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Monitoramento_prisional

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MONITORAMENTO
PRISIONAL
BIBLIOGRAFIA, LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA TEMÁTICA
junho 2021
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação
Coordenadoria de Biblioteca
MONITORAMENTO PRISIONAL
Bibliografia, Legislação e 
Jurisprudência Temática
junho de 2021
SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA 
Pedro Felipe de Oliveira Santos 
GABINETE DA PRESIDÊNCIA 
Patrícia Andrade Neves Pertence 
SECRETARIA DE ALTOS ESTUDOS, PESQUISAS E GESTÃO DA INFORMAÇÃO 
Alexandre Reis Siqueira Freire
COORDENADORIA DE BIBLIOTECA
Luiza Gallo Pestano
Aline Lima Matos
Amanda de Melo Gomes
Ana Carolina Novaes de Mendonça
Beatriz Guerra Aragão de Sousa
Célia de Sá Marques de Castro
Leiber Cipriano Pinheiro
Márcia Soares de Oliveira Vasconcelos
Solange de Oliveira Jacinto
COORDENADORIA DE DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO 
Thiago Gontijo Vieira 
Ana Valéria de Oliveira Teixeira 
Dirceu Moreira do Vale Filho 
Eliane Nestor da Silva Santos 
Flávia Trigueiro Mendes Patriota 
Paula Roberta Gonçalves de Carvalho Farcic 
Soraia de Almeida Miranda
COORDENAÇÃO EDITORIAL 
Alexandre Reis Siqueira Freire 
Ana Paula Alencar Oliveira 
Luiza Gallo Pestano 
Thiago Gontijo Vieira
REVISÃO DE PROVAS EDITORIAIS 
Juliana Silva Pereira de Souza 
Márcia Gutierrez Aben-Athar Bemerguy 
Rosa Cecilia Freire da Rocha
CAPA E DIAGRAMAÇÃO 
Gabriela Alves Coimbra
FOTO 
Natanaelginting/Freepik.com
A Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação, por 
meio da Coordenadoria de Biblioteca e da Coordenadoria de Difusão da 
Informação, elaborou a Bibliografia, Legislação e Jurisprudência Temática 
sobre o tema Monitoramento Prisional, com o objetivo de divulgar a dou-
trina existente nas bibliotecas cooperantes da Rede Virtual de Bibliotecas 
(RVBI), a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e a legislação 
sobre o assunto, como também apoiar os relevantes trabalhos realizados 
pelos Gabinetes dos Ministros, notadamente em relação à audiência pública 
para instrução e julgamento do Habeas Corpus 165.704/Distrito Federal.
A audiência pública é importante mecanismo de participação social, que 
possibilita aos ministros e ministras do Tribunal escutar opiniões e reflexões 
qualificadas de pessoas e entidades que, embora fora da relação processual 
formal, trabalham ou atuam diretamente com o tema em discussão. O STF 
realizou a primeira delas em 2007, ao julgar a constitucionalidade da Lei 
de Biossegurança (ADI 3.510, rel. min. Ayres Britto). 
Nesses quase quatorze anos, ocorreram mais de trinta audiências públicas, 
quando foram ouvidas manifestações de representantes de segmentos sociais, 
científicos, econômicos, filosóficos, culturais, entre outros, que subsidiaram 
julgamentos de grande relevo na agenda decisória da Corte. Essa inclusão 
de novas possibilidades de interpretações sobre uma controvérsia reflete a 
abertura do Tribunal à participação dos cidadãos brasileiros em contendas 
que, muitas vezes, tratam de casos que impactam o cotidiano da sociedade. 
As audiências públicas mais recentes aprimoraram suas estruturas a fim 
de proporcionar uma maior troca de argumentos e mais diálogo entre os 
participantes. É neste contexto de ampla oxigenação de ideias e pontos de 
vista que esta obra, disposta em quatro seções, foi idealizada.
Para a elaboração da pesquisa sobre o tema, foram utilizados os seguintes 
termos: 
APRESENTAÇÃO 
http://www.stf.jus.br/portal/audienciaPublica/audienciaPublica.asp?tipo=prevista
http://www.stf.jus.br/portal/audienciaPublica/audienciaPublica.asp?tipo=prevista
• Sistema Penitenciário, Estado de Coisas Inconstitucional;
• Sistema Penitenciário, Direitos e Garantias Individuais;
• População Carcerária, Violação dos Direitos Humanos;
• Política Penitenciária, Inconstitucionalidade por Omissão;
• Sistema Penitenciário, Políticas Públicas;
• Sistema Penitenciário, Habeas Corpus Coletivo;
• Sistema Penitenciário, Direito à Maternidade;
• Sistema Penitenciário, Direitos da Criança;
• Sistema Penitenciário, Direitos da Mulher.
Na segunda seção, a obra disponibiliza conteúdo jurisprudencial sobre as 
principais temáticas decididas pela Corte. O enfoque é apresentar precedentes 
recentes e atuais para auxiliar os atores da Justiça na compreensão de como 
a Suprema Corte e seus órgãos colegiados aplicam as regras constitucionais, 
processuais e regimentais relacionadas ao monitoramento prisional. Ademais, 
auxilia a pessoa em estado de restrição de liberdade a compreender melhor 
quais são seus direitos, seus deveres e suas garantias.
Para aprimorar a experiência de acesso dos leitores, o estudo jurisprudencial 
destaca as palavras e expressões relevantes para a pesquisa e está organizado 
em assuntos: (i) Estado de Coisas Inconstitucional; (ii) superlotação carcerária; 
(iii) substituição da prisão preventiva pela domiciliar para mães e gestantes 
presas; (iv) fundamentação da recusa da substituição da prisão preventiva 
pela domiciliar: crimes graves; (v) sistema penitenciário brasileiro diante da 
situação de pandemia mundial causada pela proliferação do coronavírus; e 
(vi) instrumentos para a ressocialização.
A seção jurisprudência nacional traz, ainda, a decisão proferida pela Segunda 
Turma do Tribunal que concedeu habeas corpus coletivo (HC 165.704/DF) 
para determinar a substituição da prisão cautelar pela domiciliar dos pais 
e responsáveis por crianças menores de 12 anos e pessoas com deficiência, 
desde que cumpridos os requisitos previstos no art. 318 do Código de Pro-
cesso Penal e outras condicionantes. 
Esta publicação compreende também pesquisa de jurisprudência internacio-
nal, com julgados sistematizados por altas Cortes e órgãos internacionais, 
traduzidos para a língua portuguesa, relacionados à temática da superlotação 
carcerária e das medidas alternativas à prisão, com o objetivo de mitigar violações 
generalizadas a direitos humanos e proteger pessoas privadas de liberdade, em 
resposta à pandemia do novo coronavírus. 
Além dos landmark cases da Corte Constitucional da Colômbia a respeito da dou-
trina do Estado de Coisas Inconstitucional, a pesquisa demonstra que as condições 
carcerárias e o tratamento indigno aos detentos são problemáticas que atingem não 
apenas a América Latina, mas também a Europa. A superlotação carcerária em 
estabelecimentos na França e em Portugal levou esses países a serem condenados, 
em 2020, pela violação à proibição de tratamento desumano ou degradante (art. 
3º da Convenção Europeia). 
Por fim, pode-se verificar, ainda, que a pandemia corroborou os esforços de equilibrar 
a capacidade populacional dos estabelecimentos prisionais. Em geral, atos norma-
tivos foram expedidos para disciplinar que as autoridades competentes avaliassem 
a possibilidade de decretar medidas cautelares alternativas à prisão, a exemplo do 
que ocorreu na Argentina, na Bélgica, no Chile e na Colômbia. Ocasionalmente, 
as Cortes Supremas ou Constitucionais desses países foram instadas a avaliar a 
constitucionalidade desses atos. Ao final, as informações complementares e as 
referências usadas nesta pesquisa poderão guiar o leitor, auxiliando-o a aprofundar 
o tema de interesse no âmbito de estudo do direito comparado. 
Para acesso à integra dos documentos da bibliografia e demais solicitações 
de pesquisa doutrinária, o interessado pode entrar em contato pelos e-mails 
biblioteca@stf.jus.br e doutrina@stf.jus.br. Os pedidos de pesquisas de jurispru-
dência nacional e internacional podem ser apresentados no seguinte endereço 
eletrônico: codi@stf.jus.br.
Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação
mailto:biblioteca%40stf.jus.br?subject=
mailto:doutrina%40stf.jus.br?subject=
mailto:codi@stf.jus.br
1 – Doutrina 8
2 – Legislação 25
3 – Jurisprudência Nacional 27
4 – Jurisprudência Internacional 99
SUMÁRIO
8< sumário
1 – DOUTRINA
1. ALMEIDA, Eloísa Machado de et al. Pela liberdade de mulheres e 
crianças: apontamentos sobre o Habeas Corpus Coletivo nº 143. 641. 
Boletim IBCCrim, São Paulo, v. 26,n. 306, p. 7-10, maio 2018. 
[1171143] CAM PGR STJ TJD STF
2. ALVES, Francisco Glauber Pessoa. A custosa questão carcerária 
brasileira e as inverdades convenientes = Brazilian problematic issue 
of its prison system and its convenient deceit. Revista dos Tribunais, 
São Paulo, v. 107, n. 987, p. 241-266, jan. 2018. Revista CEJ, Brasília, 
v. 21, n. 73, p. 75-84, set./dez. 2017. Revista da Emerj, Rio de Janeiro, 
v. 19, n. 4, p. 37-60, set./dez. 2017. Disponível em: https://www.emerj.
tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista19_n4/revista19_n4_37.
pdf. Acesso em: 27 maio 2021. [1115419] SEN CAM CLD PGR STJ 
STM TCD TST STF (DIG)
3. ANDRADE, Andressa Paula de. Atuação do Supremo Tribunal 
Federal na Lei 11.343 entre 2006 e 2016: leituras constitucionais: entre 
o proibicionismo e os direitos fundamentais. In: CARVALHO, Érika 
Mandes de; ÁVILA, Gustavo Noronha de (org.). 10 anos da Lei de 
Drogas: aspectos criminológicos, dogmáticos e político-criminais. Belo 
Horizonte: D’Plácido, 2016. p. 531-561. Conteúdo: Encarceramento 
galopante, sistema penitenciário em “Estado de Coisas Inconstitu-
cional” e possíveis rumos da Suprema Corte na descriminalização do 
porte de drogas para consumo pessoal: um trabalho inacabado e o RE 
nº 635.659. [1088242] PGR TJD 
4. AZEVEDO, Júlio Camargo de. Política carcerária: Corte Suprema 
de Justiça da Nação Argentina – caso “Verbitsky, Horacio s/ Habeas 
https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista19_n4/revista19_n4_37.pdf
https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista19_n4/revista19_n4_37.pdf
https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista19_n4/revista19_n4_37.pdf
9< sumário
Corpus” – julgamento em 03 de maio de 2005. In: GRINOVER, Ada 
Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da 
(coord.). O processo para solução de conflitos de interesse público. 
