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Arnaldo Rodrigues 
Júnia La Scala 
Margaret Presser 
Raoni La Scala 
Sorel Silva 
EDUCAÇÃO 
INFANTIL
VOLUME 
ÚNICO
PRÉ-ESCOLA
GUIA DE PREPARAÇÃO 
PARA A ALFABETIZAÇÃO
9 7 8 6 5 5 7 4 2 1 3 1 4
ISBN 978-65-5742-131-4
CAPA ESTACAO CRIANCA GUIA OK.indd All PagesCAPA ESTACAO CRIANCA GUIA OK.indd All Pages 10/3/20 10:46 AM10/3/20 10:46 AM
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Arnaldo Bento Rodrigues
Bacharel em Ciências com habilitação em Matemática pela Universidade de Guarulhos (SP) .
Licenciado em Pedagogia pela União das Faculdades Francanas (SP) .
Professor de Matemática no Ensino Fundamental.
Júnia La Scala Teixeira
Licenciada em Matemática pela Faculdade Paulistana de Ciências e Letras (SP) .
Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras Nove de Julho (SP) .
Professora de Matemática no Ensino Fundamental.
Margaret Presser
Mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) .
Especialista em Educação Infantil pela Universidade Metodista de São Paulo .
Bacharel em Comunicação Social pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado .
Autora de materiais pedagógicos voltados à Educação Infantil .
Pesquisadora na área da educação.
Raoni Vazquez La Scala Teixeira
Curso superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Faculdade de Tecnologia da Baixada Santista (Fatec) .
Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Católica de Santos .
Autor de materiais pedagógicos voltados à Educação Infantil .
Consultor de Negócios Sênior e desenvolvedor de interfaces.
Sorel Hernandes Lopes da Silva
Bacharel em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) .
Professora de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental .
Professora de Literatura no Ensino Médio.
EDUCAÇÃO INFANTIL • VOLUME ÚNICO
São Paulo • 1a edição • 2020
GUIA DE PREPARAÇÃO 
PARA A ALFABETIZAÇÃO
PRÉ-ESCOLA
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Estação Criança – Guia de Preparação para a Alfabetização (Educação Infantil – Pré-escola – Volume único)
Copyright © Arnaldo Bento Rodrigues, Júnia La Scala Teixeira, Margaret Presser, 
Raoni Vazquez La Scala Teixeira, Sorel Hernandes Lopes da Silva, 2020
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção editorial adjunta Luiz Tonolli
Gerência editorial Natalia Taccetti
Edição Luciana Leopoldino (coord.) 
Preparação e revisão de texto Viviam Moreira (sup.)
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Daniela Máximo (coord.)
Arte e produção Rodrigo Carraro Moutinho (sup.)
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Coordenação editorial Duda Albuquerque / DB Produções Editoriais
Iconografia e licenciamento de textos Márcia Sato
Coordenação de produção Fênix Editorial
Projeto gráfico e editoração eletrônica Fênix Editorial
Imagem de capa Antonio Diaz/Shutterstock.com
Ilustrações Alberto Llinares, Alex Rodrigues, André Valle, Avalone, Bruno Nunes, Claudia Marianno, Dayane Raven, Edu Ranzoni, 
Estúdio Ornitorrinco, Giz de cera, Guilherme Asthma, Ilê Comunicação, Ilustra Cartoon, Iri, Leninha Lacerda, Marcos de Mello, 
Mariângela Haddad, Raíssa Bulhões, Renam Penante, Thiago Amormino, Wandson Rocha
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Estação criança : guia de preparação para a alfabetização : pré-escola : educação infantil : volume 
único / Arnaldo Bento Rodrigues...[et al.]. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2020.
 Outros autores: Júnia La Scala Teixeira, Margaret Presser, Raoni Vazquez La Scala Teixeira, 
Sorel Hernandes Lopes da Silva
 ISBN 978-65-5742-131-4 (professor)
 1. Alfabetização 2. Educação infantil I. Rodrigues, Arnaldo Bento. II. Teixeira, Júnia La
Scala. III. Presser, Margaret. IV. Teixeira, Raoni Vazquez La Scala. V. Silva, Sorel Hernandes 
Lopes da.
20-44277 CDD-372.21
Índices para catálogo sistemático:
1. Alfabetização : Educação infantil 372.21
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427
Em respeito ao meio ambiente, as folhas 
deste livro foram produzidas com fi bras 
obtidas de árvores de fl orestas plantadas, 
com origem certifi cada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610
de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
EDITORA FTD
Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP
CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300
Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970
www.ftd.com.br
central.relacionamento@ftd.com.br
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Este Guia de preparação para a alfabetização é uma obra de apoio à prática 
educativa, destinada aos professores da pré-escola, que aborda conhecimentos de 
 literacia e de numeracia, previstos pela Política Nacional de Alfabetização (PNA ) e em 
conformidade com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC ).
O Guia tem por objetivo apresentar orientações, sugestões e práticas cientifica-
mente eficazes de preparação para alfabetização de crianças na faixa etária entre 
4 anos e 5 anos e 11 meses, garantindo a progressão das aprendizagens e fornecendo 
um itinerário sequencial para auxiliar o professor na condução de suas aulas.
Nas páginas seguintes, você encontrará uma seção introdutória abordando a 
importância da Educação Infantil como etapa preparatória para a futura alfabetização 
formal, bem como a importância da intencionalidade pedagógica em cada atividade 
a ser executada. Além disso, a seção introdutória traz outro assunto fundamental, 
que é a construção de uma cultura de avaliação formativa no ambiente escolar, ou 
seja, do engajamento e envolvimento de todos os atores no acompanhamento e 
monitoramento constante das aprendizagens das crianças.
O primeiro capítulo inicia-se com uma breve introdução sobre a importância da 
 literacia para a futura alfabetização dos alunos, destacando os componentes essen-
ciais descritos na PNA e adequados à faixa etária – consciência fonológica e fonêmica, 
conhecimento alfabético, desenvolvimento de vocabulário, compreensão oral de textos 
e produção de escrita emergente.
 O segundo capítulo traz uma explicação conceitual sobre a relevância da numeracia 
no processo de alfabetização, abordando conteúdos relacionados a noções de quanti-
dade, algarismo, somas, subtrações, proporções simples envolvendo números de apenas 
um algarismo; a noções de localização, posicionamento, espacialidade, direcionalidade, 
tempo, tamanho, peso e volume; a noções de formas geométricas elementares; e a 
noções de raciocínio lógico e raciocínio matemático.
Ambos os capítulos relacionam exemplos práticos de modelagens de atividades, 
jogos e brincadeiras, agrupados de acordo com os componentes essenciais de litera-
cia e os conhecimentos elementares relacionados à numeracia. Para cada conteúdo 
abordado também é apresentada uma relação de outras atividades que podem ser 
exploradas para ampliação do conhecimento específico apresentado.
Esperamos que este Guia possa ajudá-lo na busca, que deve ser contínua, de outras 
propostas que atendam às especificidades de suas crianças.
Apresentação
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Sumário
Introdução .......................................................................................6
A importância da Educação Infantil e da intencionalidade 
pedagógica para a alfabetização .......................................................6
Mas, afinal, o que é intencionalidade pedagógica? .............................7
A construção da cultura de avaliação formativa ...............................7
A literacia .......................................................................................10A literacia e os componentes essenciais de preparação para a 
alfabetização ...................................................................................10
Consciências fonológica e fonêmica .................................................11
Qual a vantagem de se embasar a alfabetização na consciência 
fonológica? .......................................................................................11
Atividade 1 – Caixa de objetos ...........................................................11
Atividade 2 – Adivinhe o que estou pensando .......................................12
Atividade 3 – Palavras parecidas ........................................................13
Mais atividades ...............................................................................14
Conhecimento alfabético ..................................................................15
Atividade 1 – Biscoitos das letras .......................................................16
Atividade 2 – Passeio pelas letras ......................................................17
Atividade 3 – Bola alfabética .............................................................18
Mais atividades ...............................................................................19
Desenvolvimento de vocabulário.......................................................20
Atividade 1 – Parodiar uma cantiga popular .........................................21
Atividade 2 – Interpretação de texto de cantiga ....................................21
Atividade 3 – Qual o final da história? .................................................22
Mais atividades ...............................................................................23
Compreensão oral de textos .............................................................24
Atividade 1 –Leitura dialogada ...........................................................25
Atividade 2 – Mãos na massa ............................................................26
Atividade 3 – A história de uma cantiga ...............................................26
Mais atividades ...............................................................................27
Produção de escrita emergente ........................................................29
Atividade 1 – Desenho nas costas ......................................................29
Atividade 2 – Músicas populares ........................................................30
Atividade 3 – Jogo da memória com os nomes da turma .........................31
Mais atividades ...............................................................................32
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A numeracia ...................................................................................33
A numeracia e os conhecimentos elementares de 
preparação para a alfabetização .....................................................33
Noções de quantidade, algarismo, somas, subtrações, proporções 
simples envolvendo números de apenas um algarismo .....................34
Atividade 1 – Sementes de melancia ...................................................34
Atividade 2 – Adição e subtração no jogo de latas .................................35
Atividade 3 – Hoje é dia de fruta! .......................................................36
Atividade 4 – Peixinhos no aquário .....................................................37
Atividade 5 – Copos pra cá, copos pra lá .............................................38
Mais atividades ...............................................................................39
Noções de localização, posicionamento, espacialidade, 
direcionalidade, tempo, tamanho, peso e volume .............................40
Atividade 1 – O “mestre mandou” brincar com o bambolê .......................41
Atividade 2 – Observar e registrar o crescimento de um vegetal ...............42
Atividade 3 – Observar e registrar no calendário do mês .........................43
Atividade 4 – Pula, pipoca!................................................................44
Atividade 5 – Atenção ao trânsito! ......................................................45
Mais atividades ...............................................................................46
Noções de formas geométricas elementares ....................................48
Atividade 1 – Modelar formas geométricas espaciais ..............................48
Atividade 2 – Caçar formas geométricas espaciais .................................49
Atividade 3 – Na corda bamba ...........................................................50
Atividade 4 – Traçar contornos .........................................................52
Mais atividades ...............................................................................53
Noções de raciocínio lógico e raciocínio matemático ........................54
Atividade 1 – Raciocínio lógico na sequência de cenas ...........................55
Atividade 2 – Bolinhas coloridas ........................................................56
Atividade 3 – Raciocínio lógico e os quebra-cabeças ..............................57
Atividade 4 – Registrar, com bandeirinhas, as escolhas feitas ..................58
Mais atividades ...............................................................................59
Sugestões de atividades para alfabetização: 
literacia e numeracia ................................................................ 61
Bibliografia comentada ............................................................... 62
Indicações de leituras complementares ................................ 64
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Introdução
A importância da Educação Infantil 
e da intencionalidade pedagógica 
para a alfabetização
Desde o nascimento, a criança mostra-se ávida por conhecer e apropriar-se de tudo o que 
o mundo pode oferecer. É como se estivesse em busca de encontrar seu lugar, sua missão de 
vida. Os primeiros sorrisos, o segurar o dedo do adulto, o esticar os braços para encontrar o 
aconchego, o choro, o apontar para os objetos, o engatinhar, os primeiros passos etc. são ações 
e interações que a criança pratica com objetivos claros de se comunicar com as pessoas em 
seu entorno, para aprender, sentindo-se segura em busca do seu espaço. 
