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FARMÁCIA PRINCÍPIOS ANALÍTICOS FARMACÊUTICOS (PAF) POSTAGEM 1 ATIVIDADE 1 – RELATÓRIO MÁRCIA ARAÚJO DE LIMA DA SILVA R.A.: 0570156 SELMA DE CASSIA CORRÊA LEAL R.A.: 2053396 SIMONE CRISTINA PENICHE R.A.: 2094556 POLO MACEDO 2021 RESUMO A espectrofotometria é um procedimento analítico através do qual se determina as concentrações de amostras químicas mediante a absorção de luz. Este trabalho descreve a importância da calibração de espectrofotômetros UVVis, muito utilizados em laboratórios de análises e indústrias químicas, apresentando o funcionamento do equipamento e a metodologia utilizada na calibração. O objetivo deste trabalho é estabelecer alguns requisitos de calibração e verificação de espectrofotômetros UV-Vis proposto por normas ASTM que atendam a ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 e mostrar a importância da calibração do equipamento antes de sua utilização nas medições realizadas por laboratórios analíticos. O laudo de calibração deve conter todas as informações necessárias para a interpretação de modo claro, sem ambiguidades. Assim sendo o laudo contem, número de identificação do documento, identificação do objetivo, número de autenticação, nome do fabricante, número de série, nome do cliente, data da calibração, data da emissão padrões utilizados, condições ambientais, incerteza de medição, por fim os resultados obtidos e legenda de convenções. Palavras-chave: Calibração, Espectrofotômetro, Farmácia. INTRODUÇÃO A calibração de instrumentos é um procedimento que possibilita identificar se os instrumentos de medição utilizados na indústria estão aptos para o processo e que os valores apresentados por eles não vão interferir na qualidade final do produto. A calibração permite avaliar as incertezas no processo de medição, além de identificar os desvios entre os valores indicados por um instrumento e os valores convencionalmente verdadeiros. As operadoras de calibração, fundamentadas na comparação com um padrão. A escolha adequada do sistema de medição padrão a ser utilizado repercutirá na qualidade no resultado final das medições. Portanto, quanto melhor (menor incerteza e maior repetitividade) ou padrão, melhores serão as condições de realização da calibração Este trabalho aborda a calibração do espectrofotômetro, o mesmo se encontra em várias áreas de pesquisa atualmente, desde o momento que foi criado houve inúmeras melhorias e alterações para tornar-se cada vez mais preciso em suas indicações. A espectrometria é um dos métodos ópticos mais utilizados em laboratório de análises químicas para quantificação de analíticos devido à robustez do equipamento, facilidade no manuseio do instrumento, rapidez na obtenção de dados e simplicidade na interpretação dos resultados, utilizado para medir e comparar a quantidade de luz absorvida por uma determinada solução, é indicado para identificar, medir e determinar a concentração de substância que absorvem energia radiante em um solvente. Presentes na área de química, física, bioquímica e biologia molecular o espectrofotômetro possui uma fonte estava de energia ponto-e-vírgula um seletor de faixa espectral; recipiente para colocar amostra um detector de radiação que permite a medida relativa da intensidade da luz, (Info escola, 2021) A calibração de espectrofotômetro é feita com avaliação do comprimento da onda e a precisão fotométrica da região UV-VIS. O comprimento de onda é averiguado por meio de filtros-padrão com picos de absorbância como fator expressivo para a medição. A precisão fotométrica é definida em comparação com filtros fotométricos de valores na faixa de 0,25 A 1,0 A. (KASVI, 2021) DESENVOLVIMENTO A espectrofotometria é a técnica que nos concede verificar a quantia de luz que foi absorvida por uma solução, após termos expostos a um feixe de luz monocromática. De forma geral, a espectrofotometria se constitui em: uma fonte de radiação, que pode ser uma lâmpada incandescente, a amostra e um detector. É na fonte de radiação que deve haver um modo de controle e seleção do comprimento de onda que deve incidir na amostra, o que é feito por meio de filtros ou monocromatizadores (prismas ou grades de difração). O