariam cautela. II – Apesar de as instâncias antecedentes aludirem à reiteração criminosa da paciente, esse aspecto, por si só, não pode ser óbice à conces- são da prisão domiciliar. III – Quando o Estatuto da Primeira Infância deixou de ressalvar a hipótese de reincidência para a concessão da prisão domiciliar, fê-lo conscientemente, não havendo razões para que o jul- gador, num quadro de “Estado de Coisas Inconstitucional” do sistema penitenciário nacional, já reconhecido como tal pelo Supremo Tribu- nal Federal, estenda as hipóteses de denegação também para o caso de mulheres reincidentes. IV – Os motivos que levaram ao indeferimento da prisão domiciliar à paciente destoam das diretivas constantes do Habeas Corpus coletivo 143.641/SP. V – Habeas corpus não conhecido, mas ordem concedida, de ofício, para determinar a substituição da prisão preventiva 28< sumário pela domiciliar, ressalvando-se a possibilidade de aplicação concomitante das cautelares alternativas previstas no art. 319 do CPP, bem como das demais diretrizes contidas no supra referido HC 143.641/SP. VI – Agravo regimental a que se nega provimento. [HC 197.035 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 15-3-2021, 2ª T, DJE de 9-4-2021.] EMENTA: REFERENDO DE MEDIDA CAUTELAR EM HABEAS CORPUS COLETIVO. PANDEMIA MUNDIAL. COVID-19. GRUPO DE RISCO. SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA. CRIMES COMETIDOS SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA À PESSOA. RECOMENDAÇÕES DE ORGANISMOS INTERNACIONAIS. RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. EXPE- RIÊNCIA INTERNACIONAL. SISTEMA PRISIONAL BRASI- LEIRO. ESTADO DE COISA INCONSTITUCIONAL. APDF 347 MC. PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. PERICULUM IN MORA. ANÁLISE INDIVIDUAL DAS SITUAÇÕES CONCRE- TAS PELO JUÍZO COMPETENTE. CONCESSÃO EM PARTE DA MEDIDA CAUTELAR. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal admite a impetração de habeas corpus coletivo para discutir preten- sões de natureza individual homogênea. 2. A Organização Mundial da Saúde – OMS, em 11 de março de 2020, declarou a epidemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus – Sars-Cov-2, como emergência em saúde pública de importância internacional. 3. A Organização das Nações Unidas – ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH, ante o perigo de propagação da Covid-19 em estabelecimentos prisionais e os efeitos dessa contaminação generalizada para a saúde pública em geral, recomendaram aos países que, sem o comprometimento da segurança pública, adotassem medidas para reduzir o número de novas entradas nos presídios e para antecipar a libertação de determinadas grupos de preso, dentre eles, aqueles com maior risco para a doença. 5. A adoção de medidas preventivas à infecção e à propagação do novo coronavírus em estabelecimentos prisio- nais foi trilhada por diversos países do mundo como os Estados Unidos da América, o Reino Unido e Portugal. 6. No Brasil, o Conselho Nacional de Justiça recomendou aos magistrados e aos Tribunais do País a adoção de medidas com vista à redução dos riscos epidemiológicos. Recomendação n. 62/2020 do CNJ. 7. A Constituição da Federal e a Lei de Execuções 29< sumário Penais asseguram a saúde como direito das pessoas privadas de liberdade, ao mesmo tempo que colocam a assistência à saúde do detento como dever do poder público (art. 196 da Constituição Federal; arts. 10; 11, II; 14; 41, todos da Lei de Execução Penal). 8. O Supremo Tribunal Federal reco- nheceu o “estado de coisas inconstitucional” do sistema penitenciário nacional, dado que presente um “quadro de violação massiva e persistente de direitos fundamentais” das pessoas recolhidas ao cárcere decorrente de falhas estruturais e de políticas públicas (ADPF 347 MC, rel. min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, julgado em 9-9-2015). 