Salvador: JusPODIVM, 2017. p. 563-568. [1102098] TJD STF 
341.272 P963 PSC
5. BARBAGALO, Fernando Brandini; LOPES, João Felipe Mene-
zes. Prisão processual e execução penal: a evolução da jurisprudência 
do Supremo Tribunal Federal. In: FUX, Luiz; BODART, Bruno; 
MELLO, Fernando Pessôa da Silveira (coord.). A Constituição da 
República segundo ministros, juízes auxiliares e assessores do STF. 
Salvador: JusPODIVM, 2019. p. 173-189. Conteúdo: Prisão Cautelares 
e liberdade provisória. Situação carcerária no Brasil: o julgamento da 
Medida Cautelar na ADPF 347. [1147112] SEN MJU PGR TJD 
TST STF 341.24 C758 CRS
6. CAMPOS, Carlos Alexandre de Azevedo. Estado de Coisas Incons-
titucional. 2. ed. rev. atual. ampl. Salvador: JusPODIVM, 2019. 367 p. 
Conteúdo: Omissão inconstitucional: a visão tradicional da doutrina 
brasileira. A tutela deficiente de direitos fundamentais como omissão 
inconstitucional. Teorizando o Estado de Coisas Inconstitucional: 
fundamentos, pressupostos e as sentenças estruturais. Estado de Coisas 
Inconstitucional, ativismo judicial estrutural e diálogos institucionais. 
Uma agenda para o Supremo Tribunal Federal: o Estado de Coisas 
Inconstitucional relativo ao sistema carcerário. Sumário disponível 
em: http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/nova-
saquisicoes/2020/janeiro/1160872/sumario.pdf. Acesso em: 27 maio 
2021. [1160872] TJD STF 341.2 C198 ECI 2.ED.
7. CARMONA, Flávia Nunes de Carvalho Cavichioli. Fundo Peni-
tenciário Nacional: da promessa à realidade do Estado de Coisas 
Inconstitucional nas prisões brasileiras. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 
2019. 185 p. Originalmente apresentado como dissertação de mestrado, 
Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), sob o título: O Fundo 
Penitenciário Nacional como promessa de viabilidade de melhorias 
nas prisões: uma análise da declaração do Estado de Coisas Incons-
titucional e seu impacto no ciclo da política pública penitenciária 
http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2020/janeiro/1160872/sumario.pdf
http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2020/janeiro/1160872/sumario.pdf
10< sumário
brasileira, 2019. Conteúdo: Origem do Fundo Penitenciário Nacio-
nal: a promessa de viabilizar melhorias no sistema penitenciário. A 
realidade do Fundo Penitenciário Nacional: a falência do sistema 
penitenciário judicialmente atestada no reconhecimento do Estado 
de Coisas Inconstitucional. A (des)esperança no Fundo Penitenciário 
Nacional: impacto no ordenamento jurídico na política penitenciária 
após a ordem de descontingenciamento das verbas. [1154844] SEN 
STJ TJD STF 341.582 C287 FPN
8. CARVALHO NETO, Tarcisio Vieira de; REALE, Ingrid Neves. 
Algumas reflexões sobre a crise do Sistema Penitenciário Brasileiro. 
In: MORAES, Alexandre; MENDONÇA, André Luiz de Almeida. 
Democracia e sistema de justiça: obra em homenagem aos 10 anos do 
Ministro Dias Toffoli no Supremo Tribunal Federal. Belo Horizonte: 
Fórum, 2020. p. 633-657. [1170132] AGU SEN STJ TCD TJD STF 
341.234 D383 DSJ (DIG)
9. CHEVITARESE, Aléssia Barroso Lima Brito Campos; SANTOS, 
Ana Borges Coêlho; GRAÇA, Felipe Meneses. A efetividade do Estado 
de Coisas Inconstitucional em razão dos sistemas de monitoramento: 
uma análise comparativa entre Colômbia e Brasil = Effectiveness of the 
unconstitutional state of affairs in reason due to monitoring systems: a 
comparative analysis between Colombia and Brazil. Revista Brasileira 
de Políticas Públicas, Brasília, v. 9, n. 2, p. 217-230, 2019. Conteúdo: 
As falhas de efetividade do Estado de Coisas Inconstitucional nos casos 
relativos ao sistema prisional colombiano. A efetividade do Estado de 
Coisas Inconstitucional no caso do deslocamento forçado em razão 
dos sistemas de monitoramento desenvolvidos pela Corte Constitu-
cional da Colômbia. A análise do Estado de Coisas Inconstitucional 
na realidade brasileira a partir da ADPF 347. Disponível em: https://
www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6050. 
Acesso em: 27 maio 2021. [1175268] 
10. COSTA, Susana Henriques da; FERNANDES, Débora Chaves 
Martines. Processo coletivo e controle judicial de políticas públicas: 
relatório Brasil. In: GRINOVER, Ada Pelegrini; WATANABE, 
Kazuo; COSTA, Susana Henriques da (coord.). O processo para 
https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6050
https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6050
11< sumário
solução de conflitos de interesse público. Salvador: JusPODIVM, 
2017. p. 359-382. [1102098] TJD STF 341.272 P963 PSC
11. CRESPO, André Pereira; VARELLA, Marcelo Dias. A insuficiên-
cia das políticas públicas no sistema penitenciário para responder ao 
Estado de Coisas Inconstitucional: um problema comum a todos os 
poderes = The insuffiency of public policies in the penitenciary system 
to respond to the unconstitutional state of things: a commom pro-
blem to all the powers. Revista da Faculdade de Direito da UFG, 
Goiânia, v. 43, p. 1-24, 2019. Disponível em: https://revistas.ufg.br/
revfd/article/view/56883/34521. Acesso em: 27 maio 2021. [1172768] 
CLD STF (DIG)
12. CRUZ, Rogerio Schietti Machado. O julgamento da Medida Cau-
telar na ADPF nº 347 e a implementação das audiências de custódia 
no Brasil. In: FUX, Luiz (coord.); ARABI, Abhner Youssif Mota; 
MALUF, Fernando; ALVES, José Roberto de Castro (org.). Os gran-
des julgamentos do Supremo. Rio de Janeiro: GZ, 2020. p. 345-361. 
Conteúdo: Estado de Coisas Inconstitucional. Reconhecimento do 
Estado de Coisas Inconstitucional no julgamento na Medida Caute-
lar ajuizada no âmbito da ADPF 347 e determinação de realização e 
audiências de custódia: A Resolução nº 213 do CNJ. Finalidades da 
audiência de custódia. [1186770] PGR STJ STF 340.6 STF G752 GJS
13. DERBLI, Felipe. A ADPF 347 e as ações civis públicas sobre o sis-
tema penitenciário: desafios processuais de uma difícil conciliação. 
In: MENDES, Aluisio Gonçalves de Castro et al (coord.). O novo 
processo civil brasileiro: temas relevantes, estudos em homenagem 
ao professor, jurista e Ministro Luiz Fux. Rio de Janeiro: GZ, 2018.v. 1, p. 363-376. Conteúdo: A ADPF 347 e a Cautelar concedida: o 
Estado de Coisas Inconstitucional do sistema carcerário brasileiro. 
Considerações introdutórias: breves anotações sobre o conceito de 
Estado de Coisas inconstitucional. A Arguição de Descumprimento de 
Preceito Fundamental nº 347. O “varejo” das ações civis públicas sobre 
o sistema penitenciário, a preservação da competência e a autoridade 
da decisão do STF: a conciliação é possível? [1135193] STJ TJD STF 
341.46 N945 NOP (DIG)
https://revistas.ufg.br/revfd/article/view/56883/34521
https://revistas.ufg.br/revfd/article/view/56883/34521
12< sumário
14. DINATT, Stefania Fontella; QUADRADO, Jaqueline Carvalho. O 
direito das mulheres privadas de liberdade à convivência com os filhos 
= Right of women deprived of their liberty to live with their children. 
Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 26, n. 146, 
p. 695-724, ago. 2018. [1129927] SEN STJ STM TJD PGR STF
15. FARIA, Adriana Ancona de; ALMEIDA, Eloísa Machado de. Res-
ponsabilidade do Estado frente às condições de detenção: estudos de 
caso no STF = State responsability for cruel prison condition: Supreme 
Court case study. Revista de Direito Administrativo Contemporâneo, 
São Paulo, v. 4, n. 25, p. 141-159, jul./ago. 2016. Conteúdo: Condições 
de detenção, responsabilidade e Judiciário. Recurso Extraordinário 
580.252: caso de indenização por condições degradantes. Medida 
Cautelar da ADPF 347: Estado de Coisas Inconstitucional. [1081552] 
STJ STF (DIG)
16. FREITAS JUNIOR, Horival Marques de. Política carcerária: Suprema 
Corte dos EUA: caso Brown, Governor of California, et al. v. Plata 
et al. – julgamento em 23 de maio de 2011. In: GRINOVER, Ada 
Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da 
(coord.). O processo para solução de conflitos de interesse público. 
Salvador: JusPODIVM, 2017. p. 569-576. [1102098] TJD STF 341.272 
P963 PSC
17. GOMES, Abel Fernandes. Sistema penitenciário, Estado de Coisas 
Inconstitucional e ativismo judicial. In: CARVALHO, Thomaz Jeffer-
son; VERAS, Nathália Santos; AMORIM, Maria Carolina Cancella 
de (org.). Estudos hermenêuticos em homenagem ao Prof. Dr. Lenio 
Streck. Londrina: Thoth, 2019. p. 181-196. [1170078] STJ
18. GOMES, Jéssica Vitoriano; GERHARD, Daniel Cardoso. O Estado 
de Coisas Inconstitucional no sistema carcerário brasileiro: uma análise 
acerca da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
nº 347. In: BENTES, Dorinethe dos Santos; SEIXAS, Bernardo Silva 
de; GOMES, Sebastião Marcelice (org.). Temas contemporâneos 
de direito: uma contribuição à pesquisa da Universidade Federal do 
13< sumário
Amazonas. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017. v. 2, p. 59-78. [1132035] 
TCD TST (DIG)
19. GONÇALVES NETO, José Francisco. As cooperativas de mulheres e 
o cárcere: um pressuposto modelo de humanização do Sistema Peniten-
ciário Brasileiro. In: COSTA, Larissa Trindade; SILVA, Claudia Sayuri 
Shigekiyo Miranda; SILVA, Magno Israel Miranda (org.); ALVES 
JÚNIOR, Altamir et al. Direito, política e economia: atualidades e 
tendências. Lisboa: Assunto Sábio, 2019. p. 257-286. [1155648] SEN
20. GRINOVER, Ada Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana 
Henriques da (coord.). O processo para solução de conflitos de inte-
resse público. Salvador: JusPODIVM, 2017. 608 p. Sumário dispo-
nível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/
novasaquisicoes/2018/janeiro/1102098/sumario.pdf. Acesso em: 27 
maio 2021. [1102098] TJD STF 341.272 P963 PSC
21. GRINOVER, Ada Pellegríni. Caminhos e descaminhos do controle 
jurisdicional de políticas públicas no Brasil. In: GRINOVER, Ada 
Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da 
(coord.). O processo para solução de conflitos de interesse público. 
