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Sistema Nervoso - Problema 1

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Sistema Nervoso 
Tutoria 1 
1. Entender as áreas anatômicas do Sistema nervoso (CENTRAL) e suas 
respectivas funções. 
O Sistema nervoso é dividido anatomicamente num componente central e 
periférico. 
 
O Sistema Nervoso Central (SNC) consiste nas estruturas nervosas 
localizadas dentro do esqueleto axial, sendo elas: a cavidade craniana 
e o canal vertebral (coluna espinhal). Respectivamente a esses espaços, 
temos as seguintes estruturas que compõem o SNC: o encéfalo e a medula 
espinhal. 
 
A estrutura mais cranial, o encéfalo, corresponde a verdadeira maquina- 
ria no funcionamento do nosso corpo, sendo a porção mais central dentro 
do crânio. Ela ainda é subdividida em: 
o Cérebro: formado pela união do telencéfalo com o diencéfalo; 
o Cerebelo; 
o Tronco encefálico 
 
 
✓ Cérebro: 
Ele é composto pelo telencéfalo e pelo diencéfalo. A primeira estrutura, 
telencéfalo, consiste em dois hemisférios corticais e na lâmina terminal. 
Cada hemisfério possui 3 polos (frontal, temporal e occipital), 3 
margens (superior, medial e inferior), 5 lobos (frontal, parietal, temporal, 
occipital e insular- sendo o último “escondido” pelo parênquima cortical 
e 3 faces (dorsolateral, medial e inferior). E são nessas faces que 
encontramos os sulcos e giros. 
 
Cada circunvolução cerebral é responsável pelo controle de 
determinadas funções. As circunvoluções (ou giros) que se localizam 
na frente, junto ao osso frontal (lobo frontal), controlam a fala. As que 
se situam atrás, junto ao osso occipital (lobo occipital), controlam as 
sensações visuais. Junto aos ossos parietais (lobo parietal) ficam as 
circunvoluções que controlam os movimentos do corpo. As sensações 
auditivas são controladas pelas circunvoluções localizadas junto aos 
ossos temporais (lobo temporal) 
 
 
 
 
 
Já o outro componente do cérebro, o diencéfalo, diferente do 
telencéfalo, é uma estrutura ímpar localizada na porção cerebral mais 
inferior, sendo compreendida pelo: tálamo: um grande centro de 
retransmissão de fibras entre o nosso córtex e estruturas subcorticais; 
hipotálamo: grande regulador da homeostase; subtálamo: que atua 
no circuito motor de forma subsidiária; e epitálamo: relacionado com 
a sincronização do ritmo circadiano. 
 
 
 
A substância cinzenta do cérebro localiza-se na parte externa; a 
substância branca situa-se na parte interna. O cérebro é o órgão mais 
importante do sistema nervoso, pois é ele que controla os movimentos, 
recebe e interpreta os estímulos sensitivos, coordena os atos da 
inteligência, da memória, do raciocínio e da imaginação. 
 
O cérebro necessita de uma nutrição contínua. Ele exige um fluxo 
sanguíneo extremamente elevado e contínuo – cerca de 20% do fluxo 
sanguíneo proveniente do coração. Uma ausência de fluxo sanguíneo 
por mais de 10 segundos pode causar perda da consciência 
(síncope). A falta de oxigênio, a glicemia (concentração de glicose no 
sangue) anormalmente baixa ou substâncias tóxicas podem 
comprometer a função cerebral em poucos segundos. Entretanto, os 
mecanismos de defesa do cérebro geralmente são capazes de evitar 
essa ocorrência. 
 
✓ Cerebelo: 
Situa-se embaixo e na parte posterior do cérebro. divide-se em duas 
massas denominadas lobos cerebelares. Da mesma forma que o 
cérebro, o cerebelo apresenta substância cinzenta na parte exterior e 
branca no interior. 
 
O cerebelo, por sua vez, segue uma topografia anatômica semelhante 
ao cérebro: possui dois hemisférios, unidos agora por um vérmis, 
localizado na linha mediana; seu córtex cerebelar é percorrido por 
sulcos, delimitando folhas (e não giros!!). Diferente das demais estruturas 
já citadas, que estão localizadas no compartimento supratentorial da 
base do crânio, o cerebelo se encontra no compartimento 
infratentorial. Ele é dividido em lobo flóculo-nodular, lobo anterior e 
loboposterior. 
 
A função do cerebelo é coordenar os movimentos do corpo para 
manter seu equilíbrio. Regula também o tônus muscular, que é o estado 
de semicontração que os músculos se encontram, para entrarem 
imediatamente em movimento, sempre que for necessário. 
 
