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Aula 06 - Curso Tutores em EaD

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Avaliação da 
Aprendizagem em EaD
AULA 06
100% 
ONLINE
CURSO 
LIVRE
cursos.fdr.org.br
EXPEDIENTE
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
Presidência: Luciana Dummar 
Direção Administrativo-Financeira: André Avelino de Azevedo 
Gerência Geral: Marcos Tardin
Gerência Editorial e de Projetos: Raymundo Netto 
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE)
Gerência Pedagógica: Viviane Pereira
Coordenação de Cursos: Marisa Ferreira
Design Educacional: Joel Lima
Front End: Isabela Marques
CURSO FORMAÇÃO DE TUTORES EM EAD
Coordenação Geral e Pedagógica: Viviane Pereira
Autor conteudista: Eduardo Junqueira
Projeto gráfico: Andrea Araujo e Kamilla Damasceno
Edição de Arte: Andrea Araujo
Designer: Kamilla Damasceno e Welton Travassos
Revisão e Edição: Raymundo Netto
SUMÁRIO
1. Introdução .........................................................................................4
2. Aspectos Gerais da Avaliação da Aprendizagem do Aluno na EaD .5
3. Modalidades de Avaliação ..............................................................11
4. Experiências Concretas em EaD .....................................................16
5. Modelo de Avaliação de Atividades de Aprendizagem em EaD .....18
6. Para Concluir essa Etapa da sua Formação de Tutor .....................22
Atividade de Aprendizagem deste Módulo ........................................24
Para Aprender Mais .............................................................................25
Referências ..........................................................................................26
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1. Introdução
Prezado/a aluno/a,
Esperamos que você esteja aproveitando bastante esse processo de 
aprendizagem e que tenha desenvolvido novas experiências de estudo ao 
longo desse curso, exercitando a sua autonomia para buscar e aprofundar 
seus conhecimentos sobre a formação e a atuação do tutor na EaD.
Esse curso busca apresentar a você alguns tópicos centrais dessa te-
mática e, assim, convidamos você a buscar outros conhecimentos nos 
livros indicados para leitura, nos websites de referência e também em 
outros materiais disponíveis na internet que venham a despertar o seu 
interesse. E, reiteramos, utilize sempre os canais de comunicação com 
a FDR para sanar as suas dúvidas.
Neste tópico final de encerramento de nosso curso, iremos abordar 
aspectos centrais da avaliação da aprendizagem. Isso lhe permitirá 
compreender a problemática da avaliação e atuar na avaliação de alu-
nos como tutor/a.
Lembre-se que ao concluir este curso você deverá preencher a nossa 
pesquisa de reação. Pedimos atenção especial para essa atividade, pois 
suas respostas nos permitirão conhecer sua opinião sobre o processo 
de aprendizagem vivido ao longo do curso e nos permitirá aprimorá-lo.
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2. Aspectos Gerais da 
Avaliação da Aprendizagem 
do Aluno na EaD
Popularizado em uma tirinha célebre, o personagem Chico Bento, 
criação do cartunista Maurício de Sousa, apesar de possuir um jeito sim-
plório de ser, carrega em si uma sabedoria peculiar. Observe a seguir 
essa conversa com a sua professora:
Chico Bento: Fessora! A senhora ia mi castigá pur arguma coisa qui eu 
num fiz?
Professora: Claro que não, Chico.
Chico bento: Inda bem, fessora, pruque eu num fiz a lição de casa, hoji.
O diálogo refere-se à certa malandragem do aluno tentando se precaver 
de uma possível reprimenda da professora e expressa diversos hábitos 
da sala de aula que, felizmente, tem cada vez menos espaços nos pro-
cessos educacionais contemporâneos: a punição do aluno. 
Ao contrário, a professora da tirinha adota uma posição de apoio e de 
compreensão para incentivar a aprendizagem e a aderência de Chico 
Bento às atividades escolares. O mesmo princípio tem sido aplicado às 
6
avaliações de aprendizagem, tendo sido descontinuadas práticas de 
arguição oral diante da classe e outras atividades que podem causar 
transtornos ao processo de aprendizagem do aluno, ao invés de cola-
borar para sua melhoria. Novos ares têm trazido novos olhares tam-
bém para a questão da avaliação.