prisma separa esse feixe de luz monocromática em seus diferentes comprimentos de onda (como ocorre em um arco-íris, por exemplo, em que se tem a separação da luz branca em seus diferentes comprimentos de onda – coloridos) e nos permite saber a quantidade de luz absorvida pela solução correspondente a cada comprimento de onda. A amostra deve estar contida em um recipiente típico denominado cuvette ou cubeta. Já o detector é um instrumento sensível à radiação e servirá para refletir uma medida da intensidade da mesma, por meio da conversão do sinal percebido em um valor numérico (PETKOWICZ, et al., 2007). Dessa maneira resumidamente, no procedimento da técnica de espectrofotometria é: A luz emitida passa através das cubetas: as medições são feitas seguindo a ordem branco-amostras. Essa intensidade de luz que atravessou as amostras é medida, nos permitindo saber os valores de absorbância (MARZZOCO; TORRES, 1999). Para realizar a quantificação espectrofotométrica de uma substância em solução é preciso antes construir a chamada curva padrão, que nos permite descobrir a constante de proporcionalidade de absorção do método colorimétrico. Assim, para construir tal curva, prepara-se uma série de soluções com um composto de concentração conhecida, como a albumina, por exemplo, que é uma proteína plasmática que tema função de transportar diversas biomoléculas, como por exemplo, cálcio, hormônios entre outras (RHOADES E TANNER, 2005). Devido à sua robustez inerente, há uma tendência em não verificar o desempenho de espectrofotômetros na rotina de utilização no laboratório. No entanto, a prática analítica e o atendimento às normas exigem que seu desempenho seja verificado em intervalos regulares. Para a precisão e exatidão do espectrofotômetro UV-Vis, é essencial que os parâmetros que influenciam na medição sejam mensurados periodicamente, seguindo os requisitos da Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005, calibrando corretamente o espectrofotômetro e mantendo a rastreabilidade das medições químicas. Essa tarefa pode ser facilmente realizada caso haja um bom entendimento das características do equipamento. A calibração periódica requer medição da precisão do comprimento de onda e da transmitância. A avaliação do desempenho de um espectrofotômetro deve ser realizada conforme documentos, tais como ASTM E275, ASTM E387, ASTM E925, ASTM E958 e ASTM E1866, utilizando-se materiais de referência certificados (MRC). A calibração periódica de um espectrofotômetro é necessária já que, com o passar do tempo, há desgaste físico de alguns componentes ópticos do equipamento, possibilitando alterações dos valores das medições de absorbância e de comprimento de onda, que são as duas escalas de medição de um espectrofotômetro. Outras características, como a uniformidade da cubetas e o controle da luz espalhada, também devem ser mensuradas e consideradas para maior exatidão dos resultados de medição. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO – é uma autarquia federal, vinculada à secretaria Especial de Produtividade, emprego e competitividade do Ministério da Economia. Visando assegurar a segurança e confiabilidade dos consumidores essas normasfazem a medição de produtos e instrumentos utilizados para a medição dos mesmos. A atuação brasileira na metrologia também garante que padrões estabelecidos no país sejam reconhecidos por outros países, através das alianças comerciais, como o Mercosul. O INMETRO é organismo oficial do governo brasileiro responsável pela implementação e manutenção do Sistema de Acreditação (credenciamento) de laboratórios de calibração. Rede Brasileira de Calibração RBC, constituída por laboratórios acreditados (credenciados) pelo Inmetro, congrega competências técnicas e capacitações vinculadas às indústrias, universidades e institutos tecnológicos, habilitados à realização de serviços de calibração. A acreditação de laboratórios, segundo os requisitos estabelecidos na norma ABNT NBR ISO\IEC 17025:2017, é aplicável a laboratórios de calibração e de ensaio. A CGCRE concede acreditação para laboratórios que realizam serviços de calibração em instalações permanentes, móveis ou de clientes. Referência mundial, a ISO/IEC 17025:2017 