A partir da promulgação em 1996 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB/96), a Educação Infantil 
passou a ser considerada a primeira etapa da Educação Básica, no mesmo patamar do Ensino 
Fundamental e do Ensino Médio. A Educação Infantil, portanto, é a etapa mais importante na 
formação do sujeito, pois , nessa fase da vida , ocorre o desenvolvimento de habilidades essen-
ciais para aprendizagens mais complexas ao longo da trajetória escolar.
Com base em nossas reflexões sobre as formas como a criança busca interagir com seu 
meio e na consciência da importância da Educação Infantil na vida do sujeito e, por conse-
guinte, da sociedade, é que nós, educadores, devemos fazer planejamentos que visem auxiliar a 
criança em seu processo de amadurecimento. Nesse sentido, deve-se imprimir intencionalidade 
pedagógica nas interações e brincadeiras infantis, sempre lembrando que esse período é o 
que antecede o ingresso da criança no Ensino Fundamental, etapa em que se espera que ela 
tenha desenvolvido as habilidades importantes para a alfabetização formal, a ser alcançada 
até o terceiro ano, de acordo com o Plano Nacional de Educação, Meta 5.
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Mas, afinal, o que é intencionalidade pedagógica?
É ter, em mente, a intenção de organizar e propor experiências que permitam que a criança 
desenvolva o autoconhecimento, o conhecimento das pessoas com quem convive, aprenda a 
respeitar-see a respeitá-las, compreenda as relações com a natureza, as práticas de cuidados 
pessoais (alimentar-se, vestir-se, higienizar-se), participe de experimentos com materiais varia-
dos, desenvolva a oralidade, sendo estimulada a falar, escutar, dialogar, dar opiniões, cantar, 
dançar, recitar poemas, produzir arte, conhecer sua cultura, desenvolver o raciocínio lógico. 
Assim, ter intencionalidade pedagógica é refletir sobre o que é necessário desenvolver na criança 
e, com base nessa reflexão, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar o conjunto das 
práticas e interações que garantam situações variadas, visando a promover o desenvolvimento 
pleno da criança para que ela possa avançar em seu processo de alfabetização formal.
Em qualquer trabalho pedagógico, é fundamental que seja explicitada 
a concepção que se tem como norteadora da proposta desenvolvida, além 
de se ter clareza de por que e para que uma criança pequena vai à escola. 
Há vários objetivos que permeiam o trabalho de educação infantil na articu-
lação entre o cuidar e o educar, em especial a construção da sociabilidade, 
da aprendizagem e da independência em prol de sua autonomia, bem 
como os cuidados necessários à sua higiene, à alimentação, à segurança, 
às brincadeiras e ao vínculo afetivo (PROENÇA, 2004).
É nessa etapa, portanto, que os estímulos recebidos podem beneficiar diretamente o desenvol-
vimento das várias competências, como a linguística, a espacial, a musical e a lógico-matemática, 
entre outras; por isso, crianças que frequentaram a Educação Infantil têm um desempenho melhor 
em toda a sua vida escolar. Por isso, destaca-se a importância dessa etapa da Educação Básica 
na formação do indivíduo, sobretudo se houver intencionalidade pedagógica no planejamento 
de todas as atividades.
Segundo Negri (2008), a intencionalidade pedagógica, como ferramenta do docente, é 
uma ação que vai além de simplesmente planejar os conteúdos. É algo maior que se reflete 
na postura do educador, que busca sempre um diálogo elucidativo, formativo e proativo com 
os alunos durante o trabalho em sala de aula, posicionando-se de maneira responsável diante 
de sua função.
Mukhina (1996) afirma que é preciso que o ensino seja efetivado de forma consciente. 
Segundo a autora, o adulto precisa conhecer a relação entre o ensino e o desenvolvimento, 
para, baseado nessa relação, determinar o que e como ensinar, a fim de garantir o pleno 
desenvolvimento de uma criança.
Ao planejar a aula, é importante que o professor tenha o conhecimento de todas as habilidades 
que, nas crianças, precisam ser desenvolvidas e como estas podem ser exploradas, ao aplicar, 
atuar como mediador, investindo na zona de desenvolvimento proximal, de maneira que a criança 
consiga realizar e se apropriar do conhecimento e da atividade e, conforme Oliveira (1997), por 
meio das experiências sociais, novas funções são formadas. 
A intencionalidade do professor e o conhecimento acerca das necessidades a serem desen-
volvidas são elementos indispensáveis. De acordo com Vygotsky, não são as necessidades bási-
cas que direcionam o desenvolvimento da criança, mas os desafios oferecidos nas interações 
e as vivências sociais a que é exposta desde o nascimento (OLIVEIRA, 2012).
A construção da cultura de avaliação formativa
Na prática docente, é fundamental acompanhar o desenvolvimento dos alunos ao longo do 
tempo e em seus vários aspectos, usando uma gama variada de ferramentas de avaliação. Essas 
são as principais funções da avaliação formativa. No caso da Educação Infantil, o diálogo com 
a criança e a observação estão entre as principais ferramentas de avaliação. 
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Como explica Madalena Freire (FREIRE, 1996, p. 14), “observar uma situação pedagógica 
não é vigiá-la, mas sim fazer vigília por ela, na cumplicidade da construção do projeto, na 
cumplicidade pedagógica”.
A observação atenta das ações das crianças, na pré-escola, faz com que o educador e a 
educadora tracem o perfil de cada criança. Com essa postura ativa, é possível fazer interven-
ções oportunas e seguras. 
Na escola, avaliar é acompanhar o processo de aprendizagem, ponderar sobre ele e intervir 
quando necessário. Está em pauta, nessa avaliação, não só a maneira como a criança vê o 
mundo e atua nele, mas também as representações construídas pelos adultos, ou seja, o olhar 
do professor – com suas referências e expectativas.
De acordo com Hoffmann (2015), o primeiro movimento do educador no processo avaliativo 
é fazer uma reflexão que envolva alguns questionamentos. “Como a criança busca compreen-
der e descobrir o mundo?”, “De que maneira domina a língua e se comunica por meio dela?”, 
“Como percebe os outros que a rodeiam e os sinais de perigo?”
São questionamentos que nos levam a concluir que é o constante e cuidadoso interesse 
pelas crianças e pela forma como se apropriam do mundo que deve constituir o viés da ava-
liação, e não um julgamento baseado em uma pretensa normatização que atribui valor positivo 
ou negativo em suas ações.
Avaliar, na Educação Infantil, é, por um lado, fazer resistência à ideia de evolução normal, 
ideal difundido em parte da sociedade, e, por outro, confrontar as representações dos adultos 
envolvidos no processo educativo. A esse respeito Hoffmann (2015) contribui com a discussão 
ao afirmar:
O ato avaliativo é permeado de interpretações a partir de suas expe-
riências de vida e de suas concepções. Conversando com professoras e 
auxiliares das instituições, onde acompanhei alunas em estágios, percebi, 
em muitas ocasiões, imagens idealizadas das crianças: histórias engra-
çadas sobre suas travessuras, expressões de carinho e elogios que não 
combinavam com as atitudes autoritárias e de repressão que ocorriam 
todos os dias. Por vezes, algumas delas pareciam referir-se a uma criança 
idealizada que não correspondia às crianças com as quais lidavam 
(HOFFMANN, 2015, p. 26).