As perspectivas atuais da EaD apregoam a prática de um processo de 
avaliação que contribua para o processo de aprendizagem do aluno, 
em vez de lhe causar temor e ensejar punição. Segundo Kenski (2010), a 
avaliação e o acompanhamento da aprendizagem se iniciam com a bus-
ca de formas específicas da EaD que possam contribuir para o sucesso 
do aluno. A autora cita os novos recursos de interação, as redes sociais, 
o uso de bases de dados e a convergência das mídias como alguns des-
ses elementos. Para Kenski, tudo isso deve ser pensando dentro do 
projeto educacional a ser desenvolvido, um novo curso, por exemplo: 
“Metodologias diferenciadas definem encaminhamentos do processo 
de aprendizagem de acordo com os ‘parâmetros’ estabelecidos, con-
teúdos, tempos, tecnologias, espaço, números e perfis dos estudantes 
e todos os procedimentos do processo pedagógico a ser desencadea-
do” (2010, p.61). Isso exige um acompanhamento e avaliação de todos 
os elementos que constituem o mencionado projeto educacional e não 
apenas a aprendizagem final do aluno.
Dessa forma, novas perspectivas avaliativas enfatizadas integram o 
elenco de saberes e práticas dos tutores.
7
Segundo Perrenoud (1999, p. 53)
a avaliação formativa refere-se a toda prática de avaliação con-
tínua que pretenda melhorar as aprendizagens em curso, contri-
buindo para o acompanhamento e a orientação dos alunos duran-
te todo o seu processo de formação. É formativa toda a avaliação 
que ajuda o aluno a aprender e a se desenvolver, que participa da 
regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido 
de um projeto educativo.
Campos et al (2007) comparam as práticas de avaliação do professor 
tradicional classificatório e a do professor crítico comprometido com a 
aprendizagem:
TRADICIONAL CRÍTICO
Gera clima tenso Ambiente amistoso 
Erro corrigido com punição Erro considerado fonte de aprendizagem
Provas encerram o processo 
de avaliar
Provas são uma etapa intermediária do processo
Valoriza o fracasso, pois impede 
que o erro seja corrigido
Exige grande comprometimento do professor 
com o desenvolvimento do aluno
Deteriora a autoestima do aluno Reforça a autoestima
Concentra a atenção em exames 
e notas
Concentra a atenção na aprendizagem do aluno
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Em entrevista à Revista Paide@, a professora e pesquisadora Edméa 
Santos (2008. s.p.) afirma que
os modelos de avaliação quantitativos não são avaliação. São exa-
mes. Os exames são instrumentos aplicados em momentos pon-
tuais, muitas vezes desvinculados dos processos de ensino e apren-
dizagem. Os exames apenas fazem diagnósticos da apreensão ou 
memorização de conteúdos conceituais ou factuais. Após este diag-
nóstico, os cursistas são classificados para continuar ou avançar em 
seus estudos. Não é de costume utilizar os dados dos exames para 
ressignificar o planejamento de novas situações de aprendizagem 
que, ainda no processo, ensejem novas e melhores aprendizagens.
Para que a avaliação seja de fato formativa e tenha caráter emancipa-
tório, afirma a pesquisadora, esta não pode ser alijada do processo de 
ensino e aprendizagem como um todo.
Polak (2009) reconhece que a avaliação em EaD necessita de novo 
enfoque e propõe uma avaliação que posicione o aluno enquanto au-
tor do processo de reconstrução do conhecimento, reconhecendo 
seu caráter processual. 
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Ao enfatizar a importância da avaliação formativa durante o processo 
de EaD, a autora destaca modelos e ferramentas de avaliação on-line 
dos diversos ambientes colaborativos de aprendizagem disponíveis. A 
autora afirma que “um processo de avaliação formativa se completa 
com outros elementos, como portfólios, fóruns, listas de discussão, se-
minários virtuais, chats etc. Os inúmeros modelos de sistemas colabo-
rativos existentes e suas respectivas ferramentas de comunicação e in-
teração visam à melhoria da avaliação em EAD” (p. 155).
