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Pigmentação Endógena e Exógena

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
ANGELO MENDES VALENTE
 
PIGMENTAÇÃO ENDÓGENA E EXÓGENA
MACAÉ
2011.2
PIGMENTAÇÃO
CONCEITOS:
Pigmento é a designação dada para a substância que possui cor própria e que têm origem, composição química e significado biológico diversos.
Pigmentação é o processo de formação ou acúmulo, normal ou patológico, de pigmentos em certos locais do organismo.
As pigmentações são divididas em duas classes:
Pigmentação Exógena: O termo exógeno significa “de fora”, portanto, a pigmentação que causará a patologia.
Pigmentação Endógena: significa “de dentro”, nos dizendo que e patologia é que causará a pigmentação. Sendo ainda divididas em Hemáticas e Melânicas.
PIGMENTAÇÃO EXÓGENA: 
Pigmentação por pigmentos de origem externa ao corpo.
 Esses pigmentos podem penetrar no organismo juntamente com o ar inspirado, com alimentos deglutidos ou até mesmo por via parenteral (injeções e  tatuagens). Os pigmentos se depositam em geral nos pontos dos primeiros contatos com a mucosa ou pele, podendo ali ficar ou ser eliminados/transportados para outros locais como a circulação sanguínea e linfática, ou por macrófagos.
A pigmentação exógena pode ser dividida nos seguintes tipos:
1. Antracose:
 São pigmentações por  sais de carbono. Dos pigmentos inalados o mais frequente é a poeira do carvão. A antracose é encontrada nos fumantes e em todos os indivíduos, principalmente adultos e idosos, moradores das grandes cidades que são expostos à poluição.
 Sendo comum sua passagem por vias aéreas chegando aos alvéolos, os pigmentos são fagocitados pelos macrófagos alveolares, transportados através dos vasos linfáticos aos linfonodos regionais. O acúmulo de pigmentos que não são lisados, produz uma coloração negra nas partes afetadas, sob formas de manchas irregulares no parênquima do pulmão. A antracose em si, não gera grandes problemas, mas sua evolução pode originar disfunções pulmonares graves, principalmente em trabalhadores que estão expostos à poeira do carvão frequentemente. Cor: varia do amarelo-escuro ao negro. 
.
Antracose no pulmão
2. Siderose: 
 Pigmentação por óxido de ferro. Atinge o pulmão por inalação de partículas de ferro. Atingem principalmente trabalhadores de mineradoras de hematita, soldadoras e trabalhadores que manipulam pigmentos com óxido de ferro.
3. Argíria: 
 São pigmentações por sais de prata nos tecidos. Geralmente é oriunda por contaminação sistêmica por medicação, manifestando-se na pele e na mucosa bucal. Cor: acinzentada e azul- escuro, e enegrecida se a prata sofrer redução.
 Na arígira, a pele afeatada tem cor cinza-azulada
4. Bismuto: 
 Atualmente é raro de ser visto, sendo comum  na terapia para sífilis. Cor: Enegrecida.
5.Tatuagem: 
 É uma forma de pigmentação exógena usualmente limitada à pele, na qual resulta da introdução de pigmentos insolúveis na derme, acidental ou propositalmente. As tatuagens são permanentes ou transitórias, conforme o pigmento seja introduzido na derme ou no estrato córneo da epiderme.
É feita por sais de enxofre, mercúrio, ferro e entre outros corantes. A cor varia do tipo de pigmento presente.
6. Saturnismo: 
 Contaminação por sais de chumbo. Cor: azulada ou negra dependendo da profundidade do tecido onde se encontra.
7. Tatuagem por Amálgama: 
 Áreas de coloração azulada na mucosa bucal, decorrente da introdução de partículas de amálgama na mucosa. Essa introdução pode ser feita devido uma lesão na mucosa no lugar da restauração no momento da introdução do amálgama na cavidade.
PIGMENTAÇÃO ENDÓGENA: 
É a hiperprodução e acúmulo de pigmentos produzidos pelo próprio organismo.
A pigmentação endógena pode ser dividida em dois grupos: Pigmentos hemáticos, produzidos a partir da degradação da hemoglobina, e pigmentos melânicos, oriundos da melanina.
PIMENTOS HEMÁTICOS: 
 Esses pigmentos se originam da hemoglobina, proteínas compostas por quatro cadeias polipeptídicas e quatro grupos heme com ferro no estado ferroso (Fe++). Sua porção protéica é chamada de globina. 
A lise dessa estrutura origina os pigmentos denominados hemossiderina e bilirrubina.
1. hemossiderina: É uma espécie de armazenagem de íons de ferro cristalizado. Esse se acumula nas células, principalmente no retículo endotelial. É originado da lise das hemácias e representa uma das duas principais formas de armazenamento intracelular de ferro, e a outra é a  ferritina.
 
