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AULA 9 – Certificação e Acreditação Certificação É o reconhecimento realizado por uma agencia, governamental ou não, de que uma organização atende a requisitos predeterminados para realizar tarefas especificas. Laboratório: a certificação tem objetivo de criar ( ou melhorar) os padrões da prática laboratorial; A certificação é voluntaria e o laboratório escolhe a agencia certificadora; É o modelo pelo qual uma terceira parte dá garantia escrita de que um produto, processo ou serviço esta em conformidade com os requisitos especificados. É a confirmação de que os requisitos prescritos estão sendo cumpridos, assim como os requisitos regulamentares ( legislações) em vigor, voltados para o produto ( no caso do laboratório, realização de exames). Modelo ISO Genebra, Suíça, (1947) surge uma organização não governamental, Internacional Organization for Standardization, que significa ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL PARA NORMATIZAÇÃO. ISO é a sigla que representa tal organização, a origem da palavra ISO vem do grego “isos”, que significa “igual. O objetivo da ISO é justamente este: criar parâmetros e padrões de igualdade para produtos e serviços.As normas são revistas a cada 5 anos. A empresa que conquistou a certificação ISO necessita de atualização para manter o padrão já obtido. Benefícios da certificação laboratorial Redução de desperdício Menos retrabalho Mais organização Maior produtividade Redução de acidentes de trabalho Maior previsibilidade de resultados Qualidade assegurada Melhor relacionamento de clientes e fornecedores Maior integração interna com funcionários e colaboradores participativos; Modelo ISO – Quem define as Normas As Normas são definidas por comitês que representam os países participantes. Os comitês cobrem mais de 200 áreas técnicas. As normas são utilizadas por empresas dos mais variados tipos e portes, em todos os continentes. Os princípios estipulados: Consenso: são levados em conta os pontos de vistas de todos os interessados. (Fabricantes, usuários, laboratório de analises, vendedores etc.) Aplicação Industrial global: Soluções globais para satisfazer as industrias e os clientes em todo mundo. Compromisso voluntario: Padronização Internacional conduzida pelo mercado. ISO SÉRIE 9000 Existe desde 1987, são 5 conjuntos de normas internacionais: ISO 9000, ISO 9001, ISO 9002, ISO 9003 e ISO 9004. O modelo nada mais é do que um sistema de gestão da qualidade e de normas para a garanti-la. No entanto, é um modelo flexível, que pode ser incorporado e adaptado as necessidades especificas de cada laboratório. ISO 9002 no laboratório O laboratório deve ter um Sistema de Qualidade documentado ( por escrito) em um Manual de Qualidade e Procedimentos. Destacamos que a aplicação da Norma ISO 9002 em laboratório clinico apresenta similaridade com a área de manufaturas, funcionando como uma fabrica que tem como produto final o resultado de exames. ISO 9002 no laboratório Em geral, as não-conformidades de laboratórios associadas a fatores que podem ser combatidos com a implantação do sistema ISO, como por exemplo: Gerencia e Supervisões deficientes; Falta ou insuficiência de métodos padronizados de trabalho, tanto na realização quanto nos cuidados em coleta e manuseio de amostras, emissões de laudos, etc. Falta de treinamento da equipe. Essas deficiências podem ser eliminadas ou drasticamente reduzidas com a doção e implementação de Qualidade, como o estabelecimento da Norma ISO 9002. Etapas para a certificação Conscientização da importância das ações e do impacto das CERTIFICAÇÕES: todos devem estar envolvidos. Procedimentos claramente definidos: o que fazer, como, para quê, quando, onde e quem deve fazer. Documentação organizada atendendo os requisitos ISO; Elaborar o Manual da Qualidade que consolida todos os métodos, instruções, ações corretivas e todos os elementos necessários para o bom desempenho das atividades organizacionais. Obtenção da certificação Laboratório realiza auditoria interna, verificando se as metas foram atingidas; (Formação de Auditor Interno ISO 9001:2008) Laboratório solicita uma instituição ou uma empresa, credenciada, a realizar a auditoria; (auditor não dita regras, mas sim confere