9. Os dados trazidos aos autos pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Conselho Nacional de Justiça – DMF/CNJ demonstram que o novo coronavírus representa maior risco para a população prisional do que para a população em geral. 10. O perigo de lesão à saúde e à integridade física do preso é agravado quando se consideram presídios com ocupação acima da capacidade física e detentos pertencentes a grupo de risco para a Covid-19. 11. O risco à segurança pública, por sua vez, é reduzido quando se contemplam com as medidas alternativas ao cárcere somente àqueles detidos por crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. Juízo de pro- porcionalidade. Exclusão dos crimes listados no art. 5º-A da Recomendação do CNJ n. 62/2020 (incluído pela Recomendação n. 78/2020). Dispositivos constitucionais e normas convencionais assumidas pelo Brasil. 12. A aferi- ção da presença dos requisitos para a concessão das medidas alternativas ao cárcere deve ser feita pelo Juízo de origem em processo específico no qual se assegurem o contraditório e a ampla defesa. Necessidade de comprovação e de análise da realidade sanitária do estabelecimento prisional. Precedentes do STF. 13. Plausibilidade jurídica do pedido e perigo da demora configu- rados. Medida cautelar deferida em parte. [HC 188.820 MC-Ref, rel. min. Edson Fachin, j. 24-2-2021, 2ª T, DJE de 24-3-2021.] EMENTA: “HABEAS CORPUS” COLETIVO – O CASO EM JULGAMENTO – A QUESTÃO DO “HABEAS CORPUS” COLE- TIVO COMO INSTRUMENTO CONSTITUCIONAL DE DEFESA DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS – O SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO: EXPRESSÃO VISÍVEL (E LAMENTÁVEL) DE UM ANÔMALO “ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL” – DEMOCRACIA CONSTITUCIONAL, 30< sumário PROTEÇÃO DOS GRUPOS VULNERÁVEIS (INTEGRADOS, NO CASO, POR PESSOAS QUE COMPÕEM O UNIVERSO PENITENCIÁRIO) E FUNÇÃO CONTRAMAJORITÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO EXERCÍCIO DE SUA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL – LEGITIMIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, INCLUSIVE EM MATÉRIA PENITENCIÁRIA, E A RESERVA DO POSSÍVEL – ESCASSEZ DE RECURSOS E A QUESTÃO DAS “ESCOLHAS TRÁGICAS”: UM DILEMA QUE SE RESOLVE PELA PREPONDERÂNCIA DO “MÍNIMO EXISTENCIAL” – O DIREITO À SAÍDA DA CELA POR 02 (DUAS) HORAS DIÁRIAS PARA BANHO DE SOL COMO PRERROGATIVA INAFASTÁVEL DE TODOS AQUELES QUE COMPÕEM O UNIVERSO PENI- TENCIÁRIO BRASILEIRO, MESMO EM FAVOR DAQUELES SUJEITOS AO REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (LEP, ART. 52, IV)– CONCLUSÃO: “HABEAS CORPUS” CONCEDIDO DE OFÍCIO E ESTENDIDO PARA TODO O PAÍS. – A jurisprudência da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no sentido de possibilitar a impetração de “habeas corpus” coletivo, notadamente nos casos em que se busca a tutela jurisdicional coletiva de direitos individuais homogêneos, sendo irrelevante, para esse efeito, a circunstância de inexistir previsão constitucional a respeito. Precedentes. – Há, lamentavelmente, no Brasil, no plano do sistema penitenciário nacional, um claro, indis- farçável e anômalo “estado de coisas inconstitucional” resultante da omissão do Poder Público em implementar medidas eficazes de ordem estrutural que neutralizem a situação de absurda patologia constitucional gerada, incompreensivelmente, pela inércia do Estado, que descumpre a Constituição Federal, que ofende a Lei de Execução Penal, que vul- nera a essencial dignidade dos sentenciados e dos custodiados em geral, que fere o sentimento de decência dos cidadãos desta República e que desrespeita as convenções internacionais de direitos humanos (como o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, a Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, a Convenção Americana de Direitos Humanos e as Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Reclusos – “Regras de Nelson Mandela” –, entre outros relevantes documentos internacionais). – O Estado brasileiro, agindo com absoluta indiferença em relação à gravidade da questão penitenciária, tem permitido, em razão de sua própria inércia, 31< sumário que se transgrida o direito básico do sentenciado de receber tratamento penitenciário justo e adequado, vale dizer, tratamento que não implique exposição do condenado (ou do preso provisório) a meios cruéis, lesivos ou moralmente degradantes (CF, art. 5º, incisos XLVII, “e”, e XLIX), fazendo-se respeitar, desse modo, um dos mais expressivos fundamentos que dão suporte ao Estado Democrático de Direito: a dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III). – Constitui verdadeiro paradoxo reconhecer-se, de um lado, o “direito à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol” (LEP, art. 52, IV), em favor de quem se acha submetido, por razões de “subversão da ordem ou disciplina internas” no âmbito penitenciário, ao rigorosíssimo regime disciplinar diferenciado (RDD) instituído pela Lei nº 10.792/2003, e negar, de outro, o exercício de igual prerrogativa de ordem jurídica a quem se acha recolhido a pavilhões destinados à execução de medidas disciplinares ordinárias (“Pavilhão Disciplinar”) e à proteção de detentos ameaçados (“Pavilhão de Seguro”), tal como ora denunciado, com apoio em consistentes alegações, pela douta Defensoria Pública do Estado de São Paulo. – A cláusula da reserva do possível é ordinariamente invocável naquelas hipóteses em que se impõe ao Poder Público o exercício de verdadeiras “escolhas trágicas”, em contexto revelador de situação de antagonismo entre direitos básicos e insuficiências estatais financeiras. A decisão governamental, presente essa relação dilemática, há de conferir pre- cedência à intangibilidade do “mínimo existencial”, em ordem a atribuir real efetividade aos direitos positivados na própria Lei Fundamental da República e aos valores consagrados nas diversas convenções internacionais de direitos humanos. A cláusula da reserva do possível, por isso mesmo, é inoponível à concretização do “mínimo existencial”, em face da preponderância dos valores e direitos que nele encontram seu fundamento legitimador. [HC 172.136, rel. min. Celso de Mello, j. 10-10-2020, 2ª T, DJE de 1º-12-2020.] EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – POLÍTICAS PÚBLICAS – JUDICIÁRIO – INTERVEN- ÇÃO – EXCEPCIONALIDADE. Ante excepcionalidade, verificada pelas instâncias ordinárias a partir do exame de quadro fático, é pos- sível a intervenção do Judiciário na implantação de políticas públicas direcionadas à concretização de direitos fundamentais, especialmente considerado o estado de coisas inconstitucional do sistema de custódia 32< sumário brasileiro. Precedente: recurso extraordinário nº 592.581, julgado no Pleno sob a sistemática da repercussão geral – Tema nº 220 –, relator o ministro Ricardo Lewandowski, acórdão publicado no Diário da Justiça de 1º de fevereiro de 2016. [ARE 1.192.016 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 17-9-2019, 1ª T, DJE de 6-11-2019.] EMENTA: HABEAS CORPUS COLETIVO. ADMISSIBILIDADE. DOUTRINA BRASILEIRA DO HABEAS CORPUS. MÁXIMA EFE- TIVIDADE DO WRIT. MÃES E GESTANTES PRESAS. RELA- ÇÕES SOCIAIS MASSIFICADAS E BUROCRATIZADAS. GRUPOS SOCIAIS VULNERÁVEIS. ACESSO À JUSTIÇA. FACILITAÇÃO. EMPREGO DE REMÉDIOS PROCESSUAIS ADEQUADOS. LEGITIMIDADE ATIVA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DA LEI 13.300/2016. MULHERES GRÁVIDAS OU COM CRIANÇAS SOB SUA GUARDA. PRISÕES PREVENTIVAS CUMPRIDAS EM CON- DIÇÕES DEGRADANTES. INADMISSIBILIDADE. PRIVAÇÃO DE CUIDADOS MÉDICOS PRÉ-NATAL E PÓS-PARTO. FALTA DE BERÇÁRIOS E CRECHES. ADPF 347 MC/DF. SISTEMA PRISIO- NAL BRASILEIRO. ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIO- NAL. CULTURA DO ENCARCERAMENTO. NECESSIDADE DE SUPERAÇÃO. DETENÇÕES CAUTELARES DECRETA- DAS DE FORMA ABUSIVA E IRRAZOÁVEL. INCAPACIDADE DO ESTADO DE ASSEGURAR DIREITOS FUNDAMENTAIS ÀS ENCARCERADAS. OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO E DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. REGRAS DE BANGKOK. ESTATUTO DA PRIMEIRA INFÂNCIA. APLICAÇÃO À ESPÉCIE. ORDEM CONCEDIDA. EXTENSÃO DE OFÍCIO. I – Existência de relações sociais massificadas e burocratizadas, cujos problemas estão a exigir soluções a partir de remédios processuais coletivos, especialmente para coibir ou prevenir lesões a direitos de grupos vulneráveis. II – Conhecimento do writ coletivo homenageia nossa tradição jurídica de conferir a maior amplitude possível ao remédio heroico, conhecida como doutrina brasileira do habeas corpus. III – Entendimento que se amolda ao disposto no art. 654, § 2º, do Código de Processo Penal – CPP, o qual outorga aos juízes e tribunais competência para expedir, de ofício, ordem de habeas corpus, quando no 33< sumário curso de processo, verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal. IV – Compreensão que se harmoniza também com o previsto no art. 580 do CPP, que faculta a extensão da ordem a todos que se encontram na mesma situação processual. V – Tramitação de mais de 100 milhões de processos no Poder Judiciário, a cargo de pouco mais de 16 mil juízes, a qual exige que o STF prestigie remédios processuais de natureza coletiva para emprestar a máxima eficácia ao mandamento constitucional da razoável duração do processo e ao princípio universal da efetividade da prestação jurisdicional. VI – A legitimidade ativa do habeas corpus coletivo, a princípio, deve ser reservada àqueles listados no art. 12 da Lei 13.300/2016, por analogia ao que dispõe a legislação referente ao mandado de injunção coletivo. VII – Comprovação nos autos de existência de situação estrutural em que mulheres grávidas e mães de crianças (entendido o vocábulo aqui em seu sentido legal, como a pessoa de até doze anos de idade incompletos, nos termos do art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA) estão, de fato, cumprindo prisão preventiva em situação degradante, privadas de cuidados médicos pré-natais e pós-parto, inexistindo, outrossim berçários e creches para seus filhos. VIII – “Cultura do encarceramento” que se eviden- cia pela exagerada e irrazoável imposição de prisões provisórias a mulheres pobres e vulneráveis, em decorrência de excessos na interpretação e aplicação da lei penal, bem assim da processual penal, mesmo diante da existência de outras soluções, de caráter humanitário, abrigadas no ordenamento jurídico vigente. IX – Quadro fático especialmente inquietante que se revela pela incapacidade de o Estado brasileiro garantir cuidados mínimos relativos à maternidade, até mesmo àsmulheres que não estão em situação prisional, como comprova o “caso Alyne Pimentel”, julgado pelo Comitê para a Eli- minação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher das Nações Unidas. X – Tanto o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio nº 5 (melhorar a saúde materna) quanto o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 5 (alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas), ambos da Organização das Nações Unidades, ao tutelarem a saúde repro- dutiva das pessoas do gênero feminino, corroboram o pleito formulado na impetração. X – Incidência de amplo regramento internacional relativo a Direitos Humanos, em especial das Regras de Bangkok, segundo as quais deve ser priorizada solução judicial que facilite a utilização de alternativas penais ao encarceramento, principalmente para as hipóteses em que ainda não haja decisão condenatória transitada em julgado. XI – Cuidados com a mulher presa que se direcionam não só a ela, mas igualmente aos seus 34< sumário filhos, os quais sofrem injustamente as consequências da prisão, em fla- grante