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1 Avaliação da Aprendizagem em EaD AULA 06 100% ONLINE CURSO LIVRE cursos.fdr.org.br EXPEDIENTE FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR) Presidência: Luciana Dummar Direção Administrativo-Financeira: André Avelino de Azevedo Gerência Geral: Marcos Tardin Gerência Editorial e de Projetos: Raymundo Netto UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE (UANE) Gerência Pedagógica: Viviane Pereira Coordenação de Cursos: Marisa Ferreira Design Educacional: Joel Lima Front End: Isabela Marques CURSO FORMAÇÃO DE TUTORES EM EAD Coordenação Geral e Pedagógica: Viviane Pereira Autor conteudista: Eduardo Junqueira Projeto gráfico: Andrea Araujo e Kamilla Damasceno Edição de Arte: Andrea Araujo Designer: Kamilla Damasceno e Welton Travassos Revisão e Edição: Raymundo Netto SUMÁRIO 1. Introdução .........................................................................................4 2. Aspectos Gerais da Avaliação da Aprendizagem do Aluno na EaD .5 3. Modalidades de Avaliação ..............................................................11 4. Experiências Concretas em EaD .....................................................16 5. Modelo de Avaliação de Atividades de Aprendizagem em EaD .....18 6. Para Concluir essa Etapa da sua Formação de Tutor .....................22 Atividade de Aprendizagem deste Módulo ........................................24 Para Aprender Mais .............................................................................25 Referências ..........................................................................................26 4 1. Introdução Prezado/a aluno/a, Esperamos que você esteja aproveitando bastante esse processo de aprendizagem e que tenha desenvolvido novas experiências de estudo ao longo desse curso, exercitando a sua autonomia para buscar e aprofundar seus conhecimentos sobre a formação e a atuação do tutor na EaD. Esse curso busca apresentar a você alguns tópicos centrais dessa te- mática e, assim, convidamos você a buscar outros conhecimentos nos livros indicados para leitura, nos websites de referência e também em outros materiais disponíveis na internet que venham a despertar o seu interesse. E, reiteramos, utilize sempre os canais de comunicação com a FDR para sanar as suas dúvidas. Neste tópico final de encerramento de nosso curso, iremos abordar aspectos centrais da avaliação da aprendizagem. Isso lhe permitirá compreender a problemática da avaliação e atuar na avaliação de alu- nos como tutor/a. Lembre-se que ao concluir este curso você deverá preencher a nossa pesquisa de reação. Pedimos atenção especial para essa atividade, pois suas respostas nos permitirão conhecer sua opinião sobre o processo de aprendizagem vivido ao longo do curso e nos permitirá aprimorá-lo. 5 2. Aspectos Gerais da Avaliação da Aprendizagem do Aluno na EaD Popularizado em uma tirinha célebre, o personagem Chico Bento, criação do cartunista Maurício de Sousa, apesar de possuir um jeito sim- plório de ser, carrega em si uma sabedoria peculiar. Observe a seguir essa conversa com a sua professora: Chico Bento: Fessora! A senhora ia mi castigá pur arguma coisa qui eu num fiz? Professora: Claro que não, Chico. Chico bento: Inda bem, fessora, pruque eu num fiz a lição de casa, hoji. O diálogo refere-se à certa malandragem do aluno tentando se precaver de uma possível reprimenda da professora e expressa diversos hábitos da sala de aula que, felizmente, tem cada vez menos espaços nos pro- cessos educacionais contemporâneos: a punição do aluno. Ao contrário, a professora da tirinha adota uma posição de apoio e de compreensão para incentivar a aprendizagem e a aderência de Chico Bento às atividades escolares. O mesmo princípio tem sido aplicado às 6 avaliações de aprendizagem, tendo sido descontinuadas práticas de arguição oral diante da classe e outras atividades que podem causar transtornos ao processo de aprendizagem do aluno, ao invés de cola- borar para sua melhoria. Novos ares