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intoxicaçao por medicamento

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Caren Andressa 2020.2 
 
INTOXICAÇAO POR 
MEDICAMENTO 
PROBLEMA 3 
CONCEITUAR INTOXICAÇAO E INTERAÇAO 
MEDICAMENTOSA 
 Intoxicação refere-se ao desenvolvimento de 
efeitos adversos associados à exposição a 
determinadas doses de substâncias químicas, 
fármacos ou outros xenobióticos. A intoxicação é 
um efeito medicamentoso dose-dependente, 
variável com a predisposição individual do usuário 
e com as várias interações enzimáticas de indução 
ou inibição do metabolismo da droga. A intoxicação 
pode ser local (por exemplo, em pele e mucosas) 
ou pode ser sistêmica, dependendo das 
propriedades físico-químicas do tóxico, do seu 
mecanismo de ação e da via de exposição. 
 Interação medicamentosa 
Interações fármacosas são modificações dos efeitos de 
um fármaco decorrentes do uso recente ou 
concomitante de outro fármaco ou fármacos 
(interações farmacológicas) ingestão de alimentos 
(interações fármaco-nutriente ou ingestão de 
suplementos alimentares (interações suplemento-
fármaco). 
A interação fármaco-fármaco pode aumentar ou 
diminuir os efeitos de um ou ambos os fármacos. As 
interações clinicamente significativas são 
frequentemente previsíveis e, em geral, indesejáveis. 
Nas interações farmacodinâmicas, um fármaco 
modifica a sensibilidade ou a resposta dos tecidos a 
outro fármaco, por ter o mesmo efeito (agonista) ou 
efeito bloqueador (antagonista). Habitualmente, esses 
efeitos ocorrem no nível do receptor, mas podem 
ocorrer no nível intracelular. 
Sinergismo : é um tipo de resposta farmacológica obtida 
a partir da associação de dois ou mais medicamentos, 
cuja resultante é maior do que simples soma dos efeitos 
isolados de cada um deles. O sinergismo pode ocorrer 
com medicamentos que possuem os mesmos 
mecanismos de ação (aditivo); que agem por diferentes 
modos (somação) ou com aqueles que atuam em 
diferentes receptores farmacológicos (potencialização). 
Das associações sinérgicas podem surgir efeitos 
terapêuticos ou tóxicos. Estes últimos são freqüentes 
nas combinações de medicamentos com toxicidade nos 
mesmos orgãos, por exemplo, aminoglicosídeo e 
vancomicina (nefrotoxicidade) ou corticosteróides e 
antiinfla-matórios nãoesteroidais (ulceração gástrica). 
Antagonismo: No antagonismo a resposta 
farmacológica de um medicamento é suprimida ou 
reduzida na presença de outro, muitas vezes pela 
competição destes pelo mesmo sítio receptor. São tipos 
de interações que podem gerar respostas benéficas, 
por exemplo, no caso da utilização do naloxone 
(antagonista opióide) nos quadros de depressão 
respiratória causados pela morfina, ou acarretar 
ineficácia do tratamento, por exemplo, no caso da 
associação indevida entre o propranolol (bloqueador de 
receptores b) e do salbutamol (agonistas de receptores 
b) 
Nas interações farmacocinéticas, em geral, um fármaco 
modifica a absorção, a distribuição, a ligação às 
proteínas, a biotransformação ou a excreção de outro 
fármaco. Assim, ocorre a modificação da quantidade e 
a persistência do fármaco disponível nos locais dos 
receptores. As interações farmacocinéticas alteram a 
magnitude e a duração do efeito, porém não o tipo do 
efeito. Esse tipo de interação é, com frequência, 
previsível com base no conhecimento dos fármacos 
individuais ou detectado pelo monitoramento das 
concentrações dos fármacos ou dos sinais clínicos. 
Absorçao : 
é o processo de transferência do medicamento do 
local de administração para a corrente sangüínea. 