contrariedade ao art. 227 da Constituição, cujo teor determina que se dê prioridade absoluta à concretização dos direitos destes. XII – Quadro descrito nos autos que exige o estrito cumprimento do Estatuto da Primeira Infância, em especial da nova redação por ele conferida ao art. 318, IV e V, do Código de Processo Penal. XIII – Acolhimento do writ que se impõe de modo a superar tanto a arbitrariedade judicial quanto a sistemática exclusão de direitos de grupos hipossuficientes, típica de sistemas jurídicos que não dispõem de soluções coletivas para problemas estruturais. XIV – Ordem concedida para determinar a substituição da prisão preventiva pela domi- ciliar – sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 do CPP – de todas as mulheres presas, gestantes, puér- peras ou mães de crianças e deficientes, nos termos do art. 2º do ECA e da Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiências (Decreto Legislativo 186/2008 e Lei 13.146/2015), relacionadas neste processo pelo DEPEN e outras autoridades estaduais, enquanto perdurar tal condição, excetuados os casos de crimes praticados por elas mediante violência ou grave ameaça, contra seus descendentes ou, ainda, em situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício. XV – Extensão da ordem de ofício a todas as demais mulheres presas, gestantes, puérperas ou mães de crianças e de pessoas com deficiência, bem assim às adolescentes sujeitas a medidas socioeducativas em idêntica situação no território nacional, observadas as restrições acima. [HC 143.641, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 20-2-2018, 2ª T, DJE de 9-10-2018.] EMENTA: CUSTODIADO – INTEGRIDADE FÍSICA E MORAL – SISTEMA PENITENCIÁRIO – ARGUIÇÃO DE DES- CUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADEQUA- ÇÃO. Cabível é a arguição de descumprimento de preceito fundamental considerada a situação degradante das penitenciárias no Brasil. SIS- TEMA PENITENCIÁRIO NACIONAL – SUPERLOTAÇÃO CAR- CERÁRIA – CONDIÇÕES DESUMANAS DE CUSTÓDIA – VIO- LAÇÃO MASSIVA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS – FALHAS ESTRUTURAIS – ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL – CONFIGURAÇÃO. Presente quadro de violação massiva e persistente de direitos fundamentais, decorrente de falhas estruturais e falência de 35< sumário políticas públicas e cuja modificação depende de medidas abrangentes de natureza normativa, administrativa e orçamentária, deve o sistema peniten- ciário nacional ser caraterizado como “estado de coisas inconstitucional”. FUNDO PENITENCIÁRIO NACIONAL – VERBAS – CONTIN- GENCIAMENTO. Ante a situação precária das penitenciárias, o interesse público direciona à liberação das verbas do Fundo Penitenciário Nacional. AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA – OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. Estão obrigados juízes e tribunais, observados os artigos 9.3 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos e 7.5 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos, a realizarem, em até noventa dias, audiências de custódia, via- bilizando o comparecimento do preso perante a autoridade judiciária no prazo máximo de 24 horas, contado do momento da prisão. [ADPF 347 MC, rel. min. Marco Aurélio, j. 9-9-2015, P, DJE de 19-2-2016.] 3.2 Superlotação carcerária EMENTA: REFERENDO DE MEDIDA CAUTELAR EM HABEAS CORPUS COLETIVO. PANDEMIA MUNDIAL. COVID- 19. GRUPO DE RISCO. SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA. CRIMES COMETIDOS SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA À PESSOA. RECOMENDAÇÕES DE ORGANISMOS INTERNA- CIONAIS. RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUS- TIÇA. EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL. SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO. ESTADO DE COISA INCONSTITUCIONAL. APDF 347 MC. PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. PERICULUM IN MORA. ANÁLISE INDIVIDUAL DAS SITUAÇÕES CONCRE- TAS PELO JUÍZO COMPETENTE. CONCESSÃO EM PARTE DA MEDIDA CAUTELAR. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal admite a impetração de habeas corpus coletivo para discutir pretensões de natu- reza individual homogênea. 2. A Organização Mundial da Saúde – OMS, em 11 de março de 2020, declarou a epidemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus – Sars-Cov-2, como emergência em saúde pública de importância internacional. 3. A Organização das Nações Unidas – ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH, ante o perigo de propagação da Covid-19 em estabelecimentos prisionais e os 36< sumário efeitos dessa contaminação generalizada para a saúde pública em geral, recomendaram aos países que, sem o comprometimento da segurança pública, adotassem medidas para reduzir o número de novas entradas nos presídios e para antecipar a libertação de determinadas grupos de preso, dentre eles, aqueles com maior risco para a doença. 5. A adoção de medidas preventivas à infecção e à propagação do novo coronavírus em estabelecimentos prisionais foi trilhada por diversos países do mundo como os Estados Unidos da América, o Reino Unido e Portugal. 6. No Brasil, o Conselho Nacional de Justiça recomendou aos magistrados e aos Tribunais do País a adoção de medidas com vista à redução dos riscos epidemiológicos. Recomendação n. 62/2020 do CNJ. 7. A Constituição da Federal e a Lei de Execuções Penais asseguram a saúde como direito das pessoas privadas de liberdade, ao mesmo tempo que colocam a assistência à saúde do detento como dever do poder público (art. 196 da Constituição Federal; arts. 10; 11, II; 14; 41, todos da Lei de Execução Penal). 8. O Supremo Tribunal Federal reconheceu o “estado de coisas inconstitucional” do sistema penitenciário nacional, dado que presente um “quadro de violação massiva e persistente de direitos fundamentais” das pessoas recolhidas ao cárcere decorrente de falhas estruturais e de políticas públicas (ADPF 347 MC, rel. min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, julgado em 9-9-2015). 9. Os dados trazidos aos autos pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Conselho Nacional de Justiça – DMF/CNJ demonstram que o novo coronavírus representa maior risco para a população prisional do que para a população em geral. 10. O perigo de lesão à saúde e à integridade física do preso é agravado quando se consideram presídios com ocupação acima da capacidade física e detentos pertencentes a grupo de risco para a Covid-19. 11. O risco à segurança pública, por sua vez, é reduzido quando se contemplam com as medidas alternativas ao cárcere somente àqueles detidos por crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. Juízo de pro- porcionalidade. Exclusão dos crimes listados no art. 5º-A da Recomendação do CNJ n. 62/2020 (incluído pela Recomendação n. 78/2020). Dispositivos constitucionais e normas convencionais assumidas pelo Brasil. 12. A aferi- ção da presença dos requisitos para a concessão das medidas alternativas ao cárcere deve ser feita pelo Juízo de origem em processo específico no qual se assegurem o contraditório e a ampla defesa. Necessidade decomprovação e de análise da realidade sanitária do estabelecimento prisional. Precedentes 37< sumário do STF. 13. Plausibilidade jurídica do pedido e perigo da demora configu- rados. Medida cautelar deferida em parte. [HC 188.820 MC-Ref, rel. min. Edson Fachin, j. 24-2-2021, 2ª T, DJE de 24-3-2021.] EMENTA: Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Alegação de ausência de impugnação dos fundamentos da decisão de inadmissão do RE na origem. Não ocorrência. Responsabilidade do Estado por danos morais decorrentes de superlotação carcerária. Reper- cussão geral do tema reconhecida. Mantida a decisão em que se determinou o retorno dos autos à origem. Precedentes. 