 
 
 
✓ Tronco Encefálico: 
Já como estrutura mais caudal do encéfalo, temos o tronco encefálico, 
também sendo a porção mais primitiva dentre as outras. O tronco está 
intimamente relacionado com o funcionamento da homeostase do 
corpo, sendo de extrema importância para manutenção da vida. 
Podemos evidenciar isso, por exemplo, através dos exames feitos para 
diagnósticar morte encefálica, que testam se tronco está funcionante 
ou não. Profundamente a ele, temos diversos núcleos de pares 
cranianos, além da formação reticular. Num ponto de vista anatômico, 
o tronco encefálico é dividido em, no sentido crânio-caudal: 
mesencéfalo, ponte e bulbo. 
 
o Mesencefálo: 
O mesencéfalo localiza-se entre o diencéfalo e a ponte, e é 
atravessado por um canal conhecido como aqueduto 
cerebral ou aqueduto de Sylvius, que conecta o terceiro ao 
quarto ventrículo permitindo a passagem do líquido 
cefalorraquidiano (LCR). O mesencéfalo é responsável por 
algumas funções como a visão, audição, movimento dos olhos e 
movimento do corpo. 
 
o Ponte: 
A ponte localiza-se entre o mesencéfalo e o bulbo. Situada 
ventralmente ao cerebelo, repousa sobre a parte basilar do 
osso occipital e o dorso da sela túrcica.. A região é muito rica 
quando se fala de nervos cranianos, pois muitos emergem nessa 
região A ponte participa de algumas atividades do bulbo. 
Apresenta como principal função a transferência de informações 
Interfere no controle da respiração, é um centro de transmissão 
de impulsos para o cerebelo e atua ainda, como passagem 
para as fibras nervosas que ligam o cérebro à medula. 
 
o Bulbo: 
É um componente do tronco encefálico. juntamente com outros 
órgãos como o mesencéfalo é a ponte, que estabelece 
comunicação entre o cérebro e a medula espinhal. Localiza-se 
embaixo do cérebro e na frente do cerebelo. Possui a forma de 
um cone invertido. Ao contrário do cérebro e do cerebelo, no 
bulbo a substância branca situa-se na parte externa e a 
cinzenta, na interna. 
 
A função do bulbo é conduzir os impulsos nervosos do cérebro 
para a medula espinhal e vice-versa. Também produz os 
estímulos nervosos que controlam a circulação, a respiração, a 
digestão e a excreção. A região do bulbo que controla os 
movimentos respiratórios e os cardíacos chama-se nó vital. 
 
 
 
 
https://blog.jaleko.com.br/puncao-liquorica-e-analise-do-liquor-lcr/
https://blog.jaleko.com.br/puncao-liquorica-e-analise-do-liquor-lcr/
https://blog.jaleko.com.br/cerebelo-anatomia-funcao-semiologia-e-as-sindromes-cerebelares/
 
✓ Medula Espinhal: 
A medula espinhal situa-se dentro da coluna vertebral, ou seja, no 
canal medular. Ela consiste numa massa cilindroide de tecido nervoso 
situado dentro do canal vertebral da coluna, limitada superiormente 
pelo bulbo, ao nível do forame magno, e inferiormente até a vértebra 
L2. Na parte superior, a medula está ligada ao bulbo, como se fosso 
uma continuação desse órgão. 
 
A medula espinhal possui também a substância branca na parte 
externa e a cinzenta, na interna. A substância cinzenta se dispõe na 
forma de um H, cujos ramos dão origem às raízes nervosas que saem 
da medula. A medula espinhal tem duas funções: Conduzir os impulsos 
nervosos do corpo para o cérebro. Essa função é realizada pela 
substância branca; Produzir os impulsos nervosos. Essa função é 
realizada pela substância cinzenta. A medula é capaz de coordenar 
os atos involuntários ou inconscientes. 
 
A comunicação do cérebro com muitas áreas do corpo é feita através 
das fibras ascendentes e descendentes da medula espinhal. Cada 
vértebra forma uma abertura entre ela e as vértebras localizadas 
imediatamente acima e abaixo. Através dessa abertura emerge um par 
de nervos espinhais que se ramificam e transmitem mensagensda 
medula espinhal às partes mais distantes do corpo. Os nervos 
localizados na face anterior (ventral) da medula espinhal, 
denominados nervos motores, transmitem informações do cérebro aos 
músculos. Os nervos da face posterior (dorsal) da medula espinhal, 
denominados nervos sensoriais, transmitem informações sensoriais das 
partes distantes do corpo ao cérebro. Essa rede de nervos compõe o 
sistema nervoso periférico. 
 
 
2. Conhecer a anatomia e a funcionalidade do Sistema Límbico. 
O conjunto de estruturas envolvidas nos processos emocionais chamamos 
de sistema límbico. Hoje, entretanto, sabemos que grandes estruturas do 
encéfalo estão relacionadas às emoções, dentre elas temos em destaque 
o sistema límbico, hipotálamo e a área pré-frontal. 
 
A grande função do sistema límbico nos seres humanos é coordenar as 
atividades sociais que possibilitam a manutenção da espécie através de 
sua vida em sociedade. As emoções e sentimentos só são possíveis 
através do funcionamento do sistema límbico. Desenvolver relações que 
permitam uma vida em comunidade depende da atividade dos neurônios 
localizados nessas estruturas. 
 