possibilita que os laboratórios produzam resultados altamente confiáveis e, dessa forma, demonstrem que são tecnicamente competentes. A norma é fruto de trabalho conjunto da internacional Organization for Standardization (ISSO) e da International Electrotechnical Commission (IEC), sob a gestão do Comitê ISO de Avaliação de Conformidade (ISO/CASCO). Os instrumentos de medição são essenciais ara a indústria, pois auxiliam na obtenção dos pesos e medidas necessários para garantir a qualidade no processo de fabricação. Assim, entendemos a importância de ter instrumentos em condições adequadas para uso, para que não prejudiquem o processo da indústria. E uma das maneiras de garantir isso é por meio da calibração de instrumentos. Os resultados obtidos na calibração são registrados em um certificado, que é um documento que registra e comprova que a calibração foi realizada. Por meio desse documento, é possível verificar se o instrumento está adequado para o uso, avaliando se os resultados obtidos estão dentro do critério de aceitação. Tão importante quanto a calibração, é a avaliação dos dados obtidos no certificado com o critério de aceitação. Por meio dessa avaliação é possível determinar se o instrumento precisa passar por algum tipo de manutenção ou até mesmo se precisa ser substituído. O critério de aceitação determina um valor limite que o resultado da medição do instrumento pode apresentar, sem causar problemas à produção ou ao produto final. Benefícios da calibração de instrumentos Previne possíveis danos ao instrumento quando, por exemplo, ao enviá- lo para calibração, o laboratório identifica algum defeito de fabricação e/ou desgaste; Facilita a validação dos critérios de aceitação, pois alguns laboratórios já avaliam o critério durante o próprio processo de calibração; Identifica facilmente se aquele instrumento precisa de manutenção ou substituição, por meio dos resultados do certificado de calibração; Garante que o processo e o produto final terão a qualidade esperada. Publicada pela Anvisa, a RDC 17, de 16 de Abril de 2010, dispõe sobre as Boas Práticas de fabricação de Medicamentos. Sua publicação é ainda mais detalhada e apresenta um capítulo exclusivo para calibração, que descreve do artigo 478 ao 483, requisitos obrigatórios para a calibração de instrumentos e outros aparelhos utilizados na produção e controle de qualidade. http://www.blogdaqualidade.com.br/conteudo-minimo-dos-certificados-de-calibracao/ A atividade de calibração de equipamentos de medição constitui prática usual na indústria farmacêutica, desde sua criação, época em que as boticas utilizadas para a pesagem e consequente dosagem dos ativos visavam o atendimento às prescrições. No contexto do cenário contemporâneo, a atividade de calibração se insere como fator imprescindível para o aumento da competitividade que induz ganhos de produtividade e condições para a manutenção desse promissor no mercado. Nas Boas Práticas de Fabricação da indústria farmacêutica, a calibração de instrumentos de medição se faz necessária e também um agente contribuinte para a qualidade do item fabricado. Existem áreas onde a precisão do instrumento de medição é tão crítica que pode afetar a segurança do consumidor final como a indústria farmacêutica e química. Nessas áreas de fabricação, a calibração a cada seis meses ou em períodos regulares não é incomum, e auxiliam as empresas no seu o processo de conformidade. O não registro de calibração, por exemplo a falta de certificados, ou não uso de serviços de calibração podem acarretar custos elevados resultando em paradas de lotes, multas ou outras sanções de órgãos reguladores. CONCLUSÃO Consideramos que, com o aumento das exigências de mercado e competitividade, faz-se necessário a utilização de controles metrológicos nas indústrias para a garantia da qualidade dos produtos. .A calibração e a manutenção dos equipamentos são de extrema importância para a indústria. Nas Boas Práticas de Fabricação da indústria farmacêutica, o espectrofotômetro é largamente utilizado, por se mostrar eficiente nas áreas onde se é exigida uma maior precisão nos resultados. Anexo 1 – Certificado de Calibração de Espectrofotômetro Laboratório de Óptica Número