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Giardia e ̈itrichomonas foetus Sanidade animal Introdução • Principal parasita de importância na clinica • Animal pode ser assintomático • Agente: Giardia duodenalis = Giardia intestinalis = G. Lamblia —> todas são as mesma • Acomete humanos e maioria dos mamíferos — potencial zoonótico (existem varias variantes, então uma variante pode causar a doença só em cão, ou só em gato, ou nos animais e nos huma- nos) Características do Agente: • Unicelular • Se adaptou em duas formas (de acordo com o ambiente, com o hospedeiro), sendo === Trofozoíto forma flagelada, sendo 8 ; - Possui uma estrutura que permite que ela se adi- ra no intestino delgado e se reproduza, sendo a forma ativa - Adesão na superfície das células intestinais/mu- cosa intestinal dos enterócitos - Reprodução por divisão binária: 1 da origem a 2, depois a 4 e assim vai Cisto, forma resistente - Quando sai da mucosa intestinal, se prepara para as condições de fora, produzindo de uma cama- da cística, ao seu redor - Dentro do cisto: massa de forma flagelada ; ele faz o encistamento - A partir do encistamento —> liberação de cistos nas fezes - Então, a forma de resistência é a forma de cisto - Excretado nas fezes —-> contaminação no meio ambiente —-> contamina água e alimentos - Pode durar no ambiente dias, até semanas, po- dendo durar de 1 a 2 meses Transmissão • Transmissão fecal oral • Infecção: ingestão dos cistos que estão na água e alimentos • Cistos se abrem no intestino e liberam os trofo- zoítos • Pode ocorrer quando animal tem diarreia, ocorrer a liberação dos trofozoítos com os cistos, isso por causa da rápida motilidade do intestino. Mas trofozóitos não resistem ao HCl do estômago, assim estes não causam infecção • PPP: Período pré patente: varia de 5 a 12 dias — é o período que vai da infecção até o inicio da ex- creção do agente Fatores de risco: • Elevada densidade populacional: criação intensi- va facilita a transmissão da doença • Locais que não tem práticas sanitárias ideias • Parques e praças públicas: contaminação ambi- ental • Veiculação hídrica: vai de transmissão importante da doença (tratamento químico da água — atra- vés do uso de cloro, não inativa o cisto da giar- dia) ; filtros retém o cisto da giardia Patogenia Fezes —-> Ingestão através da agua ou alimento contaminado —> giardia se adere a superfície dos enterócitos = causando micro lesões, podendo causar uma inflamação de intensidade variável; e pode causar esfoliação acelerada = estimula uma renovação/ troca rápida dos enterócitos, isso não é bom pois vai ter muitos enterócitos imaturos/pe- quenos e esses não conseguem produzir enzimas digestivas —> prejuízo na digestão As microvilosidades estão alteradas —-> diminui- ção da área de absorção Diminuição de lipase pancreática — responsável pela digestão de gordura, assim gordura não é ab- sorvida e é acumulada e é eliminada nas fezes (es- teatorreia) Os sais biliares emulsificam a gordura, e esse é o ambiente ideal para lipase pancreática quebrar a gordura —- mas a giárdia produz enzimas que ini- bem essa ação Possíveis complicações: alteração da microbiota intestinal, infecção bacteriana no intestino, presen- ça de sangue nas fezes (teve destruição das célu- las) Manifestações clinicas: • Fezes pastosas, fétidas • Diarreia • Esteatorreia • Dores abdominais • Emagrecimento • Desidratação • Vômito • Pode ocorrer de forma aguda e de forma crônica Aguda: manifestações de 1 a 2 semanas; organismo do animal pode montar uma resposta imune que vai ajudar no controle da doença - Animal com boa resposta imune, diminui o nu- mero de protozoários, e animal pode se tornar assintomático, sendo portador da doença —- em animais adultos. 