As pesquisadoras Bassani e Behar (2009, p. 94) propõem que “a avalia-ção deve enfocar o caráter dinâmico e não-linear da aprendizagem”. As 
autoras enfatizam a importância de realizar a avaliação do produto si-
tuando-o no processo de aprendizagem, evitando descontextualizá-lo, 
portanto, do processo vivenciado pelo aluno. A partir de tal perspec-
tiva, as autoras propõem que “a avaliação da aprendizagem no plano 
individual pode levar em conta aspectos quantitativos, evidenciados a 
partir do número de acessos (no AVA, na disciplina e na ferramenta) e/
ou qualitativos, diretamente relacionados ao conteúdo das mensagens 
postadas” (p. 103).
10
Santos (2006) propõe a avaliação do processo de aprendizagem do 
aluno em que o professor deverá coletar (podendo contar com a ajuda 
de sistemas automatizados do AVA) e analisar novos tipos de informa-
ções e dados, entre eles os caminhos percorridos pelo aluno no material 
de estudo fornecido pelo professor, a frequência de consultas a fontes 
fornecidas pelo professor e aquelas localizadas pelos próprios alunos, 
ações e participação colaborativa do aluno, regularidade do contatos 
do aluno com o professor ao longo do período de estudos. São ações do 
docente que, em parte, procuram contemplar atividades intrínsecas às 
práticas do aluno da modalidade EaD.
Na EaD, tradicionalmente, o tutor realiza o acompanhamento do aluno 
no AVA e, neste caso, registra a participação do aluno (podendo regis-
trar o quantitativo e o qualitativo da ação) nos fóruns, chats e outros 
espaços do AVA, bem como a data dessas ocorrências. 
Esse registro, em geral, é feito em planilhas do tipo Excel para turmas 
maiores ou para um conjunto de turmas. Outros cursos têm propos-
tas pedagógicas diferenciada nos quais esse tipo de acompanhamento 
é desnecessário. 
11
O tutor deverá, também, avaliar os trabalhos entregues pelos alunos 
através do AVA, como textos ou listas de exercícios. Aqui também a prá-
tica se aproxima bastante do ensino presencial. No entanto, o tutor de-
verá procurar oferecer um retorno mais detalhado aos alunos, pois eles 
não terão a oportunidade de conversar sobre o resultado presencial-
mente. Recomenda-se que o tutor marque um chat com horário defi-
nido para esclarecer dúvidas dos alunos sempre que necessário. E, por 
fim, conforme proposto em artigo de nossa autoria, os tutores deverão, 
dependendo da proposta pedagógica do curso, valorizar e avaliar as 
atividades de aprendizagem realizadas pelo aluno na internet, fora do 
AVA. Nesse caso, incluem-se pesquisa de materiais na internet, como 
artigos, vídeos etc. O aluno poderá apresentar um breve relato de ativi-
dades realizadas e fontes consultados para que essa atividade de estu-
do seja considerada e avaliada.
3. Modalidades de Avaliação
Campos et al. (2003) identificam no nível macro as áreas de avaliação 
quantitativa e avaliação qualitativa:
• Quantitativo: Procedimentos formais com uso de escalas e atribuição 
de conceitos. O objetivo primordial está na verificação da medida 
em que objetivos do ensino foram alcançados pelo aluno. É 
preciso construir instrumentos de medição eficazes para saber o 
que foi aprendido pelo aluno.
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• Qualitativo: Processo contínuo (atitude do aluno, participação, 
interesse, espírito crítico, autonomia intelectual e níveis de cooperação 
com colegas). O dilema está em como medir esses aspectos, em 
particular no AVA. Pode-se observar e registrar todas as participações 
e interações nos diversos espaços (chats, fóruns etc.).
Aprofundando saberes no que se refere aos processos qualitativos, Krato-
chwill e Silva (2008) estabelecem as seguintes modalidades de avaliação:
• Diagnóstica: A avaliação diagnóstica compreende a identificação 
dos conhecimentos prévios dos alunos em determinada 
área, observando a existência dos requisitos básicos (conceitos, 
habilidades etc.) necessários a novas aprendizagens. É realizada no 
início do curso e tem em vista, entre outras coisas, estimar possíveis 
problemas de aprendizagem e suas causas (Haydt, 2002).
