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Hepatite Hepatite aguda viral: Representa a causa mais comum de doença hepática infecciosa, ictérica ou não, no Brasil. Causada, pelo menos, por cinco vírus A, B, C, D e E, que se diferenciam nas características dos agentes etiológicos, tendência evolutiva, estratégias de manipulação e, inclusive, na incidência das formas fulminantes. Os vírus das hepatites humanas representam um grupo de patógenos dotados da capacidade de causar necrose em hepatócitos e inflamação no fígado. O vírus A é um vírus RNA, pertencente à família Picornaviridae, a qual inclui os enterovírus e rinovírus. Seu período de incubação dura entre 14 a 50 dias. A viremia não ultrapassa 7 dias. Não evolui para hepatite crônica. O vírus B é um vírus DNA, pertencente à família Hepadnavírus. É transmitido pelo sangue, por via sexual, agulhas contaminadas e verticalmente de mãe para o filho, com período de incubação de 14 a 90 dias. O vírus C é um vírus RNA, pertencente à família Flaviviridae, o contagio pode ser por sangue transfundido, agulhas contaminadas e, raramente, por relação sexual e verticalmente. É considerado oncogênico, associando ao carcinoma hepatocelular. O vírus D é um pequeno vírus RNA. O vírus E é um vírus RNA. Transmitido de pessoa para pessoa, mas identificado em suínos, indicando zoonose. Incubação de 2 a 9 semanas. A hepatite viral aguda é uma doença difusa necroinflamatória do fígado que, em geral, evolui com menos de 6 meses de duração. Pode ser histologicamente não distinguível da hepatite crônica, o que torna o tempo da doença um critério diferenciador muito importante, além do que as maiores modificações são lobulares e não de espaços portais. Caracteriza- se por comprometimento panlobular, acentuada celularidade e pleomorfismo de hepatócitos e necroses focais. O anti-VHA IgM é um indicador de hepatite aguda por vírus A. Aparece precocemente e persiste por 3 a 6 meses. O anti-VHA IgG é marcador de infecção passada. O antígeno de superfície do vírus B (AgHBs) corresponde à proteína do envelope do vírus B. Indica infecção aguda ou crônica. Quando desaparece do soro, indica clareamento viral. O teste ELISA para hepatite C detecta a presença de anticorpo em duas regiões do genoma do vírus. É muito sensível, mas pouco especifico, com incidência de falso-positivos. O C-RNA pode ser pesquisado no soro e no tecido hepático, sendo padrão-ouro. A hepatite D é diagnosticada por ELISA, detectando o vírus tanto no soro quanto no plasma. Esses anticorpos são das classes IgM (fase aguda) e IgG (infecção crônica). Há teste tipo PCR para detectar o RN do vírus D no soro e no tecido hepático. A hepatite E é pesquisada por teste ELISA, que detecta o anticorpo ao vírus E. Sinais e sintomas: Os vírus A, B, C, D e E costumam apresentar o mesmo curso clinico, sendo mal-estar geral, náuseas, vômitos, anorexia, artralgia, febre e dor em hipocôndrio direito. Icterícia colestática aparece acompanhada de colúria, acolia fecal e prurido, mais comum entre os idosos (sendo mais leve na C, e mais forte na A e B, sendo as manifestações extra-hepáticas mais comuns nesses dois tipos). A recuperação é entre 2 e 8 semanas. A hepatite A costuma involuir rapidamente na criança, mas pode demorar mais no adulto. As hepatites B, C e D podem cronificar. O vírus E se manifesta mais em epidemias, principalmente em países em desenvolvimento. Período de incubação: o vírus se multiplica e se dissemina sem causar sintomas. Fase prodrômica (pré-ictérica): sintomas inespecíficos; anorexia intensa, mal-estar, náuseas e vômitos, febre ou dor no hipocôndrio direito. Podem ocorrer urticaria e artralgias, principalmente na infecção por vírus da hepatite B
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