se aquilo que a empresa esta cumprindo e pode ser comprovado. Obtenção da certificação significa uma mudança de mentalidade, disseminar uma cultura organizacional voltada para a qualidade. Quem certifica o QUÊ Uso da terminologia ISO 9000 é utilizado para designar laboratórios que conquistaram um grau de excelência em vários níveis (ISO 9001, 9002, 9003, etc). Lembre-se que: A ISO não realiza auditoria; auditorias são realizadas por entidades publicas ou privadas; ISO é um modelo de gerenciamento; autogerenciamento eficiente, controlando aquilo que executa; Vitorias e fracassos! AUDITORIA Quais os tipos de auditoria existentes? Primeira parte: conhecida como auditoria interna. Quando o próprio laboratório realiza auditoria nos seus processos para avaliar o atendimento aos requisitos. Geralmente, realizadas por pessoas do próprio laboratório que foram capacitadas como auditores e receberam treinamento sobre a norma. Segunda parte: realizada por uma organização a um fornecedor. Exemplo: um laboratório auditar um laboratório de apoio ou um fornecedor de insumos e reagentes. Terceira parte: conhecida como auditoria externa, ocorre quando uma instituição independente ( acreditadora ou certificadora) realiza uma auditoria no laboratório. Esse processo é voluntario, sistemático, e ocorre a intervalos programados e definidos em contrato com o órgão certificador ou acreditador. O que deve ser considerado ao elaborar uma auditoria interna? Primeiro é considerar qual norma será auditada. Para agrupar os itens iguais. A documentação deve ser analisada previamente às auditorias anteriores, investigação de não conformadas, as causas, ações corretivas realizadas. A equipe é composta por um auditor líder, que coordenará a execução dos trabalhos. Deve ser definidos os setores auditados, sendo importante que ocorra no momento de pico de execução dos exames. O tempo a ser feito pelo auditor em cada etapa. Etapas de auditoria Reunião de abertura Auditoria : revisão dos documentos, visitas as áreas Reunião de equipe de auditores: verificar os achados se são pontuais ou sistêmicos, fragilidades Elaboração do relatório Reunião de encerramento Identificação de problemas O auditor deve aplicar a técnica de “ler”, “observar” , “perguntar” e “descobrir” para examinar evidencias de não conformidades. Qual o perfil de um auditor interno? Deve conhecer a norma a ser utilizada e de ser familiarizado com o sistema de qualidade ao qual o laboratório esta estruturado. Deve ser uma pessoa que goste dessa atividade, e que seja de preferencia um profissional do próprio laboratório. Objetivo da auditoria interna é avaliar e prestar ajuda á direção, muitas vezes identifica pontos fracos e ameaças ao sistema da qualidade de forma rápida e eficiente. Acreditação O que é Acreditação? É o reconhecimento de competência técnica. Relaciona-se com tarefas técnicas especificas, tais como as de um laboratório ensaios ou calibração, laboratórios de diagnósticos ou de um organismo de certificação ou inspeção, em que as normas especificas estabelecem o grau de competência exigido. As normas para acreditação de serviços de saúde geralmente são desenvolvidas com envolvimento das comunidades médicas, cientificas, técnica e clinica e podem ser utilizadas no desenvolvimento do sistema de gestão dos serviços e na manutenção de suas próprias competências. Podem ser utilizadas pelos organismos de acreditação para confirmarem ou reconhecerem a competência desses laboratórios por meio de acreditação. Acreditação é o procedimento de avaliação dos recursos institucionais,voluntário, periódico, reservado e sigiloso, que tende a garantir a qualidade da assistência através de padrões previamente aceitos. O que é Acreditação? Uma espécie de ramificação do programa de qualidade total, porém voltado a instituições da área da saúde; Racionalização dos serviços de maneira a garantir a qualidade médico-hospitalar; Garantir o cumprimento de normas de qualidade, favorecendo cada indivíduo como paciente e cidadão. Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos A acreditação se preocupa com o laboratório inteiro ( instalações, capacitação, objetividade, competência e integridade). A acreditação avalia a capacidade e a competência e profissionais e da entidade de acordo com normas aplicadas por igual a todos os laboratórios de uma mesma categoria. Programas de acreditação para laboratórios existentes no Brasil • DICQ/SBAC – Programa de Credenciamento do Sistema da Qualidade de Laboratórios Clínicos • PALC/SBPC – Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos DICQ/SBAC REQUISITOS DA DICQ estão dispostos em Manual de Credenciamento, o qual foi embasado nas normas ISO 9000, ISO/TC -212 e NBR/14500. São 94 requisitos relativos a organização ( funcionamento, pessoal e exames); estrutura física (instalações e áreas técnicas especiais); equipamentos; reagentes; processos (CIQ e CEQ, preparo do paciente/cliente e da coleta, atendimento ao paciente/cliente, identificação da amostra, realização de exames, laboratório de apoio ou de referencia, laudo e registro); documentação; arquivamento; segurança de trabalho e descarte de material biológico; auditorias internas e ações corretivas e preventivas. DICQ/SBAC O laboratório clinico deve realizar, no mínimo, os exames constantes do Programa Básico estabelecido pelo Programa Nacional de Controle de Qualidade – PNCQ, patrocinado pela SBAC. O credenciamento do DICQ tem validade de 3 anos, devendo o laboratório clinico ser auditado para a verificação da manutenção de credenciamento. DICQ Dentre os pré-requisitos para participar do DICQ, o laboratório deve estar legalmente habilitado, possuir instalações adequadas e pessoal capacitado e em número suficiente para realização dos exames. Além disso, deve ter sistema de controle interno já em funcionamento, e estar realizando um Programa de Controle Externo reconhecido, por pelo menos um ano, com bom desempenho. No site da SBAC (www.sbac.org.br), é possível preencher a ficha de inscrição, solicitar credenciamento e se informar sobre contrato e valores. http://www.sbac.org.br/ PALC/SBPC Programa independente, patrocinado pela Sociedade Brasileira de Patologia Clinica Medicina Laboratorial ( SBPC/ML), que adotou como critério as Boas Práticas para Laboratório Clinico (BPLC). O PALC segue o método de auditorias periódicas realizadas por pares. A acreditação possui os níveis 1, 2 (pleno) e 3 ( com excelência). O primeiro nível do PALC possui 173 critérios, que correspondem áreas de organização e instalação, equipamentos e reagentes, manual da qualidade, POPs, registros, CIQ e CEQ, informática, atendimento ao paciente, cadastro, laudos, amostras e laboratórios de apoio. O PALC é acessível a qualquer tamanho de laboratório. PALC Laboratório participar do PALC é preciso se inscrever no programa, apresentar documentos que mostrem a autorização legal para funcionar, possuir registros que comprovem a existência de um programa de controle interno da qualidade há, pelo menos, 100 dias. Também é preciso comprovar a participação em ensaio de proficiência - como o PELM -, apresentando, no mínimo, um relatório de avaliação. PALC A avaliação do laboratório é feita em uma auditoria realizada por profissionais do setor de diagnóstico laboratorial, com formação de nível superior, habilitados legalmente para exercer a responsabilidade técnica de laboratórios clínicos e com especialização nessa área. Os auditores também devem ter experiência comprovada na atividade de laboratório, conhecimentos de qualidade e serem aprovados no Curso de Formação de Auditores PALC, realizado periodicamente pela SBPC/ML. Atualmente, a equipe de auditores do PALC é formada por médicos patologistas clínicos, farmacêuticos- bioquímicos e biomédicos com especialização em análises clínicas. Em maio de 2004, 115 laboratórios participavam do programa da SBPC/ML. Destes, 60 eram acreditados e 55 se preparavam para a auditoria de acreditação. CAP College of American Pathologists http://www.cap.org/ CAP O Programa de Acreditação do College of American Pathologists (CAP) teve início nos primórdios da década de 60, quando o Governo Americano descobriu que muitos laboratórios estavam praticando serviços de má qualidade e decidiu criar uma fiscalização para laboratórios. Os laboratórios que não atendessem aos quesitos então estabelecidos pelo Governo seriam fechados. Diante disso, alguns patologistas sentiram-se indignados, uma vez que os quesitos do Governo eram inferiores àqueles prestados por esse