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O primeiro momento avaliativo, portanto, exige observar a criança, visto que a linguagem e 
o entendimento do mundo que a cerca estão em plena construção e constante reformulação. 
Trata-se de observar a criança não para diagnosticar e rotular, mas para pensar em desafios 
que promovam seu desenvolvimento global, fomentando seu desejo de conhecer, aprender e 
superar desafios. Sobre isso, Malaguzzi afirma:
Quanto mais resistimos à tentação de classificar as crianças, mais 
capazes nos tornamos de mudar nossos planos e de tornar disponíveis 
diferentes atividades. Isso não elimina a responsabilidade ou a utilidade 
de notar a diferença entre as crianças. Vamos levá-las em consideração, 
vamos prestar atenção nelas. Mas vamos também sempre exercer a cau-
tela e aprender a observar e avaliar melhor, sem atribuir níveis ou notas 
(MALAGUZZI, 1999, p. 90).
Um segundo momento necessário ao processo de avaliação são os registros, que podem 
ser feitos por escrito em um diário, por meio de gravação, fotografia ou filmagem das crianças 
durante as atividades. As produções das crianças também devem compor a documentação.
Utilizada como meio de reflexão por todos os envolvidos no processo educacional, a docu-
mentação pedagógica tem, de acordo com Guimarães et al. (2014), as seguintes funções: ser 
memória e avaliação; constituir fonte de pesquisa e reflexão para professores; informar sobre 
o cotidiano da escola para a família da criança.
Os registros do desempenho e das ações das crianças, na escola, podem constituir uma 
rica documentação para retratar a evolução do trabalho pedagógico e os avanços das crianças 
e redirecionar o trabalho do educador, quando necessário. Ou seja, por meio dessa documen-
tação, podem-se avaliar e reavaliar não só o desenvolvimentoe os avanços dos educandos, 
mas a própria prática. 
Tendo em vista o que foi exposto até aqui, as diretrizes descritas a seguir podem auxiliar 
o educador no processo da avaliação formativa:
• É importante que o educador fique atento para detectar possíveis dificuldades ou transtor-
nos de aprendizagem nas crianças. Quanto mais cedo forem detectados, se existirem, mais 
rapidamente será possível tomar as providências necessárias para adaptar ou alterar a rota 
do processo de aprendizagem dessas crianças.
• Problemas de fala, coordenação motora, reconhecimento visual ou auditivo, dificuldade 
de memorizar sequências ou montar quebra-cabeças, aprender rimas e músicas ou dife-
renciar longe e perto ou, ainda, hiperatividade podem gerar dificuldade de aprendizagem e 
sinalizar que seria importante o trabalho de um especialista para estimulação cognitiva ou 
psicomotora (LANGE; THOMPSON, 2006).
• Cada criança é única. Cada uma aprende de um jeito: umas de forma mais rápida; outras, 
de forma mais lenta. Mas, nem por isso, uma é melhor que a outra. Algumas são mais 
irrequietas e agitadas, outras mais introspectivas, mais calmas. Algumas gostam mais de 
atividades de desenho e pintura, outras se interessam mais por cantigas, danças e rimas. 
É importante o educador ter condições de observar essas características e promover 
atividades diversificadas para alunos de uma mesma turma, respeitando o ritmo de cada 
um. É possível, por exemplo, propor “eixos de interesse” com potencial de aprendizado 
do conhecimento que se quer trabalhar, explorando esse conhecimento em atividades 
variadas. Dessa forma, as crianças podem se dedicar àquilo que mais gostam de fazer, 
estando, porém, conectadas pelo mesmo eixo de interesse (ORRÚ, 2017).
• O trabalho coletivo tem um papel fundamental na formação do aluno. Nesse tipo de ativi-
dade, os alunos desenvolvem valores sociais e exercitam as habilidades de expressar-se, 
escutar, trocar ideias, respeitar e decidir. As construções coletivas possibilitam a troca de 
experiências e o contato com percepções diferentes, na busca de um resultado comum. 
Esses momentos podem constituir uma oportunidade para observar as atitudes de convi-
vência, cooperação, respeito e tolerância.
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A literacia
A literacia e os componentes essenciais 
de preparação para a alfabetização
A Política Nacional de Alfabetização (PNA) apresenta pesquisas no campo da Neuro-
ciência a respeito da forma como as crianças são alfabetizadas. O objetivo é difundir a 
perspectiva da educação baseada em evidências científicas, já adotada com muito sucesso 
em vários países, com o propósito de melhorar os indicadores educacionais e garantir 
educação de qualidade para todos. De acordo com essa perspectiva, as políticas e as prá-
ticas educacionais devem ser orientadas por evidências em relação aos efeitos prováveis 
e aos resultados esperados. Nesse sentido, professores, gestores educacionais e pessoas 
envolvidas na educação deverão consultar a literatura científica nacional e a internacional 
para conhecer e avaliar estudos atuais a respeito dos processos de ensino e aprendizagem.
Com base na ciência cognitiva da leitura, a PNA define alfabetização como o ensino das 
habilidades de leitura e de escrita em um sistema alfabético, entendido como aquele que 
representa os sons da fala com as letras do alfabeto. O conceito de literacia é apresentado 
na PNA como o “conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados à leitura e 
à escrita, bem como sua prática produtiva” (BRASIL, 2019, p. 21). O conceito de conjunto de 
conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados à leitura e à escrita, desenvolvidos antes 
da alfabetização. “Durante a primeira infância, seja na pré-escola, seja na família, a literacia 
já começa a despontar na vida da criança, ainda em um nível rudimentar, mas fundamental 
para a alfabetização ” (BRASIL, 2019, p. 22). 
Estudos, como o de coautoria de Bruce McCandliss, professor de Pós-Graduação da Escola 
de Educação e do Instituto de Neurociência de Stanford (EUA), fornecem evidências que mos-
tram que uma estratégia de ensino específico para a leitura tem impacto direto no cérebro, 
e os leitores que aprendem as relações entre letra e som , por meio do método fônico , têm 
melhor progresso na leitura do que quando tentam aprender a identificar palavras inteiras. 
No estudo, foi realizado um teste de leitura enquanto as ondas cerebrais eram monitoradas, 
e foi possível perceber que respostas rápidas do cérebro para as palavras recém-aprendidas 
foram influenciadas pela forma como foram ensinadas (McCANDLISS et al., 2020).
O êxito no processo de alfabetização formal nos anos iniciais do Ensino Fundamental , deve 
apoiar-se em um ensino que considere as evidências científicas mais atuais. Este Guia explora os 
seguintes componentes essenciais de preparação para a alfabetização relacionados à literacia: 
 consciência fonológica e fonêmica; conhecimento alfabético; desenvolvimento de vocabulário; 
 compreensão oral de textos e produção de escrita emergente.
A seguir, uma breve descrição desses componentes e exemplos de modelagens de aulas 
relacionadas a eles.
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Consciências fonológica e fonêmica
A “habilidade metalinguística abrangente, que inclui a identificação e manipulação intencio-
nal de unidades de linguagem oral, tais como palavras, sílabas, aliterações e rimas” é o que 
se chama consciência fonológica (BRASIL, 2019, p. 30). A criança aprende a falar captando 
os sons da fala do outro (adultos e crianças de seu entorno) e tentando reproduzi-los. Quando 
a criança, já na Educação Infantil, começa a se apropriar do conhecimento das letras, identifi-
cando os nomes, seus formatos e associando-as aos sons que representam, surge a consciência 
fonêmica, que consiste em conhecer e manipular intencionalmente a menor unidade fonológica 
da fala: o fonema. Esses dois elementos são os principais facilitadores da alfabetização com 
base em evidências científicas comprovadas.
Aprender a ler é uma tarefa complexa que exige várias habilidades, 
entre elas, é claro, o conhecimento dos símbolos da escrita e a sua cor-
respondência com os sons da linguagem. Muitas pesquisas têm mostrado, 
no entanto, que o melhor indicador para o aprendizado da leitura é a habi-
lidade que a criança tenha de lidar com os fonemas (COSENZA; GUERRA, 
2011, p. 104).
A consciência fonológica é essencial no processo de aprendizagem da leitura e da escrita, 
pois facilita a compreensão do princípio alfabético. 
A essência de aprender a ler está em aprender a fazer a decodificação 
fonológica a qual constitui o cerne do conceito de alfabetização. Sendo 
assim, visualizando a importância do aprender a ler na alfabetização, bem 
como tendo claro que não se trata de algo natural, mas algo que pode ser 
desenvolvido se observados e trabalhados alguns requisitos que garantam 
tal aprendizado é que a alfabetização requer ser tratada no Brasil com 
outros olhos, focando para além do que se vivencia, isto é, buscando 
fundamentar-se nas evidências existentes, levando em consideração os 
avanços da Ciência Cognitiva da Leitura (SANTOS, 2011, p. 9).
Qual a vantagem de se embasar a alfabetização 
na consciência fonológica?
Estudos atuais, como os de Barrera e Maluf (2003), Santos e Maluf (2007), Santos e Maluf 
(2010), Siccherino (2007), demonstram que a aprendizagem da leitura e da escrita é bem-suce-
dida quando o conhecimento é iniciado com o sistema alfabético e, para garantir o progresso 
do aprendizado da leitura e da escrita alfabética do aprendiz, são as instruções em consciência 
fonológica e o conhecimento dos nomes das letras que asseguram um relevante sucesso.