Salvador: JusPODIVM, 2017. p. 423-448. [1102098] TJD STF 
341.272 P963 PSC
22. GUEDES, Camila de Oliveira. O mínimo existencial, a reserva do 
possível e o Estado de Coisas Inconstitucional no Brasil: repercussões 
nos presídios brasileiros. In: SALES, Tainah Simoes; SILVA, Lucas 
Matos da; MARTINS, Luana Adélia Araújo (org.). Constituição e 
política no cenário de 2016: democracia, impeachment, STF e outras 
polêmicas. Curitiba: CRV, 2017. p. 129-164. [1108111] CAM STF 
341.2 C758 CPD (DIG)
23. GUIMARÃES, Graziely Rodrigues; FERREIRA, João Victor Bar-
bosa. Maternidade enclausurada: a prisão domiciliar como alternativa 
na jurisprudência do TJDFT = Maternity in prison: house arrest as an 
alternative to mothers serving time in the capital of Brazil. Revista dos 
Estudantes de Direito da Universidade de Brasília, Brasília, n. 17, 
http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2018/janeiro/1102098/sumario.pdf
http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2018/janeiro/1102098/sumario.pdf
14< sumário
p. 221-245. 2020. Conteúdo: Prisão, mulheres e maternidade: introdu-
ção ao campo. Mulheres, mães, filhas e avós: quem são elas? O Habeas 
Corpus Coletivo como forma de resguardar os direitos fundamentais 
da primeira infância, mulheres na subalternidade e a observância do 
precedente pelo TJDFT. Disponível em: https://periodicos.unb.br/
index.php/redunb/article/view/30807/26669. Acesso em: 26 maio 
2021. [1183476] STF (DIG)
24. GUIMARÃES, Mariana Rezende. O Estado de Coisas Inconstitu-
cional: a perspectiva de atuação do Supremo Tribunal Federal a partir 
da experiência da Corte Constitucional Colombiana na ADPF n. 347. 
Boletim Científico da Escola Superior do Ministério Público da 
União, Brasília, v. 16, n. 49, p. 79-111, jan./jun. 2017. [1114697] SEN 
CAM PGR STJ TJD TST STF (DIG)
25. KOSAK, Ana Paula; BARBOZA, Estefânia Maria de Queiroz. O 
papel do CNJ diante do reconhecimento do Estado de Coisas Incons-
titucional do sistema carcerário brasileiro na perspectiva do ativismo 
dialógico = Role of CNJ and the recognition of the unconstitutional 
state of affairs of the brazilian prison system in the perspective of 
dialogical activism. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, 
v. 10, n. 1, p. 175-194. 2020. Disponível em: https://www.publica-
coesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6518. Acesso em: 26 
maio 2021. [1176255] 
26. KOZICKI, Katya; VAN DER BROOCKE, Bianca Maruszczak 
Schneider. A ADPF 347 e o “Estado de Coisas Inconstitucional”: 
ativismo dialógico e democratização do controle de constitucionalidade 
no Brasil = ADPF 347 and the “unconstitucional state of affairs”: dia-
logic activism and democratization of the control of constitucionality 
in Brazil. Direito, Estado e Sociedade, Rio de Janeiro, n. 53, p. 147-
181, jul./dez. 2018. Disponível em: http://direitoestadosociedade.jur.
puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?infoid=383&sid=36. Acesso 
em: 27 maio 2021. [1144439] MJU STJ (DIG)
27. LELLIS, Carina. O STF e o sistema prisional brasileiro: a tutela de uma 
minoria invisível. In: SARAIVA, Renata et al (coord.). Ministro Luís 
https://periodicos.unb.br/index.php/redunb/article/view/30807/26669
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https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6518
https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/RBPP/article/view/6518
http://direitoestadosociedade.jur.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=383&sid=36
http://direitoestadosociedade.jur.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=383&sid=36
15< sumário
Roberto Barroso: 5 anos de Supremo Tribunal Federal: homenagem de 
seus assessores. Belo Horizonte: Fórum, 2018. p. 163-178. Conteúdo: 
Decisões do STF a respeito do sistema prisional. RE nº 592.581: 
possibilidade de o Poder Judiciário impor à Administração pública 
realização de obras em presídios. ADPF nº 347: o Estado de Coisas 
Inconstitucional do sistema prisional brasileiro. RE nº 580.252: o 
Estado tem o dever de indenizar os danos morais causados ao preso. 
RE nº 641.320/RS e Súmula Vinculante nº 56: o condenado não pode 
ser submetido a regime mais grave que o estabelecido na sentença. 
[1175376] SEN CAM STF341.4191 M665 MLR
28. LIMA, Renata Miranda; ALBUQUERQUE, Carolina de. O Estado 
de Coisas Inconstitucionais: caminhos adotados pelo judiciário brasi-
leiro = State of unconstitutional things: pathways adopted by brazilian 
judiciary. Direito em Debate, Ijuí, v. 28, n. 52, p. 236-250, jul./dez. 
2019. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/
revistadireitoemdebate/article/view/9004. Acesso em: 27 maio 2021. 
[1167560] 
29. LIMA, Renata Miranda; MEYER-PFLUG, Samantha Ribeiro. O 
Estado de Coisas Inconstitucionais e a superlotação do sistema carce-
rário brasileiro = State of unconstitutional things and the overcrowding 
of the brazilian prison system for an emancipation of the human being 
for its equal dignity and cultural. Inter: revista de direito internacio-
nal e direitos humanos da UFRJ, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 1-18, 
2019. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/inter/article/
view/25819/14773. Acesso em: 27 maio 2021. [1162259] 
30. LÓPES ESPINA, Antonia. Superlotação carcerária e respeito aos 
direitos fundamentais das pessoas privadas de liberdade. Brasí-
lia: Supremo Tribunal Federal, 2019. 33 f. Trabalho apresentado ao 
Programa Teixeira de Freitas: Programa de Cooperação Acadêmica 
na área jurídica entre os países do Mercosul. Disponível em: https://
bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/2292. Acesso em: 
27 maio 2021. [1104795]
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/revistadireitoemdebate/article/view/9004
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https://revistas.ufrj.br/index.php/inter/article/view/25819/14773
https://revistas.ufrj.br/index.php/inter/article/view/25819/14773
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/2292
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/2292
16< sumário
31. LOPES, Ana Maria D’Ávila; FREIRE, Cylviane Maria Cavalcante 
de Brito Pinheiro. O reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitu-
cional no Sistema Penitenciário Brasileiro: análise da decisão judicial 
da MC-APDF nº 347 a partir da teoria do transconstitucionalismo 
= Recognition of the unconstitutional state of affairs in the brazilian 
prison system: analysis of the judicial decision on MC-ADPF nº 347 
base on the transconstitutionalism theory. Direitos Fundamentais 
e Justiça, Belo Horizonte, v. 10, n. 35, p. 285-312, jul./dez. 2016. 
Conteúdo: O julgamento da Medida Cautelar na ADPF nº 347. Con-
tornos conceituais do Estado de Coisas Inconstitucional. O Sistema 
Penitenciário Brasileiro e os direitos humanos e fundamentais da 
pessoa presa. A aplicabilidade do transconstitucionalismo na decisão 
da MC-ADPF nº 347. [1124871] AGU STJ TST STF (DIG)
32. MACHADO, Érica Babini; MELO, Maria Adélia Gomes de. Meni-
nas mães/gestantes e a extensão do Habeas Corpus coletivo: ambi-
guidade de opressão de gênero. In: AUGUSTO, Cristiane Brandão; 
NICOLITT, André (org.). Violência de gênero: temas polêmicos e 
atuais. Belo Horizonte: D’Plácido, 2019. p. 67-86. Conteúdo: Cár-
cere x medida socioeducativa: a singularidade do gênero. A extensão 
do HC para adolescentes: do paternalismo judicial aos estereótipos de 
gênero. [1183675] TJD STF 341.55611 V795 VGT
33. MACHADO, Maíra Rocha. Quando o Estado de Coisas é incons-
titucional: sobre o lugar do Poder Judiciário no problema carcerário 
= When the state of affairs is unconstitutional: about the judiciary 
position in the incarceration problem. Revista de Investigações Cons-
titucionais, Curitiba, v. 7, n. 2, p. 631-664, maio/ago. 2020. Conteúdo: 
O problema carcerário no contexto latino-americano. As decisões na 
Colômbia e no Brasil. As fissuras no modelo cristalizado de separação 
de poderes. A repercussão no TJSP. Disponível em: https://revistas.
ufpr.br/rinc/article/view/60692/41975. Acesso em: 27 maio 2021. 
[1186186] STF (DIG)
34. MAGALHÃES, Breno Baía. O Estado de Coisas Inconstitucional 
na ADPF 347 e a sedução do direito: o impacto da Medida Cautelar 
e a resposta dos poderes políticos = State of unconstitutional affairs in 
https://revistas.ufpr.br/rinc/article/view/60692/41975
https://revistas.ufpr.br/rinc/article/view/60692/41975
17< sumário
the ADPF 347 and the Law’s allure: the impact of the interim order 
and the political powers’ responses. Revista Direito GV, São Paulo, 
v. 15, n. 3, maio/ago. 2019. [1179649] STJ STF (DIG)
35. MARGRAF, Alencar Frederico; MARGRAF, Priscila de Oliveira. 
Direitos humanos e Habeas Corpus Coletivo. In: LAZARI, Rafael de; 
NISHIYAMA, Adolfo Mamoru; PIOVESAN, Flávia (org.). Decla-
ração Universal dos Direitos Humanos: 70 anos. Belo Horizonte: 
D’Plácido, 2019. p. 445-465. [1146451] PGR TST STF 341.12191 
D295 DUS  
36. MARTINS, Fabio Luís Santos. Aplicação de penas alternativas para 
crimes não violentos como (re)legitimação punitiva frente ao Estado de 
Coisas Inconstitucional do sistema carcerário brasileiro. In: COSTA, 
Larissa Trindade; SILVA, Claudia Sayuri Shigekiyo Miranda; SILVA, 
Magno Israel Miranda (org.); ALVES JÚNIOR, Altamir et al. Direito, 
política e economia: atualidades e tendências. Lisboa: Assunto Sábio, 
2019. p. 167-188. [1155648] SEN
37. MATTOS, Xisto. Uma breve crítica ao sistema penal e carcerário 
brasileiro. Florianópolis: Tirant Lo Blanch, 2018. 172 p. Conteúdo: A 
real situação do sistema carcerário brasileiro. O cárcere como resultado 
das mazelas econômicas. A corrosão do sistema penal e a violação 
ao contrato social. O mínimo existencial e a responsabilidade do 
Estado. Uma sanção penal eficiente: afeto, amor e respeito às garan-
tias processuais. O Estado de Coisas Inconstitucional e sua aplicação 
pelo Supremo Tribunal Federal. O processo penal sob o olhar garan-
tista. O papel do legislador e sua precária contribuição social para o 
desencarceramento em massa. Sumário disponível em: http://www.
stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2019/
abril/1141069/sumario.pdf. Acesso em: 27 maio 2021. [1141069] CAM 
STF 341.582 M444 BCS
38. MENDES NETO, José Guimarães. Dialogicidade entre os poderes 
e o Estado de Coisas Inconstitucional: a postura ativista do Supremo 
Tribunal Federal na ADPF nº 347 como defesa da dignidade da pessoa 
humana. In: TEIXEIRA, Márcio Aleandro Correia; APOLIANO 
http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2019/abril/1141069/sumario.pdf
http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2019/abril/1141069/sumario.pdf
http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2019/abril/1141069/sumario.pdf
18< sumário
JÚNIOR, Ariston Chagas; LIMA, Marcelo de Carvalho (org.). Direi-
tos humanos e execução penal: estudos em homenagem ao Desem-
bargador José de Ribamar Froz Sobrinho. São Luís: EDUFMA, 2018. 
p. 559-591. Conteúdo: O caso brasileiro: a ADPF e o importante 
protagonismo do STF na defesa da dignidade da pessoa humana. 