grupo. http://www.cap.org/ CAP O CAP é um programa de participação voluntária que acredita laboratórios de patologia clínica e cirúrgica incluindo bancos de sangue. O laboratório que se candidata a acreditação é inspecionado por uma organização acreditadora privada, sem fins lucrativos, aprovados por organizações americanas denominadas "Centers for Medicare and Medicaid Services" (CMS). Os requisitos do CAP são equivalentes ou mais rigorosos do que os requisitos reguladores dos CMS. O processo de acreditação compreende de duas fases: encaminhamento da solicitação de auditoria e dados da organização predeterminados e auditoria local propriamente dita. CAP Iniciaram então, um processo de auditoria por pares (profissionais que trabalhavam na mesma área), fundamentado em critérios cujo objetivo principal era o de educar e trocar experiências entre profissionais. A partir daí, o programa cresceu e tornou-se o "Golden Standard" (Padrão Ouro) da acreditação de laboratórios no mundo. Este programa de Acreditação Internacional visa promover a segurança do paciente com alta qualidade no atendimento dos laboratórios de patologia e serviços prestados, por meio da educação, definição de padrões de qualidade específicos, avaliação de processos laboratoriais e atendimentos aos requisitos. A re-acreditação do CAP ocorre a cada dois anos. Programa de Acreditação em Diagnósticos por Imagem ONA Organização Nacional de Acreditação A Qualidade na Saúde O impacto da Qualidade no serviço de saúde vai além do cuidado ao paciente, incluindo também a família e a sociedade; O Surgimento da Qualidade na Saúde Colégio Americano de Cirurgiões – Programa de Padronização Hospitalar (1924); Garantiu um conjunto de padrões para melhorar a qualidade da assistência: Organização do corpo médico; Exercício da profissão; Conceito do corpo clínico; Preenchimento do prontuário; Recursos diagnósticos e terapêuticos, e a existência de um laboratório clínico e departamento de radiologia. O Surgimento da Qualidade na Saúde Primeira avaliação de hospitais após o PPH: De 692 hospitais com mais de 100 leitos avaliados, somente 89 cumpriram os padrões. Já em 1950, 3.290 hospitais aprovados. O Surgimento da Qualidade na Saúde Na década de 60 a maioria dos hospitais atingiu os padrões mínimos de qualidade, então a Joint aumentou o grau de exigência; Na década de 70 foi publicado o Accreditation Manual for Hospital, com padrões ótimos de qualidade, considerando processos e resultados. Qualidade da Saúde no Brasil Década de 30 – Censo hospitalar do estado de São Paulo, primeira proposta de regionalização e hierarquização; 1951 – 1° Congresso Nacional do Capítulo Brasileiro do Colégio Internacional de Cirurgiões: Padrões mínimos para Centro Cirúrgico Planta física e organização da unidade hospitalar Componentes do prontuário médico Normas gerais para funcionamento do hospital Qualidade da Saúde no Brasil Na década de 90, surgiram iniciativas para a qualidade em diversos estados; Em 1994 o Ministério da Saúde lançou o Programa de Qualidade e estabeleceu a Comissão Nacional de Qualidade e Produtividade em Saúde; O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade estabeleceu a qualidade como projeto prioritário para o Ministério da Saúde para os anos de 97/98; Qualidade da Saúde no Brasil Em 1997 o Ministério da Saúde anunciou medidas para desenvolver a Acreditação; Em 1998 foi lançado oficialmente o Programa Brasileiro de Acreditação e foram elaboradas propostas para o Sistema Nacional de Acreditação; Qualidade da Saúde no Brasil No período entre 98 e 99, o Ministério da Saúde iniciou o projeto “Acreditação no Brasil”, para melhorar a compreensão sobre o Sistema Brasileiro de Acreditação; O projeto resultou na criação da ONA. Organização Nacional de Acreditação Organização privada, sem fins lucrativos e de interesse coletivo; Implantação e implementação nacional de um processo de melhoria da qualidade da saúde; Credencia as Instituições Acreditadoras para avaliar e certificar a qualidade nas instituições de saúde. Níveis de Acreditação Metodologia ONA 1- Nivel Acreditado ONA 2- Nivel Acreditado Pleno ONA 3- Nivel Acreditado com Excelência Acreditação Canadense Joint Commission International Origem Brasil (1998) Brasil (1998) Brasil (1998) Canadá (1958) Estados Unidos (1951) 3 anos Número de certificações no Brasil. (JUL/10) Informaçoes Estrutura, assistência, segurança do paciente e gestão de riscos. Base Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Required Organizational Practices (ROPs) Joint Commission International Accreditation Standards for Hospitals Foco Estrutura: certifica os recursos físicos, materiais, equipamentos, financeiros, organizacionais, humanos, gestão da segurança Processo da assistência: certifi ca o que e como é feito para os pacientes Resultados: certifica os resultados obtidos em relação ao estado de saúde dos pacientes e sua satisfação com o sistema de prestação do serviço Estrutura, assistência, segurança do paciente e gestão de riscos. Validade 2 anos 2 anos 3 anos 3 anos 22 www.ona.org.br www.ona.org.br www.ona.org.br www.iqg.com.br www.cbacred.org.br 53 100 73 6 Certificação ONA – Nível 1 Princípio: Segurança (estrutura); Padrão: Atende aos requisitos formais, técnicos e de estrutura para a sua atividade conforme legislação correspondente; Identifica riscos específicos e os gerencia com foco na segurança; Gerenciamento de riscos. Certificação ONA – Nível 1 Itens de orientação: Responsabilidade técnica conforme legislação; Corpo funcional habilitado ou capacitado para as necessidades dos serviços; Condições operacionais que atendam aos requisitos de segurança para o cliente; Identificação, gerenciamento e controle de riscos sanitários, ambientais, ocupacionais e relacionados à responsabilidade civil, infecções e biossegurança. Gerenciamento de riscos Risco e Fator de Risco • É a probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma população ou grupo, durante um período determinado; • É estimado sob a forma de uma proporção (razão entre duas grandezas, na qual o numerador se encontra necessariamente contido no denominador). Gerenciamento de riscos Químico Acidentes Ergonômico Biológico Físico Certificação ONA – Nível 2 Princípio: Organização (processos); Identifica, define, padroniza e gerencia os processos e suas interações sistemicamente; Estabelece sistemática de medicação e avaliação dos processos; Possui programa de educação e treinamento continuado, voltado para a melhoria de processos. Certificação ONA – Nível 2 Itens de verificação: Identificação, definição, padronização e documentação dos processos; Documentação (procedimentos e registros) atualizada, disponível e aplicada; Definição de indicadores para os processos identificados; Medição e avaliação dos resultados dos processos; Grupos de trabalho para a melhoria de processos e interação. Certificação ONA – Nível 3 Princípio: Excelência na Gestão (Resultados) Utiliza perspectivas de medição organizacional, alinhadas às estratégias e correlacionadas aos indicadores de desempenho dos processos; Dispõe de sistemática de comparações com referenciais externos pertinentes, bem como evidências de tendência favorável para os indicadores; Apresenta inovações e melhorias implementadas, decorrentes do processo de análise crítica. Certificação ONA – Nível 3 Itens de verificação: Sistema de indicadores de desempenho focalizando as perspectivas básicas com informações íntegras e atualizadas, incluindo informações de referenciais externos pertinentes; Estabelecimento de uma relação de causa e efeito entre os indicadores e os resultados; Lógica para a definição dos níveis Não se avalia setor ou departamento isoladamente, o hospital somente é acreditado se todos os serviços atingirem o mesmo nível de qualidade; O funciomento de um componente interfere em todo o conjunto e no resultado final. Lógica para a definição dos níveis Padrões de complexidade crescente e correlacionados; Para se alcançar um nível de qualidade superior, os níveis anteriores devem ter sido atingidos. Níveis de certificação De acordo com a adequação aos critérios estabelecidos no Manual: Nível 1:Acreditado (atende aos requisitos básicos); Nível 2: Acreditado Pleno (requisitos básicos mais procedimentos padronizados); Nível 3: Acreditado com excelência (requisitos básicos, procedimentos padronizados mais indicadores) Vantagens da Acreditação Instrumentos de gerenciamento; Critérios e objetivos concretos, adaptados à realidade brasileira; Uso do processo como ferramenta de