Dentre as principais estruturas do sistema límbico, temos: 
 
o Hipocampo: Esta estrutura é substancial e tem como função o 
armazenamento da memória, uma lesão desta região pode alterar 
severamente a memória do indivíduo. 
 
o Tálamo: Lesões ou estimulações do núcleo dorsomedial e dos núcleos 
anteriores do tálamo já foram correlacionadas com alterações da 
reatividade emocional no homem. A importância destes núcleos na 
regulação do comportamento emocional decorre de suas conexões. 
O núcleo dorsomedial liga-se ao córtex da área pré-frontal e ao 
sistema límbico. Os núcleos anteriores ligam-se ao corpo mamilar (por 
meio do feixe mamilo-talâmico) e ao córtex do giro do cíngulo, 
fazendo parte de circuitos do sistema límbico. 
 
o Hipotálamo: O sistema límbico, através de inúmeras conexões, exerce 
uma ação inibidora sobre o hipotálamo posterior que, quando 
liberado, funciona como agente de expressão das manifestações 
viscerais e somáticas que caracterizam a raiva. Ao que parece, o 
hipotálamo tem um papel preponderante como coordenador das 
manifestações periféricas das emoções. 
 
o Amígdalas: mantém amplas conexões com o hipotálamo e o restante 
do sistema límbico, é considerada a janela do sistema límbico onde 
se vê o indivíduo no mundo. Seu estímulo pode causar alguns efeitos 
parecidos aos vegetativos do hipotálamo. Pode, ao ser estimulada, 
causar algumas experiências comportamentais como: prazer, raiva, 
sexualidade, medo; 
 
o Giro cingulado: está relacionada com o controle visual, auditivo e as 
alterações das emoções, medicamentos que estimulem essa estrutura 
podem causar efeitos alucinógenos. 
 
o Área pré frontal: esta área não faz parte do sistema límbico porém 
suas conexões estão diretamente ligadas a ele em estruturas como a 
amígdala e o tálamo. No caso de lesão desta região o paciente 
apresenta redução na concentração e perde o senso das 
responsabilidades sociais. 
 
o Septo: coordena as relações entre as sensações de prazer, memórias 
e as funções sexuais, como o orgasmo. 
 
o Corpo mamilar: é responsável pela transmissão dos impulsos oriundos 
das amígdalas e do hipocampo. Também funciona na manutenção 
da memória recente e da memória espacial ligada à localização de 
objetos e eventos 
 
 
 
Os estados emocionais podem envolver diversas áreas do sistema límbico, 
sendo algumas estruturas ativadas e outras inibidas simultaneamente 
como no caso da alegria que provoca a ativação de regiões como 
gânglios basais, estriado ventral e putâmen, já a expressão de raiva, por 
sua vez, está relacionada com a excitação do hipotálamo posterior 
enquanto o telencéfalo media efeitos contrários a esse comportamento 
 
Obs: 
- Componentes Corticais: 
1. Giro do cíngulo: contorna o corpo caloso, ligando-se póstero-
inferiormente ao giro para-hipocampal pelo istmo do giro do 
cíngulo, sendo constituído por um tipo de córtex denominado mesocórtex. 
É percorrido pelo fascículo do giro do cíngulo. 
 
3. Giro para-hipocampal: situa-se na face inferior do lobo temporal e é 
constituído de um córtex muito antigo (paleocórtex), que do ponto de 
vista citoarquitetural se classifica como alocórtex. 
 
3. Hipocampo: eminência curva e alongada situada nos cornos inferiores 
do ventrículo lateral, logo acima do giro parahipocampal. Projeta-se 
para o corpo mamilar e área septal através de um feixe compacto de 
fibras, o fórnix. 
 
- Componentes Subcorticais: 
1. Corpo amigdaloide (núcleo amigdaloide): é um dos núcleos da base. 
Situa-se próximo ao pólo temporal e guarda certa relação com a parte 
mais distal da cauda do núcleo caudado. É constituído por inúmeros 
núcleos sobrepostos. A maioria de suas fibras eferentes agrupa-se em um 
feixe compacto, a estria terminal, que acompanha a curvatura do núcleo 
caudado (dividindo-o, externamente, do hipotálamo) e termina 
principalmente no hipotálamo. 
 
2. Área Septal: septal: situada abaixo do rostro do corpo caloso, 
anteriormente à lamina terminal e à comissura anterior. A área 
septalcompreende grupos de neurônios de disposição subcortical 
conhecidos como núcleos septais. Apresenta diversas conexões, mas 
destacam-se suas projeções para o hipotálamo e para a formação 
reticular, através do feixe prosencefálico 
medial. 
 
3. Núcleos mamilares: pertencem ao hipotálamo e situam-se nos corpos 
mamilares. Recebem fibras do hipocampo que chegam pelo fórnix e se 
projetam principalmente para os núcleos anteriores do tálamo (pelo 
fascículo mamilo-talâmico ou feixe de Vicq d'Azyr) e para a formação 
reticular (pelo fascículo mamilo-tegmentar). 
 
4. Núcleos anteriores do tálamo: situam-se no tubérculo anterior do 
tálamo. Recebem fibras dos núcleos mamilares e projetam-se para o 
giro do cíngulo. 
 
5. Núcleos habenulares: situam-se na região compreendida pelo trígono 
das habênulas no epitálamo. Recebem fibras aferentes pela estria 
medular e projetam-se para o núcleo interpeduncular do mesencéfalo. 
 
✓ Funções: 
A função mais conhecida do sistema límbico, e que deu origem ao 
próprio conceito deste sistema, é de regular os processos emocionais. 
Ao passo em que este sistema regula o mecanismo emocional, também 
regula as ações do SNA e os processos motivacionais essenciais à 
sobrevivência da espécie e do indivíduo, como fome, sede e sexo. 
Sabe-se ainda que alguns componentes do sistema límbico estão 
ligados diretamente ao mecanismo da memória e aprendizagem e 
participam da regulação do sistema endócrino. 
 