têm trazido novos olhares tam- bém para a questão da avaliação. As perspectivas atuais da EaD apregoam a prática de um processo de avaliação que contribua para o processo de aprendizagem do aluno, em vez de lhe causar temor e ensejar punição. Segundo Kenski (2010), a avaliação e o acompanhamento da aprendizagem se iniciam com a bus- ca de formas específicas da EaD que possam contribuir para o sucesso do aluno. A autora cita os novos recursos de interação, as redes sociais, o uso de bases de dados e a convergência das mídias como alguns des- ses elementos. Para Kenski, tudo isso deve ser pensando dentro do projeto educacional a ser desenvolvido, um novo curso, por exemplo: “Metodologias diferenciadas definem encaminhamentos do processo de aprendizagem de acordo com os ‘parâmetros’ estabelecidos, con- teúdos, tempos, tecnologias, espaço, números e perfis dos estudantes e todos os procedimentos do processo pedagógico a ser desencadea- do” (2010, p.61). Isso exige um acompanhamento e avaliação de todos os elementos que constituem o mencionado projeto educacional e não apenas a aprendizagem final do aluno. Dessa forma, novas perspectivas avaliativas enfatizadas integram o elenco de saberes e práticas dos tutores. 7 Segundo Perrenoud (1999, p. 53) a avaliação formativa refere-se a toda prática de avaliação con- tínua que pretenda melhorar as aprendizagens em curso, contri- buindo para o acompanhamento e a orientação dos alunos duran- te todo o seu processo de formação. É formativa toda a avaliação que ajuda o aluno a aprender e a se desenvolver, que participa da regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo. Campos et al (2007) comparam as práticas de avaliação do professor tradicional classificatório e a do professor crítico comprometido com a aprendizagem: TRADICIONAL CRÍTICO Gera clima tenso Ambiente amistoso Erro corrigido com punição Erro considerado fonte de aprendizagem Provas encerram o processo de avaliar Provas são uma etapa intermediária do processo Valoriza o fracasso, pois impede que o erro seja corrigido Exige grande comprometimento do professor com o desenvolvimento do aluno Deteriora a autoestima do aluno Reforça a autoestima Concentra a atenção em exames e notas Concentra a atenção na aprendizagem do aluno 8 Em entrevista à Revista Paide@, a professora e pesquisadora Edméa Santos (2008. s.p.) afirma que os modelos de avaliação quantitativos não são avaliação. São exa- mes. Os exames são instrumentos aplicados em momentos pon- tuais, muitas vezes desvinculados dos processos de ensino e apren- dizagem. Os exames apenas fazem diagnósticos da apreensão ou memorização de conteúdos conceituais ou factuais. Após este diag- nóstico, os cursistas são classificados para continuar ou avançar em seus estudos. Não é de costume utilizar os dados dos exames para ressignificar o planejamento de novas situações de aprendizagem que, ainda no processo, ensejem novas e melhores aprendizagens. Para que a avaliação seja de fato formativa e tenha caráter emancipa- tório, afirma a pesquisadora, esta não pode ser alijada do processo de ensino e aprendizagem como um todo. Polak (2009) reconhece que a avaliação em EaD necessita de novo enfoque e propõe uma avaliação que posicione o aluno enquanto au- tor do processo de reconstrução do conhecimento, reconhecendo seu caráter processual. 9 Ao enfatizar a importância da avaliação formativa durante o processo de EaD, a autora destaca modelos e ferramentas de avaliação on-line dos diversos ambientes colaborativos de aprendizagem disponíveis. A autora afirma que “um processo de avaliação formativa se completa com outros elementos, como portfólios, fóruns, listas de discussão, se- minários virtuais, chats etc. Os inúmeros modelos de sistemas colabo- rativos existentes e suas respectivas ferramentas de comunicação e in- teração visam à melhoria da avaliação em EAD” (p. 155). As pesquisadoras Bassani e Behar (2009, p. 94) propõem que “a avalia-ção deve enfocar o caráter dinâmico e não-linear da aprendizagem”. As autoras enfatizam a importância de realizar a avaliação do produto si- tuando-o no processo de aprendizagem, evitando descontextualizá-lo, portanto, do processo vivenciado pelo aluno. A partir de tal perspec- tiva, as autoras propõem que “a avaliação da aprendizagem no plano individual pode levar em conta aspectos quantitativos, evidenciados a partir do número de acessos (no AVA, na disciplina e na ferramenta) e/ ou qualitativos, diretamente relacionados ao conteúdo das mensagens postadas” (p. 103). 