[1133533] STJ STF 341.4352 D598 DHE (DIG)
39. MINGRONE, Mariana. Limites da individualização da pena e a 
importância do Habeas Corpus Coletivo para as mães encarceradas. 
Boletim IBCCrim, São Paulo, v. 26, n. 311, p. 17-19, out. 2018. 
[1135916] CAM PGR STJ TJD STF (DIG)
40. MOREIRA, Rômulo de Andrade. Uma vitória pírrica: o julgamento 
da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 347. ADV 
Advocacia Dinâmica: informativo, Rio de Janeiro, n. 37, p. 499-496, 
16 set. 2015. [1047625] CAM PGR STJ TJD STF (DIG)
41. NUNES, Victória de Oliveira; ROCHA, Cláudio Jannotti da. A 
pandemia da COVID-19 e o Estado de Coisas Inconstitucional do 
Sistema Penitenciário Brasileiro: a necessidade da remição ficta da pena 
como instrumento de fraternidade = COVID-19 pandemic and the 
unconstitutional state of things of the Brazilian penitentiary system: 
the need for the “fictional” remission of the penalty as an instrument 
of fraternity. Revista Magister de Direito Penal e Processual Penal, 
Porto Alegre, v. 17, n. 97, p. 80-104, ago./set. 2020. [1183290] SEN 
STJ STM STF
42. OLIVEIRA, João Rezende de Almeida; GONÇALVES,Vinicius 
Araújo; SANTOS, Júlio Edstron S. A aplicação da teoria do Estado 
de Coisas Inconstitucional no Brasil: um olhar sobre as possibilida-
des e dificuldades da utilização dessa teoria no ordenamento jurídico 
brasileiro = Application of the theory of the unconstitutional state of 
things in Brazil: a look into the possibilities and difficulties of the 
adoption of this theory by the brazilian legal system. Direitos Fun-
damentais e Justiça, Porto Alegre, v. 12, n. 38, p. 265-306, jan./jun. 
2018. Conteúdo: Violação de direitos e garantias fundamentais na 
ordem jurídica brasileira. A in(aplicabilidade) da declaração do Estado 
19< sumário
de Coisas Inconstitucional como instrumento para efetivação dos 
direitos e garantias fundamentais. [1126264] AGU STJ STF (DIG)
43. PEREIRA, Jane Reis Gonçalves; GONÇALVES, Gabriel Accioly. 
Inconstitucionalidade sistêmica e multidimensional: transformações 
no diagnóstico das violações à Constituição = Systemic and multidi-
mensional unconstitutionality: transformations in the diagnosis of 
constitutional violations. Juris Poiesis: revista do curso de direito da 
Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, v. 18, n. 18, p. 130-159, 
jan./dez. 2015. Revista da Emerj, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, t. 1, 
p. 272-314, set./dez. 2019. Disponível em: http://periodicos.estacio.
br/index.php/jurispoiesis/article/viewFile/1785/909. Acesso em: 27 
maio 2021. [1107286]
44. PÓVOA, Fábio  Penezi; CRUZ, Edson Júnior Silva da; 
PEDROSO,  Janari da Silva. O cuidado como direito humano: 
crianças e mães no cárcere. In: LAZARI, Rafael de; NISHIYAMA, 
Adolfo Mamoru; PIOVESAN, Flávia (org.). Declaração Univer-
sal dos Direitos Humanos: 70 anos. Belo Horizonte: D’Plácido, 
2019. p. 389-410. [1146451] PGR TST STF 341.12191 D295 DUS  
45. RAVAGNANI, Christopher Abreu; ITO, Josielly Lima; NEVES, 
Bruno Humberto. Maternidade e prisão: pesquisa empírica no TJSP 
após o HC Coletivo 143.641 do STF = Motherhood and prison: 
empirical research in the TJSP after the Collective HC 143,641 of 
the Supreme Court. Revista Eletrônica de Direito Penal & Política 
Criminal: UFRGS, Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 129-145, 2019. Dis-
ponível em: https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=https://seer.
ufrgs.br/redppc/article/viewFile/96353/55494. Acesso em: 27 maio 
2021. [1185045] 
46. REFOSCO, Helena Campos; WURSTER, Tani Maria. Prisão domi-
ciliar para gestantes e mães com filhos menores de 12 anos: Habeas 
Corpus Coletivo e individuais na jurisprudência recente no Supremo 
Tribunal Federal. In: LACERDA, Gustavo Mascarenhas et al (org.); 
LEAL, Adisson et al. Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal. 
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2019. p. 343-375. Conteúdo: Análise 
http://periodicos.estacio.br/index.php/jurispoiesis/article/viewFile/1785/909
http://periodicos.estacio.br/index.php/jurispoiesis/article/viewFile/1785/909
https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=https://seer.ufrgs.br/redppc/article/viewFile/96353/55494
https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=https://seer.ufrgs.br/redppc/article/viewFile/96353/55494
20< sumário
do aprisionamento feminino sob uma perspectiva de gênero. Normas 
definidoras de um tratamento específico para o aprisionamento femi-
nino. Análise dos fundamentos do Habeas Corpus Coletivo 143.641/
SP. Análise dos fundamentos dos Habeas Corpus concedidos pelo STF 
em 2018. [1172632] SEN TJD STF 341.2741 H113 HCS
47. RIBEIRO, Rodrigo de Oliveira. O Estado de Coisas Inconstitucio-
nal e a execução antecipada da pena. Boletim IBCCrim, São Paulo, 
v. 24, n. 288, p. 15-17, nov. 2016. [1080629] CAM PGR STJ TJD 
STF (DIG)
48. ROSENDA, Kamila Rodrigues. A declaração de Estado de Coisas 
Inconstitucional na ADPF 347 e o princípio da separação de poderes 
= Unconstitutional state of affairs in ADPF 347 and the separation 
of powers model. Juris Plenum, Caxias do Sul, v. 13, n. 77, p. 115-
134, set. 2017. Conteúdo: Análise da ADPF 347 e seu impacto na 
preservação da independência e harmonia dos poderes: conceito e breve 
histórico do Estado de Coisas Inconstitucional (ECI). Pressupostos de 
configuração do ECI. ADPF 347. A separação de poderes e o ativismo 
judicial. [1107183] SEN STJ TJD STF (DIG)
49. SÁNCHEZ, Alexandra et al. Pela liberdade: a história do Habeas 
Corpus Coletivo para mães e crianças. São Paulo: Instituto Alana, 2019. 
213 p. Disponível em: https://prioridadeabsoluta.org.br/wp-content/
uploads/2019/05/pela_liberdade.pdf. Acesso em: 27 maio 2021. 
[1150561] STF 341.5914 P381 PLH
50. SANTOS, Cristiane Farias Rodrigues dos. Política pública e poder 
judiciário: segurança pública, orçamento e administração penitenciária. 
In: CONTI, José Maurício. Poder judiciário: políticas públicas: volume 
II. São Paulo: Almedina, 2018. p. 537-577. In: CID, José Manuel 
Almudí; VITORIA Ignacio García (org.); REMOR, Adriano Rodri-
gues et al. Direito e justiça: número VII, estudos contemporâneos. Rio 
de Janeiro: Lumen juris, 2018. v. 7, p. 181-215. Conteúdo: A legitimação 
do poder judiciário na análise, controle e correção de políticas públicas 
e a supremacia da Constituição. Arguição de Descumprimento de 
Preceito Fundamental: Estado de Coisas Inconstitucional e ativismo 
judicial. [1141310] PGR STJ TCD STF 341.256 P742 PJO (DIG)
https://prioridadeabsoluta.org.br/wp-content/uploads/2019/05/pela_liberdade.pdf
https://prioridadeabsoluta.org.br/wp-content/uploads/2019/05/pela_liberdade.pdf
21< sumário
51. SANTOS, Fernando Nascimento dos. Direito penal criptografado: a 
humanidade das penas e Estado de Coisas Inconstitucional do sistema 
carcerário brasileiro = Encrypted criminal law: the humanity of punish-
ment and the unconstitutional state of affairs of the brazilian prision 
system. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 106, n. 981, p. 213-238, 
jul. 2017. [1103618] SEN PGR STJ STM TCD TJD TST STF
52. SANTOS, Helena Maria Pereira dos et al. Estado de Coisas Inconsti-
tucional: um estudo sobre os casos colombiano e brasileiro = Uncons-
titutional State of Affairs: a study of colombian and brazilian cases. 