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• Formativa: Constitui o acompanhamento contínuo do aluno 
realizado ao longo do curso ou processo de formação. Seu objetivo 
é auxiliar alunos e professores a compreender e regular os processos 
de ensino-aprendizagem (Perrenoud, 1999). A avaliação formativa ou 
processual tem mais relevância do que os outros tipos, pois permite 
identificar os progressos e as dificuldades do aluno e informar os 
efeitos do trabalho do docente, possibilitando regular sua ação 
pedagógica. Em linha com visão progressista da educação, prioriza 
momentos-chave do processo de aprendizagem e contribui para o 
aperfeiçoamento, tanto do processo como do autoconhecimento 
do aluno em relação ao processo e à sua participação no mesmo.
• Somativa: Visa classificar os alunos de acordo com seus níveis de 
aproveitamento no processo de ensino-aprendizagem. É realizada 
ao final de um curso ou período letivo, segundo critérios previamente 
estabelecidos, e visa, a partir da aferição qualitativa de desempenho, 
a promoção do aluno de um nível para outro (Haydt, 2002).
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Campos et al (2007) incluem 2 outras modalidades, focando na apren-
dizagem on-line:
• Mediadora: Em que o professor faz o acompanhamento através 
da interação (trocas entre participantes da disciplina e do curso, 
através do AVA e nos momentos presenciais). Ocorre uma produção 
conjunta do saber pelo professor e alunos, através do estímulo ao 
diálogo. Esta se assemelha à formativa em diversos aspectos.
• Autoavaliação: Em que o aluno desenvolve o hábito e a habilidade de 
apreciar o próprio desempenho. O aluno desenvolve estratégias 
de análise e interpretação de suas produções.
Algumas questões norteadoras da autoavaliação que devem ser articu-
ladas pelo próprio aluno são:
• O que facilita e dificulta a minha aprendizagem?
• Como tem sido a minha participação individual e em grupo nas 
atividades da disciplina?
• Eu participo com afinco e dedicação?
• Eu cumpro os prazos?
• Eu sinto o aprimoramento nos meus estudos?
• Que caminhos poderei percorrer e que ações poderei desenvolver 
para continuar progredindo e melhorando minha aprendizagem?
Focando em algumas especificidades dos processos de aprendizagem 
na EaD, o documento intitulado Competências para a Educação a Dis-
tância, da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), esta-
belece que o tutor deve se dedicar à avaliação em três níveis:
15
Didático:
Monitorar a aprendizagem dos educandos, indicando de forma persona-
lizada os pontos fortes e fracos na avaliação da aprendizagem, suge-
rindo estratégias para consolidar o que foi aprendido para superar as di-
ficuldades encontradas. Avaliar o desenvolvimento do curso em relação 
a aprendizagem dos alunos, qualidade do projeto pedagógico, recursos 
educacionais complementares e o desempenho da própria tutoria.
Comunicação:
Avaliar o desenvolvimento do curso em relação ao processo comunica-
cional, contemplando as interações aluno-aluno, aluno-tutoria.
Gestão:
Disseminar informações sobre os resultados do curso para os diversos 
públicos, fornecendo subsídios para a tomada de decisões pelos res-
ponsáveis, tendo em vista a melhoria contínua.
Você poderia nos perguntar: E na prática dos cursos de EaD, como es-
sas ideias e procedimentos têm sido empregados? Que bons resultados 
têm gerado? 
A seguir, alguns desses elementos serão apresentados.
16
4. Experiências Concretas 
em EaD
Em um relato sobre cursos de EaD desenvolvidos na perspectiva 
da avaliação formativa, as pesquisadoras Otsuka e Rocha (2002) 
apresentaram as seguintes atividades desenvolvidas pela equipe de 
professores e tutores junto aos alunos:
Curso 1. Foi aplicada uma metodologia inovadora, de Avaliação Au-
têntica, que incluiu os seguintes elementos:
• Questões para geração de discussão: o professor ou tutor propõe 
questões que deverão ser discutidas pelos aprendizes por meio de 
fórum, chat ou por meio de outra atividade.
• Questões dissertativas: o professor ou tutor propõe uma questão 
e o aprendiz deve mostrar asua interpretação sobre o assunto 
aferido e tentar expressar suas ideias claramente, escrevendo sobre 
o assunto;
• Projetos autênticos: são projetos que envolvem a resolução 
de problemas da vida real. Preparam o aprendiz para a reflexão 
e aplicação dos conhecimentos em situações autênticas e 
para o desenvolvimento de métodos científicos, habilidades de 
comunicação e trabalho em grupo.