10 Santos (2006) propõe a avaliação do processo de aprendizagem do aluno em que o professor deverá coletar (podendo contar com a ajuda de sistemas automatizados do AVA) e analisar novos tipos de informa- ções e dados, entre eles os caminhos percorridos pelo aluno no material de estudo fornecido pelo professor, a frequência de consultas a fontes fornecidas pelo professor e aquelas localizadas pelos próprios alunos, ações e participação colaborativa do aluno, regularidade do contatos do aluno com o professor ao longo do período de estudos. São ações do docente que, em parte, procuram contemplar atividades intrínsecas às práticas do aluno da modalidade EaD. Na EaD, tradicionalmente, o tutor realiza o acompanhamento do aluno no AVA e, neste caso, registra a participação do aluno (podendo regis- trar o quantitativo e o qualitativo da ação) nos fóruns, chats e outros espaços do AVA, bem como a data dessas ocorrências. Esse registro, em geral, é feito em planilhas do tipo Excel para turmas maiores ou para um conjunto de turmas. Outros cursos têm propos- tas pedagógicas diferenciada nos quais esse tipo de acompanhamento é desnecessário. 11 O tutor deverá, também, avaliar os trabalhos entregues pelos alunos através do AVA, como textos ou listas de exercícios. Aqui também a prá- tica se aproxima bastante do ensino presencial. No entanto, o tutor de- verá procurar oferecer um retorno mais detalhado aos alunos, pois eles não terão a oportunidade de conversar sobre o resultado presencial- mente. Recomenda-se que o tutor marque um chat com horário defi- nido para esclarecer dúvidas dos alunos sempre que necessário. E, por fim, conforme proposto em artigo de nossa autoria, os tutores deverão, dependendo da proposta pedagógica do curso, valorizar e avaliar as atividades de aprendizagem realizadas pelo aluno na internet, fora do AVA. Nesse caso, incluem-se pesquisa de materiais na internet, como artigos, vídeos etc. O aluno poderá apresentar um breve relato de ativi- dades realizadas e fontes consultados para que essa atividade de estu- do seja considerada e avaliada. 3. Modalidades de Avaliação Campos et al. (2003) identificam no nível macro as áreas de avaliação quantitativa e avaliação qualitativa: • Quantitativo: Procedimentos formais com uso de escalas e atribuição de conceitos. O objetivo primordial está na verificação da medida em que objetivos do ensino foram alcançados pelo aluno. É preciso construir instrumentos de medição eficazes para saber o que foi aprendido pelo aluno. 12 • Qualitativo: Processo contínuo (atitude do aluno, participação, interesse, espírito crítico, autonomia intelectual e níveis de cooperação com colegas). O dilema está em como medir esses aspectos, em particular no AVA. Pode-se observar e registrar todas as participações e interações nos diversos espaços (chats, fóruns etc.). Aprofundando saberes no que se refere aos processos qualitativos, Krato- chwill e Silva (2008) estabelecem as seguintes modalidades de avaliação: • Diagnóstica: A avaliação diagnóstica compreende a identificação dos conhecimentos prévios dos alunos em determinada área, observando a existência dos requisitos básicos (conceitos, habilidades etc.) necessários a novas aprendizagens. É realizada no início do curso e tem em vista, entre outras coisas, estimar possíveis problemas de aprendizagem e suas causas (Haydt, 2002). 