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INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NO COMPORTAMENTO DE ADOLESCENTES

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INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NO COMPORTAMENTO DE ADOLESCENTES 
 
A Internet e as redes sociais 
 
Em 1988 a internet chegou ao Brasil, mas somente em 1991 conseguiu alcançar 
a sociedade em geral, mesmo que bem tímida no início, com o surgimento do World Wide 
Web (www), e com isso os navegadores, contribuindo para que o manuseio e acesso das 
páginas se tornasse popular e sem muita dificuldade. Em 1995 foi criado por Bill Gates o 
Internet Explorer e em 1997 já existiam a 80 milhões de usuários no mundo inteiro. Em 
1999 foi incorporado nos telefones celulares o uso da internet (PINHO, 2000; FERRARI, 
2003; ERCILIA; GRAEFF, 2008). 
Quando a internet começou a ser utilizada fora do âmbito militar abrangendo o 
campo de ciência e pesquisa, os usuários se comunicavam especificamente através de 
grupos de discussão que eram criados com assuntos característicos e mediante um 
cadastro, poderiam enviar artigos e fazer comentários. Posteriormente esses fóruns 
evoluíram podendo qualquer um usuário criar grupos de qualquer tema para debates e 
informações. Mesmo que os fóruns sejam utilizados até hoje, as ferramentas começaram 
ficar desgastadas no sentindo imediatismo, surgindo então em 1988, o primeiro bate-papo 
em tempo real, o IRC (Internet Relay Chat) criado pelo finlandês Jarkko Oikarinen (PINHO, 
2000; FERRARI, 2003). 
Como uma das mais recentes evoluções da comunicação via internet, surgiram 
as redes sociais, inicialmente com o Orkut, uma ideia que mistura a produção de conteúdo 
dos blogs e páginas pessoais em geral com a interatividade instantânea do bate-papo. 
Inúmeras são as redes sociais atualmente, entre elas podemos citar: Flickr, Youtube, 
Facebook, Twitter, G+, MySpace, Tik Tok e Instagram. 
Entende-se por redes sociais os “sistemas que permitem a construção de uma 
persona através de um perfil ou página pessoal, a interação através de comentários e a 
exposição pública da rede social de cada ator”. Diferenciando-se das outras ferramentas 
por proporcionar a exposição pública, ou seja, são sites cujo foco principal está na 
exposição pública das redes conectadas cuja finalidade está relacionada a exposição 
(RECUERO, 2009, p. 102-104). 
A primeira rede social no formato que se conhece hoje surgiu em 1997 e 
chamava-se Six Degress, seguida pelas AsianAvenue, MiGente e LiveJournal (COUTTO, 
2013). 
De acordo com Aquino (2012), o facebook criado em 2004, teve seu 
nascimento no campus da Universidade de Harvard, atingindo seu ápice em 2006 e 
conquistando até 2012, a quantidade de 908 milhões de pessoas cadastradas . 
As redes sociais influenciaram de forma significativa em como os indivíduos 
avaliam os acontecimentos e respondem as ideias e ações lançadas. Como simplifica 
Coutto (2013, p. 1) essa perspectiva: “especialistas já não são mais especialistas; a 
multidão é”. 
As redes sociais inspiram os indivíduos, pois nelas é mais fácil expor suas ideias, 
sendo elas positivas ou não, o que atrai muito o adolescente, já que este busca em tempo 
integral livrar-se de controles de qualquer tipo, experimentado na sociedade real, escola, 
família, igreja (COUTTO, 2013) 
 