Em resumo, experimentos com cobaias e doenças degenerativas 
fizeram destacar duas funções principais do sistema límbico: regulação 
dos processos emocionais e motivacionais e participação nos 
mecanismos da memória. Especificamente, a função de cada 
componente do sistema límbico pode ser resumida da seguinte maneira: 
 
• Corpo amigdaloide: as funções do corpo amigdaloide são muito 
variadas. Lesões desta estrutura suprimem tanto a aquisição, como 
a expressão do condicionamento para o medo. Lesões ou 
estimulações desta área em animais resultam em alterações do 
comportamento alimentar (afagias e hiperfagias) ou da atividade 
visceral, bastante semelhante às que se obtêm com processos 
idênticos feitos no hipotálamo. No homem, lesões bilaterais do corpo 
amigdaloide resultam em considerável diminuição da excitabilidade 
emocional de indivíduos portadores de distúrbios de 
comportamento, manifestados pela agressividade. Por outro lado, a 
estimulação do corpo amigdaloide em animais desencadeia 
comportamentos de fuga ou defesa, associados à agressividade. 
Em resumo, dentre as principais funções do corpo amigdaloide, 
podemos citar: 
- Formação e armazenamento de memórias associadas a eventos 
emocionais 
- Consolidação da memória 
- Medo: no condicionamentodo medo, os estímulos ativam os 
complexos da amígdala onde são formadas associações com a 
memória do estímulo. 
- Sensação de recompensa 
- Funções sociais como aproximação 
- Interpretação das expressões faciais e dos sinais sociais 
- Comportamento social 
 
• Área Septal: 
Lesões bilaterais da área septal em animais causam a chamada 
“raiva septal”, caracterizada por uma hiperatividade emocional, 
ferocidade e raiva diante de condições que normalmente não 
modificam o comportamento do animal. Há também um grande 
aumento da sede. Estimulações da área septal causam alterações 
da pressão arterial e do ritmo respiratório, mostrando o seu papel 
na regulação de atividades viscerais. Por outro lado, as 
experiências de auto-estimulação mostram que a área septal é um 
dos centros de recompensa do cérebro, estando envolvido com o 
prazer. 
 
• Giro do cíngulo: 
a ablação do giro do cíngulo (cingulectomia) em carnívoros 
selvagens domestica completamente o animal. No homem, a 
cingulectomia já foi empregada no tratamento de psicóticos 
agressivos. A simples secção do fascículo do giro do cíngulo 
(cingulotomia), interrompendo o circuito de Papez, pode melhorar 
consideravelmente quadros graves de depressão e ansiedade. 
 
• Hipocampo: 
O papel do hipocampo na regulação do comportamento emocional 
foi inicialmente apontado por Papez. A participação do hipocampo 
na regulação do comportamento emocional é hoje geralmente 
admitida. Muito embora, a função mais importante do hipocampo é 
representada pela sua participação no fenômeno da memória. 
Admite-se que o hipocampo transforma a memória recente em 
memória tardia, graças às suas conexões com o neocórtex. Lesões 
no hipocampo resultam na incapacidade de armazenar memórias 
em longo prazo. A memória para os eventos ocorridos no passado 
remoto, antes do desenvolvimento da lesão, não é afetada 
(condição conhecida como amnésia anterógrada). Em resumo, as 
principais funções do hipocampo são: 
- Regulação do comportamento emocional 
- Armazenamento de memória recente e concretização da memória 
de longa duração 
- Orientação espacial 
- Memória espacial 
 
 
6. Compreender a definição de TCE e suas implicações. 
O trauma cranioencefálico consiste em lesão física ao tecido cerebral que, 
temporária ou permanentemente, incapacita a função cerebral. O 
diagnóstico é suspeitado clinicamente e confirmado por imagens 
(primariamente TC). Inicialmente, o tratamento consiste em suporte 
respiratório e manutenção adequada de ventilação, oxigenação e 
pressão arterial (PA). Com frequência, a cirurgia é necessária em pacientes 
com lesões mais graves para a colocação de monitores a fim de medir a 
elevação da pressão intracraniana, descomprimir o cérebro se a pressão 
intracraniana estiver aumentada ou remover hematomas intracranianos. 
Nos primeiros dias após a lesão, é importante manter a perfusão e 
oxigenação cerebral adequadas e prevenir complicações de alteração 
do sensório. Subsequentemente, muitos pacientes requerem reabilitação. 
 
Em todo o mundo, o trauma cranioencefálico (TCE) é uma causa comum 
de mortes ou deficiência. As causas do TCE incluem: 
o Quedas (especialmente em adultos mais velhos e crianças pequenas); 
o Acidentes com veículos automotores e outras causas relacionadas a 
transporte (ex: acidente de bicicleta, colisões com pedestres); 
o Agressões; 
o Atividades esportivas. 
 