1. O Supremo Tribunal Federal, no exame do RE n. 580.252/MS-RG, Relator o Ministro Teori Zavascki, reconheceu a repercussão geral da matéria relativa ao dever, ou não, do Estado de indenizar o preso por danos morais decorrentes de superlotação carce- rária, levando em consideração os limites orçamentários estaduais (teoria da reserva do possível). 2. Manutenção da decisão mediante a qual, com base no art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, se determinou a devolução dos autos ao Tribunal de origem para a observância do disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil. 3. Agravo regimental não provido. [ARE 855.476 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 16-2-2016, 2ª T, DJE de 25-4-2016.] EMENTA: CUSTODIADO – INTEGRIDADE FÍSICA E MORAL – SISTEMA PENITENCIÁRIO – ARGUIÇÃO DE DES- CUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADEQUA- ÇÃO. Cabível é a arguição de descumprimento de preceito fundamental considerada a situação degradante das penitenciárias no Brasil. SIS- TEMA PENITENCIÁRIO NACIONAL – SUPERLOTAÇÃO CAR- CERÁRIA – CONDIÇÕES DESUMANAS DE CUSTÓDIA – VIO- LAÇÃO MASSIVA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS – FALHAS ESTRUTURAIS – ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL – CONFIGURAÇÃO. Presente quadro de violação massiva e persistente de direitos fundamentais, decorrente de falhas estruturais e falência de políticas públicas e cuja modificação depende de medidas abrangentes de natureza normativa, administrativa e orçamentária, deve o sistema peniten- ciário nacional ser caraterizado como “estado de coisas inconstitucional”. 38< sumário FUNDO PENITENCIÁRIO NACIONAL – VERBAS – CONTIN- GENCIAMENTO. Ante a situação precária das penitenciárias, o interesse público direciona à liberação das verbas do Fundo Penitenciário Nacional. AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA – OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. Estão obrigados juízes e tribunais, observados os artigos 9.3 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos e 7.5 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos, a realizarem, em até noventa dias, audiências de custódia, via- bilizando o comparecimento do preso perante a autoridade judiciária no prazo máximo de 24 horas, contado do momento da prisão. [ADPF 347 MC, rel. min. Marco Aurélio, j. 9-9-2015, P, DJE de 19-2-2016.] 3.3 Direitos e garantias fundamentais de pessoas presas EMENTA: HABEAS CORPUS IMPETRADO CONTRA DECI- SÃO MONOCRÁTICA QUE INDEFERE LIMINAR EM TRIBU- NAL SUPERIOR. SÚMULA 691/STF. SUPERAÇÃO. SITUAÇÃO EXCEPCIONAL. PRISÃO EM FLAGRANTE. AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA. COVID-19. OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. CON- VENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS – PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA. PACTO DE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS. DIREITO FUNDAMENTAL DO PRESO. POS- SIBILIDADE DE REALIZAÇÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA. AUSÊNCIA DE NORMA LEGAL PROIBITIVA. CONVERSÃO DE PRISÃO EM FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA DE OFÍCIO PELO MAGISTRADO. VIOLAÇÃO DO SISTEMA ACU- SATÓRIO. ARTS. 5º, LIII, LV, LIX, 93, 129, I, E 133 DA CONS- TITUIÇÃO FEDERAL. ARTS. 282, § § 2º e 4º, 310, 311 E 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. PODER GERAL DE CAUTELA. ILEGALIDADE. OCORRÊNCIA. CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO. 1. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido da superação da Súmula 691/STF nas hipóteses em que se evidencie a existência de fla- grante ilegalidade ou abuso de poder na decisão hostilizada. 