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Curso 2. Neste caso, o tutor realizou o acompanhamento da partici-
pação dos alunos nas seguintes atividades (mais tradicionais):
• Grupo de Interesses: realizada por meio da ferramenta Grupo de 
Interesses (pode ser uma comunidade ou grupo dentro ou fora do 
AVA). Nessas atividades são discutidos temas centrais do curso, e, 
ao final de cada discussão, cada participante elabora um relatório 
resumindo os tópicos principais da discussão;
• Seminários semanais: podem ser realizados por meio da ferramenta 
de chat ou webconferência. A cada seminário, um aprendiz ou cada 
equipe tem o papel de seminarista, sendo responsável por pesquisar 
o tema e preparar um texto relatando os resultados de sua pesquisa, 
além de coordenar e animar o debate, propondo tópicos a serem 
discutidos e mantendo o foco da discussão;
• Monografia: ao final do curso, após as discussões on-line, cada 
participante elabora uma monografia sobre um dos temas 
discutidos. A orientação pode ser on-line ou mista (com alguns 
encontros presenciais, o que é recomendável em diversos casos 
devido à complexidade do trabalho a ser realizado pelo aluno).
As autoras destacam que “em um curso a distância, o acompanhamen-
to dos aprendizes é muito mais difícil que em cursos presenciais, já que 
o formador só tem a percepção do comportamento e desenvolvimento 
do aprendiz quando este participa ativamente do curso, expondo dúvi-
das, participando de discussões, realizando as tarefas ou contribuindo 
com os colegas” (2002, p. 56). 
18
Para acompanhar o desenvolvimento dos aprendizes, elas afirmam que 
é necessário rastrear um grande volume de dados gerados pelas inte-
rações e atividades dos aprendizes no curso. É necessário acompanhar 
cada nova ação dos aprendizes, além de estar atento para detectar pos-
síveis problemas no processo de aprendizagem (como a falta de aces-
so, a falta de participação, o atraso de tarefas, a falta de participação no 
grupo, entre outros).
5. Modelo de Avaliação de 
Atividades de Aprendizagem 
em EaD
As tabelas apresentadas nesse tópico são apenas uma referência e um 
exemplo de como avaliar ações de aprendizagem do aluno de EaD. Fo-
ram adaptadas a partir de alguns procedimentos de nosso trabalho 
com cursos em EaD na Universidade Federal do Ceará (UFC). Não são 
obrigatórias nem reguladas por nenhuma instituição pública e privada. 
Veja-as apenas como uma forma de concretizar o “valor” de algumas 
atividades de aprendizagem do aluno na EaD.
Apesar de permitir ao tutor atribuir números ao trabalho desenvolvido 
pelo aluno, essas tabelas não eliminam a necessidade de que o tu-
tor envie outro comentários ao aluno, contribuindo para que supere 
eventuais dificuldades e possa avançar em seu processo de aprendiza-
gem, seja porque passou a compreender melhor seus pontos fortes ou 
fracos ao estudar os conteúdos e ao participar das atividades, ou por-
que teve, disponibilizado para si, outros conteúdos, em outros formatos 
e outras atividades, em outros formatos, mais adequados ao seu estilo 
e interesses.
19
A nota 5 é a nota máxima, a mais alta, e a nota zero a mais baixa, in-
dicando que o aluno não realizou a atividade. O tutor poderá também 
atribuir notas intermediárias, a seu critério. Em muitos cursos, a reali-
zação das atividades programadas é também a forma como se con-
tabiliza a frequência do aluno no curso. Ou seja, se o aluno participa de 
um fórum, ele poderá receber 2, 3 ou 4 “presenças”, o equivalente às 
aulas do ensino presencial. Isso significa não apenas que o aluno escre-
veu comentários no fórum, mas também que inclui o tempo para a rea-
lização das leituras e pesquisas ou práticas diretamente relacionadas à 
atividade do respectivo fórum.