Revista Quaestio Iuris, Rio de Janeiro, v. 8, n. 4, p. 2596-2612, 
2015. Disponível em: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/
quaestioiuris/article/view/20941. Acesso em: 27 maio 2021. [1089378]
53. SANTOS, Marcel Ferreira dos; ÁVILA, Gustavo Noronha de. Encar-
ceramento em massa e estado de exceção: o julgamento da Ação de 
Descumprimento de Preceito Fundamental 347 = Mass incarceration 
and the state of exception: the Action of Infringement of Fundamental 
Precept 347. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, 
v. 25, n. 136, p. 267-291, out. 2017. [1111693] SEN PGR STJ STM 
TJD STF (DIG)
54. SILVA, Alexandre Vitorino. Estado de Coisas Inconstitucional e 
processo estrutural. 1. ed. Brasília: Gazeta Jurídica, 2020. 310 p. Ori-
ginalmente apresentado como tese de doutorado, Universidade de São 
Paulo, 2018. Conteúdo: O desenvolvimento da litigância estrutural e 
do controle de omissões administrativas persistentes no direito compa-
rado: A litigância estrutural nos EUA, o movimento dos direitos civis 
e os casos de reforma prisional: o juiz constitucional como arquiteto 
da igualdade política. A litigância estrutural e sua disseminação no 
globo sul. O Estado de Coisas Inconstitucional. Uma alternativa 
para o controle de políticas públicas no Brasil? Um problema posto 
pela ADPF 347. A proposta da tutela coletiva estrutural e o Estado 
de Coisas Inconstitucional nas lides coletivas. Um caminho alterna-
tivo para a litigância estrutural no Brasil. Sumário disponível em: 
https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/147717. Acesso em: 27 maio 
2021. [1174503] STJ STF 341.202 S586 ECI
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/quaestioiuris/article/view/20941
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/quaestioiuris/article/view/20941
https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/147717
22< sumário
55. SILVA, Marcos Rolim da. Política carcerária: Supremo Tribunal 
Federal: ADPF nº 347 MC/DF – julgamento em 09 de setembro 
de 2015.In: GRINOVER, Ada Pelegrini; WATANABE, Kazuo; 
COSTA, Susana Henriques da (coord.). O processo para solução de 
conflitos de interesse público. Salvador: JusPODIVM, 2017. p. 585-
592. [1102098] TJD STF 341.272 P963 PSC
56. SILVA, Maria Cristiane da; ALBERTON, Mario Henrique. Sistema 
carcerário brasileiro: o Estado de Coisas Inconstitucional face à respon-
sabilidade do Estado em relação à ressocialização do apenado. Actio: 
revista de estudos jurídicos, Maringá, v. 1, n. 29, p. 103-123, jan./
jun. 2019. Disponível em: http://www.actiorevista.com.br/index.php/
actiorevista/article/view/134/123. Acesso em: 27 maio 2021. [1165050]
57. SILVA, Virgílio Afonso da. O judiciário e as políticas públicas: entre 
transformação social e obstáculo à realização dos direitos sociais. In: 
GRINOVER, Ada Pelegrini; WATANABE, Kazuo; COSTA, Susana 
Henriques da (coord.). O processo para solução de conflitos de inte-
resse público. Salvador: JusPODIVM, 2017. p. 383-396. [1102098] 
TJD STF 341.272 P963 PSC
58. SILVEIRA, Alexandre Coutinho da; SILVA, Cláudia Fernanda 
Souza de Carvalho Becker. A Arguição de Descumprimento de Pre-
ceito Fundamental nº 347 e o aparente reconhecimento do Estado de 
Coisas Inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal = Argumen-
tación de Incumplimiento de Precepto Fundamental número 347 y el 
aparente reconocimiento del Estado de Cosas Inconstitucional por el 
Tribunal Supremo Federal brasileño. Revista Brasileira de Estudos 
Constitucionais, Belo Horizonte, v. 11, n. 39, p. 25-40, set./dez. 2017. 
[1127196] AGU STF (DIG)
59. SILVEIRA, Ricardo Geraldo Rezende. Política carcerária: Corte 
Suprema de Justiça da Colômbia – Acción de Tutela 58729 – julgamento 
em 27 de março de 2012. In: GRINOVER, Ada Pelegrini; WATA-
NABE, Kazuo; COSTA, Susana Henriques da (coord.). O processo 
para solução de conflitos de interesse público. Salvador: JusPODIVM, 
2017. p. 577-584. [1102098] TJD STF 341.272 P963 PSC
http://www.actiorevista.com.br/index.php/actiorevista/article/view/134/123
http://www.actiorevista.com.br/index.php/actiorevista/article/view/134/123
23< sumário
60. SOUZA, Marcio Scarpim de. Estado de Coisas Inconstitucional: 
da experiência colombiana à aplicação pelo STF na ADPF 347 = 
Unconstitutional State of Affairs: from colombian experience to appli-
cation by the STF in ADPF 347. Revista de Direito Constitucional 
e Internacional, São Paulo, v. 27, n. 111, p. 117-147, jan./fev. 2019. 
[1154776] SEN PGR STJ TJD STF (DIG)
61. STRECK, Lenio Luiz. 30 anos da CF em 30 julgamentos: uma 
radiografia do STF. Rio de Janeiro: Forense, 2018. 335 p. Conteúdo: 
ADPF 347: questão prisional, Estado de Coisas Inconstitucional e 
Habeas Corpus Coletivo 143641. Sumário disponível em: http://www.
stf.jus.br/arquivo/biblioteca/capassumarios/novasaquisicoes/2018/
setembro/1127502/sumario.pdf. Acesso em: 27 maio 2021. [1127502] 
SEN TCD TJD STF 341.2 S914 TAC
62. TAQUARY, Eneida Orbage de Britto. O “Estado de Coisas Incons-
titucional” e sua aplicabilidade no sistema prisional brasileiro. In: 
FERREIRA, Antonio Oneildo; CORRÊA, Rossini (org.). Artigos 
em homenagem ao centenário do curso de direito da Universidade 
Federal do Maranhã – UFMA. Brasília: OAB, Conselho Federal, 
2018. p. 251-276. Conteúdo: Precedentes constitucionais da corte 
constitucional da Colômbia sobre o Estado de Coisas Inconstitucional. 
O sistema normativo de execução penal no Brasil. [1149910] CLD 
63. TOFFOLI, José Antonio Dias. Políticas judiciárias para o sistema 
prisional brasileiro. In: FRÓZ SOBRINHO, José de Ribamar et al 
(coord.). Direitos humanos e fraternidade: estudos em homenagem 
ao Ministro Reynaldo Soares da Fonseca. São Luís: Esman; Edufma, 
2021. v. 1, p. 61-76. Conteúdo: Superlotação carcerária e violação 
dos direitos humanos. O protagonismo do Conselho Nacional de 
Justiça no enfrentamento do problema. Disponível em: https://www.
edufma.ufma.br/wp-content/uploads/woocommerce_uploads/2021/03/
direitos-humanos-1-e-fraternidade-volume-1-2021.pdf. Acesso em: 
27 maio 2021. [1192921]
64. TORRES, Natalia Faccin Duarte; ALMEIDA, Marco Antonio 
Delfino de. Habeas Corpus 143.641 e os problemas do encarceramento 
http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/capassumarios/novasaquisicoes/2018/setembro/1127502/sumario.pdf
http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/capassumarios/novasaquisicoes/2018/setembro/1127502/sumario.pdf
http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/capassumarios/novasaquisicoes/2018/setembro/1127502/sumario.pdf
https://www.edufma.ufma.br/wp-content/uploads/woocommerce_uploads/2021/03/DIREITOS-HUMANOS-1-E-FRATERNIDADE-VOLUME-1-2021.pdf
https://www.edufma.ufma.br/wp-content/uploads/woocommerce_uploads/2021/03/DIREITOS-HUMANOS-1-E-FRATERNIDADE-VOLUME-1-2021.pdf
https://www.edufma.ufma.br/wp-content/uploads/woocommerce_uploads/2021/03/DIREITOS-HUMANOS-1-E-FRATERNIDADE-VOLUME-1-2021.pdf
24< sumário
feminino no Brasil. Gênero: revista do Núcleo Transdisciplinar de 
Estudos de Gênero – NUTEG, Niterói, v. 20, n. 1, p. 171-193, 2019. 
Conteúdo: “O presente trabalho busca analisar quais foram os funda-
mentos jurídicos do Habeas Corpus Coletivo 143.641, concedido pelo 
STF, que abordou o caso Alyne Pimentel, considerada a primeira e 
única denúncia acolhida pelo Comitê para a Eliminação de Todas as 
Formas de Discriminação Contra a Mulher (CEDAW) e que respon-
sabilizou o Brasil por uma morte materna evitável. Trata, ainda, dos 
problemas do encarceramento feminino no Brasil, demonstrando um 
pouco da realidade deplorável vivenciada por milhares de mulheres, e 
até mesmo por seus filhos, e a dificuldade que é a gravidez no cárcere, 
além de fazer uma análise da efetiva implementação do Habeas Corpus 
em questão”. Disponível em: https://periodicos.uff.br/revistagenero/
article/view/38497/22070. Acesso em: 27 maio 2021. [1187715]
65. VILA-NOVA, Daniel Augusto Diniz. ADPF nº 347-DF: Estado de 
Coisas Inconstitucionais e sistema penitenciário: critérios (normativos 
e institucionais) e a proteção judicial efetiva em sede de ADPF. In: 
FUX, Luiz. Jurisdição constitucional II: cidadania e direitos fun-
damentais. Belo Horizonte: Fórum, 2017. v. 2, p. 111-117. [1108512] 
TCD TJD STF 341.2563 J95 JDD (DIG)
https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/38497/22070
https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/38497/22070
25< sumário
1. BRASIL. [Constituição [(1988)]. Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, 
DF, ano 126, n.1, p. 1, 5 out. 1988. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso 
em: 27 maio 2021.
2. BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código 
Penal. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 2391, 31 
dez. 1940. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto-lei/del2848.htm. Acesso em: 27 maio 2021.
3. BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código 
de Processo Penal. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 
p. 19699, 13 out. 1941. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm. Acesso em: 27 maio 2021. 
4. BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de 
Execução Penal. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 
p. 10227, 13 jul. 1984. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 27 maio 2021.
5. BRASIL. Resolução nº 14, de 11 de novembro de 1994. Resolve 
fixar as Regras Mínimas para o Tratamento do Preso no Brasil. 
Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 18352, 12 dez. 
1994. Disponível em: http://www.crpsp.org.br/interjustica/pdfs/
regras-minimas-para-tratamento-dos-presos-no-brasil.pdf. Acesso 
em: 24 maio 2021.
2 – LEGISLAÇÃO
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm
http://www.crpsp.org.br/interjustica/pdfs/regras-minimas-para-tratamento-dos-presos-no-brasil.pdf
http://www.crpsp.org.br/interjustica/pdfs/regras-minimas-para-tratamento-dos-presos-no-brasil.pdf
26< sumário
6. BRASIL. Lei nº 12.962, de 8 de abril de 2014. Altera a Lei nº 8.069, 
de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente, para 
assegurar a convivência da criança e do adolescente com os pais 
privados de liberdade. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, 
DF, p. 1, 9 abr. 2014. Disponível em:  https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12962.htm. Acesso em: 27 
maio 2021.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12962.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12962.htm
27< sumário
3 – JURISPRUDÊNCIA NACIONAL
3.1 Estado de Coisas Inconstitucional (ECI) do sistema peni-
tenciário brasileiro
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. 
IMPETRAÇÃO FORMULADA CONTRA DECISÃO MONOCRÁ-
TICA DE MINISTRO RELATOR DO SUPERIOR TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PACIENTE MÃE 
DE FILHA MENOR DE 12 ANOS DE IDADE E GRÁVIDA COM 
4 MESES DE GESTÃO. PRISÃO DOMICILIAR COM FUNDA-
MENTO NO ART. 318 DO CPP. APLICAÇÃO DO ENTENDI-
MENTO FIRMADO NO JULGAMENTO DO HC COLETIVO 
143.641/SP. ORDEM CONCEDIDA, DE OFÍCIO. AGRAVO REGI-
MENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I – A acusação não 
diz respeito a crime praticado mediante violência ou grave ameaça, nem 
contra os descendentes, e não estão presentes circunstâncias excepcionais 
que justificariam a denegação da ordem ou mesmo que recomendariam 
cautela. II – Apesar de as instâncias antecedentes aludirem à reiteração 
criminosa da paciente, esse aspecto, por si só, não pode ser óbice à conces-
são da prisão domiciliar. III – Quando o Estatuto da Primeira Infância 
deixou de ressalvar a hipótese de reincidência para a concessão da prisão 
domiciliar, fê-lo conscientemente, não havendo razões para que o jul-
gador, num quadro de “Estado de Coisas Inconstitucional” do sistema 
penitenciário nacional, já reconhecido como tal pelo Supremo Tribu-
nal Federal, estenda as hipóteses de denegação também para o caso de 
mulheres reincidentes. IV – Os motivos que levaram ao indeferimento da 
prisão domiciliar à paciente destoam das diretivas constantes do Habeas 
Corpus coletivo 143.641/SP. V – Habeas corpus não conhecido, mas ordem 
concedida, de ofício, para determinar a substituição da prisão preventiva 
28< sumário
pela domiciliar, ressalvando-se a possibilidade de aplicação concomitante 
das cautelares alternativas previstas no art. 319 do CPP, bem como das 
demais diretrizes contidas no supra referido HC 143.641/SP. VI – Agravo 
regimental a que se nega provimento.