As crianças menores de 6 anos queadquirem consciência fonológica apresentam maior 
facilidade para serem alfabetizadas, o que é comprovado por inúmeras pesquisas realizadas 
no mundo todo. Entretanto, se não for intencionalmente ensinada, essa consciência escapa 
para cerca de 25% dos alunos de 1º ano de classe média e para um número maior de crianças 
de classe social menos privilegiada (ADAMS et al., 2009). 
A seguir, o educador encontra várias modelagens de aula para auxiliar a criança na aquisição 
da consciência fonológica e, consequentemente, no desenvolvimento da consciência fonêmica.
Atividades
Atividade 1 – Caixa de objetos
Objetivo:
• Desenvolver a capacidade de a criança dividir uma palavra em pedaços (sílabas) e 
ampliar seu vocabulário ao associar o objeto a seu respectivo nome.
Você vai precisar de:
• Caixa grande de papelão ou cesto;
• Objetos variados (lápis, borracha, boneca, bola, almofada, livro, caderno etc.).
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Desenvolvimento:
1. Junte uma série de objetos variados em uma caixa grande ou em um cesto.
2. Peça a uma criança que feche os olhos e retire um objeto da caixa, por exemplo, uma BOLA 
e pergunte a ela:
– Você sabe qual o nome desse objeto?
(A criança responde, no caso, BOLA.)
– Vamos todos repetir juntos: BOLA.
(Todas as crianças repetem: BOLA.)
3. Se alguma criança da turma quiser , e já souber , escrever o nome do objeto, convide-a a 
escrevê-lo na lousa. Caso contrário, escreva-o, enquanto as crianças o pronunciam, para 
facilitar a associação do som às respectivas letras que o formam.
– Agora, vamos bater uma palma para cada pedacinho da palavra: BO – LA.
(Todas as crianças repetem, pronunciando separadamente e batendo uma palma para 
cada sílaba.)
– Quantas palmas batemos? (Duas.)
– Então, quantos pedaços tem a palavra BOLA? (Dois.)
Variações:
• Essa atividade pode ser realizada em diversos momentos, variando os objetos colocados na 
caixa, o que auxilia as crianças no desenvolvimento de vocabulário.
• Para também explorar a noção de classificação, é possível realizar a atividade colocando , 
na caixa, em determinado dia, somente objetos relacionados a um tema, como a caixa de 
brinquedos, a caixa de objetos escolares e a caixa das peças de vestuário.
Avaliação:
• Verifique se as crianças conseguem pronunciar corretamente as palavras, além de perceber 
que estas podem ser separadas em pedaços menores . Verifique também se conseguem 
acompanhar a pronúncia das sílabas batendo palmas.
Atividade 2 – Adivinhe o que estou pensando
Objetivo:
• Desenvolver o raciocínio lógico e a capacidade de a 
criança identificar e reproduzir o som dos fonemas.
Desenvolvimento:
1. Convide as crianças para brincar de Adivinhe o que 
estou pensando :
– Eu vou pensar em alguma coisa e vocês terão de 
descobrir o que é.
2. Comece dando a primeira dica com base no 
fonema inicial da palavra que você pensou, por 
exemplo: ABACAXI.
– A coisa em que estou pensando começa com 
/A-A-A-A/. Com que som começa a minha palavra?
(Todas as crianças repetem: /A-A-A-A/.)
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3. Em seguida, você pode dar pistas sobre o que pensou, estimulando o raciocínio lógico 
das crianças:
– É uma fruta que tem uma coroa.
(As crianças respondem: ABACAXI.)
– A-A-A-ABACAXI. Muito bem! 
Qual o primeiro som de A-A-A-ABACAXI?
(As crianças respondem: /A-A-A-A/.)
4. Repita o procedimento com outras palavras para que as crianças tentem adivinhar.
Variações:
• Incentive as crianças a brincar entre si, em pequenos grupos. Uma criança pensa em uma 
palavra e dá dicas sobre o que pensou para as outras tentarem adivinhar qual é o objeto. 
É importante que a primeira dica sempre seja o fonema inicial da palavra.
• Prepare alguns cartões variados, cada um com uma figura e seu respectivo nome. Coloque 
os cartões em uma caixa e peça para uma criança retirar um deles e, sem mostrar para as 
demais, dar dicas sobre a figura que aparece no cartão, sempre iniciando pela pronúncia 
do som inicial.
Avaliação:
• Verifique se todas as crianças estão participando da brincadeira e respondendo às per-
guntas e se conseguem pronunciar corretamente as palavras e separá-las em sílabas.
Atividade 3 – Palavras parecidas
Objetivo:
• Explorar a sonoridade, o ritmo e as rimas dos poemas ou parlendas, ampliando o repertório 
literário das crianças com o intuito de levantar hipóteses sobre a escrita de palavras.
Você vai precisar de:
• Poemas ou parlendas diversificados transcritos em folhas de papel sulfite.
Desenvolvimento:
1. Transcreva, em folhas de papel sulfite, alguns poemas e parlendas adequados à faixa etária 
das crianças, um em cada folha, para colá-los em um mural, ou montar um varal de textos 
a uma altura que as crianças tenham acesso.
2. Junte as crianças ao redor dos textos e informe que, nesta atividade, vão ler e brincar com 
as palavras. Organize a turma e faça perguntas, como:
– Alguém já ouviu poemas ou parlendas? Em que momento?
– Quem sabe falar um poema de cor? E uma parlenda?
(As crianças declamam um texto, se souberem.)
3. Em seguida, peça às crianças que escolham um dos textos do mural para você ler em voz 
alta. Por exemplo, esta parlenda:
Meio-dia
Macaco assobia
Panela no fogo
Barriga vazia
(Folclore)
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4. Escreva , na lousa , o par de palavras VAZIA - ASSOBIA:
– Vamos juntos ler a palavra VA-ZI-A.
(Todas as crianças repetem: VA-ZI-A.)
– E agora, AS-SO-BI-A.
(Todas as crianças repetem: AS-SO-BI-A.)
– Quais palavras vocês conhecem que têm o som parecido com VAZIA e ASSOBIA?
(As crianças podem mencionar MEIO-DIA ou DIA ou ainda outras palavras 
seguindo esse comando.)
5. Anote , na lousa , todas as palavras ditas pelas crianças para que , depois , vocês leiam 
juntos, contribuindo para a ampliação de vocabulário da turma.
 Variação:
• Incentive as crianças a usar a criatividade para tentar substituir a rima da parlenda 
explorada na atividade.
Por exemplo: Meio-dia - Macaco saía - Pra casa da tia ou Meio-dia - Macaco asso-
bia - Pede melancia.
Avaliação:
• Verifique se as crianças compreendem a formação das rimas e se apreciam e 
expressam sensações ao ouvir os versos.
Sugestões de livros com poemas:
• MORAES, Vinicius de. A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2004.
• CUNHA, Leo. Lápis encantado. São Paulo: FTD, 2006.
• FURNARI, Eva. Não confunda. São Paulo: Moderna, 2012.
• MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. São Paulo: Global, 2012.
• PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo: Ática, 2011.
• CAPPARELLI, Sérgio. 111 poemas para crianças. Porto Alegre: L&PM, 2012.
Mais atividades
Sons do ambiente
Peça a todas as crianças que fechem os olhos e, caladas, fiquem dois minutos 
ouvindo os sons do ambiente. Depois, cada uma deve dizer um som que ouviu e que , 
ainda , não foi dito pelos colegas.
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Cartelas dos animais
Distribua cartelas com figuras de ani-
mais. Pergunte: “Que tipo de animal ruge 
(pia, late etc.) ”. A criança que estiver com 
a cartela desse animal diz: “O leão ruge, ele 
faz (e tenta imitar o rugido do leão). ”
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Palavras trocadas
Leia uma história, parlenda ou poema bem conhecidos pelas crianças, porém 
mude algumas palavras, por exemplo: Quem cochicha o rabo encurta; Pirulito que 
treme, treme.
Rima com objetos
Traga uma caixa cheia de objetos. Cada criança 
deve pegar um par de objetos que rimem, por exem-
plo: bola e cola; sapatoe pato; boneca e peteca etc.
Conhecimento alfabético
O conhecimento alfabético é a habilidade de identificar o nome das letras, suas formas, isto 
é, os traços visuais que as diferenciam umas das outras, e seus valores fonológicos (fonemas). 
Além da consciência fonológica, o conhecimento do nome das letras tem sido apontado como 
uma das variáveis que melhor predizem os resultados da aprendizagem da leitura e da escrita.
No Brasil, existe um número considerável de pesquisas que investigaram a relação entre cons-
ciência fonológica e aquisição da linguagem escrita do português. Entretanto, são poucos os estu-
dos que examinaram a relação entre conhecimento do nome das letras e aquisição da linguagem 
escrita, bem como a relação entre esse conhecimento e habilidades de consciência fonológica.