13 • Formativa: Constitui o acompanhamento contínuo do aluno realizado ao longo do curso ou processo de formação. Seu objetivo é auxiliar alunos e professores a compreender e regular os processos de ensino-aprendizagem (Perrenoud, 1999). A avaliação formativa ou processual tem mais relevância do que os outros tipos, pois permite identificar os progressos e as dificuldades do aluno e informar os efeitos do trabalho do docente, possibilitando regular sua ação pedagógica. Em linha com visão progressista da educação, prioriza momentos-chave do processo de aprendizagem e contribui para o aperfeiçoamento, tanto do processo como do autoconhecimento do aluno em relação ao processo e à sua participação no mesmo. • Somativa: Visa classificar os alunos de acordo com seus níveis de aproveitamento no processo de ensino-aprendizagem. É realizada ao final de um curso ou período letivo, segundo critérios previamente estabelecidos, e visa, a partir da aferição qualitativa de desempenho, a promoção do aluno de um nível para outro (Haydt, 2002). 14 Campos et al (2007) incluem 2 outras modalidades, focando na apren- dizagem on-line: • Mediadora: Em que o professor faz o acompanhamento através da interação (trocas entre participantes da disciplina e do curso, através do AVA e nos momentos presenciais). Ocorre uma produção conjunta do saber pelo professor e alunos, através do estímulo ao diálogo. Esta se assemelha à formativa em diversos aspectos. • Autoavaliação: Em que o aluno desenvolve o hábito e a habilidade de apreciar o próprio desempenho. O aluno desenvolve estratégias de análise e interpretação de suas produções. Algumas questões norteadoras da autoavaliação que devem ser articu- ladas pelo próprio aluno são: • O que facilita e dificulta a minha aprendizagem? • Como tem sido a minha participação individual e em grupo nas atividades da disciplina? • Eu participo com afinco e dedicação? • Eu cumpro os prazos? • Eu sinto o aprimoramento nos meus estudos? • Que caminhos poderei percorrer e que ações poderei desenvolver para continuar progredindo e melhorando minha aprendizagem? Focando em algumas especificidades dos processos de aprendizagem na EaD, o documento intitulado Competências para a Educação a Dis- tância, da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), esta- belece que o tutor deve se dedicar à avaliação em três níveis: 15 Didático: Monitorar a aprendizagem dos educandos, indicando de forma persona- lizada os pontos fortes e fracos na avaliação da aprendizagem, suge- rindo estratégias para consolidar o que foi aprendido para superar as di- ficuldades encontradas. Avaliar o desenvolvimento do curso em relação a aprendizagem dos alunos, qualidade do projeto pedagógico, recursos educacionais complementares e o desempenho da própria tutoria. Comunicação: Avaliar o desenvolvimento do curso em relação ao processo comunica- cional, contemplando as interações aluno-aluno, aluno-tutoria. Gestão: Disseminar informações sobre os resultados do curso para os diversos públicos, fornecendo subsídios para a tomada de decisões pelos res- ponsáveis, tendo em vista a melhoria contínua. Você poderia nos perguntar: E na prática dos cursos de EaD, como es- sas ideias e procedimentos têm sido empregados? Que bons resultados têm gerado? A seguir, alguns desses elementos serão apresentados. 16 4. Experiências Concretas em EaD Em um relato sobre cursos de EaD desenvolvidos na perspectiva da avaliação formativa, as pesquisadoras Otsuka e Rocha (2002) apresentaram as seguintes atividades desenvolvidas pela equipe de professores e tutores junto aos alunos: Curso 1. Foi aplicada uma metodologia inovadora, de Avaliação Au- têntica, que incluiu os seguintes elementos: • Questões para geração de discussão: o professor ou tutor propõe questões que deverão ser discutidas pelos aprendizes por meio de fórum, chat ou por meio de outra atividade. • Questões dissertativas: o professor ou tutor propõe uma questão e o aprendiz deve mostrar asua interpretação sobre o assunto aferido e tentar expressar suas ideias claramente, escrevendo sobre o assunto; • Projetos autênticos: são projetos que envolvem a resolução de problemas da vida real. Preparam o aprendiz para a reflexão e aplicação dos conhecimentos em situações autênticas e para o desenvolvimento de métodos científicos, habilidades de comunicação e trabalho em grupo. 