O TCE é classificado em leve, moderado e grave, de acordo com a 
pontuação do nível de consciência, mensurado pela ECG. O TCE leve é 
definido como um déficit neurológico transitório resultante das forças de 
aceleração e desaceleração. O paciente apresenta história de náusea, 
vômito, cefaleia e tontura, acompanhados de alteração ou perda da 
consciência, amnésia pós-traumática com duração inferior a 15 minutos. 
Os pacientes com TCE moderado, que representa aproximadamente 75% 
dos TCE, obedecem a ordens simples, porém estão confusos ou sonolentos, 
podendo apresentar déficit neurológico focal como hemiparesia. Cerca 
de 10% a 20% dos pacientes com TCE moderado evoluem para coma e 
devem ser tratados como potencial TCE grave. 
 
✓ Patologia: 
Alterações estruturais decorrentes de lesões cerebrais podem ser 
macro ou microscópicas, dependendo do mecanismo e das forças 
envolvidas. Pacientes com lesões menos graves podem não 
apresentar deficiência estrutural grave. As manifestações clínicas 
variam bastante em termos de gravidade e consequências. As lesões 
são, normalmente, categorizadas como abertas ou fechadas. 
 
As lesões abertas da cabeça envolvem penetração do couro 
cabeludo e crânio (e, normalmente, de meninges e tecido cerebral 
subjacente). Elas normalmente são causadas por balas ou objetos 
pontudos, porém a fratura craniana com laceração no revestimento 
devido à força direta também é considerada lesão aberta. 
 
As lesões cranianas fechadas normalmente ocorrem quando a 
cabeça é golpeada, batida contra um objeto ou sacudida 
violentamente, causando aceleração e desaceleração cerebrais 
rápidas. Aceleração ou desaceleração pode lesar o tecido no ponto 
de impacto (golpe), no polo oposto (contragolpe) ou difusamente; os 
lóbulos frontal e temporal são especialmente vulneráveis a esse tipo 
de lesão. Axônios, vasos sanguíneos ou ambos podem ser cortados 
ou rompidos, resultando em lesão axonal disfusa. Os vasos sanguíneos 
rompidos causam contusões, hemorragias intracerebrais ou 
subaracnoides e hematomas epidural ou subdural. 
 
o Concussão: 
Define-se concussão como a alteração pós-traumática transitória e 
reversível no status mental (p. ex., perda de consciência ou memória, 
confusão mental) que dura de segundos a minutos e, por definição 
arbitrária, < 6 h. 
 
Não existem lesões cerebrais estruturais graves e resíduos 
neurológicos sérios na concussão, embora a incapacidade 
temporária possa decorrer de sintomas como náuseas, cefaleia, 
tontura e distúrbios de memória [síndrome pós-concussão), bem como 
dificuldade de concentração (síndrome pós-concussão] que, em 
geral, desaparece em semanas. Entretanto, pensa-se que várias 
concussões podem causar, que resulta em disfunção cerebral grave. 
 
- Contusões encefálicas: 
Contusões (hematomas no cérebro) podem ocorrer com lesões 
abertas ou fechadas e podem prejudicar a grande amplitude de 
funções cerebrais, dependendo do tamanho e do local da 
contusão. Contusões maiores podem causar edema cerebral 
generalizado e aumentar a pressão intracraniana. As contusões 
podem aumentar nas horas ou dias após a lesão inicial e causar 
deterioração neurológica; cirurgia pode ser necessária. 
 
- Lesão axonal difusa: 
A lesão axonial difusa (LAD) ocorre quando a desaceleração 
rotacional gera forças que resultam em rupturas generalizadas de 
fibras axoniais e da bainha de mielina. Algumas lesões LAD também 
podem resultar de lesão cerebral mínima. Não existem lesões 
cerebrais graves; porém, pequenas hemorragias petequiais na massa 
branca são normalmente observadas em TC e exame de 
histopatologia. 
A LAD é, às vezes, definida clinicamente como perda de consciência, 
durando > 6 h na ausência de uma lesão focal específica. 
O edema por lesão frequentemente aumenta a pressão 
intracraniana, levando a várias manifestações . 
 
o Hematomas: 
Hematomas (coleção de sangue dentro ou em volta do cérebro) 
podem ocorrer com lesões abertas ou fechadas e podem ser 
epidural, subdural ou intracerebral. A hemorragia 
subaracnóidea (HSA — sangramento no espaço subaracnóideo) é 
comum no traumatismo cranioencefálico (TCE), embora a aparência 
na TC não seja a mesma da HSA aneurismática. 
 
Hematoma subdural é acúmulo de sangue entre dura-máter e máter 
aracnoide. Hematomas subdurais agudos são resultados da 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce#v1111272_pthttps://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/acidente-vascular-encef%C3%A1lico-ave/hemorragia-subaracnoidea-hsa
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/acidente-vascular-encef%C3%A1lico-ave/hemorragia-subaracnoidea-hsa
laceração da veias corticais ou avulsão das pontes das veias entre 
córtex e seios durais. 
Hematomas subdurais agudos ocorrem frequentemente nos pacientes 
com 
• Traumatismo craniano causado por quedas ou acidentes com 
veículos motorizados; 
• Contusões cerebrais subjacentes; 
• Hematoma epidural contralateral. 
 
