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ALTAS HABILIDADESSUPERDOTAÇÃO (AHSD) Identificação e encaminhamentos no âmbito escolar

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3
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
2º LICENCIATURA - PEDAGOGIA
THALIA CORREA
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO (AH/SD): Identificação e encaminhamentos no âmbito escolar 
São Carlos
2021
THALIA CORREA
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO (AH/SD): Identificação e encaminhamentos no âmbito escolar 
Trabalho apresentado ao Curso 2º licenciatura - Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, trabalho interdisciplinar. 
São Carlos
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	 3
2 DESENVOLVIMENTO 	4
3 CONCLUSÃO	 8
REFERÊNCIAS	 9
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, há mais de 2,5 milhões de alunos com altas habilidades/superdotação – AH/SD, contudo são poucos os que são identificados, o que dificulta a organização de ações para valorização destas especificidades (BRANCO, et al. 2017).
Renzulli (1978), aponta que a superdotação deve ser analisada a partir da interação de três fatores: habilidade acima da média; envolvimento com a tarefa e criatividade, não necessariamente precisam estar presentes na mesma intensidade e ao mesmo tempo, porém que interajam em algum grau para que o nível produtividade seja elevado.
As pessoas com AH/SD estão incluídas na parcela da população atendida pela educação especial, a qual tem função de identificar, elaborar e organizar os recursos pedagógicos e de acessibilidade para uma participação plena dos alunos (GUENTHER et al, 2000). Porém Antipoff et al. (1992) apontam que é mais comum incluir indivíduos cujo desenvolvimento e habilidade seja inferior quando comparado a outras crianças da mesma faixa etária ou nível de desenvolvimento. 
Acredita-se que o ambiente e os estímulos recebidos na infância podem contribuir tanto com o desenvolvimento da tarefa quanto com a criatividade dos mesmos, portanto o ambiente escolar é fundamental para identificar, incluir e motivar os alunos com AH/SD. Contudo, são poucas as ações que oportunizam as habilidades naturais em talentos. Tendo em vista isso, o presente trabalho tem objetivo de discorrer sobre o papel dos educadores na identificação de características das altas habilidades/superdotação. 
2. DESENVOLVIMENTO
 Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, os alunos com AH/SD são aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem, realização de tarefas em áreas de seu interesse (BRASIL, 2008, p. 15).
 Estas habilidades podem ser caracterizadas como:
· Habilidade intelectual geral: inclui indivíduos que demonstrarem características tais como curiosidade intelectual, poder excepcional de observação, habilidades para abstrair, atitude de questionamento e habilidades de pensamento associativo; 
· Talento acadêmico: inclui os alunos que apresentam um desempenho excepcional na escola, que se saem bem em testes de conhecimento e que demonstram alta habilidade para as tarefas acadêmicas; 
· Habilidade de pensamento criativo e produtivo: inclui estudantes que apresentam ideias originais e divergentes, que apresentam uma habilidade para elaborar e desenvolver suas ideias originais e que são capazes de perceber de muitas formas diferentes um determinado tópico; 
· Liderança: inclui aqueles estudantes que emergem como os líderes sociais ou acadêmicos de um grupo; 
· Artes visuais e ciências: englobam os alunos que apresentam habilidades superiores para a pintura, escultura, desenho, filmagem, dança, canto, teatro e para tocar instrumentos musicais.
· Habilidades psicomotoras: engloba aqueles estudantes que apresentam desempenho atlético, incluindo também o uso superior de habilidades motoras refinadas, necessárias para determinadas tarefas, e habilidades mecânicas.
 Levando em conta isso, a aluna Vanessa, abordada na situação-problema (SP), se caracteriza por possuir habilidade intelectual que tem como características tais como curiosidade intelectual, poder excepcional de observação, habilidades para abstrair, atitude de questionamento e habilidades de pensamento associativo, estas características vão de acordo com o perfil de Vanessa que é excelente em suas produções textuais, com notas altas, tanto em Português – Redação, como também no aprendizado de outros idiomas.