17 Curso 2. Neste caso, o tutor realizou o acompanhamento da partici- pação dos alunos nas seguintes atividades (mais tradicionais): • Grupo de Interesses: realizada por meio da ferramenta Grupo de Interesses (pode ser uma comunidade ou grupo dentro ou fora do AVA). Nessas atividades são discutidos temas centrais do curso, e, ao final de cada discussão, cada participante elabora um relatório resumindo os tópicos principais da discussão; • Seminários semanais: podem ser realizados por meio da ferramenta de chat ou webconferência. A cada seminário, um aprendiz ou cada equipe tem o papel de seminarista, sendo responsável por pesquisar o tema e preparar um texto relatando os resultados de sua pesquisa, além de coordenar e animar o debate, propondo tópicos a serem discutidos e mantendo o foco da discussão; • Monografia: ao final do curso, após as discussões on-line, cada participante elabora uma monografia sobre um dos temas discutidos. A orientação pode ser on-line ou mista (com alguns encontros presenciais, o que é recomendável em diversos casos devido à complexidade do trabalho a ser realizado pelo aluno). As autoras destacam que “em um curso a distância, o acompanhamen- to dos aprendizes é muito mais difícil que em cursos presenciais, já que o formador só tem a percepção do comportamento e desenvolvimento do aprendiz quando este participa ativamente do curso, expondo dúvi- das, participando de discussões, realizando as tarefas ou contribuindo com os colegas” (2002, p. 56). 18 Para acompanhar o desenvolvimento dos aprendizes, elas afirmam que é necessário rastrear um grande volume de dados gerados pelas inte- rações e atividades dos aprendizes no curso. É necessário acompanhar cada nova ação dos aprendizes, além de estar atento para detectar pos- síveis problemas no processo de aprendizagem (como a falta de aces- so, a falta de participação, o atraso de tarefas, a falta de participação no grupo, entre outros). 5. Modelo de Avaliação de Atividades de Aprendizagem em EaD As tabelas apresentadas nesse tópico são apenas uma referência e um exemplo de como avaliar ações de aprendizagem do aluno de EaD. Fo- ram adaptadas a partir de alguns procedimentos de nosso trabalho com cursos em EaD na Universidade Federal do Ceará (UFC). Não são obrigatórias nem reguladas por nenhuma instituição pública e privada. Veja-as apenas como uma forma de concretizar o “valor” de algumas atividades de aprendizagem do aluno na EaD. Apesar de permitir ao tutor atribuir números ao trabalho desenvolvido pelo aluno, essas tabelas não eliminam a necessidade de que o tu- tor envie outro comentários ao aluno, contribuindo para que supere eventuais dificuldades e possa avançar em seu processo de aprendiza- gem, seja porque passou a compreender melhor seus pontos fortes ou fracos ao estudar os conteúdos e ao participar das atividades, ou por- que teve, disponibilizado para si, outros conteúdos, em outros formatos e outras atividades, em outros formatos, mais adequados ao seu estilo e interesses. 19 A nota 5 é a nota máxima, a mais alta, e a nota zero a mais baixa, in- dicando que o aluno não realizou a atividade. O tutor poderá também atribuir notas intermediárias, a seu critério. Em muitos cursos, a reali- zação das atividades programadas é também a forma como se con- tabiliza a frequência do aluno no curso. Ou seja, se o aluno participa de um fórum, ele poderá receber 2, 3 ou 4 “presenças”, o equivalente às aulas do ensino presencial. Isso significa não apenas que o aluno escre- veu comentários no fórum, mas também que inclui o tempo para a rea- lização das leituras e pesquisas ou práticas diretamente relacionadas à atividade do respectivo fórum. O mesmo sistema se aplica a chats e outras atividades de aprendizagem na EaD. Mas este modelo poderá variar de uma instituição para outra e de um modelo pedagógico de curso para outro. Em alguns casos, esses critérios podem ser desenvolvidos juntamente com os alunos, o que contribuirá para sua adesão aos critérios. De toda forma, o tutor de- verá apresentar e esclarecer dúvidas sobre os critérios e a sua aplicação às atividades realizadas pelos alunos durante o curso, visando incenti- var e aprimorar a aprendizagem. 