O edema ou hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo devido ao 
aumento do número de vasos sanguíneos) pode ocorrer como 
hematoma que comprime o tecido cerebral, resultando em sinais de 
aumento da pressão intracraniana. Quando tanto compressão como 
edema ocorrem, a mortalidade e morbidade podem ser significantes. 
Um hematoma subdural crônico pode aparecer e produzir sintomas 
gradualmente ao longo de muitas semanas após o trauma. 
Hematomas subdurais crônicos ocorrem com mais frequência em 
pacientes alcoólicos e idosos (particularmente naqueles tomando 
fármacos antiplaquetas ou anticoagulantes ou naqueles com atrofia 
do cérebro). Estes podem tanto considerar a lesão na cabeça 
relativamente trivial e até se esquecer dela. Em comparação ao 
hematoma subdural agudo, edema e aumento da PIC são incomuns. 
Hematomas epidurais (coleções de sangue entre crânio e dura-
máter) são menos comuns que hematomas subdurais. Hematomas 
epidurais que são grandes ou que se expandem rapidamente são 
normalmente causados por sangramento arterial, classicamente 
devido aos danos causados na artéria meníngea por fratura óssea 
temporal. Sem intervenção, pacientes com hematomas epidurais 
arteriais podem rapidamente deteriorar e morrer. Hematomas 
pequenos, epidurais venosos, são raramente letais. 
 
Hematomas intracerebrais são acúmulo de sangue dentro do 
próprio cérebro. No cenário traumático, eles resultam da 
coalescência das contusões. Ainda não se definiu exatamente 
quando uma ou mais contusões se tornam um hematoma. Pressão 
intracraniana aumentada, herniação e insuficiência do tronco 
cerebral podem se desenvolver subsequentemente, especialmente 
com lesões no lobo temporal ou cerebelo. 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/coma-e-consci%C3%AAncia-prejudicada/hernia%C3%A7%C3%A3o-cerebral
o Fraturas Cranianas: 
Lesões penetrantes, por definição, envolvem fraturas. Lesões 
fechadas também podem causar fraturas cranianas, as quais podem 
ser lineares, com depressão óssea ou cominutiva. A presença da 
fratura sugere que uma força agravante está envolvida. 
Embora muitos pacientes com fraturas lineares simples sem deficiência 
neurológica não tenham alto risco de lesão intracraniana, pacientes 
com qualquer fratura associada a comprometimento neurológico 
apresentam maior risco de hematomas intracranianos. 
Fraturas do crânio que envolvem riscos especiais incluem: 
• Fraturas com depressão óssea: apresentam o maior risco de 
laceração dural, lesando cérebro subjacente ou ambos. 
• Fraturas ósseas temporais que atravessam a área da artéria 
meníngea: é provável que ocorra hematoma epidural. 
• Fraturas que atravessam um dos seios durais principais: podem 
causar hemorragia significativa e hematoma epidural venoso 
ou subdural. Os seios venosos lesionados podem, mais tarde, 
causar trombose e infarto cerebral. 
• Fraturas que envolvem o canal da carótida: podem causar 
dissecação da artéria carótida. 
• Fraturas do osso occipital e base do crânio (ossos basilares): 
esses ossos são espessos e fortes, e fraturas nessas áreas 
indicam impacto de alta intensidade e aumento significativo 
do risco de lesão intracraniana. Fraturas cranianas basilares 
que se estendem na parte petrosa do osso temporal lesionam 
a parte interna e médias das estruturas da orelha e podem 
prejudicar as funções facial, acústica e do nervo vestibular. 
• Fraturas em crianças: as meninges podem tornar-se 
bloqueadas em fratura craniana linear com desenvolvimento 
subsequente de cisto leptomeníngeo e com crescimento de 
fratura original (fratura de crescimento) 
 
✓ Fisiopatologia (complicações): 
A função cerebral pode ser imediatamente alterada por lesão 
direta (p. ex., esmagamento, laceração) do tecido cerebral. Uma 
lesão posterior pode ocorrer logo após, em virtude da cascata de 
eventos desencadeada pela lesão inicial. 
Qualquer tipo de traumatismo cranioencefálico (TCE) pode causar 
edema cerebral e diminuição do fluxo sanguíneo no encéfalo. A 
caixa craniana é fixada em tamanho (constrangida pelo crânio) e 
quase completamente preenchida de líquido não compressível e 
minimamente compressível por tecido cerebral; consequentemente, 
qualquer edema ou hematoma, o qual não tenha onde se expandir, 
aumenta a pressão intracraniana. O fluxo cerebral sanguíneo é 
proporcional à pressão de perfusão cerebral (PPC), que consiste na 
diferença entre pressão arterial média (PAM) e pressão 
intracraniana média. Dessa maneira, como a PIC aumenta (ou a PAM 
diminui), a PPC diminui. Quando a PAM cai abaixo de 50 mmHg, o 
tecido cerebral pode tornar-se isquêmico. Isquemia e edema podem 
desencadear vários mecanismos secundários da lesão (p. ex., 
liberação de neurotransmissores excitatórios, cálcio intracelular, 
radicais livres e citocinas), causando dano celular adicional, mais 
edema e aumento adicional da pressão intracraniana. 
Complicações sistêmicas advindas de trauma (p. ex., hipotensão, 
hipóxia) também podem contribuir para isquemia cerebral, sendo 
chamadas com frequência de lesões cerebrais secundárias. 
Inicialmente, uma PIC excessiva causa disfunção do globo cerebral. 
Se não for aliviada, a PIC excessiva pode impelir o tecido cerebral 
ao longo do tentório ou ao longo do forame magno, 
causando herniação e aumentando significantemente o risco de 
morbidade e mortalidade. Se a PIC aumenta e iguala à PAM, a PCC 
torna-se zero, o que resulta em isquemia cerebral completa e morte 
cerebral ; ausência de fluxo sanguíneo craniano pode ser utilizada 
como critério para morte cerebral. 
 