 A avaliação psicológica para identificar as altas habilidades deve ser um conjunto de informações levantadas pelo psicólogo, por meio de um somatório de instrumentos utilizados junto ao aluno, à escola e à família, a fim de mapear suas condições cognitivas, sociais, afetivas e metacognitivas, com vistas a orientá-lo e conduzi- -lo a ações no desenvolvimento do seu potencial (GUIMARÃES, 2007). 
 A avaliação não pode ser isolada, linear, não deve adotar uma visão reducionista do desenvolvimento humano, nem desconsiderar a influência de aspectos sociais e culturais no comportamento dos indivíduos” (GUIMARÃES, 2007, p. 81). 
 Em 2006, o MEC disponibilizou uma listagem denominada de Modelo de Sondagem Inicial para a Identificação da Superdotação, com o objetivo de oferecer subsídios aos professores na identificação de algumas das características dos alunos com AH/SD.
 Entretanto, é apenas o passo inicial para se encaminhar esse aluno para avaliação junto a profissionais capacitados que utilizam instrumentos elaborados e validados de acordo com a realidade brasileira. A utilização dessa listagem única e exclusivamente pode promover grandes alterações no número de alunos com AH/SD, já que não é um instrumento específico e validado. 
 Nessa direção, alguns instrumentos de uso do psicólogo, de acordo com a literatura, são os testes de inteligência RAVEN8 e WISC-IV9 , que são adotados por serem validados e apropriados à realidade brasileira. Porém, a aplicação desses instrumentos não é estanque, outros são associados a eles e, portanto, faz-se necessário que o profissional utilize outros instrumentos, como entrevistas, observações, sondagens do rendimento e desempenho escolar, análise de produções, que avaliem o autoconceito e a criatividade, por exemplo. Um dos testes utilizados para avaliação do pensamento criativo é denominado teste Torrance de Pensamento criativo, validado por Wechsler (2004). 
 Além dele, são utilizadas atividades de estimulação da criatividade e do autoconceito, como jogos (memória e quebra-cabeças) e brincadeiras (como liga-pontos, palavras cruzadas). O processo avaliativo deve acontecer em clima lúdico, em que jogos, desenhos e produções espontâneas devem ser valorizados e observados atentamente (GUIMARÃES, 2007).
 Desse modo, o psicólogo envolvido em todo processo avaliativo deve adotar uma seleção e obter critérios plausíveis e em relação aos instrumentos adotados, para não enviesar sua identidade teórica, e, sobretudo, deve adotar um viés que vise à observação, à investigação, bem como uma postura de pesquisador acerca do fenômeno investigado, com vistas na experiência, bem como na análise dos dados e resultados da avaliação, com fins de construir meios para o desenvolvimento da potencialidade do educando. 
 É de suma importância que o psicólogo assuma uma postura dinâmica e flexível no decorrer da fase de avaliação, a fim de ser um instrumento mediador, em função de sua postura interdisciplinar na busca pela compreensão das características sociais e emocionais do aluno que apresenta AH/SD, com vistas a refletir sobre o planejamento de práticas educacionais, bem como sobre os serviços destinados a essa clientela, em interlocução comuma equipe de profissionais no âmbito da escola, de programas e/ou outros serviços. 
 Nesse percurso, faz parte da avaliação realizada pelo psicólogo junto ao aluno com AH/SD incluir sua família, a fim de ouvir as demandas dos pais ou responsáveis no que se refere a compreender suas crenças, valores e sentimentos acerca do fenômeno das AH/ SD. O psicólogo deve assumir uma postura de construir, orientar, informar e esclarecer junto da família aspectos que valorizem as características que circundam as AH/SD, seu modo de funcionamento, aspectos individuais, sociais e emocionais, com vistas a desmistificar ideias distorcidas sobre o fenômeno.