As redes sociais e sua influência no comportamento dos adolescentes 
 
Bauman (2011), Souza, Rezende e Mesquita et al (2012) partilham da mesma 
ideia explicando que o mundo virtual inspira os adolescentes por ser um ambiente que ele 
pode ser ele mesmo, sem ser tolhido ou criticado, pode escolher suas relações e como agir 
diante delas, o que os faz cada vez mais tenderem a desconectar-se do mundo real e 
conectar-se às relações virtuais. 
No mundo virtual há um número bem maior de relações, o contado com mil ou 
duas mil pessoas se faz acessível e facilitado, no entanto, geralmente são superficiais, 
oposto à vida real, onde o número reduzido de contatos diários fazem os vínculos se 
fortalecerem (BAUMAN, 2011). 
A inserção na sociedade atual para o adolescente tem a internet como principal 
porta por causa da rapidez, facilidade e abrangência. As comunidades virtuais, réplicas 
ampliadas dos grupos reais, possibilitam ainda aos adolescentes, a exposição de seus 
pensamentos e comportamentos já existentes e potencializados pelo incentivo de 
propagação bem como incentivam a realização de novos comportamentos (SOUZA; 
REZENDE; MESQUITA et al, 2012). 
Essa facilidade de comunicação e impressão de que o mundo pode está sempre 
disponível e dominado no ambiente virtual torna os indivíduos dependentes e a abstinência 
virtual pode levar ao desenvolvimento de transtornos, tanto de origem física como psíquica 
(BAUMAN, 2011). 
O agrupamento nas redes sociais é constituído geralmente por pessoas 
conhecidas “amigos” estendendo-se para “amigos de amigos”, porém aberto para “todos”. 
Esse espaço possibilita a aquisição de novos amigos, o que se caracteriza como ponto 
positivo para os usuários, principalmente os adolescentes que tem a intenção de angariar 
o número máximo de seguidores ou amigos já que é essa a tendência do mundo virtual. 
Baiocco et al. (2011 apud BARCELOS; ROSSI, 2014), acreditam na ideia que a 
internet contribui para o sucesso dos relacionamentos interpessoais, pois as redes sociais 
em especial permitem o contato instantâneo com as pessoas mesmo que estas não estejam 
próximas ou no mesmo território geográfico. 
O anonimato que o mundo virtual permite, facilita a expressão e escondem 
elementos que poderiam deixar o usuário em evidência, como a timidez, a aparência física, 
as limitações ou a sexualidade (TOSUN; LAJUNEN, 2009 apud BARCELOS; ROSSI, 2014). 
A influência das redes sociais para os adolescentes abrange desde a 
“adaptação à sua lógica, à sua linguagem, a seus pontos de entrada, à sua codificação e 
decodificação” até a indução para a realização de atos ou apoio de causas e ideias em 
massa. Moda, música, o que está em alta, o que pode ser descartado, perfil aceito, 
exclusões, vocabulário, entre outros são elementos que podem ser influenciados nas redes 
sociais, porém é importante assegurar que é uma influência de duas vias (JOHNSON, 
2001, p. 31). 
Assim, de acordo com o estudo de Barcelos e Rossi (2014), não há uma 
conclusão fechada sobre a influência das redes sociais para os adolescentes, visto que os 
aspectos podem variar assim como a influência da criação familiar e personalidade de cada 
um. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BARCELOS, R H; ROSSI, C A V. Mídias sociais e adolescentes: uma análise das 
consequências ambivalentes e das estratégias de consumo BASE – Revista de 
Administração e Contabilidade da Unisinos 11(2):93-110, abril/junho 2014 Disponível 
em: www.spell.org.br/documentos/download/31685 Acesso em: 
 
BAUMAN, Z. 44 cartas do mundo moderno líquido. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. 
 
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069/90. Distribuído pelo 
Conselho Municipal dos direitos da criança e do adolescente. São Luís: Lithograf, 2000. 
 
COUTTO, G. A Evolução das Redes Sociais. 04/03/2013 08:29 Disponível em: 
https://www.oficinadanet.com.br/post/10011-a-evolucao-das-redes-sociais Acesso em: 
 
ERCILIA, M; GRAEFF, A. A Internet. 2ª edição. São Paulo: Publifolha, 2008. 
 
FERRARI, P. Jornalismo digital. São Paulo: Contexto, 2003. 
 
JOHNSON, S. Cultura da interface: como o computador transforma nossa maneira de 
criar e comunicar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. 
 
MARKTEST Grupo. As classes sociais e as novas tecnologias. 12 de Fev. 2003. 
Disponível em: http://www.marktest.com/wap/a/n/id~1ec.aspx Acesso em 
 
PINHO, José Benedito. Publicidade e vendas na internet: técnicas e estratégias. São 
Paulo: Summus, 2000. 
 
RAPPAPORT, C. R.; FIORI, W; DAVIS, C. Psicologia do desenvolvimento. vol. 4. A idade 
escolar e a adolescência. São Paulo: EPU, 2003. 
 
RAPPAPORT, C R. Psicologia do desenvolvimento/ Clara Regina Rappaport (et al), 
coordenadora Clara Regina Rappaport. São Paulo: EPU, 1981. 
 
RECUERO, R. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009 
 
SOUZA, E.P.; REZENDE, A. O.; MESQUITA, A. C. R et al. Os adolescentes na rede: uma 
reflexão sobre as comunidades virtuais. ARQUIVO BRASILEIRO DE PSICOLOGIA, v.64, n. 
3 Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: Acesso em:

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