[HC 197.035 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 15-3-2021, 
2ª T, DJE de 9-4-2021.]
EMENTA: REFERENDO DE MEDIDA CAUTELAR EM 
HABEAS CORPUS COLETIVO. PANDEMIA MUNDIAL. COVID-19. 
GRUPO DE RISCO. SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA. CRIMES 
COMETIDOS SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA À PESSOA. 
RECOMENDAÇÕES DE ORGANISMOS INTERNACIONAIS. 
RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. EXPE-
RIÊNCIA INTERNACIONAL. SISTEMA PRISIONAL BRASI-
LEIRO. ESTADO DE COISA INCONSTITUCIONAL. APDF 347 
MC. PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. PERICULUM 
IN MORA. ANÁLISE INDIVIDUAL DAS SITUAÇÕES CONCRE-
TAS PELO JUÍZO COMPETENTE. CONCESSÃO EM PARTE 
DA MEDIDA CAUTELAR. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal admite a impetração de habeas corpus coletivo para discutir preten-
sões de natureza individual homogênea. 2. A Organização Mundial da 
Saúde – OMS, em 11 de março de 2020, declarou a epidemia de Covid-19, 
doença causada pelo novo coronavírus – Sars-Cov-2, como emergência em 
saúde pública de importância internacional. 3. A Organização das Nações 
Unidas – ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH, 
ante o perigo de propagação da Covid-19 em estabelecimentos prisionais e 
os efeitos dessa contaminação generalizada para a saúde pública em geral, 
recomendaram aos países que, sem o comprometimento da segurança pública, 
adotassem medidas para reduzir o número de novas entradas nos presídios 
e para antecipar a libertação de determinadas grupos de preso, dentre eles, 
aqueles com maior risco para a doença. 5. A adoção de medidas preventivas 
à infecção e à propagação do novo coronavírus em estabelecimentos prisio-
nais foi trilhada por diversos países do mundo como os Estados Unidos da 
América, o Reino Unido e Portugal. 6. No Brasil, o Conselho Nacional de 
Justiça recomendou aos magistrados e aos Tribunais do País a adoção de 
medidas com vista à redução dos riscos epidemiológicos. Recomendação 
n. 62/2020 do CNJ. 7. A Constituição da Federal e a Lei de Execuções 
29< sumário
Penais asseguram a saúde como direito das pessoas privadas de liberdade, 
ao mesmo tempo que colocam a assistência à saúde do detento como dever 
do poder público (art. 196 da Constituição Federal; arts. 10; 11, II; 14; 41, 
todos da Lei de Execução Penal). 8. O Supremo Tribunal Federal reco-
nheceu o “estado de coisas inconstitucional” do sistema penitenciário 
nacional, dado que presente um “quadro de violação massiva e persistente 
de direitos fundamentais” das pessoas recolhidas ao cárcere decorrente 
de falhas estruturais e de políticas públicas (ADPF 347 MC, rel. min. 
Marco Aurélio, Tribunal Pleno, julgado em 9-9-2015). 9. Os dados trazidos 
aos autos pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema 
Carcerário do Conselho Nacional de Justiça – DMF/CNJ demonstram que 
o novo coronavírus representa maior risco para a população prisional do que 
para a população em geral. 10. O perigo de lesão à saúde e à integridade 
física do preso é agravado quando se consideram presídios com ocupação 
acima da capacidade física e detentos pertencentes a grupo de risco para a 
Covid-19. 11. O risco à segurança pública, por sua vez, é reduzido quando se 
contemplam com as medidas alternativas ao cárcere somente àqueles detidos 
por crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. Juízo de pro-
porcionalidade. Exclusão dos crimes listados no art. 5º-A da Recomendação 
do CNJ n. 62/2020 (incluído pela Recomendação n. 78/2020). Dispositivos 
constitucionais e normas convencionais assumidas pelo Brasil. 12. A aferi-
ção da presença dos requisitos para a concessão das medidas alternativas ao 
cárcere deve ser feita pelo Juízo de origem em processo específico no qual se 
assegurem o contraditório e a ampla defesa. Necessidade de comprovação e 
de análise da realidade sanitária do estabelecimento prisional. Precedentes 
do STF. 13. Plausibilidade jurídica do pedido e perigo da demora configu-
rados. Medida cautelar deferida em parte.
[HC 188.820 MC-Ref, rel. min. Edson Fachin, j. 24-2-2021, 2ª T, 
DJE de 24-3-2021.]
EMENTA: “HABEAS CORPUS” COLETIVO – O CASO EM 
JULGAMENTO – A QUESTÃO DO “HABEAS CORPUS” COLE-
TIVO COMO INSTRUMENTO CONSTITUCIONAL DE DEFESA 
DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS – O SISTEMA 
PENITENCIÁRIO BRASILEIRO: EXPRESSÃO VISÍVEL (E 
LAMENTÁVEL) DE UM ANÔMALO “ESTADO DE COISAS 
INCONSTITUCIONAL” – DEMOCRACIA CONSTITUCIONAL, 
30< sumário
PROTEÇÃO DOS GRUPOS VULNERÁVEIS (INTEGRADOS, 
NO CASO, POR PESSOAS QUE COMPÕEM O UNIVERSO 
PENITENCIÁRIO) E FUNÇÃO CONTRAMAJORITÁRIA DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO EXERCÍCIO DE SUA 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL  – LEGITIMIDADE DO 
CONTROLE JURISDICIONAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, 
INCLUSIVE EM MATÉRIA PENITENCIÁRIA, E A RESERVA 
DO POSSÍVEL – ESCASSEZ DE RECURSOS E A QUESTÃO 
DAS “ESCOLHAS TRÁGICAS”: UM DILEMA QUE SE RESOLVE 
PELA PREPONDERÂNCIA DO “MÍNIMO EXISTENCIAL” – O 
DIREITO À SAÍDA DA CELA POR 02 (DUAS) HORAS DIÁRIAS 
PARA BANHO DE SOL COMO PRERROGATIVA INAFASTÁVEL 
DE TODOS AQUELES QUE COMPÕEM O UNIVERSO PENI-
TENCIÁRIO BRASILEIRO, MESMO EM FAVOR DAQUELES 
SUJEITOS AO REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (LEP, 
ART. 52, IV)– CONCLUSÃO: “HABEAS CORPUS” CONCEDIDO 
DE OFÍCIO E ESTENDIDO PARA TODO O PAÍS. – A jurisprudência 
da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no sentido 
de possibilitar a impetração de “habeas corpus” coletivo, notadamente nos 
casos em que se busca a tutela jurisdicional coletiva de direitos individuais 
homogêneos, sendo irrelevante, para esse efeito, a circunstância de inexistir 
previsão constitucional a respeito. Precedentes. – Há, lamentavelmente, 
no Brasil, no plano do sistema penitenciário nacional, um claro, indis-
farçável e anômalo “estado de coisas inconstitucional” resultante da 
omissão do Poder Público em implementar medidas eficazes de ordem 
estrutural que neutralizem a situação de absurda patologia constitucional 
gerada, incompreensivelmente, pela inércia do Estado, que descumpre 
a Constituição Federal, que ofende a Lei de Execução Penal, que vul-
nera a essencial dignidade dos sentenciados e dos custodiados em geral, 
que fere o sentimento de decência dos cidadãos desta República e que 
desrespeita as convenções internacionais de direitos humanos (como 
o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, a Convenção 
contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou 
Degradantes, a Convenção Americana de Direitos Humanos e as Regras 
Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Reclusos – “Regras de 
Nelson Mandela” –, entre outros relevantes documentos internacionais). – O 
Estado brasileiro, agindo com absoluta indiferença em relação à gravidade 
da questão penitenciária, tem permitido, em razão de sua própria inércia, 
31< sumário
que se transgrida o direito básico do sentenciado de receber tratamento 
penitenciário justo e adequado, vale dizer, tratamento que não implique 
exposição do condenado (ou do preso provisório) a meios cruéis, lesivos 
ou moralmente degradantes (CF, art. 5º, incisos XLVII, “e”, e XLIX), 
fazendo-se respeitar, desse modo, um dos mais expressivos fundamentos 
que dão suporte ao Estado Democrático de Direito: a dignidade da pessoa 
humana (CF, art. 1º, III). – Constitui verdadeiro paradoxo reconhecer-se, 
de um lado, o “direito à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho 
de sol” (LEP, art. 52, IV), em favor de quem se acha submetido, por razões 
de “subversão da ordem ou disciplina internas” no âmbito penitenciário, 
ao rigorosíssimo regime disciplinar diferenciado (RDD) instituído pela 
Lei nº 10.792/2003, e negar, de outro, o exercício de igual prerrogativa de 
ordem jurídica a quem se acha recolhido a pavilhões destinados à execução 
de medidas disciplinares ordinárias (“Pavilhão Disciplinar”) e à proteção 
de detentos ameaçados (“Pavilhão de Seguro”), tal como ora denunciado, 
com apoio em consistentes alegações, pela douta Defensoria Pública do 
Estado de São Paulo. – A cláusula da reserva do possível é ordinariamente 
invocável naquelas hipóteses em que se impõe ao Poder Público o exercício 
de verdadeiras “escolhas trágicas”, em contexto revelador de situação de 
antagonismo entre direitos básicos e insuficiências estatais financeiras. A 
decisão governamental, presente essa relação dilemática, há de conferir pre-
cedência à intangibilidade do “mínimo existencial”, em ordem a atribuir real 
efetividade aos direitos positivados na própria Lei Fundamental da República 
e aos valores consagrados nas diversas convenções internacionais de direitos 
humanos. A cláusula da reserva do possível, por isso mesmo, é inoponível 
à concretização do “mínimo existencial”, em face da preponderância dos 
valores e direitos que nele encontram seu fundamento legitimador.
[HC 172.136, rel. min. Celso de Mello, j. 10-10-2020, 2ª T, DJE de 
1º-12-2020.]