O mesmo sistema se aplica a chats e outras atividades de aprendizagem 
na EaD. Mas este modelo poderá variar de uma instituição para outra e 
de um modelo pedagógico de curso para outro. Em alguns casos, esses 
critérios podem ser desenvolvidos juntamente com os alunos, o que 
contribuirá para sua adesão aos critérios. De toda forma, o tutor de-
verá apresentar e esclarecer dúvidas sobre os critérios e a sua aplicação 
às atividades realizadas pelos alunos durante o curso, visando incenti-
var e aprimorar a aprendizagem.
20
TIPO DE 
ATIVIDADE CRITÉRIOS ESCORES
FÓRUM
NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO 0-5
Nível A:
• Participação frequente com comentários e ques-
tões relevantes que contribuam para o tópico da 
discussão.
• Intervenção nas mensagens dos outros participan-
tes com comentários e questionamentos que pro-
longuem o debate.
• Inserção de comentários próprios, sem apenas re-
petir as colocações de outros autores.
5
Nível B:
• Restringir a participação a apenas um ou dois dos 
pontos do nível A.
• Inserção de mensagens apenas quando solicita-
dos pelo professor ou tutor.
• Comentários restritos apenas a repetição de ideias 
de outros, autores sem se posicionar
4
Nível C: 
• Apresentou suas ideias (participou), mas quando 
questionado pelo tutor ou pelos colegas, não re-
tornou para esclarecer suas ideias ou responder a 
questionamentos (não interagiu).
• Mensagens que desviem do tópico discutido no 
fórum.
2
Nível D:
• Sem participação (não enviou mensagens)
0
21
TIPO DE 
ATIVIDADE CRITÉRIOS ESCORES
CHAT
NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO 0-5
Nível A: 
• Mensagens que demonstram um bom domínio so-
bre o tema em questão.
• Colaborou/Cooperou, interagindo com outro(s) 
aluno(s) com comentários elaborados, questiona-
mentos, sugestão de textos
5
Nível B: 
• Mensagens relacionadas ao conteúdo, que mos-
tram alguma reflexão sobre o tema, não apresen-
tando um maior aprofundamento do tema em 
questão. 
• Interagiu, porém respondendo ou comentando 
apenas superficialmente a postagem de outro aluno.
2,5
Nível C: 
• Não participou ou participou com mensagens 
ofensivas, ou vazias de sentido ou desassociadas ao 
tema discutido, que não contribuíram para o pro-
cesso de comunicação e aprendizagem.
0
22
6. Para Concluir essa Etapa 
da sua Formação de Tutor
Esperamos que você tenha ficado satisfeito/a com o que aprendeu nes-
te curso e que a construção de seu conhecimento tenha sido muito po-
sitiva. Assim como seus futuros alunos de EaD, aqui, neste curso, o/a 
aluno/a foi você! 
Aproveite para pensar mais sobre isso, sobre como foi sua experiência 
neste curso e que lições você aprendeu e que poderão guiar suas futu-
ras ações como tutor/a na EaD.
Nosso curso ora se conclui, mas o seu processo de aprendizagem deverá con-
tinuar ao longo da vida. É o que chamamos de aprendizagem continuada. 
Como vivemos um momento de rápidas transformações, com grandes 
volumes de informação sendo atualizados continuamente na internet, 
a aprendizagem não tem fim. Cada pessoa irá descobrir o melhor ritmo 
e a melhor forma de se manter atualizado. Em geral, grupos e comuni-
dades na internet são ótimos espaços para isso. Bem como cursos for-
mais de reciclagem e de aprofundamento dos saberes.
23
Educar alguém, ou mediar um processo educativo de um grupo de alu-
nos, é sobretudo uma ação humanizadora, mesmo que na EaD isso de-
penda muito das novas tecnologias digitais. Mas o elemento humano, a 
comunicação, a troca de afetos e de saberes de forma dialógica sempre 
será o mais importante. 
Além disso, é provável que muito em breve a sigla EaD deixe de exis-
tir, pois todos os processos, sejam eles presenciais ou via internet, irão 
compor um todo chamado educação. Hoje ou no futuro seremos nós, 
os humanos, os responsáveis pela boa qualidade das aprendizagens 
que irão ocorrer.