90% dos animais monta uma resposta imune básica e evolui para portador as- sintomático. Mas de início, podem ter manifesta- ções e em outras infecções, por ja ter imunidade vão ser assintomáticos** - Esses animais mesmo se infectando novamente não vão ter manifestações mas eles continuam eliminando os cistos nas fezes por 110d mais ou menos - Já os filhotes e jovens quando tem as primeiras infecções apresentam manifestações Crônica: - Alguns animais nao conseguem montar a reposta básica —-> resposta insuficiente a giardia - Intermitente - Manifestações clínicas ocorrem por muito tempo — meses Diagnóstico • Coproparasitológico Exame direto: quando for amostra de diarreia (busca de trofozoíto) - Teste de elevada especificidade - Falso negativo. Só dá positivo com a presença de trofozoíto Métodos de flutuação: - Concentração dos cistos pela centrifugação. Uso da solução de sulfato de zinco a 33% - Com isso todos os cistos vão flutuar - Uma amostra: pode dar falso negativo, pois eli- minação de cisto é intermitente, não ocorre a todo tempo. Por isso é recomendado coletar no mínimo 3 amostras amostras no período de 5 dias SNAPs - teste rápido: - Detecta antígenos nas fezes Controle: • Se ambiente tiver contaminado, animal pode ser infectado novamente • Higiene ambiental = limpeza (restos de fezes, restos alimentares) e desinfeção: água fervente, desinfectante de amotina quaternária (inativa o cisto da giárdia em poucos minutos), sol (a expo- sição ao sol inata o cisto) ; manter áreas secas ; pedilúvio em caso de ONGs para impedir a veicu- lação de cistos Tratamento • Isolar o animal e tratar • Cistos podem ficar aderidos no pelo: recomendar banho nos animais • Febantel ou metronidazol/seccnidazol/timidazol • Monitorar eficácia —> fazer exame parasitológico em 4 dias Prevenção: • Vacina pra prevenir a doença/ sinais clínicos • A maioria dos animais já infectados se tornaram assintomáticos e portadores • A partir de 8 semanas de idade • 2 doses com intervalo de 2 a 4 semanas • Período de 35 dias depois da segunda dose co- meça a proteção contra uma nova infecção (va- cina impede a adesão do protozoário na mucosa do intestino= IgA e potencializa a resposta imune local IgG) • Depois de 1 ano = revacinar • Se o animal foi vacinado, e ele já está infectado, a vacina não vai impedir do animal ter a doença, mas pode diminuir as manifestações clinicas pela resposta imune • Mesmo que animal esteja vacinado: ele elimina cistos durante um pequeno tempo, sendo de 4d ̈itrichomonas foetus • Não forma cisto, fica na forma de trofozoíto • Se adere na superficie da mucosa do intestino grosso • Acomete os gatos • Se divide por reprodução binária • Produz toxinas que causam um inflamação = coli- te Manifestações clinicas: • • Em filhotes e animais jovens • Fezes pastosas • Presença de muco • Hematoquesia • Diarreia crônica - meses - podendo durar a anos • Animal tem a constante sensação que precisa defecar mas não sai nada = tenesmo —> poden- do levar a uma inflamação da região perianal **Não responsiva a antibiotico** Transmissão • Dura poucas horas no ambiente pois não forma cisto • Contaminação fecal = anima ingere agua, alimen- tos contaminados de utensílios, bebedouros e comedouros • Lambeduras —- higiene da pelagem • Animais adultos podem ser portadores assinto- máticos Diagnóstico Exame direto: observação das fezes na lamina • Lavado retal • Swab retal na parede do intestino grosso Na amostra diarreia • Cuidado com falso negativo Cultura específica: Swab na região retal e coloca em um frasco que é um meio de cultivo —-> protozoário de multiplica, observa no microscópio PCR: mais usado • Detecta e amplifica fragmentos de DNA • Pode usar o lavado retal, o swab ou as fezes • Detecta trofozoítos mortos, pedaços/ fragmen- tos e também quando ele está vivo Tratamento • Ronidazol — cuidados com efeito adverso de sis- tema neurológico
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