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AÇÃO CIVIL 
PÚBLICA – POLÍTICAS PÚBLICAS – JUDICIÁRIO – INTERVEN-
ÇÃO – EXCEPCIONALIDADE. Ante excepcionalidade, verificada 
pelas instâncias ordinárias a partir do exame de quadro fático, é pos-
sível a intervenção do Judiciário na implantação de políticas públicas 
direcionadas à concretização de direitos fundamentais, especialmente 
considerado o estado de coisas inconstitucional do sistema de custódia 
32< sumário
brasileiro. Precedente: recurso extraordinário nº 592.581, julgado no Pleno 
sob a sistemática da repercussão geral – Tema nº 220 –, relator o ministro 
Ricardo Lewandowski, acórdão publicado no Diário da Justiça de 1º de 
fevereiro de 2016.
[ARE 1.192.016 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 17-9-2019, 1ª T, 
DJE de 6-11-2019.]
EMENTA: HABEAS CORPUS COLETIVO. ADMISSIBILIDADE. 
DOUTRINA BRASILEIRA DO HABEAS CORPUS. MÁXIMA EFE-
TIVIDADE DO WRIT. MÃES E GESTANTES PRESAS. RELA-
ÇÕES SOCIAIS MASSIFICADAS E BUROCRATIZADAS. GRUPOS 
SOCIAIS VULNERÁVEIS. ACESSO À JUSTIÇA. FACILITAÇÃO. 
EMPREGO DE REMÉDIOS PROCESSUAIS ADEQUADOS. 
LEGITIMIDADE ATIVA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DA LEI 
13.300/2016. MULHERES GRÁVIDAS OU COM CRIANÇAS SOB 
SUA GUARDA. PRISÕES PREVENTIVAS CUMPRIDAS EM CON-
DIÇÕES DEGRADANTES. INADMISSIBILIDADE. PRIVAÇÃO DE 
CUIDADOS MÉDICOS PRÉ-NATAL E PÓS-PARTO. FALTA DE 
BERÇÁRIOS E CRECHES. ADPF 347 MC/DF. SISTEMA PRISIO-
NAL BRASILEIRO. ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIO-
NAL. CULTURA DO ENCARCERAMENTO. NECESSIDADE 
DE SUPERAÇÃO. DETENÇÕES CAUTELARES DECRETA-
DAS DE FORMA ABUSIVA E IRRAZOÁVEL. INCAPACIDADE 
DO ESTADO DE ASSEGURAR DIREITOS FUNDAMENTAIS 
ÀS ENCARCERADAS. OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO 
DO MILÊNIO E DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. REGRAS DE BANGKOK. 
ESTATUTO DA PRIMEIRA INFÂNCIA. APLICAÇÃO À ESPÉCIE. 
ORDEM CONCEDIDA. EXTENSÃO DE OFÍCIO. I – Existência de 
relações sociais massificadas e burocratizadas, cujos problemas estão a exigir 
soluções a partir de remédios processuais coletivos, especialmente para coibir 
ou prevenir lesões a direitos de grupos vulneráveis. II – Conhecimento do writ 
coletivo homenageia nossa tradição jurídica de conferir a maior amplitude 
possível ao remédio heroico, conhecida como doutrina brasileira do habeas 
corpus. III – Entendimento que se amolda ao disposto no art. 654, § 2º, 
do Código de Processo Penal – CPP, o qual outorga aos juízes e tribunais 
competência para expedir, de ofício, ordem de habeas corpus, quando no 
33< sumário
curso de processo, verificarem que alguém sofre ou está na iminência de 
sofrer coação ilegal. IV – Compreensão que se harmoniza também com o 
previsto no art. 580 do CPP, que faculta a extensão da ordem a todos que se 
encontram na mesma situação processual. V – Tramitação de mais de 100 
milhões de processos no Poder Judiciário, a cargo de pouco mais de 16 mil 
juízes, a qual exige que o STF prestigie remédios processuais de natureza 
coletiva para emprestar a máxima eficácia ao mandamento constitucional 
da razoável duração do processo e ao princípio universal da efetividade da 
prestação jurisdicional. VI – A legitimidade ativa do habeas corpus coletivo, a 
princípio, deve ser reservada àqueles listados no art. 12 da Lei 13.300/2016, 
por analogia ao que dispõe a legislação referente ao mandado de injunção 
coletivo. VII – Comprovação nos autos de existência de situação estrutural 
em que mulheres grávidas e mães de crianças (entendido o vocábulo aqui em 
seu sentido legal, como a pessoa de até doze anos de idade incompletos, nos 
termos do art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA) estão, 
de fato, cumprindo prisão preventiva em situação degradante, privadas de 
cuidados médicos pré-natais e pós-parto, inexistindo, outrossim berçários e 
creches para seus filhos. VIII – “Cultura do encarceramento” que se eviden-
cia pela exagerada e irrazoável imposição de prisões provisórias a mulheres 
pobres e vulneráveis, em decorrência de excessos na interpretação e aplicação 
da lei penal, bem assim da processual penal, mesmo diante da existência de 
outras soluções, de caráter humanitário, abrigadas no ordenamento jurídico 
vigente. IX – Quadro fático especialmente inquietante que se revela pela 
incapacidade de o Estado brasileiro garantir cuidados mínimos relativos à 
maternidade, até mesmo àsmulheres que não estão em situação prisional, 
como comprova o “caso Alyne Pimentel”, julgado pelo Comitê para a Eli-
minação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher das Nações 
Unidas. X – Tanto o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio nº 5 (melhorar 
a saúde materna) quanto o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 5 
(alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas), 
ambos da Organização das Nações Unidades, ao tutelarem a saúde repro-
dutiva das pessoas do gênero feminino, corroboram o pleito formulado na 
impetração. X – Incidência de amplo regramento internacional relativo a 
Direitos Humanos, em especial das Regras de Bangkok, segundo as quais 
deve ser priorizada solução judicial que facilite a utilização de alternativas 
penais ao encarceramento, principalmente para as hipóteses em que ainda 
não haja decisão condenatória transitada em julgado. XI – Cuidados com 
a mulher presa que se direcionam não só a ela, mas igualmente aos seus 
34< sumário
filhos, os quais sofrem injustamente as consequências da prisão, em fla-
grante contrariedade ao art. 227 da Constituição, cujo teor determina que 
se dê prioridade absoluta à concretização dos direitos destes. XII – Quadro 
descrito nos autos que exige o estrito cumprimento do Estatuto da Primeira 
Infância, em especial da nova redação por ele conferida ao art. 318, IV e V, 
do Código de Processo Penal. XIII – Acolhimento do writ que se impõe de 
modo a superar tanto a arbitrariedade judicial quanto a sistemática exclusão 
de direitos de grupos hipossuficientes, típica de sistemas jurídicos que não 
dispõem de soluções coletivas para problemas estruturais. XIV – Ordem 
concedida para determinar a substituição da prisão preventiva pela domi-
ciliar – sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas 
previstas no art. 319 do CPP – de todas as mulheres presas, gestantes, puér-
peras ou mães de crianças e deficientes, nos termos do art. 2º do ECA e da 
Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiências (Decreto Legislativo 
186/2008 e Lei 13.146/2015), relacionadas neste processo pelo DEPEN e 
outras autoridades estaduais, enquanto perdurar tal condição, excetuados 
os casos de crimes praticados por elas mediante violência ou grave ameaça, 
contra seus descendentes ou, ainda, em situações excepcionalíssimas, as 
quais deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem 
o benefício. XV – Extensão da ordem de ofício a todas as demais mulheres 
presas, gestantes, puérperas ou mães de crianças e de pessoas com deficiência, 
bem assim às adolescentes sujeitas a medidas socioeducativas em idêntica 
situação no território nacional, observadas as restrições acima.
[HC 143.641, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 20-2-2018, 2ª T, 
DJE de 9-10-2018.]
EMENTA: CUSTODIADO  – INTEGRIDADE FÍSICA E 
MORAL – SISTEMA PENITENCIÁRIO – ARGUIÇÃO DE DES-
CUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADEQUA-
ÇÃO. Cabível é a arguição de descumprimento de preceito fundamental 
considerada a situação degradante das penitenciárias no Brasil. SIS-
TEMA PENITENCIÁRIO NACIONAL – SUPERLOTAÇÃO CAR-
CERÁRIA – CONDIÇÕES DESUMANAS DE CUSTÓDIA – VIO-
LAÇÃO MASSIVA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS – FALHAS 
ESTRUTURAIS – ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL – 
CONFIGURAÇÃO. Presente quadro de violação massiva e persistente 
de direitos fundamentais, decorrente de falhas estruturais e falência de 
35< sumário
políticas públicas e cuja modificação depende de medidas abrangentes de 
natureza normativa, administrativa e orçamentária, deve o sistema peniten-
ciário nacional ser caraterizado como “estado de coisas inconstitucional”. 
FUNDO PENITENCIÁRIO NACIONAL – VERBAS – CONTIN-
GENCIAMENTO. Ante a situação precária das penitenciárias, o interesse 
público direciona à liberação das verbas do Fundo Penitenciário Nacional. 
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA – OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. 
Estão obrigados juízes e tribunais, observados os artigos 9.3 do Pacto dos 
Direitos Civis e Políticos e 7.5 da Convenção Interamericana de Direitos 
Humanos, a realizarem, em até noventa dias, audiências de custódia, via-
bilizando o comparecimento do preso perante a autoridade judiciária no 
prazo máximo de 24 horas, contado do momento da prisão.
[ADPF 347 MC, rel. min. Marco Aurélio, j. 9-9-2015, P, DJE de 
19-2-2016.]
3.2 Superlotação carcerária
EMENTA: REFERENDO DE MEDIDA CAUTELAR EM 
HABEAS CORPUS COLETIVO. PANDEMIA MUNDIAL. COVID-
19. GRUPO DE RISCO. SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA. 
CRIMES COMETIDOS SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA 
À PESSOA. RECOMENDAÇÕES DE ORGANISMOS INTERNA-
CIONAIS. RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUS-
TIÇA. EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL. SISTEMA PRISIONAL 
BRASILEIRO. ESTADO DE COISA INCONSTITUCIONAL. APDF 
347 MC. PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. PERICULUM 
IN MORA. ANÁLISE INDIVIDUAL DAS SITUAÇÕES CONCRE-
TAS PELO JUÍZO COMPETENTE. CONCESSÃO EM PARTE DA 
MEDIDA CAUTELAR. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal 
admite a impetração de habeas corpus coletivo para discutir pretensões de natu-
reza individual homogênea. 2. A Organização Mundial da Saúde – OMS, 
em 11 de março de 2020, declarou a epidemia de Covid-19, doença causada 
pelo novo coronavírus – Sars-Cov-2, como emergência em saúde pública 
de importância internacional. 3. A Organização das Nações Unidas – 
ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH, ante 
o perigo de propagação da Covid-19 em estabelecimentos prisionais e os 
36< sumário
efeitos dessa contaminação generalizada para a saúde pública em geral, 
recomendaram aos países que, sem o comprometimento da segurança 
pública, adotassem medidas para reduzir o número de novas entradas 
nos presídios e para antecipar a libertação de determinadas grupos de 
preso, dentre eles, aqueles com maior risco para a doença. 5. A adoção 
de medidas preventivas à infecção e à propagação do novo coronavírus em 
estabelecimentos prisionais foi trilhada por diversos países do mundo como 
os Estados Unidos da América, o Reino Unido e Portugal. 6. No Brasil, o 
Conselho Nacional de Justiça recomendou aos magistrados e aos Tribunais 
do País a adoção de medidas com vista à redução dos riscos epidemiológicos. 