A deposição excessiva de hemossiderina no tecido pode ser localizada ou sistêmica.
-Hemossiderose localizada: Logo após um traumatismo, a hemorragia é vista como uma área vermelho-azulada, ou negro-azulada, devido a presença de hemoglobina desoxigenada. Com o início da degradação da hemoglobina e a formação de biliverdida e bilirrubina, a pele adquiri tonalidade verde-azulada a amarelada, e finalmente com a formação de hemossiderina, cor ferruginosa ou amarelo-dourado.
-Hemossiderose sistêmica: ocorre em consequência do aumento da absorção intestinal do ferro, observado especialmente nas anemias hemolíticas e após transfusões de sangue repetidas.
	Essa deposição excessiva de hemossiderina produz hipotrofia e fibrose do parênquima, resultando em cirrose hepática; hipotrofia do pâncreas, provocando diabetes; hipogonadismo e insuficiência cardíaca.
2. Bilirrubina (Bb):
Principal pigmento biliar, aproximadamente 80% da Bb provém da hemoglobina livre resultante de destruição das hemácias senescentes (velhas) pelos macrófagos no baço, fígado, medula óssea. 
Um aumento acentuado dos níveis sanguíneos da Bb não-conjugada, particularmente em recém-nascidos pode causar lesão cerebral irreversível, morte e, nos casos de sobrevida, seqüelas neurológicas permanentes. 
O conhecimento do metabolismo da Bb é essencial para o diagnóstico de várias doenças do fígado e sangue.
O aumento da produção de Bb ou distúrbio hepático na remoção do pigmento da circulação resultam na elevação de seu nível no sangue e no sinal clínico clássico, a icterícia (deposição da Bb na pele, mucosas, tecidos e órgãos, principalmente fígado e rins, causando uma coloração do amarelo ao negro), assim como seu aumento na bile pode levar à formação de cálculos pigmentares, podendo causar pancreatite aguda.
 
3. Hematoidina: Pigmentos de coloração mais amarelada que a hemossiderina, constituída de lipídios após a degradação de hemácias extravasadas pelos macrófagos. A hematoidina não ter repercussões no organismo.
PIGMENTOS MELÂNICOS: 
 Produzido por melanoblastos, a melanina tem cor castanho-enegrecida, sendo responsável pela coloração das mucosas, pele, globo ocular, neurônios, cabelos, e etc. O processo de síntese da melanina é controlado por hormônios, principalmente da hipófise e da supra-renal e pelos hormônios sexuais. Caso haja uma disfunção nessas glândulas pode gerar uma alteração na produção de melanina causando aumento ou diminuição (hiper e hipopigmentação) e originando diversas doenças.
O aumento generalizado dessas pode se manifestar das seguintes formas:
- Nevus Celulares: Localização heterotrópica de melanoblastos (na camada basal da epiderme), podendo ser planos ou elevados.
- Melanomas: Manchas escuras de natureza cancerosa. Ocorre o aumento dos melanócitos, que encontram-se totalmente alterados, originando um tumor maligno.
- Efélides ou Sardas: hiperpigmentação da membrana basal causada por melanoblastos.
Sardas melanoma
- Mancha mongólica: Mancha escura principalmente na região do dorso sacral.
A diminuição localizada da pigmentação pode causar:
- Vitiligo: causado pela diminuição da quantidade de melanócitos produtores de pigmentos na piderme, manifestado clinicamente como manchas claras. Os mecanismos podem estar relacionados aos fatores descritos abaixo:
- Herança: o fator genético presente é autossômico,dominante ou recessivo e multifatorial, ou seja, com provável participação de vários genes. 
- Auto-imunidade: o vitiligo tem sido considerado doença auto-imune devido à associação positiva com algumas doenças como tireoidites, diabetes mellitus e alopecia areata. 
- Fatores ambientais: 10 a 76% dos pacientes com vitiligo atribuem a doença a algum fator precipitante. É provável que o estresse, a exposição solar intensa e a exposição a alguns pesticidas atuem como fatores precipitantes da doença em indivíduos geneticamente predispostos.
- Albinismo: doença genética que pode envolver: a pele, o cabelo e os olhos, de herança autossômica recessiva; apenas os olhos, de herança recessiva ligada ao X. Sua ação se dá por mutação genética alterando o mecanismo de formação da melanina.
BIBLIOGRAFIA:
ESTÁCIO ENSINO SUPERIOR. Programa do Livro Universitário – Patologia Geral – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2008.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-05962004000300010&script=sci_arttext

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