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Petiçao Ação de fazer com indenização / entrega de diploma

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE VILA VELHA – COMARCA DA CAPITAL/ES
Pedido de assistência judiciária
Tutela antecipada 
SAMANTA VIEIRA ALVES, autônoma, solteira, brasileira, inscrita no CPF Nº 099.298.467-00, RG 1.843.095-ES, residente no endereço: Rua Amazonas, Nº 12, Bairro Ponta da Fruta, Cidade Vila Velha- ES, CEP 29129-005; Endereço eletrônico: samantav.alves@gmail.com, vem por intermédio de seu advogado (Procuração anexa, Doc. 01), com escritório profissional localizado na Rua Professor Annor da Silva, Nº 15, Boa Vista II, Vila Velha, Núcleo de Pratica Jurídica da UVV, onde recebem intimações, nos termos do art. 319, NCPC, vem à juízo propor:
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS C/C TUTELA DE URGÊNCIA
Em face de, em face de CENTRO EDUCACIONAL NSF - NOSSA SENHORA DE FÁTIMA LTDA - EPP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º 27.109.060/0001-01, com sede no Endereço Rua Albérico Souza De Lima, Nº 45, Bairro Mata da Praia, Vitória-ES, pelos fatos e fundamentos abaixo expostos:
DA CONCESSÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. 
A requerente não possui condição de arcar com o pagamento de custas processuais sem prejuízo de seu próprio sustento eis que diante os fatos que não possui o diploma para exercer a função, mantem seus custos com vendas de produtos artesanais de baixo valor e com o auxílio emergencial, programa proposto pelo governo do Brasil.
Requer o benefício da gratuidade de justiça diante a previsão legal do NCPC:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
DO NÃO INTERESSE NA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO. 
A autora manifesta desinteresse na realização da audiência de conciliação, visto que a autora busca apenas que a obrigação da requerida seja cumprida e ressarcido os danos morais.
DOS FATOS.
A autora cursou integralmente no curso de Direito na Faculdade aqui requerida, CENTRO EDUCACIONAL NSF, concluindo o curso no ano de 2018.
Concluído o curso e atendendo todos os requisitos para a graduação, solicitou a instituição de ensino o seu diploma. Foi informada pela requerida que o diploma da graduação estaria disponível até agosto de 2019.
Recebeu a certidão de colação de grau no dia 25 de julho de 2018 (Anexo Nº19) 
Até então, o diploma não foi entregue, e sendo protelado o prazo de entrega pela requerida, dando justificativa de sua mudança de endereço, que até o presente momento já efetuou a mudança de endereço por 4 vezes.
Apesar das publicações feitas pela requerida na internet, que diz que está atendendo presencialmente, as ligações não são atendidas e deslocando até o endereço da requerida, os portões seguem fechados. (Anexo Nº 30) 
A autora concluiu um curso de pós-graduação previdenciária no IBRA, porém é impedida até o momento de receber o certificado de conclusão, pelo motivo de não ter em mãos o seu diploma do curso de direito que já deveria ter sido fornecido pela requerida.
Além deste dano apresentado, a autora foi selecionada para gratificação de 70% de bolsa no mestrado na FUNIVER (fundação universitária ibero-americana-americana), porem o prazo de comprovação de graduação com o diploma era até o dia 02/07/2020, sendo assim perdeu a bolsa para o mestrado.
Ainda mais, não foi permitida participar da 2ª fase (fase de títulos) de um concurso público, a qual o prazo para apresentação do diploma era até março de 2020
Durante todo percorrer das frustações apresentadas, a requerente tentou por inúmeras vezes contato com a requerida para conseguir a entrega do diploma.
A requerente procurou o PROCON protocolando uma reclamação sob o Nº 32.002.001.21-0000726, em que a requerida não compareceu na sessão de conciliação no dia 30/06/2021 às 08:20, conforme o termo de audiência (Anexo Nº 28)
DOS DIREITOS.
1) Da relação de Consumo 
Sabe-se que a jurisprudência do STJ tem entendimento pacífico acerca da aplicação do CDC na forma do art. 3°, §1°, quando define serviço como: 
“Qualquer atividade fornecida no mercado de consumo” incluiu os serviços na área de educação no rol das relações de consumo.
Inter plures: REsp 647.743/MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 3ª Turma, DJe 11/12/2012; REsp 726.417/RJ, Rel. Min. João Otávio Noronha, 4ª Turma, DJe 16/11/2009; REsp 476.649/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma, DJ 25/02/2014
Diante os pensamentos doutrinários, afirma ZELMO DENARI, sobre a relação de consumo:
“No polo ativo da relação jurídica de consumo figura o fornecedor, assim entendido o operador econômico, pessoa física ou jurídica, que participa do ciclo produtivo-distributivo, desenvolvendo atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços (cf. art. 3º). No polo passivo da mesma relação se encontra o consumidor, pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário (cf. art. 2º)”
Nota-se claramente que a relação de consumo entre as partes, no que trás a relação obrigações de fazer.