O estudo Conhecimento do nome das letras e habilidades iniciais em escrita , feito pelas 
professoras doutoras Sylvia Domingos Barrera, do Instituto de Psicologia da USP, e Maria José 
dos Santos, da Universidade Federal de Goiás, publicado no Boletim da Academia Paulista de 
Psicologia em janeiro de 2016, concluiu:
[...] o conhecimento do nome das letras, embora importante para apoiar o 
insight de que a escrita é uma forma de representação da fala, e, portanto, 
fundamental para a compreensão do princípio alfabético, não parece ser 
suficiente, por si só, para apoiar o domínio do sistema alfabético de escrita, 
sendo necessário, que as propostas de ensino voltadas para a alfabetização 
invistam também no desenvolvimento da consciência fonológica, sobretudo ao 
nível fonêmico, bem como no trabalho sistemático com as correspondências 
entre letras (grafemas) e sons (fonemas) (BARRERA; SANTOS, 2016) .
Assim, parece-nos evidente que as crianças utilizam seus conhecimentos do nome das letras 
para estabelecer relações entre letras e sons e que isso contribui para que elas compreendam o 
princípio alfabético, embora, para que esse princípio possa ser amplamente dominado, dependa 
de análises fonêmicas na elaboração de representações fonológicas.
Aprender a ler consiste em colocar em conexão dois sistemas cerebrais 
presentes na criança bem pequena: o sistema visual de reconhecimento das 
formas e as áreas da linguagem (DEHAENE, 2012, p. 213) .
Quebra-cabeça de sílabas
Selecione imagens de dez animais que tenham o 
nome de preferência com duas sílabas e recorte-as 
em duas partes. Cole-as em dois cartões de cerca 
de 7 cm x 14 cm, escrevendo cada sílaba em um 
deles. Pergunte às crianças: “Para montar o GATO , é 
preciso pegar primeiro a cabeça, e dizer GA; depois , 
o rabo e dizer TO. Se eu tirar o rabo , o que posso 
dizer? ” GA, “Se eu tirar o GA , como fica? ” TO.
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Atividade 1 – Biscoitos das letras
Objetivo:
• Sistematizar o aprendizado das letras do alfabeto, de maneira lúdica, e participar 
da preparação da receita, desenvolvendo a coordenação motora e os sentidos.
Você vai precisar de:
• Ingredientes:
1 xícara de farinha de aveia;
1 xícara de pasta de amendoim ou margarina;
1/3 de xícara de rapadura ou açúcar refinado (opcional);
• Cortadores de biscoito em formato de letras (opcional); pratinhos descartáveis.
• Local adequado para o preparo de alimentos, com pia para lavar as mãos. 
• Espaço em uma geladeira da escola para os biscoitos ficarem por cerca de meia hora.
Importante: Pesquise com os familiares se alguma das crianças tem 
restrições alimentares, como a açúcar, a amendoim ou a aveia e faça 
adaptações, se necessário. Essa receita simples, sem lactose, sem 
glúten e para a qual não é necessário cozimento, é recomendada 
também para crianças veganas e vegetarianas. Adapte a receita de 
acordo com a quantidade de crianças na sala. 
Desenvolvimento:
1. Essa é uma massa de biscoito que não vai ao forno, portanto, ideal para preparar 
com crianças. Você pode dividi-las em grupos para o preparo da massa, de forma 
que, enquanto você prepara uma massa, os grupos repetem suas instruções.
2. Misture a rapadura ou açúcar com um pouco da pasta de amendoim e vá adicionando 
a farinha de aveia. Vá misturando com as mãos até os ingredientes se incorpora-
rem – se a massa estiver quebrando, coloque mais pasta de amendoim; se estiver 
muito mole, adicione mais aveia. O objetivo é obter uma mistura consistente e fácil 
de modelar.
3. Separe pequenas porções da massa e modele letras, ou faça bolinhas e as 
amasse, para, depois, com cortadores de biscoito em formato de letras, cortá-las 
nesses formatos.
4. Com a instrução anterior e a divisão da massa organizada, peça para cada criança 
modelar as letras de seu nome com a massa em um pratinho, auxiliando e orien-
tando as que tiverem qualquer dificuldade.
5. Para que os biscoitos feitos pelas crianças ganhem consistência, providencie que 
fiquem cerca de meia hora em uma geladeira da escola. 
6. Depois desse período, peça às crianças que apresentem seus nomes usando os 
biscoitos. 
– Agora, um de cada vez, vai falar para a turma cada letra do seu nome e, depois, 
se quiser, pode comer a primeira letra. Primeiro você, (nome do aluno).
(O aluno fala seu nome para a turma, mostrando as letras.)
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7. Fique atento às restrições alimentares de cada criança e deixe-as livres para 
comerem os biscoitos somente se quiserem e quantas letras de seu nome quiserem.
Variação: 
• Você pode repetir essa atividade para explorar os números, propondo a formação 
de sequências numéricas de 0 a 9 ou, até mesmo, a composição de números de 
10 a 20, por exemplo.
Avaliação:
• Verifique se as crianças se interessam em participar da preparação da receita e se 
conseguem identificar as letras que compõem seus nomes.
Atividade 2 – Passeio pelas letras
Objetivo:
• Reconhecer o som e a forma das letras, além de desenvolver a noção espacial, as 
percepções visual e auditiva e o respeito às regras da brincadeira.
Você vai precisar de:
• Letras do alfabeto confeccionadas em EVA ou impressas em folha de papel sulfite.
Desenvolvimento:
1. Cole, no chão, todas as letras do alfabeto bem espalhadas e uma letra (por exemplo, 
B) para cada criança, menos uma. Se, na turma, tiver 10 crianças, cole 9 letras B 
espalhadas entre as outras letras do alfabeto.
2. Enquanto a música toca, as crianças passeiam ao redor das letras, cantando juntas:
Ciranda, cirandinha 
Vamos todos cirandar 
Vamos dar a meia volta 
Volta e meia vamos dar.
O anel que tu me deste 
Era vidro e se quebrou 
O amor que tu me tinhas 
Era pouco e se acabou.
(Folclore)
3. Quando você parar a música, cada uma deve pisar na letra B. Quem não conseguir 
sai do jogo.
– Vamos todos juntos falar o nome da letra B?
(Todas as crianças repetem: /b/.)
4. Retire uma letra B do chão e recomece a brincadeira até que sobre somente 
uma criança.
Variações:
• A atividade pode ser realizada em diversos momentos, variando a letra escolhida 
e as músicas que serão tocadas para as crianças acompanharem e cantarem.
• Faça a atividade usando cadeiras. Nesse caso, escolha uma letra para o dia e 
intercale com algumas outras. Não é necessário utilizar todas as letras do alfabeto.
Avaliação:
• Verifique se todas as crianças participam ativamente da brincadeira e se conseguem 
identificar as formas das letras e pronunciar os nomes delas.
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Atividade 3 – Bola alfabética
Objetivo:
• Estimular as crianças a memorizar a sequência das letras do alfabeto e, ao mesmo 
tempo, desenvolver a coordenação motora.
Você vai precisar de:
• Uma bola ou bexiga para cada grupo de seis crianças.
Desenvolvimento:1. Forme grupos de, no máximo, seis crianças para que todas participem ativamente 
da brincadeira.
– Vamos formar uma roda e jogar a bola. Quem quer começar?
(E para aquela que quiser começar o jogo:)
– Você joga a bola para um colega e diz a letra A. Quem receber a bola joga para 
outro colega e diz a letra B. Preparados?
2. A atividade prossegue com a sequência das letras do alfabeto. Quando chegar à letra 
Z, inicie uma nova rodada, com outra criança abrindo a brincadeira.
– Quem começou com a brincadeira?
(As crianças respondem quem abriu o jogo.)
– Quem quer começar agora?
(Espera-se que algumas crianças se candidatem. Escolha uma delas.)
Variações:
• Se julgar conveniente, promova a memorização da sequência por etapas: inicial-
mente, da letra A até a J. Depois, à medida que as crianças passarem a dominar 
essa sequência, inclua mais letras, pouco a pouco, até que elas passem a dominar 
a sequência até a letra Z.
• Pode-se também realizar a brincadeira usando balões de festa.
Avaliação:
• Verifique se as crianças se sentem motivadas a realizar atividades em grupo e se 
conseguem memorizar a sequência das letras do alfabeto.
Certifique-se de que jogam a bola sem utilizar muita força, para não machucar o colega.
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Mais atividades
Alfabeto com bolsos
Pendure , na sala , um alfabeto que pos-
sua um bolso correspondente a cada letra. 
A ideia é que as crianças possam colocar 
quaisquer recortes de imagens ou brin-
quedos pequenos nos bolsos com a letra 
inicial do nome do objeto.
Palmas alfabéticas
Em duplas, as crianças dizem a sequência das letras do alfabeto enquanto batem 
palmas. Quando chegarem à letra Z, as duplas devem ser trocadas.
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Amarelinha com as letras
Em um ambiente amplo, trace as letras , na ordem alfabética , usando letra bastão. 
Organize pequenos grupos para que possam brincar de amarelinha, recitando as letras 
do alfabeto.
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Pinos com argolas
Recorte o centro de pratinhos descartáveis, fazendo deles argolas para encai-
xá-las nos pinos, que serão copinhos de plástico ou papelão. Em cada copo e 
prato , escreva uma letra do alfabeto. Posicione os pinos em ordem alfabética e 
distribua as argolas para que as crianças encaixem-nas nos pinos com as letras 
correspondentes.
Pular na letra
Separe a turma em grupos, sendo que cada 
grupo terá , à sua frente , determinada letra (por 
exemplo, T) e outras duas anteriores (R e S). Os 
alunos devem pular em cada uma das letras, 
pronunciar o nome dela e desenhá-la no ar 
com o dedo.