Hiperemia e aumento no fluxo sanguíneo no cérebro podem resultar 
de lesão devido à concussão em adolescentes ou crianças. 
A síndrome do segundo impacto é rara e é definida pelo súbito 
aumento da PIC e, às vezes, morte após uma segunda lesão 
traumática que é imposta antes da recuperação completa de uma 
lesão simples anterior. É atribuída a perda da autorregulação do 
fluxo sanguíneo do cérebro que leva ao aumento vascular, aumento 
de pressão intracraniana e herniação. 
 
✓ Sinais e Sintomas: 
Inicialmente, a maioria dos pacientes com traumatismo cranioencefálico 
moderado ou grave perde a consciência (normalmente por alguns 
segundos ou minutos), embora alguns pacientes com lesões mais leves 
tenham apenas confusão mental ou amnésia (a amnésia normalmente é 
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https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/coma-e-consci%C3%AAncia-prejudicada/morte-cerebral
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retrógrada, o que significa a perda de memória de segundos a 
algumas horas antes da lesão). Crianças jovens podem simplesmente 
tornar-se irritáveis. Alguns pacientes apresentam convulsão, 
normalmente na primeira hora ou dia. Após esses sintomas iniciais, os 
pacientes devem estar totalmente acordados e alertas ou a 
consciência e a função podem ser alteradas em algum grau, variando 
de confusão leve a estupor e coma . A duração da falta de 
consciência e da gravidade da obnubilação são aproximadamente 
proporcionais à gravidade dalesão, porém não são específicas. 
 
A Escala de Coma de Glasgow (ver tabela Escala de coma de 
Glasgow) consiste em um sistema de pontuação rápida e reprodutível 
para ser usado durante o exame inicial para estimar a gravidade do 
TCE. É baseada na abertura do olho, resposta verbal e melhores 
respostas motoras. Uma pontuação de 3 pontos indica potencialmente 
uma lesão fatal, principalmente se ambas as pupilas falharem ao 
responder às respostas de luz e as respostas oculovestibulares 
estiverem ausentes. Pontuações iniciais maiores tendem a prever melhor 
recuperação. Por convenção, a gravidade da lesão cerebral é 
inicialmente definida pelo GCS: 
• Pontuação GCS de 14 a 15 consiste em TCE leve; 
• Pontuação GCS de 9 a 13 consiste em TCE moderada; 
• Pontuação GCS de 3 a 8 consiste em TCE grave. 
 
 
7. Explicar a escala de coma de Glasgow. 
A escola de coma de Glasgow, é o instrumento mais utilizado para 
determinar alterações de nível de consciência e avaliar situações de 
trauma permitindo a identificação do nível de consciência da pessoa e 
ainda prever o prognóstico. 
 
Consiste na análise de três parâmetros: abertura ocular, resposta 
verbal e resposta motora. 
 
Os extremos da escala, ou seja, valores próximos a 15 ou 3 pontas, 
caracterizam a normalidades (15 pontos) ou o estado de coma grave 
(3 pontos). 
 
Entre os dois extremos, encontram-se vários graus de comprometimento de 
nível de consciência, sendo que abaixo de 8 pontos, corresponde ao 
estado de coma. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/coma-e-consci%C3%AAncia-prejudicada/vis%C3%A3o-geral-de-coma-e-consci%C3%AAncia-prejudicada
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce#v1111299_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce#v1111299_pt
 
 
Na nova definição da escala de Glasgow, foi adicionado outro importante fator 
para ser medido na escala: a reatividade pupilar. A modificação mais recente 
foi uma tentativa de obter melhores informações sobre o prognóstico no 
traumatismo cranioencefálico, incluindo a probabilidade de morte, já que o 
estudo realizado pelos pesquisadores revelou maior precisão na análise do 
estado de saúde do paciente. 
 
✓ Pontuação e grau de lesão: 
Após a avaliação e pontuação de todos os critérios, a fórmula 
aplicada é: 
 
Pontuação Final= Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] + 
Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2] 
 
Após isso é possível definir o grau de lesão: 
o Entre 13-15: Leve; 
o Entre 9 e 12: Moderada; 
o Entre 3 e 8: Grave; 
o Menor que 3: Coma. 
 
O traumatismo cranioencefálico pode ser classificado como leve, 
moderado ou grave, de acordo com a pontuação obtida pela Escala 
de Glasgow. Em cada um dos 3 parâmetros, é atribuído um escore entre 
3 e 15. Escores perto de 15, representam um nível de consciência normal 
e escores inferiores a 8 são considerados casos de coma, que são os 
casos mais graves e com mais urgência de tratamento. Um escore de 3 
pode significar morte cerebral, no entanto, é necessário avaliar outros 
parâmetros, para o confirmar. 
 