Fatores como o fluxo sangüíneo do trato 
gastrointestinal (TGI), pH, motilidade, dieta e 
presença de outras substâncias e o tipo de 
formulação farmacêutica interferem nesse evento 
Medicamentos com ações anticolinérgicas como a 
atropina e seus derivados, os antidepressivos, 
analgésicos opioides tendem a inibir a motilidade 
do TGI e reduzem a absorção dos agentes 
Caren Andressa 2020.2 
 
cooadiministrados. Por outro lado, os laxativos, os 
antagonistas dopaminérgicos como a 
metoclopramida, a domperidona e o haloperidol 
tendem a aumentar a absorção de outros 
medicamentos, porque aceleram o trânsito do TGI 
Distribuição: evento de deslocamento do 
medicamento da circulação sistêmica para os 
tecidos. Esta fase depende do Volume de 
distribuição aparente (Vd) e da fração de ligação 
dos medicamentos às proteínas plasmáticas. 
Medicamentos que possuem grande afinidade 
pelas proteínas plasmáticas quando associados 
com outros, podem agir como deslocadores e 
aumentar a concentração sérica (livre) do segundo, 
acarretando manifestações clínicas nem sempre 
benéficas. 
Biotransformaçao : No processo de metabolização 
os medicamentos são transformados pelas 
enzimas microssomais hepáticas em frações 
menores, hidrossolúveis. As interações que 
ocorrem nesta fase são precipitadas por 
medicamentos com capacidade de inibirem ou 
induzirem o sistema enzimático. 
A inibição enzimática de sistemas como, por 
exemplo, do citocromo P450, das colinesterases e 
monoaminoxidases (MAO), acarreta lentificação da 
biotransformação do próprio medicamento e de 
outros que tenham sido administrados 
simultaneamente. A conseqüência desse atraso é 
um maior tempo de ação farmacológica do (s) 
agente(s), situação às vezes indesejada, 
especialmente em doentes com distúrbio hepático 
ou renal. 
Excreção: A maioria dos medicamentos é 
eliminada quase que totalmente pelos rins. Desta 
forma, a taxa de excreção de vários agentes pode 
ser modificada através de interações ao longo do 
néfron. As alterações do pH urinário interferem no 
grau de ionização de bases e ácidos fracos afetando 
as respostas farmacológicas, por exemplo, o 
bicarbonato de sódio é utilizado para aumentar a 
excreção de ácidos fracos em casos de intoxicação 
por barbitúricos. 
A competição de medicamentos no túbulo 
proximal pela secreção tubular é outro mecanismo 
utilizado, como estratégia farmacológica, para 
prolongar o tempo de ação dos medicamentos, isto 
acontece com a probenecida e a penicilina, quando 
a primeira inibe a secreção da segunda e eleva o 
tempo de ação do antibiótico. 
METRANIDAZOL: 
 medicamento para tratamento de 
giadiase,tricomaniase, vaginites ,amebíase , apresenta 
atividade antimicrobiana e atividade antiparasitária. 
Possui acao de 1 a 2 horas. 
Interações medicamentosas: Não devem ser ingeridos 
com álcool e no mínimo um dia após o uso do 
medicamento , devido a possibilidade do efeito 
antabuse com aparecimento de rubor, vômitos e 
taquicardia. 
Alem disso,o medicamento dissulfiram também não 
pode ser utilizado , pois foi relatado reações psicóticas 
em paciente com uso concomitante dos dois 
medicamentos. 
Interaçao com anticoagulante oral ( varfarina): 
potencialização do efeito anticoagulante e aumento do 
risco hemorrágico, causado pela diminuição do 
catabolismo hepático. Em caso de administração 
concomitante, deve-se monitorizar o tempo de 
protrombina com maior frequência e realizar ajuste 
posológico da terapia anticoagulante durante o 
tratamento com metronidazol. 
Lítio: os níveis plasmáticos de lítio podem ser 
aumentados pelo metronidazol. Deve-se, portanto, 
monitorizar as concentrações plasmáticas de lítio, 
creatinina e eletrólitos de paciente com tratamento 
comcomitante. 