Nesse sentido, encerramos esta etapa de formação com as palavrasda 
professora Lea Fagundes: “a aplicação eficaz das tecnologias digitais con-
siste em enriquecer o mundo do aprendiz para sustentar interações pro-
dutivas e favorecer o desenvolvimento de sua inteligência. Não são os 
métodos e as técnicas de ensino, como se acreditou, que vão melhorar 
as aprendizagens, muito pelo contrário, são as atividades de trocas, as 
atividades exploratórias, experimentais, as atividades de comunicação, 
as atividades interativas, de colaboração e de cooperação entre os apren-
dizes e as pessoas (colegas e professores), entre os aprendizes e as fontes 
de informações que favorecerão as aprendizagens” (2008, p. 10).
24
Atividade de Aprendizagem 
deste Módulo
Para esta Unidade do curso, você deverá fazer novamente, pelo menos, 
uma postagem no grupo do Facebook. Toda postagem deverá estar di-
retamente relacionada à temática estudada em cada unidade do curso. 
As postagens devem ter pelo menos 10 linhas de texto. Você pode utili-
zar também imagens, vídeos, links e o que mais desejar para tornar as 
suas postagens mais interessantes e mais atraentes a todos que visita-
rem a sua nova página.
Muito importante para a sua aprendizagem
O que mais chamou a sua atenção neste módulo sobre a avaliação em 
EaD? Em sua opinião, quais são os desafios para a atuação do tutor/a 
nesta área? E as vantagens? Como você poderá contribuir para esses 
processos avaliativos em sua prática profissional na EaD? Reflita de-
tidamente sobre essas questões. Faça algumas anotações sobre suas 
impressões e suas dúvidas. Em seguida, pesquise na internet sobre os 
vários aspectos da história da EaD (recortes de textos, relatos de expe-
riências, tabelas comparativas, dados diversos, inclusive em outros pa-
íses). Compartilhe e reflita sobre esses conhecimentos com colegas ou 
outros interessados na temática.
25
Para Aprender Mais
É muito importante que você aprofunde seus estudos sobre a EaD. 
Livros podem ser encontrados em bibliotecas públicas de sua cidade 
e de universidades. Ou podem ser adquiridos em boas livrarias do 
país. Os chamados “sebos” oferecem livros a preços reduzidos (www.
estantevirtual.com.br).
Dica 
Recomendamos o livro: PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação 
das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.
https://www.estantevirtual.com.br/
https://www.estantevirtual.com.br/
26
Referências
BASSANI, P. e BEHAR, P. Avaliação da aprendizagem em ambientes vir-
tuais. In: BEHAR, P. e colaboradores. Modelos pedagógicos em educa-
ção a distância. Porto Alegre: ARTMED, 2009.
CAMPOS, G.H., ROQUE, G. O., AMARAL,S. B. Dialética da educação a dis-
tância. Rio de Janeiro: Editora PUC Rio, 2007.
CAMPOS, F. et al. Cooperação e aprendizagem on-line. São Paulo: DP&A, 2007.
KENSKI, V. Avaliação e acompanhamento da aprendizagem em ambien-
tes virtuais, a distância. In Educação a distância: desafios contemporâ-
neos. São Carlos: EDUFScar, 2010.
KRATOCHWILL, S., SILVA, M. Avaliação da aprendizagem Online: Contribui-
ções específicas da interface fórum. Diálogo Educacional, v.8, n.24, 2008
HAYDT, R. C. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. 6 ed. São Pau-
lo: Editora Ática, 2002.
27
OTSUKA, L. ROCHA, H. Avaliação formativa em ambientes de EaD. XIII Sim-
pósio Brasileiro de Informática na Educação – SBIE – UNISINOS, 2002.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens 
- entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.
POLAK, Y. A avaliação do aprendiz em EaD. In: LITTO, F. e FORMIGA, M. 
(Orgs.). Educação a distância. O estado da arte. São Paulo: Pearson, 2009.
SANTOS, J. Avaliação no ensino a distância. Revista Ibero-americana de 
Educação. Número 38/4. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2011.
SANTOS, N. Desafios da web: como avaliar os alunos online. In: SILVA, 
M. e SANTOS, E. Avaliação da aprendizagem em educação online. São 
Paulo: Edições Loyola, 2006.
28
CLIQUE PARA FALAR COM A GENTE
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