Desenvolvimento de vocabulário
O desenvolvimento cognitivo está associado ao linguístico. Quanto melhor for 
o desenvolvimento da linguagem das crianças, mais hábeis elas serão em comu-
nicar seus pensamentos, sentimentos, ideias, intenções e também compreender 
os mesmos processos nos outros (ZAUCHE et al., 2016).
A complexidade dos estímulos linguísticos que as crianças recebem é um fator 
significativo no desenvolvimento de áreas do cérebro relacionadas à linguagem 
(KUHL, 2011). 
O desenvolvimento de vocabulário tem por objeto tanto o vocabulário receptivo 
e expressivo quanto o vocabulário de leitura. Nos anos iniciais, os leitores emer-
gentes empregam seu vocabulário oral para entender as palavras presentes nos 
textos escritos. Um vocabulário pobre significa um obstáculo à compreensão de 
textos. Por isso, é de extrema importância o desenvolvimento de vocabulário, 
considerado um dos componentes essenciais de preparação para a alfabetização.
Antes de ingressar no Ensino Fundamental, a criança precisa ser exposta a 
um vocabulário mais amplo do que aquele do seu dia a dia. O desenvolvimento 
do vocabulário pode ser feito por meio de práticas de linguagem oral ou de 
leitura em voz alta, feita pelo educador ou pela própria criança. Pode também 
ser feito por meio de práticas intencionais de ensino de palavras individuais e 
de estratégias de aprendizagem de palavras. Um vocabulário consistente e a 
capacidade de reconhecer palavras prontamente constituem a base para uma 
boa compreensão de textos. Tendo em vista esse componente, o educador 
deve, sempre que possível, organizar rodas de conversa para que cada criança 
seja incentivada a falar e possa ser ouvida, relatar experiências, criar e contar 
histórias, dizer o que sabe sobre determinados assuntos, dar opiniões, recitar 
poemas, cantar.
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Atividade 1 – Parodiar uma cantiga popular
Objetivo:
• Desenvolver e ampliar o vocabulário ativo das crianças, por meio de criação em 
grupo de paródia de cantiga popular, acessando a memória fonológica.
Você vai precisar de:
• Cantigas ou parlendas populares.
Desenvolvimento:
 Esse trabalho pode ser feito apenas oralmente. Você também pode optar por escre-
ver o texto da cantiga na lousa, se achar conveniente.
1. Convide as crianças a cantar, mais de uma vez, uma cantiga popular bem conhe-
cida em sua região. Por exemplo, a cantiga Cachorrinho está latindo , facilmente 
encontrada em páginas ou vídeos da internet.
2. Depois, convide as crianças a fazer uma espécie de paródia dessa cantiga trocando 
algumas palavras por outras que tenham significados parecidos. Por exemplo, as 
crianças podem sugerir trocar a palavra “cachorrinho” por “cãozinho”.
3. Depois de cantar essa versão, é hora de avançar, trocando mais uma palavra, que 
deve ser escolhida de comum acordo com as crianças.
 – Que palavra vamos trocar agora? 
(Se as crianças tiverem dificuldade, você apresentará sugestões:)
– O que vocês acham de trocar a expressão “meu benzinho” por outra? Por exem-
plo, “meu amor”, “meu xodó”... O que vocês preferem? 
4. A brincadeira pode continuar com outras trocas. Procure envolver os participantes na 
brincadeira ao mesmo tempo que se amplia o repertório com palavras e expressões 
novas. Por exemplo, trocar “quintal” por “terreno”; “lá no fundo” por “lá longe”; 
a expressão “cala a boca” por “fecha a boca” ou “fecha o bico” ou, ainda, “bico 
fechado” etc. Proponha às crianças:
– Vamos ver como pode ficar uma versão com mais trocas? 
(A cada nova versão, registre-a na lousa, substituindo as palavras antigas pelas 
novas.)
Variação:
• Escolher quadrinhas para desenvolver trabalho parecido com esse.
Avaliação:
• Verifique se todas as crianças compreendem a brincadeira e participam tentando 
sugerir palavras e cantando.
• Verifique também se as crianças incorporam as novas palavras ao vocabulário oral.
Atividade 2 – Interpretação de texto de cantiga
Objetivo:
• Desenvolver e ampliar o vocabulário ativo das crianças por meio de análise de texto. 
Desenvolvimento:
 Esse trabalho pode ser feito oralmente. Você também pode escrever o texto da 
cantiga na lousa se julgar importante.
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1. Convide as crianças a cantar, mais de uma vez, uma cantiga popular bem conhecida 
em sua região. Por exemplo, a cantiga Fui à Espanha:
Fui à Espanha 
Comprar o meu chapéu 
Ele é azul e branco 
Da cor daquele céu.
(Folclore)
2. Convide as crianças a pensar sobre o que diz a cantiga, fazendo perguntas 
como estas:
– Onde fica a Espanha? Alguém sabe?
(Provavelmente as crianças não saberão responder. Dê uma resposta simples, por 
exemplo: “A Espanha é um país que fica longe do Brasil.”. Se houver um mapa-
-múndi na escola, mostre às crianças onde ficam o Brasil e a Espanha.)
– Alguém sabe o nome de outro país? Espanha e Brasilnão valem.
(Se as crianças não tiverem essa resposta, fale alguns nomes de países e mos-
tre-os no mapa-múndi ou no globo terrestre.)
– O que você foi fazer na Espanha?
(Espera-se que citem o verso: “Comprar meu chapéu.”. Fale sobre o chapéu:)
– Como ele é? 
(Espera-se que citem os versos: “Ele é azul e branco/Da cor daquele céu.”)
– Chapéu rima com céu. Falem outras palavras que rimem com chapéu. 
(Incentive as crianças a citar termos que rimem: mel, pastel, Gabriel, Rafael, 
troféu, escarcéu etc.)
Variação:
• Escolha outras cantigas, quadrinhas, trechos de poemas para fazer trabalho seme-
lhante, com o objetivo de ampliar o conhecimento de mundo e o vocabulário.
Avaliação:
• Verifique se todas as crianças participam da atividade tentando responder às perguntas.
• Verifique também se as crianças incorporam as novas palavras ao vocabulário oral.
Atividade 3 – Qual o final da história?
Objetivo:
• Estimular a criatividade e ampliar o vocabulário ativo por meio de criação de final 
de história.
Você vai precisar de:
• Uma história para ser lida pela metade;
• Folhas de papel e material para escrever, riscar e pintar (lápis, caneta, giz de cera, 
lápis de cor etc.).
Desenvolvimento:
A oralidade se desenvolve à medida que a criança tem oportunidade de falar, ser 
ouvida, expor suas ideias, dar opiniões, comentar as atividades das quais participa, contar 
fatos ocorridos com ela, criar e contar suas histórias, entre outras práticas linguísticas.
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1. Peça às crianças que se sentem em roda 
e conte uma história pela metade; em 
seguida, peça que continuem a contá-la 
de onde você parou. Como estratégia para 
aguçar a mente criativa das crianças, você 
pode parar a história no momento em que 
o personagem precisa tomar uma decisão.
2. Em vez de contar a história, você pode ler 
uma pela metade e, enquanto a lê, apontar 
cada palavra lida com o indicador. Assim, 
as crianças podem perceber que a leitura 
é feita da esquerda para a direita e do alto 
para baixo. Para criar expectativa, faça a 
leitura de modo expressivo, deixando no 
ar que algo surpreendente vai acontecer no 
final, mas este deverá ser criado e contado 
pelas crianças.
3. Ao final da história, peça-lhes que a registrem por meio de um desenho em folha de 
papel. Os desenhos podem ficar expostos na sala de aula como registro da atividade.
Variação: 
Outra opção é ler com as crianças uma história em quadrinhos, mas eliminando o 
último quadrinho. Nesse caso, cada criança faz um desenho e conta o final da história.
Avaliação:
• Verifique se todas as crianças se envolvem com a criação da história, soltando a 
imaginação. 
• Verifique também se as crianças incorporam as novas palavras ao vocabulário. 
Mais atividades
Adivinhando o pensamento
Você fala uma sílaba inicial de uma palavra e a criança tem de adivinhar qual é a 
palavra que você pensou. Por exemplo, se você falar BA, a criança pode levantar várias 
hipóteses: BANANA, BALA, BARATA, BATERIA, BALÃO etc.
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O que é? O que é?
Combine com a criança qual o tema escolhido para a 
brincadeira. Pode ser, por exemplo, um esporte, um animal 
ou , até mesmo , uma ação (tomar banho, tomar sorvete, lavar 
louça etc.). Com o tema combinado, você inicia a mímica e a 
criança tem de adivinhar do que se trata. Depois de algumas 
rodadas, pode-se ampliar a dificuldade iniciando a mímica 
sem combinar o tema.
O segredo das sombras
A brincadeira de fazer sombras com as mãos pode ser 
aproveitada para ampliar o vocabulário das crianças. Ao 
observar a sombra na parede, elas devem adivinhar do que 
se trata. Depois da adivinha, estimule as crianças a criar uma 
história com a figura representada.
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Qual é a música?