motivação, disseminação e consolidação da Política de Qualidade; Qualidade da assistência; Segurança para os pacientes e profissionais. Vantagens da Acreditação Reduz as responsabilidades; Reduz os riscos; Aumenta a segurança dos usuários; Agrega valor a imagem da Instituição; Estabelece estrategicamente um diferencial em relação a concorrência. Dados da ONA Certificação N° Acreditado 50 Acreditado Pleno 38 Acreditado com excelência 64 Total 152 Fonte: www.ona.org.br (09/11/2011) Hospitais Acreditados por Nível BRASIL Estado N° SP 67 MG 25 PR 13 RJ 11 RS 6 DF 5 ES 5 BA 3 CE 3 PA 3 SC 3 PE 2 AL 1 GO 1 MA 1 PB 1 RN 1 SE 1 Total 152 Fonte: www.ona.org.br (09/11/2011) BRASIL Hospitais Acreditados Realidade da Qualidade no Brasil Boa parte dos serviços de saúde existentes no Brasil não são seguros nem eficientes; A maioria dos hospitais brasileiros sequer atende a legislação vigente; Qualidade percebida x Qualidade real; Apenas 231 hospitais acreditados no Brasil (56 acreditados, 102 acreditados pleno e 73 acreditados com excelência. Dados Preocupantes Em cada 100 admissões de pacientes há 6,5% de eventos adversos relacionados à medicação; 40 a 70% dos eventos adversos são evitáveis; Eventos adversos relacionados à medicação são o tipo mais comum de evento adverso não cirúrgico; Casos reais Guillermo L, um paciente diabético de 51 anos, aos despertar da anestesia depois de submeter-se a uma cirurgia para a retirada de carcinoma no pé direito descobriu espantado que lhe haviam amputado o pé esquerdo. O chocante da situação é que depois tiveram de amputar-lhe o pé direito. A Assustadora História da Medicina Ediouro, 2002 Casos Reais Bebê tem parte do dedo cortado em hospital de São Paulo Uma menina de 1 anode idade teve parte do dedo mínimo cortado por uma auxiliar de enfermagem no Hospital Geral do Mandaqui, na zona norte da capital paulista. O incidente aconteceu enquanto a profissional retirava uma bandagem colocada para imobilizar a mão da criança enquanto ela recebia medicação intravenosa. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a menina foi encaminhada ao centro cirúrgico assim que foi constatado o ferimento, mas não houve a possibilidade de reimplante do tecido cortado. O Conjunto Hospitalar do Mandaqui determinou o afastamento por tempo indeterminado da auxiliar de enfermagem. Uma sindicância deverá ser aberta nesta segunda-feira para apurar o ocorrido e o caso será encaminhado ao COREN que definirá as sanções profissionais cabíveis. A SES ainda informou que a auxiliar de enfermagem trabalha há cerca de 10 anos no hospital e pode ser exonerada caso seja constatada falta grave. Os familiares da criança registraram boletim de ocorrência e foram à delegacia acompanhados por uma enfermeira do hospital. Site Uol, jan/11 Carta Controle Ou Planilha Ferramenta originada no Controle Estatístico do Processo: Coleta de dados consecutivos, com amostragem apropriada; Os limites de controle são calculados (faixa de tolerância). Análise se a frequência estudada forma padrões e que características do processo podem ser identificadas por meio dos dados. Diagrama Causa-Efeito Histograma Conclusão Gestão da Qualidade: Satisfação e segurança do paciente; Segurança para os profissionais; Responsabilidade sócio-ambiental; Racionalização do uso dos recursos materiais; Melhoria da imagem institucional. Conclusão O sistema de gestão da qualidade nos serviços de saúde não vem para burocratizar a assistência, mas sim para torná-la mais segura e eficiente, através da busca por melhores resultados. Pontos importantes do SGQ : Desempenho CIQ e AEQ; Reclamações de clientes; NC em amostras, cadastros e laudos; Desempenho de fornecedores; Proteção e confidencialidade das informações; Recursos, segurança, educação continuada e treinamento; Sistemática de ações corretivas; Resultados de auditorias internas; Indicadores da qualidade; Identificação de oportunidades de melhoria REFERENCIAS http://www.controllab.com.br/qualifique/pop_ed05_acreditacao.htm Gestão de Controle de Qualidade no Laboratório Clínico – 2 edição – editora Médica Missau autores: Valter T. Motta; José Abol Correa e Leonardo R. Motta. http://www.controllab.com.br/qualifique/pop_ed05_acreditacao.htm
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