Nesse sentido, prevê o Código do Consumidor no art. 6:
 Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
 VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
Diante a responsabilidade dos danos causados, ainda nos termos do Código do Consumidor:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Visto a responsabilidade na obrigação de fazer e entregar, é de direito que a instituição de ensino forneça a requerente o diploma com urgência.
2) Do Dano Moral com a Teoria da perda de uma chance:
Sobre Dano, aborda o doutrinador LUIZ FERNANDO DO VALE:
“Dano vem de demere, que significa tirar, apoucar, diminuir. Portanto, a ideia de dano surge das modificações do estado de bem-estar da pessoa, que vem em seguida à diminuição, ou perda de qualquer de seus bens originários ou derivados extrapatrimoniais ou patrimoniais.”
Dados os fatos esclarecidos no início da exordial, é notório o tamanho do dano que a falta de compromisso com a obrigação da requerida causou a requerente da ação, reiterando:
1. IMPEDIMENTO DE CONCLUIR A PÓS-GRADUAÇÃO
2. PERDA DA BOLSA DE 70% NO MESTRADO
3. COMPROVAR A GRADUAÇÃO NA 2ª FASE DO CONCURSO PÚBLICO
Nesse sentido, cabe falar em atos que prejudicaram tanto na carreira profissional da requerente quanto ao abalo psicológico no percorrer de tais humilhações. 
Aborda o Código Civil sobre a obrigação de indenizar:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A autora poderia estar atuando na área do Direito e exercendo um bom emprego com suas qualificações, se não fosse a IRRESPONSABILIDADE da requerida, de não fornecer o diploma de conclusão do curso.
Diante os esclarecimentos, requer que seja arbitrado o pagamento referente aos danos morais no valor de R$10.000,00 (dez mil reais).
3) Da tutela de urgência:
É de direito queseja deferida a concessão da tutela de urgência, diante os termos do art. 303, NCPC:
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
Sobre o tema ensina Fredie Didier Jr., no Livro Curso de Direito Processual Civil, volume I, Ed. Jus Podivm, 10ª Edição, 2015, p. 579-580:
“A tutela provisória de urgência poderá ser concedida liminarmente quando o perigo de dano ou de ilícito, ou o risco ao resultado útil do processo estiverem configurados antes ou durante o ajuizamento da demanda. Caso não haja risco de ocorrência do dano antes da citação do réu, não há que se concedê-la em caráter liminar, pois não haverá justificativa razoável para a postergação do exercício do contraditório por parte do demandado. Seria uma restrição ilegítima e desproporcional ao seu direito de manifestação e defesa. Somente o perigo, a princípio, justifica a restrição ao contraditório. Entretanto, sempre que estabelecer a necessidade de contraditório prévio, o juiz deve justificar a postergação da análise do requerimento liminar. A tutela provisória de evidência (satisfativa) pode ser concedida liminarmente quando fundada nos incisos II e III do art. 311, porquanto se tenham ali estabelecido hipóteses de evidência robustas o bastante para autorizar a medida antes de o réu ser ouvido. Ou seja, são casos em que a prova dos fatos e/ou o seu enquadramento normativo tem a consistência necessária para permitir a providência in limine litis em favor do demandante. Acrescente-se a isso "a elevada qualidade do seu direito e a reduzida probabilidade de que o réu possa vir a desmenti-la"
Vê-se então diante os fatos e as fundamentações, o perigo na demora, na qual já prejudicou bastante a requerente desta ação.
DOS PEDIDOS:
1) Que seja concedida o benefício da assistência judiciária, nos termos do art. 98, NCPC;
2) Seja concedida a medida antecipatória de evidência/urgência, inaudita altera parts, determinando que a requerida envie no prazo de 72 horas o objeto a que se ajuíza essa ação a contar do recebimento da presente toda documentação exigida para expedição do diploma em nome do autor sob pena de arbitramento de multa diária no importe de 1.000,00 (mil reais) em caso de descumprimento e, ao final, que seja julgada totalmente procedente a presente ação confirmando-se no mérito, os efeitos antecipatórios;
3) A citação da Requerida, na pessoa do representante legal da requerida no endereço informado na inicial, para conhecimento de todos os termos da presente ação e se desejar contestá-la sob pena de serem reconhecidos como verdadeiros os fatos contra si articulados.
4) Seja a Ré condenada ao pagamento de verba indenizatória pelos danos moral sofrido pelo autor levando-se em conta a extensão dos danos causados, no valor de R$10.000,00 (DEZ MIL REAIS)
5) Condenação do requerido a título de sucumbência no importe de 20% sob o valor da condenação além das custas e despesas processuais.
Dá-se ao valor da causa R$10.000,00 (dez mil reais).
Nestes termos, pede e aguarda o deferimento.
Vila Velha-ES
13 de outubro de 2021
ADVOGADO 
OAB/ES XX.XXX