Geralmente, as crianças, nessa fase, já memorizaram as 
letras de várias músicas. Desafie-as a cantar uma música 
que tenha a palavra que você citar. Por exemplo, se você 
falar “boi”, elas podem se lembrar de cantigas como Meu boi 
 morreu, Boi da cara preta , entre outras. Outra opção é você 
entoar a canção sem a letra e as crianças tentarem adivinhar 
qual é e cantá-la com a letra.
Compreensão oral de textos
A linguagem oral é um dos principais instrumentos sociais utilizados para as interações entre 
os indivíduos em diferentes contextos. Para processar a linguagem, são demandadas muitas 
capacidades, como designação, articulação, uso de gramática e compreensão (BEAR ; CONNORS; 
PARADISO, 2008).
A habilidade de compreensão leitora pode e deve ser trabalhada antes mesmo que as crianças 
possam ler e escrever convencionalmente. A compreensão de textos não resulta da decodificação, 
havendo clara distinção nesses dois processos. É perfeitamente possível compreender sem ler, 
assim como também é possível ler sem compreender. 
Para se ter uma ideia, o vocabulário receptivo é a base do vocabulário expressivo, sendo que 
o desenvolvimento da compreensão de palavras precede e ultrapassa o da produção de palavras. 
Sendo assim, quanto maior o vocabulário receptivo, maior a compreensão auditiva e a de leitura 
(STAHL ; FAIRBANKS, 1986).
Na Educação Infantil, a habilidade de extrair significados dos textos ouvidos pode ser enfati-
zada por meio de leituras e releituras de histórias em voz alta para as crianças e subsequentes 
conversas a respeito das histórias ouvidas, aferindo-se, dessa maneira, o grau de compreensão 
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do que a criança ouve, além da forma como cada criança interpreta o que escuta. Esse trabalho 
é primordial no desenvolvimento dessa habilidade. 
Ressalta-se que a proximidade dos textos com situações específicas tem papel muito impor-
tante na compreensão e na interpretação das sentenças (LOUKUSA; RYDER; LEINONEN, 2008). 
Crianças que não realizam um processamento construtivo de maneira adequada e não conseguem 
tirar conclusões das histórias contadas terão mais dificuldade em recordar a narrativa e em res-
ponder a perguntas sobre a história. Isso reforça a importância da compreensão da narrativa, em 
seus diferentes níveis, desde o sintático-semântico ao pragmático (PERSSON et al., 2006). Sendo 
assim, a compreensão oral, aliada às habilidades de decodificação e consciência fonológica, tem 
grande importância nas posteriores atividades de leitura (MCKENNA; STHAL, 2009).
A seguir, você encontra alguns modelos de atividades para ajudar as crianças a compreender 
textos que ainda não leem de maneira convencional.
Atividade 1 – Leitura dialogada
Objetivo:
• Desenvolver a compreensão oral de textos por meio da leitura dialogada, ampliando o voca-
bulário.
Desenvolvimento:
Como exemplo, vamos usar a fábula A lebre e a tartaruga, de La Fontaine, encontrada em 
versões impressas ou na internet.
1. Esse trabalho é feito oralmente. As crianças podem se sentar em cadeiras organizadas em semi-
círculo ou mesmo no chão. Você pode se sentar em frente a elas com o livro nas mãos e mostrar 
a sequência de imagens que ajudam a contar a história. A leitura também pode acontecer na área 
externa da escola, em um espaço com plantas e sombra.
O primeiro passo é fazer a leitura em voz alta para que as crianças ouçam. Para dar mais vida à 
história e garantir a atenção das crianças durante a leitura, você pode usar e abusar da criativi-
dade, usando, por exemplo, um timbre de voz diferente para cada personagem ao ler a fala dele. 
Pode, ainda, representar a ação de correr da lebre e a de andar lentamente como a tartaruga.
2. Após a leitura, é muito importante conversar com as crianças sobre a históriaouvida. Às vezes, 
enquanto ouvem a história, algumas crianças se sentem estimuladas a fazer perguntas a res-
peito da história, o que sinaliza o interesse. Sugestões de perguntas após a leitura em voz alta:
– Quem vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais? (A lebre.)
– O que é “se gabar”? (Elogiar a si mesmo.)
– Quem desafiou a lebre para uma corrida? (A tartaruga.)
– O que a lebre respondeu para a tartaruga quando esta disse que seria a vencedora? (“É mais 
fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você.”)
– O que é “cacarejar”? (Produzir o som da galinha; fazer “cocoricó”.)
– Por que a lebre, mesmo sendo mais veloz que a tartaruga, perdeu a corrida? (Porque resolveu 
dormir antes de terminar a corrida.)
3. Com base no envolvimento das crianças, faça outras perguntas.
Variação: 
• Propor às crianças que encenem a fábula. Garanta que todas participem. Se possível, organize 
a apresentação para os familiares.
Avaliação:
• Verifique se todas as crianças procuram responder às questões propostas, demonstrando que 
compreenderam o enredo da fábula.
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Atividade 2 – Mãos na massa
Objetivo:
• Compreender e executar instruções de receita culinária.
Você vai precisar de:
• Texto de receita; papel kraft; caneta hidrocor;
• Ingredientes para executar a receita escolhida (simples, que não precise utilizar fogão);
• Local adequado para o preparo de alimentos, com pia para lavar as mãos. 
Desenvolvimento:
1. Escolha uma receita de fácil preparo (sanduíche com pão de forma, salada de frutas, 
vitamina de fruta etc.) e escreva-a em uma folha de papel kraft.
2. Separe os ingredientes e os utensílios que serão usados e afixe a receita em um 
lugar visível na cozinha para que as crianças possam ver e acompanhar a leitura 
que você fará.
3. Leia, em voz alta, o nome da receita e a lista de ingredientes, apontando com o 
indicador cada palavra. 
4. Ao ler o nome e a quantidade de cada ingrediente, peça às crianças que apontem 
para o ingrediente entre os que você já deixou separados.
5. Após a leitura e compreensão da lista de ingredientes, é hora de ler as instruções. 
Você pode ler toda a instrução de uma vez e retomá-la fazendo pausas para que 
as crianças possam ir cumprindo as etapas para fazer a receita.
Variação:
• Trabalhe uma receita que faça parte da cultura da região. Solicite o auxílio dos 
familiares para supervisionar o trabalho das crianças, se achar necessário.
Avaliação:
• Verifique se todas as crianças compreendem as instruções conforme você as lê e 
se executam as etapas da receita. 
• Verifique também se as crianças incorporam as novas palavras ao vocabulário oral.
Atividade 3 – A história de uma cantiga
Objetivo:
• Desenvolver a compreensão oral de textos por meio da encenação de uma história 
narrada em cantiga popular.
Você vai precisar de:
• Cartaz com a letra da cantiga A linda rosa juvenil transcrita em letra bastão.
• Aparelho multimídia ou computador para executar uma versão da cantiga.
Desenvolvimento:
1. A cantiga A linda rosa juvenil é uma das mais antigas cantigas de roda, conhecida 
nas diferentes regiões do Brasil. Apresenta estrutura de história de conto de fadas 
e sua letra remete à história A Bela Adormecida, um clássico das histórias infantis. 
Você pode obter a letra da cantiga e uma de suas versões cantadas no link a seguir: 
https://livro.pro/j7ar2z. Acesso em: 1 out. 2020.
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– Vou ler o texto da cantiga apontando as palavras no cartaz. Prestem atenção na 
história que ela conta.
(Nesse momento, as crianças poderão acompanhar a cantiga e perceber que a música 
tem muitas rimas e repetições, o que pode contribuir para a memorização. Mesmo que 
não saibam ler, elas poderão encontrar algumas palavras pela posição que ocupam 
na cantiga escrita no cartaz ou na lousa.)
2. Ouça com as crianças a cantiga. Há várias versões em áudio e vídeo na internet. 
Após as crianças aprenderem a cantar, explore a interpretação da história presente 
na cantiga. Faça perguntas como:
– Quais personagens aparecem na história? 
(Linda Rosa, a Bruxa e o Rei.) 
– Qual é o personagem principal dessa história? (Linda Rosa.)
– O que a Bruxa fez com Linda Rosa? (Ela a fez adormecer.)
– Quem despertou Linda Rosa? (O Rei.)
– O que acontece depois que Linda Rosa é despertada? (Ela se põe a dançar com o Rei.)
Variação: 
• Proponha às crianças a encenação do enredo presente na cantiga. Inicialmente, são 
escolhidas três crianças para representar a Linda Rosa, a Bruxa e o Rei, enquanto 
as outras cantam e rodam. Depois, troque as crianças para que todas participem 
da encenação.
Avaliação:
• Verifique se todas as crianças conseguiram interpretar corretamente o que diz a cantiga 
respondendo aos questionamentos feitos e se conseguiram interagir com os colegas.
Mais atividades
Um livro, uma história 
Apresente para a turma um livro de histórias que as crianças ainda não conheçam. 
Comece explorando as imagens e o texto da capa. Pela capa, verifique se elas conse-
guem adivinhar do que a história trata. Depois da leitura, questione as crianças sobre 
o que elas entenderam da história e proponha uma encenação do texto, desafiando-as 
a escolher uma cantiga do repertório delas que possa combinar com a história.
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O que diz esse cartaz?
Escolha e providencie, com antecedência, a 
imagem de um outdoor ou de um cartaz de cam-
panha de vacinação ou que remeta à saúde. Peça 
às crianças que apreciem a imagem e pergunte 
se imaginam o que ela quer transmitir. Depois, 
faça a leitura do texto com os alunos, explicando 
o significado de palavras que não conhecem, 
trocando ideias sobre o objetivo da mensagem.