	 O Plano Nacional de Educação – PNE (BRASIL, 2001a) preconizou que a identificação de educandos com “altas habilidades, superdotação ou talentos” e o atendimento adequado de suas necessidades poderiam ser e estar atribuídos aos professores que, ao sentirem-se preparados para observar sistematicamente o comportamento e o desempenho desses educandos, não perderam de vista o contexto socioeconômico e cultural, a fim de perceber a intensidade, a frequência e a consistência das características ao longo de seu desenvolvimento. Nesse documento norteador, a escola como um todo deveria ser flexível e atenta à diversidade das necessidades especiais e peculiaridades dos alunos, com o intuito de promover ações não apenas integradoras, mas, sobretudo, inclusivas (BRASIL, 2001a). 
 Após mais de uma década, não foi possível verificar grandes modificações no atendimento a esses educandos, de forma que o PNE (2014) tem apresentado novas indicações que contemplassem ações políticas a esse segmento através da Meta 4, em que reafirma a importância da formação de professores para atender a esse público, estimular a pesquisa, o apoio e a assessoria em centros especializados multidisciplinares, dentre outros. Uma das formas de garantir que isso ocorra é discutido e postulado pela Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), que conceitua a Educação Especial como uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis e etapas, desde a Educação Básica até a Superior.
 Para o aluno superdotado, recomenda-se a permanência no ensino comum, com apoio especializado, ou seja, o aluno freqüentará a sala de aula, onde deverá receber atendimento diferenciado através de estratégias de enriquecimento curricular e freqüentar, em contraturno, um serviço de apoio especializado que promova estratégias de enriquecimento curricular específicas, de acordo com a área de maior habilidade e interesse do aluno. A modalidade deste atendimento pode variar conforme a disponibilidade ou possibilidade de cada instituição escolar. Atualmente, os serviços de atendimento, mais comumente oferecidos pelas instituições de ensino no Brasil, são as Salas de Recursos e os Centros de Atendimento Especializado.
3. CONCLUSÃO
 É necessário que haja maior conscientização e maior treinamento e preparo nas escolas com cursos de capacitação continuada para professores, palestras informativas etc. 
	 Este é um tema de grande relevância, principalmente, levando-se em conta que há a necessidade de medidas de identificação, de apoio e atendimento eficazes aos indivíduos que se destacam por apresentarem um potencial superior quando comparados com outros de mesma faixa etária ou nível de desenvolvimento.
REFERÊNCIAS 
ANTIPOFF, C. A. Superdotação e seus mitos, 2010.
Antipoff, H. (1992). A educação do bem-dotado – coletânea das obras escritas de Helena Antipoff. Rio de Janeiro: SENAI.
BRANCO, A. P S. C et al. Breve histórico acerca das altas habilidades/ superdotação: políticas e  instrumentos para a identificação, 2017.
Brasil. (1999). Programa de capacitação de recursos humanos do Ensino Fundamental: superdotação e talento. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto / Secretaria de Educação Especial. 
Brasil. (2002). Educação Infantil: Saberes e práticas da inclusão: altas habilidades / superdotação. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto / Secretaria de Educação Especial. 
Brasil. (2007). Política Nacional de Educação Inclusiva na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto / Secretaria de Educação Especial.
Brasil. (2008). Resolução 02/2001. Brasília: Ministério da Educação / Câmara de Educação Básica.
GUENTHER, Z. Desenvolver capacidades e talentos: um conceito de inclusão. Petrópolis: Vozes, 2000
GUIMARÃES, T. G. Avaliação psicológica de alunos com altas habilidades. In: FLEITH, D. S.; ALENCAR, E. M. L. S. (Orgs.). Desenvolvimento de talentos e altas habilidades. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 79-85.
RENZULLI, J. S. What makes giftedness? Reexamining a definition. Phi Delta Kappa, v. 60, p. 180-184, 1978.
WECHSLER, S. M. Avaliação da criatividade por figuras: teste de Torrance. Campinas: LAMP/IDB, 2004.

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