 
8. Entender a neurofisiologia da memória: curto e longo prazo. 
✓ Processo de Formação: 
O primeiro dos processos mnemônicos é a AQUISIÇÃO, que consiste 
na entrada de um evento qualquer nos sistemas neurais ligados à 
memória. Podem-se originar do mundo externo, conduzidos ao sistema 
nervoso através dos sentidos, ou então do mundo interior da pessoa, 
surgidos “misteriosamente” de nossos próprios pensamentos e emoções. 
 
Durante a aquisição ocorre uma SELEÇÃO: como os eventos são 
geralmente múltiplos e complexos, os sistemas de memória só permitem 
a aquisição de alguns aspectos mais relevantes para a cognição, mais 
marcantes para a emoção, mais focalizados pela nossa atenção, mais 
fortes sensorialmente, ou simplesmente priorizados por critérios 
desconhecidos. 
 
Após a aquisição dos aspectos selecionados de um evento, estes são 
armazenados por algum tempo: às vezes por muitos anos, às vezes por 
não mais que alguns segundos. Esse é o PROCESSO DE RETENÇÃO 
DA MEMÓRIA, durante o qual os aspectos selecionados de cada 
evento ficam de algum modo disponíveis para serem lembrados– na 
maioria das vezes essa retenção é temporária – esquecimento. Varia 
de indivíduo para indivíduo. Influenciada pela presença de distratores. 
 
O ESQUECIMENTO é uma propriedade normal da memória. 
Provavelmente desempenha papel muito importante como mecanismo 
de prevenção de sobrecarga nos sistemas cerebrais dedicados à 
memorização, e tem ainda a virtude de permitir a filtragem dos 
aspectos mais relevantes ou importantes de cada evento. Mas há 
casos em que o esquecimento é patológico, para mais ou para menos. 
Chama-se amnesia quando o indivíduo apresenta esquecimento 
“demais”, e hipermnésia quando ocorre o oposto - uma exacerbada 
capacidade de retenção que impede a separação entre aspectos 
relevantes e irrelevantes dos eventos. 
 
Dentre os vários aspectos de um evento, alguns serão esquecidos 
imediatamente, outros serão memorizados durante um certo período, e 
apenas uns poucos permanecerão na memória prolongadamente. 
Neste último caso, diz-se que houve CONSOLIDAÇÃO quando o 
evento é memorizado durante um tempo prolongado, às vezes 
permanentemente. 
 
Finalmente, o último dos processos mnemônicos e a EVOCAÇÃO/ 
LEMBRANCA, através do qual temos acesso a informação armazenada 
para utilizá-la mentalmente na cognição e na emoção, por exemplo, 
ou para exteriorizá-la através do comportamento. 
 
✓ Tipos de memória: 
A memória pode ser classificada devido a natureza da memória ou ao 
tempo de retenção do evento memorizado. 
o Memória de curto prazo o memória primária: este tipo de memória 
é a que retém a informação por menos tempo, até que ela seja 
esquecida ou guardada. É a memória de alguns fatos, palavras, 
número, letras e outros tipos de informações durante alguns 
segundo a um minuto ou mais, de cada vez, este tipo de memória 
está, geralmente, limitado a cerca de sete informações e, quando 
outras informações são acrescentadas a esse reservatório a curto 
prazo, a informação antiga desaparece. Pode se categorizar em: 
 
- Memória imediata: retém a informação logo que é recebida. Um 
exemplo é quando somos apresentados ao nome de uma pessoa 
que acabamos de conhecer. 
 
- Memória de Trabalho: Embora muitos pesquisadores a 
identifiquem como sinônimo de “memória de curta duração”, este 
conceito é muito simplista. A memória de trabalho é um sistema de 
multicomponentes, com capacidade limitada, relacionada à 
manutenção temporária e processamento da informação durante 
a realização de tarefas diversas. Quer um exemplo prático de 
memória de trabalho? Nós a utilizamos em cálculos mentais, por 
exemplo, quando executamos um conjunto de operações mentais 
simultaneamente. Ao fazer a multiplicação 73×73, para que 
possamos chegar ao resultado correto, devemos realizar várias 
manipulações com os números em ordem e ao mesmo tempo 
armazenar resultados parciais. 
 
o Memória de longo prazo: é o armazenamento, no cérebro, de 
informação que pode ser lembrada em ocasião anterior – muitos 
minutos, horas, dias ou anos depois. Este tipo de memória sido 
denominada memória fixa ou memória permanente. São elas: 
- Declarativa : São as lembranças que fazem parte dos fatos que 
você consegue contar. As perdas de memórias declarativas são 
comuns durante o envelhecimento e podem estar relacionadas ao 
fato de dar menos atenção aos fatos corriqueiros. Ao mesmo tempo, 
podem estar associadas a doenças como estresse crônico, 
depressão ou mesmo as temidas demências, como o Mal de 
Alzheimer. 
 
- Não-declarativas: São memóriasque não podem ser contadas 
ou ensinadas oralmente. Um bom exemplo disso é aprender a dirigir. 
Apesar da teoria, você só vai aprender se experimentar até que 
consiga realizar a atividade. 
- Semântica: Envolve os conhecimentos organizadores do mundo, 
por exemplo, lembramo-nos do dia que o Brasil foi descoberto e 
quem o descobriu. 
 
- Episódica: É a memória autobiográfica e envolve os 
acontecimentos da vida de uma pessoa, por exemplo, lembrar da 
sua formatura, do dia do casamento, da entrevista de emprego.

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