Entendendo as campanhas
Sempre que possível, disponibilize cartazes 
com textos de campanhas atuais e convide as 
crianças a ler com você e conversar sobre o 
assunto da campanha. No caso do exemplo, 
 estimule-as a falar sobre a importância da pre-
servação do meio ambiente e de jogar o lixo no 
lugar certo. Fale sobre higiene, saúde e outros 
problemas que surgem quando o lixo é jogado 
em qualquer lugar.
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Histórias em tirinhas
Apresente às crianças uma tirinha de um personagem do 
qual elas gostem, inicialmente sem texto. Explore a interpre-
tação da sequência de cenas e veja se elas compreendem 
a história. Faça perguntas sobre os personagens e sobre a 
história. Dê continuidade à proposta introduzindo tirinhas 
com textos e diálogos. 
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Produção de escrita emergente
Muito antes de iniciar o processo de alfabe-
tização formal, a criança experimenta produzir 
escritas, desenhando para representar objetos, 
participando de jogos simbólicos ou utilizando 
linguagens diversas, como movimentos, dese-
nhos e sons (ANDRÉ; BUFREM, 2012, p. 29). Ao 
familiarizar-se com materiais impressos (livros, 
revistas e jornais), a criança reconhece algumas 
letras, seus nomes e sons e tenta representá-las 
por escrito ao mesmo tempo que passa a identi-
ficar sinais gráficos ao seu redor.
A produção de escrita emergente diz respeito 
a aspectos como o desenvolvimento da coordena-
ção motora fina e a manipulação de lápis por meio da prática de desenhos, pinturas, grafismos, 
colagens, modelagens, em especial aqueles que remetam às formas das letras, tanto bastão 
quanto cursiva.O educador deve estimular a criança disponibilizando lápis coloridos, papel, 
giz de cera e outros materiais riscantes e de suporte de escrita para que ela possa produzir 
suas escritas. Mas não é apenas com lápis e papel que a criança pode produzir escritas. 
Estas podem ser feitas deslizando o dedo em areia, sobre cartolina com o dedo molhado em 
tinta, em uma parede com o dedo molhado em água (em que a água seque e a parede não 
fique manchada).
Para crianças que vão iniciar o processo formal de alfabetização, escrever ajuda a reforçar a 
consciência fonêmica e o conhecimento alfabético.
O progresso, na produção escrita, ocorre à medida que se consolida a alfabetização e se avança 
na literacia.
A seguir, são apresentados modelos de atividades que estimulam a criança a produzir 
suas escritas.
Atividade 1 – Desenho nas costas
Objetivo:
• Desenvolver nas crianças, de maneira lúdica e sensorial, a escrita emergente e o reconheci-
mento das formas das letras do alfabeto.
Você vai precisar de:
• Folhas de papel sulfite;
• Lápis grafite ou lápis de cor.
Desenvolvimento:
1. Para esta brincadeira, as crianças devem ficar sentadas em fila, cada uma com um lápis e uma folha de papel 
sulfite à sua frente.
– (nome do aluno A), você que é o último da fila, desenhe a letra que quiser na sua folha e, 
depois, desenhe com o dedo essa letra nas costas de (nome do aluno B), que está na sua frente.
– (nome do aluno B) vai tentar descobrir qual letra você desenhou nas costas dele e também 
vai desenhá-la no papel e nas costas do colega que está na sua frente. E assim continuamos 
até o primeiro da fila.
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2. Ao final da rodada, peça às crianças que se sentem em roda e comparem as letras 
que traçaram.
– Vamos todos falar juntos a letra que o Breno desenhou no começo da brincadeira.
(Crianças repetem a letra que a última criança da fila desenhou, por exemplo: J.)
3. Peça às crianças que fiquem novamente sentadas em fila, porém em diferentes 
posições, para começar mais uma rodada.
Variações:
• Proponha que a última criança da fila, que iniciará a brincadeira, desenhe a letra 
que você falar para ela.
• A brincadeira também pode ser realizada propondo à turma que, em vez de traçar 
somente letras, tracem também números ou façam desenhos simples.
Avaliação:
• Verifique se as crianças interagem e participam ativamente da brincadeira e se 
conseguem traçar o formato da letra, respeitando o sentido correto da escrita.
Atividade 2 – Músicas populares
Objetivo:
• Ampliar o repertório musical das crianças e estimular a escrita emergente de pala-
vras significativas que compõem a letra da música.
Você vai precisar de:
• Aparelho multimídia ou computador para executar músicas brasileiras de diferentes 
gêneros.
Desenvolvimento:
1. Escolha uma música, de preferência que permita que as crianças identifiquem as 
palavras cantadas. Como exemplo, leia uma sugestão de atividade com a canção 
Alecrim dourado. 
Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo sem ser semeado
Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo sem ser semeado 
[...]
(Folclore)
2. Escreva um trecho da letra da música na lousa e proponha algumas perguntas 
sobre esse trecho.
– Qual a cor do alecrim?
(Todas as crianças respondem: DOURADO.)
Se achar conveniente, mostre algo dourado, para que percebam como se parece 
com amarelo e laranja.
– Onde o alecrim nasceu?
(Todas as crianças respondem: CAMPO.)
– Agora, cada um vai escolher uma palavra da música para escrever e fazer um 
desenho bem bonito! Qual palavra vocês vão escolher?
(Cada criança diz a palavra que escolher.)
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3. Peça também que escrevam seus nomes nas folhas. Depois, exponha as produções 
das crianças no mural da sala.
Variações:
• A mesma atividade pode ser realizada explorando outros gêneros textuais, como 
parlendas, trava-línguas ou quadrinhas populares.
• Pode-se propor que as crianças façam , em uma cartolina , um desenho coletivo 
sobre o trecho da música, escrevendo as palavras que souberem.
Avaliação:
• Verifique se as crianças apreciam as músicas e se demonstram interesse em dese-
nhar e escrever a palavra que escolheram.
Atividade 3 – Jogo da memória com os nomes da turma
Objetivo:
• Desenvolver o raciocínio lógico e a memorização, além de explorar a escrita emer-
gente dos nomes associados a cada par de cartão do jogo.
Você vai precisar de:
• Pares de fotos de cada criança da turma, colados 
em pedaços de cartolina ou papel-cartão (for-
mando os cartões, todos do mesmo tamanho);
• Folhas de papel sulfite e lápis.
Desenvolvimento:
1. Com os pares de cartões confeccionados, apre-
sente para a turma o jogo.
– Quem já brincou de jogo da memória?
(As crianças respondem se sim ou não.)
– Vamos formar grupos com seis amiguinhos para jogar?
(Oriente a formação dos grupos.)
2. Ensine para as crianças as regras do jogo:
– Vamos deixar todos os cartões virados para baixo.
– Quem for jogar primeiro vira dois cartões para que todos os colegas possam ver.
– Se os cartões forem diferentes, é preciso virar para baixo novamente no mesmo 
local e passar a vez para o colega.
– Se os cartões forem iguais, o jogador ganha o par de cartões e joga de novo.
– No final do jogo, vocês devem escrever , nas folhas de papel, os nomes dos amigos 
que estão nos cartões que conseguiram.
3. Deixe as crianças livres para escrever como souberem o nome dos colegas na folha.
4. Ao final, se ainda demonstrarem interesse pela brincadeira, peça que modifiquem 
os grupos e comecem uma nova rodada.
Variações:
• Confeccione pares de cartões para o jogo da memória relacionados a outros temas, 
como animais ou frutas.
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• As crianças podem escrever , numa folha e como souberem, os nomes de todos os 
participantes do grupo que estão jogando e marcar a pontuação referente a cada 
par de cartão conseguido.
Avaliação:
• Verifique se as crianças conseguem escrever seu próprio nome e o nome dos colegas 
e também se identificam as semelhanças e diferenças entre as fotos dos cartões. 
Mais atividades
Nome no pote
Usando um pote ou uma caixa baixa com areia, estimule as crianças a escrever o 
próprio nome, letras, números, fazer alguns traçados variados ou copiar alguma palavra 
que você tenha escrito na lousa.
Letras que faltam
Confeccione cartelas com nomes incompletos de animais ou objetos. As crianças 
devem completar as palavras com as letras que faltam.
Aumentando e diminuindo as letras
Distribua para cada aluno uma folha de papel sulfite com 
uma letra qualquer escrita no canto esquerdo, em tama-
nho pequeno. A criança deverá copiar a letra na mesma 
folha, aumentando um pouco de tamanho a cada vez que a 
reproduz ir.
Repita a atividade de maneira inversa, distribuindo uma 
folha com uma letra grande para a criança fazer a cópia dimi-
nuindo o tamanho.
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Balões das palavras
Encha alguns balões e coloque, dentro de cada um, uma 
imagem de um objeto ou animal. Distribua os balões e peça 
para as crianças estourarem e descobrirem o que há dentro. 
Elas deverão pronunciar o nome do objeto ou animal da ima-
gem e tentar escrever a palavra em uma folha.
Jogo da roleta alfabética
Confeccione uma roleta com todas as letras do alfabeto. A 
criança gira a roleta e escreve uma palavra ou faz um desenho 
que represente algo cujo nome comece com a letra sorteada.
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