20 TIPO DE ATIVIDADE CRITÉRIOS ESCORES FÓRUM NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO 0-5 Nível A: • Participação frequente com comentários e ques- tões relevantes que contribuam para o tópico da discussão. • Intervenção nas mensagens dos outros participan- tes com comentários e questionamentos que pro- longuem o debate. • Inserção de comentários próprios, sem apenas re- petir as colocações de outros autores. 5 Nível B: • Restringir a participação a apenas um ou dois dos pontos do nível A. • Inserção de mensagens apenas quando solicita- dos pelo professor ou tutor. • Comentários restritos apenas a repetição de ideias de outros, autores sem se posicionar 4 Nível C: • Apresentou suas ideias (participou), mas quando questionado pelo tutor ou pelos colegas, não re- tornou para esclarecer suas ideias ou responder a questionamentos (não interagiu). • Mensagens que desviem do tópico discutido no fórum. 2 Nível D: • Sem participação (não enviou mensagens) 0 21 TIPO DE ATIVIDADE CRITÉRIOS ESCORES CHAT NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO 0-5 Nível A: • Mensagens que demonstram um bom domínio so- bre o tema em questão. • Colaborou/Cooperou, interagindo com outro(s) aluno(s) com comentários elaborados, questiona- mentos, sugestão de textos 5 Nível B: • Mensagens relacionadas ao conteúdo, que mos- tram alguma reflexão sobre o tema, não apresen- tando um maior aprofundamento do tema em questão. • Interagiu, porém respondendo ou comentando apenas superficialmente a postagem de outro aluno. 2,5 Nível C: • Não participou ou participou com mensagens ofensivas, ou vazias de sentido ou desassociadas ao tema discutido, que não contribuíram para o pro- cesso de comunicação e aprendizagem. 0 22 6. Para Concluir essa Etapa da sua Formação de Tutor Esperamos que você tenha ficado satisfeito/a com o que aprendeu nes- te curso e que a construção de seu conhecimento tenha sido muito po- sitiva. Assim como seus futuros alunos de EaD, aqui, neste curso, o/a aluno/a foi você! Aproveite para pensar mais sobre isso, sobre como foi sua experiência neste curso e que lições você aprendeu e que poderão guiar suas futu- ras ações como tutor/a na EaD. Nosso curso ora se conclui, mas o seu processo de aprendizagem deverá con- tinuar ao longo da vida. É o que chamamos de aprendizagem continuada. Como vivemos um momento de rápidas transformações, com grandes volumes de informação sendo atualizados continuamente na internet, a aprendizagem não tem fim. Cada pessoa irá descobrir o melhor ritmo e a melhor forma de se manter atualizado. Em geral, grupos e comuni- dades na internet são ótimos espaços para isso. Bem como cursos for- mais de reciclagem e de aprofundamento dos saberes. 23 Educar alguém, ou mediar um processo educativo de um grupo de alu- nos, é sobretudo uma ação humanizadora, mesmo que na EaD isso de- penda muito das novas tecnologias digitais. Mas o elemento humano, a comunicação, a troca de afetos e de saberes de forma dialógica sempre será o mais importante. Além disso, é provável que muito em breve a sigla EaD deixe de exis- tir, pois todos os processos, sejam eles presenciais ou via internet, irão compor um todo chamado educação. Hoje ou no futuro seremos nós, os humanos, os responsáveis pela boa qualidade das aprendizagens que irão ocorrer. Nesse sentido, encerramos esta etapa de formação com as palavrasda professora Lea Fagundes: “a aplicação eficaz das tecnologias digitais con- siste em enriquecer o mundo do aprendiz para sustentar interações pro- dutivas e favorecer o desenvolvimento de sua inteligência. Não são os métodos e as técnicas de ensino, como se acreditou, que vão melhorar as aprendizagens, muito pelo contrário, são as atividades de trocas, as atividades exploratórias, experimentais, as atividades de comunicação, as atividades interativas, de colaboração e de cooperação entre os apren- dizes e as pessoas (colegas e professores), entre os aprendizes e as fontes de informações que favorecerão as aprendizagens” (2008, p. 10). 