2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADPF 347 MC, assentou, em provimento de eficácia geral e vinculante, a obrigatoriedade da realização da audiência de apresentação em caso de prisão em flagrante. Trata-se de 39< sumário direito subjetivo do preso decorrente dos artigos 9.3 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e 7.5 da Convenção Americana sobre Direi- tos Humanos, bem como do artigo 310 do Código de Processo Penal. 3. A pandemia causada pelo novo coronavírus não afasta a imprescindibilidade da audiência de custódia, que deve ser realizada, caso necessário, por meio de videoconferência, diante da ausência de lei em sentido formal que proíba o uso dessa tecnologia. A audiência por videoconferência, sob a presidência do Juiz, com a participação do autuado, de seu defensor constituído ou de Defensor Público, e de membro do Ministério Público, permite equacionar as medidas sanitárias de restrição decorrentes do contexto pandêmico com o direito subjetivo do preso de participar de ato processual vocacionado a controlar a legalidade da prisão. 4. A Constituição Federal de 1988, ao atribuir a privatividade da promoção da ação penal pública ao Ministério Público (art. 129, I); ao assegurar aos ligantes o direito ao contraditório e à ampla defesa e assentar o advogado como função essencial à Justiça (art. 5º, LV, e 133); bem como, ao prever a resolução da lide penal, após o devido processo legal, por um terceiro imparcial, o Juiz natural (art. 5º, LIII e LXI; 93 e seguintes), consagra o sistema acusatório. 5. A Lei n. 13.964/19, ao suprimir a expressão “de ofício” constante na redação anterior dos arts. 282, § § 2º e 4º, e 311, ambos do Código de Processo Penal, veda, de forma expressa, a imposição de medidas cautelares restritivas de liberdade pelo magistrado sem que haja anterior representação da autoridade policial ou requerimento das partes. 6. O art. 310 do Código de Processo Penal deve ser interpretado à luz do sistema acusatório e, em conjunto, com os demais dispositivos legais que regem a aplicação das medidas cautelares penais (arts. 282, § § 2º e 4º, 311 e seguintes do CPP). Disso decorre a ilicitude da conversão, de ofício, da prisão em flagrante em prisão preventiva pela autoridade judicial. 7. O auto de prisão em flagrante é procedimento de natureza administrativa, em que a autoridade policial limita-se a observar as formalidades legais para a sua lavratura (arts. 304 e seguintes do CPP), sem tecer considera- ção sobre a necessidade e a adequação da prisão preventiva, espécie com pressupostos e requisitos distintos (art. 311 e seguintes do CPP). Faz-se, portanto, necessário pedido, formal e expresso, da autoridade policial ou do Ministério Público, em audiência de custódia, para a imposição da prisão preventiva pelo magistrado. 8. O poder geral de cautela não autoriza o agir do Juiz por iniciativa própria quando em detrimento da liberdade individual. No processo penal, para que a intervenção estatal opere nas liberdades individuais com legitimidade, é necessário o respeito à legalidade estrita 40< sumário e às garantias fundamentais. Doutrina. Precedentes. 9. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício. [HC 186.421, rel. min. Celso de Mello, red. do ac. min. Edson Fachin, j. 20-10-2020, 2ª T, DJE de 17-11-2020.] EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – POLÍTICAS PÚBLICAS – JUDICIÁRIO – INTERVEN- ÇÃO – EXCEPCIONALIDADE. Ante excepcionalidade, verificada pelas instâncias ordinárias a partir do exame de quadro fático, é pos- sível a intervenção do Judiciário na implantação de políticas públicas direcionadas à concretização de direitos fundamentais, especialmente considerado o estado de coisas inconstitucional do sistema de custódia brasileiro. Precedente: recurso extraordinário nº 592.581, julgado no Pleno sob a sistemática da repercussão geral – Tema nº 220 –, relator o ministro Ricardo Lewandowski, acórdão publicado
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