Recomendação n. 62/2020 do CNJ. 7. A Constituição da Federal e a Lei 
de Execuções Penais asseguram a saúde como direito das pessoas privadas 
de liberdade, ao mesmo tempo que colocam a assistência à saúde do detento 
como dever do poder público (art. 196 da Constituição Federal; arts. 10; 11, 
II; 14; 41, todos da Lei de Execução Penal). 8. O Supremo Tribunal Federal 
reconheceu o “estado de coisas inconstitucional” do sistema penitenciário 
nacional, dado que presente um “quadro de violação massiva e persistente 
de direitos fundamentais” das pessoas recolhidas ao cárcere decorrente de 
falhas estruturais e de políticas públicas (ADPF 347 MC, rel. min. Marco 
Aurélio, Tribunal Pleno, julgado em 9-9-2015). 9. Os dados trazidos aos 
autos pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema 
Carcerário do Conselho Nacional de Justiça – DMF/CNJ demonstram que 
o novo coronavírus representa maior risco para a população prisional do que 
para a população em geral. 10. O perigo de lesão à saúde e à integridade 
física do preso é agravado quando se consideram presídios com ocupação 
acima da capacidade física e detentos pertencentes a grupo de risco para a 
Covid-19. 11. O risco à segurança pública, por sua vez, é reduzido quando se 
contemplam com as medidas alternativas ao cárcere somente àqueles detidos 
por crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. Juízo de pro-
porcionalidade. Exclusão dos crimes listados no art. 5º-A da Recomendação 
do CNJ n. 62/2020 (incluído pela Recomendação n. 78/2020). Dispositivos 
constitucionais e normas convencionais assumidas pelo Brasil. 12. A aferi-
ção da presença dos requisitos para a concessão das medidas alternativas ao 
cárcere deve ser feita pelo Juízo de origem em processo específico no qual se 
assegurem o contraditório e a ampla defesa. Necessidade decomprovação e 
de análise da realidade sanitária do estabelecimento prisional. Precedentes 
37< sumário
do STF. 13. Plausibilidade jurídica do pedido e perigo da demora configu-
rados. Medida cautelar deferida em parte.
[HC 188.820 MC-Ref, rel. min. Edson Fachin, j. 24-2-2021, 2ª T, 
DJE de 24-3-2021.]
EMENTA: Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. 
Administrativo. Alegação de ausência de impugnação dos fundamentos da 
decisão de inadmissão do RE na origem. Não ocorrência. Responsabilidade 
do Estado por danos morais decorrentes de superlotação carcerária. Reper-
cussão geral do tema reconhecida. Mantida a decisão em que se determinou 
o retorno dos autos à origem. Precedentes. 1. O Supremo Tribunal Federal, 
no exame do RE n. 580.252/MS-RG, Relator o Ministro Teori Zavascki, 
reconheceu a repercussão geral da matéria relativa ao dever, ou não, do Estado 
de indenizar o preso por danos morais decorrentes de superlotação carce-
rária, levando em consideração os limites orçamentários estaduais (teoria da 
reserva do possível). 2. Manutenção da decisão mediante a qual, com base 
no art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal 
Federal, se determinou a devolução dos autos ao Tribunal de origem para 
a observância do disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil. 3. 
Agravo regimental não provido. 
[ARE 855.476 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 16-2-2016, 2ª T, DJE 
de 25-4-2016.]
EMENTA: CUSTODIADO  – INTEGRIDADE FÍSICA E 
MORAL – SISTEMA PENITENCIÁRIO – ARGUIÇÃO DE DES-
CUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADEQUA-
ÇÃO. Cabível é a arguição de descumprimento de preceito fundamental 
considerada a situação degradante das penitenciárias no Brasil. SIS-
TEMA PENITENCIÁRIO NACIONAL – SUPERLOTAÇÃO CAR-
CERÁRIA – CONDIÇÕES DESUMANAS DE CUSTÓDIA – VIO-
LAÇÃO MASSIVA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS – FALHAS 
ESTRUTURAIS – ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL – 
CONFIGURAÇÃO. Presente quadro de violação massiva e persistente 
de direitos fundamentais, decorrente de falhas estruturais e falência de 
políticas públicas e cuja modificação depende de medidas abrangentes de 
natureza normativa, administrativa e orçamentária, deve o sistema peniten-
ciário nacional ser caraterizado como “estado de coisas inconstitucional”. 
38< sumário
FUNDO PENITENCIÁRIO NACIONAL – VERBAS – CONTIN-
GENCIAMENTO. Ante a situação precária das penitenciárias, o interesse 
público direciona à liberação das verbas do Fundo Penitenciário Nacional. 
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA – OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. 
Estão obrigados juízes e tribunais, observados os artigos 9.3 do Pacto dos 
Direitos Civis e Políticos e 7.5 da Convenção Interamericana de Direitos 
Humanos, a realizarem, em até noventa dias, audiências de custódia, via-
bilizando o comparecimento do preso perante a autoridade judiciária no 
prazo máximo de 24 horas, contado do momento da prisão.
[ADPF 347 MC, rel. min. Marco Aurélio, j. 9-9-2015, P, DJE de 
19-2-2016.]
3.3 Direitos e garantias fundamentais de pessoas presas
EMENTA: HABEAS CORPUS IMPETRADO CONTRA DECI-
SÃO MONOCRÁTICA QUE INDEFERE LIMINAR EM TRIBU-
NAL SUPERIOR. SÚMULA 691/STF. SUPERAÇÃO. SITUAÇÃO 
EXCEPCIONAL. PRISÃO EM FLAGRANTE. AUDIÊNCIA DE 
CUSTÓDIA. COVID-19. OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. CON-
VENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS – PACTO 
DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA. PACTO DE DIREITOS CIVIS 
E POLÍTICOS. DIREITO FUNDAMENTAL DO PRESO. POS-
SIBILIDADE DE REALIZAÇÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA. 
AUSÊNCIA DE NORMA LEGAL PROIBITIVA. CONVERSÃO 
DE PRISÃO EM FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA DE 
OFÍCIO PELO MAGISTRADO. VIOLAÇÃO DO SISTEMA ACU-
SATÓRIO. ARTS. 5º, LIII, LV, LIX, 93, 129, I, E 133 DA CONS-
TITUIÇÃO FEDERAL. ARTS. 282, § § 2º e 4º, 310, 311 E 312 DO 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. PODER GERAL DE CAUTELA. 
ILEGALIDADE. OCORRÊNCIA. CONCESSÃO DA ORDEM DE 
OFÍCIO. 1. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido da superação 
da Súmula 691/STF nas hipóteses em que se evidencie a existência de fla-
grante ilegalidade ou abuso de poder na decisão hostilizada. 2. O Plenário 
do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADPF 347 MC, assentou, 
em provimento de eficácia geral e vinculante, a obrigatoriedade da realização 
da audiência de apresentação em caso de prisão em flagrante. Trata-se de 
39< sumário
direito subjetivo do preso decorrente dos artigos 9.3 do Pacto Internacional 
sobre Direitos Civis e Políticos e 7.5 da Convenção Americana sobre Direi-
tos Humanos, bem como do artigo 310 do Código de Processo Penal. 3. A 
pandemia causada pelo novo coronavírus não afasta a imprescindibilidade 
da audiência de custódia, que deve ser realizada, caso necessário, por meio 
de videoconferência, diante da ausência de lei em sentido formal que proíba 
o uso dessa tecnologia. A audiência por videoconferência, sob a presidência 
do Juiz, com a participação do autuado, de seu defensor constituído ou de 
Defensor Público, e de membro do Ministério Público, permite equacionar 
as medidas sanitárias de restrição decorrentes do contexto pandêmico com 
o direito subjetivo do preso de participar de ato processual vocacionado a 
controlar a legalidade da prisão. 4. A Constituição Federal de 1988, ao atribuir 
a privatividade da promoção da ação penal pública ao Ministério Público 
(art. 129, I); ao assegurar aos ligantes o direito ao contraditório e à ampla 
defesa e assentar o advogado como função essencial à Justiça (art. 5º, LV, e 
133); bem como, ao prever a resolução da lide penal, após o devido processo 
legal, por um terceiro imparcial, o Juiz natural (art. 5º, LIII e LXI; 93 e 
seguintes), consagra o sistema acusatório. 5. A Lei n. 13.964/19, ao suprimir 
a expressão “de ofício” constante na redação anterior dos arts. 282, § § 2º 
e 4º, e 311, ambos do Código de Processo Penal, veda, de forma expressa, 
a imposição de medidas cautelares restritivas de liberdade pelo magistrado 
sem que haja anterior representação da autoridade policial ou requerimento 
das partes. 6. O art. 310 do Código de Processo Penal deve ser interpretado 
à luz do sistema acusatório e, em conjunto, com os demais dispositivos legais 
que regem a aplicação das medidas cautelares penais (arts. 282, § § 2º e 4º, 
311 e seguintes do CPP). Disso decorre a ilicitude da conversão, de ofício, 
da prisão em flagrante em prisão preventiva pela autoridade judicial. 7. O 
auto de prisão em flagrante é procedimento de natureza administrativa, 
em que a autoridade policial limita-se a observar as formalidades legais 
para a sua lavratura (arts. 304 e seguintes do CPP), sem tecer considera-
ção sobre a necessidade e a adequação da prisão preventiva, espécie com 
pressupostos e requisitos distintos (art. 311 e seguintes do CPP). Faz-se, 
portanto, necessário pedido, formal e expresso, da autoridade policial ou do 
Ministério Público, em audiência de custódia, para a imposição da prisão 
preventiva pelo magistrado. 8. O poder geral de cautela não autoriza o agir 
do Juiz por iniciativa própria quando em detrimento da liberdade individual. 
No processo penal, para que a intervenção estatal opere nas liberdades 
individuais com legitimidade, é necessário o respeito à legalidade estrita 
40< sumário
e às garantias fundamentais. Doutrina. Precedentes. 9. Habeas corpus não 
conhecido. Ordem concedida de ofício.
[HC 186.421, rel. min. Celso de Mello, red. do ac. min. Edson Fachin, 
j. 20-10-2020, 2ª T, DJE de 17-11-2020.]
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AÇÃO CIVIL 
PÚBLICA – POLÍTICAS PÚBLICAS – JUDICIÁRIO – INTERVEN-
ÇÃO – EXCEPCIONALIDADE. Ante excepcionalidade, verificada 
pelas instâncias ordinárias a partir do exame de quadro fático, é pos-
sível a intervenção do Judiciário na implantação de políticas públicas 
direcionadas à concretização de direitos fundamentais, especialmente 
considerado o estado de coisas inconstitucional do sistema de custódia 
brasileiro. Precedente: recurso extraordinário nº 592.581, julgado no Pleno 
sob a sistemática da repercussão geral – Tema nº 220 –, relator o ministro 
Ricardo Lewandowski, acórdão publicado

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