24 Atividade de Aprendizagem deste Módulo Para esta Unidade do curso, você deverá fazer novamente, pelo menos, uma postagem no grupo do Facebook. Toda postagem deverá estar di- retamente relacionada à temática estudada em cada unidade do curso. As postagens devem ter pelo menos 10 linhas de texto. Você pode utili- zar também imagens, vídeos, links e o que mais desejar para tornar as suas postagens mais interessantes e mais atraentes a todos que visita- rem a sua nova página. Muito importante para a sua aprendizagem O que mais chamou a sua atenção neste módulo sobre a avaliação em EaD? Em sua opinião, quais são os desafios para a atuação do tutor/a nesta área? E as vantagens? Como você poderá contribuir para esses processos avaliativos em sua prática profissional na EaD? Reflita de- tidamente sobre essas questões. Faça algumas anotações sobre suas impressões e suas dúvidas. Em seguida, pesquise na internet sobre os vários aspectos da história da EaD (recortes de textos, relatos de expe- riências, tabelas comparativas, dados diversos, inclusive em outros pa- íses). Compartilhe e reflita sobre esses conhecimentos com colegas ou outros interessados na temática. 25 Para Aprender Mais É muito importante que você aprofunde seus estudos sobre a EaD. Livros podem ser encontrados em bibliotecas públicas de sua cidade e de universidades. Ou podem ser adquiridos em boas livrarias do país. Os chamados “sebos” oferecem livros a preços reduzidos (www. estantevirtual.com.br). Dica Recomendamos o livro: PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999. https://www.estantevirtual.com.br/ https://www.estantevirtual.com.br/ 26 Referências BASSANI, P. e BEHAR, P. Avaliação da aprendizagem em ambientes vir- tuais. In: BEHAR, P. e colaboradores. Modelos pedagógicos em educa- ção a distância. Porto Alegre: ARTMED, 2009. CAMPOS, G.H., ROQUE, G. O., AMARAL,S. B. Dialética da educação a dis- tância. Rio de Janeiro: Editora PUC Rio, 2007. CAMPOS, F. et al. Cooperação e aprendizagem on-line. São Paulo: DP&A, 2007. KENSKI, V. Avaliação e acompanhamento da aprendizagem em ambien- tes virtuais, a distância. In Educação a distância: desafios contemporâ- neos. São Carlos: EDUFScar, 2010. KRATOCHWILL, S., SILVA, M. Avaliação da aprendizagem Online: Contribui- ções específicas da interface fórum. Diálogo Educacional, v.8, n.24, 2008 HAYDT, R. C. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. 6 ed. São Pau- lo: Editora Ática, 2002. 27 OTSUKA, L. ROCHA, H. Avaliação formativa em ambientes de EaD. XIII Sim- pósio Brasileiro de Informática na Educação – SBIE – UNISINOS, 2002. PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999. POLAK, Y. A avaliação do aprendiz em EaD. In: LITTO, F. e FORMIGA, M. (Orgs.). Educação a distância. O estado da arte. São Paulo: Pearson, 2009. SANTOS, J. Avaliação no ensino a distância. Revista Ibero-americana de Educação. Número 38/4. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2011. SANTOS, N. Desafios da web: como avaliar os alunos online. In: SILVA, M. e SANTOS, E. Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo: Edições Loyola, 2006. 28 CLIQUE PARA FALAR COM A GENTE mailto:cursolivre%40fdr.org.br?subject= https://www.google.com.br/maps/place/Av.+Aguanambi,+282+-+Jos%C3%A9+Bonifacio,+Fortaleza+-+CE,+60055-402/@-3.7393841,-38.5273855,17z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x7c748fdc798c021:0x400f28dab2f110e7!8m2!3d-3.7393895!4d-38.5251968 https://www.instagram.com/fundacaodemocritorocha/?hl=pt-br https://pt-br.facebook.com/fundacaodemocritorocha/ https://www.youtube.com/channel/UCbIF2QLp1NM5ZrxaylOL_oQ https://fdr.org.br/uane/
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