do CertificadoL 18730/20 Folha01/02 Contratante : Interessado : Endereço : Instrumento : Marca : Modelo : Identificação : Número de série : Data da Calibração : Próxima Calibração : Data da Emissão : Temperatura do Ar : Umidade Relativa do Ar : ESPECTROFOTÔMETRO Femto 600 Plus ESP-LAB-02 600P1101467 06/11/2020 Novembro/2021 10/11/2020 21ºC ± 0,75ºC 60,7% ± 2,5% Local da Calibração : Instalações do cliente Ordem de Serviço : 001935/20 Padrões Utilizados : Conjunto de filtros ópticos para Absorbância/Transmitância calibrados pela Visomes-RBC em 06/11/2018, sob certificado LV00335-31831-18-R0 com vencimento em Novembro/2020. Procedimento de Calibração : O instrumento foi calibrado conforme procedimento PCO-001 Rev.: 00. A calibração foi realizada por comparação direta com os padrões selecionados. Os resultados apresentados neste certificado foram determinados pela média de três medições. A incerteza expandida relatada é baseada em uma incerteza padronizada combinada, multiplicada por um fator de abrangência k=2, para um nível de confiança de aproximadamente 95,45%. Técnico Executante: Carlos Benevides A reprodução deste certificado só poderá ser total e depende da aprovação por escrito da LRM Metrologia. Os resultados deste certficado referem-se exclusivamente ao instrumento submetido à calibração nas condições especificadas, não sendo extensivo a qualquer lotes. Laboratório de Óptica Número do Certificado L 18730/20 Folha02/02 Resultados da Calibração : Valores em %Transmitância (%T) λ Padrão Utilizado Valor do Padrão (A) Valor Indicado no Instrumento Erro Incerteza de Medição k 440 nm G1 0,2996 0,301 0,0014 0,0040 2,00 G2 1,0124 1,014 0,0016 0,0040 2,00 G3 0,4899 0,492 0,0021 0,0040 2,00 465 nm G1 0,2709 0,272 0,0011 0,0040 2,00 G2 0,9408 0,943 0,0022 0,0040 2,00 G3 0,4593 0,462 0,0027 0,0040 2,00 546 nm G1 0,2870 0,290 0,0030 0,0040 2,00 G2 0,9661 0,968 0,0019 0,0040 2,00 G3 0,4771 0,479 0,0019 0,0040 2,00 590 nm G1 0,3307 0,333 0,0023 0,0040 2,00 G2 1,0206 1,022 0,0014 0,0040 2,00 G3 0,5332 0,535 0,0018 0,0040 2,00 635 nm G1 0,3340 0,337 0,0030 0,0040 2,00 G2 0,9764 0,978 0,0016 0,0040 2,00 G3 0,5350 0,537 0,0020 0,0040 2,00 A reprodução deste certificado só poderá ser total e depende da aprovação por escrito da LRM Metrologia. Os resultados deste certficadoreferem-se exclusivamente ao instrumento submetido à calibração nas condições especificadas, não sendo extensivo a qualquer lotes.LRM - Laboratório de Referência Metrológica REFERÊNCIAS ABNT NBR ISO 10012. Sistemas de gestão de medição – requisitos para os processos de medição e equipamentos de medição. Rio de Janeiro: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2004. ABNT NBR ISO/IEC 17025. Requisitos gerais para competência de laboratório de teste e calibração. Rio de Janeiro: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1999. Espectrofotometria: princípios e aplicações. Kasvi. Disponível em: < https://kasvi.com.br/espectrofotometria-principios-aplicacoes/ > Acesso em: 20 de mar. de 2021. Espectrofotometria: o que é espectrofotômetro, sua função e tipos. BlogLab. Disponível em: https://www.lojaroster.com.br/blog/espectrofotometria- espectrofotometro-funcao-tipos/ > Acesso em: 15 de mar. de 2021. Espectrofotômetro. Info escola. Disponível em: < https://www.infoescola.com/materiais-de-laboratorio/espectrofotometro/> Acesso em: 20 de mar. de 2021. INMETRO, Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. INMETRO. Disponível em: <https: //www.inmetro.gov.br/>. Acesso em 09 de mar. de 2021. MARZZOCO, A. TORRES, B. B. Bioquímica. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1999. Ministério da Ciência e Tecnologia. Programa Tecnologia Industrial Básica e Serviços Tecnológicos para a Inovação e Competitividade, Brasília-DF. PETKOWICZ, C. L. O. et al. Bioquímica: aulas práticas. Departamento de Bioquímica. 7ª ed. Curitiba. UFPR, 2007. 188 p. MELO, A. 2008. THEISEN, A. M. F. Fundamentos da Metrologia Industrial:aplicação no processo de certificação ISO 9000. Porto Alegre: 1997. VIM. Vocabulário Internacional de Metrologia: conceitos fundamentais e gerais e termos associados. INMETRO 1ª edição. Rio de Janeiro, 2008.
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