Ciclosporina: risco de aumento dos níveis plasmáticos 
de ciclosporina. Os níveis plasmáticos de ciclosporina e 
creatinina devem ser rigorosamente monitorizados 
quando a administração concomitante é necessária. 
Caren Andressa 2020.2 
 
Fenitoína ou fenobarbital: aumento da eliminação de 
metronidazol, resultando em níveis plasmáticos 
reduzidos. 
5-fluorouracil: diminuição do clearance do 5-
fluorouracil, resultando em aumento da toxicidade do 
mesmo. 
Bussulfano: os níveis plasmáticos de bussulfano podem 
ser aumentados pelo metronidazol, o que pode levar a 
uma severa toxicidade do bussulfano. 
Reações adversas: 
Distúrbios gastrintestinais:dor epigástrica, náusea, 
vômito, diarreia, mucosite oral, alterações no paladar 
incluindo gosto metálico, anorexia, casos reversíveis de 
pancreatite, descoloração da língua/sensação de língua 
áspera (devido ao crescimento de fungos, por 
exemplo). 
Distúrbios do sistema Imunológico: angioedema, 
choque anafilático. 
Distúrbios do sistema nervoso: neuropatia sensorial 
periférica, cefaléia, convulsões, vertigem, relatos de 
encefalopatia (por exemplo confusão) e síndrome 
cerebelar subaguda (por exemplo ataxia, disartria, 
alteração da marcha, nistagmo e tremor), que podem 
ser resolvidos com a descontinuação do medicamento, 
meningite asséptica. 
Distúrbios psiquiátricos: alterações psicóticas incluindo 
confusão e alucinações, humor depressivo. 
Distúrbios visuais: alterações visuais transitórias como 
diplopia e miopia, visão borrada, diminuição da 
acuidade visual e alteração da visualização das cores, 
neuropatia óptica /neurite. 
Distúrbios no sangue e no sistema linfático: foram 
relatados casos de agranulocitose, neutropenia e 
trombocitopenia. 
Distúrbios hepatobiliares: foram relatados casos de 
aumento das enzimas hepáticas (AST. ALT, fosfatase 
alcalina), hepatite colestática ou mista e lesão 
hepatocelular, algumas vezes com icterícia. 
- Foram relatados casos de falência hepática 
necessitando de transplante hepático em pacientes 
tratados com metronidazol em associação com outras 
drogas antibióticas. 
Distúrbios na pele e tecido cutâneo: rash, prurido, 
rubor, urticária, erupções pustulosas, síndrome de 
Stevens- Johnson, necrólise epidérmica tóxica. 
Distúrbios gerais: febre. 
CIMETIDINA 
Indicada no tratamento de distúrbios gastrointestinais; 
A cimetidina tem o potencial de afetar a absorção, o 
metabolismo ou a excreção renal de outras drogas, o 
que é particularmente importante quando drogas com 
uma faixa terapêutica estreita são administradas 
simultaneamente. 
1) Inibição de certas enzimas do citocromo P450 
(incluindo CYP1A2, CYP2C9, CYP2D6 e CYP3A3/A4, e 
CYP2C19). A inibição dessas enzimas pode resultar em 
aumento dos níveis plasmáticos de certas drogas, 
incluindo anticoagulantes cumarínicos (por exemplo, 
varfarina), antidepressivos tricíclicos (como 
amitriptilina), antiarrítmicos classe I (por exemplo, 
lidocaína, quinidina), bloqueadores de canais de cálcio 
(como diltiazem), sulfonilureias (por exemplo, glipizida), 
fenitoína, teofilina, metoprolol, ciclosporina, tacrolimus 
e diazepam. 
2) Inibição da secreção tubular renal, via transporte 
catiônico orgânico (TCO) de proteínas. Isso pode 
resultar em aumento dos níveis plasmáticos de certas 
drogas, incluindo procainamida, quinidina, metformina 
e dofetilida). 
3) Alteração do pH gástrico. A biodisponibilidade de 
certas drogas pode ser afetada. Isso pode resultar em 
aumento da absorção (por exemplo, de atazanavir), ou 
na diminuição da absorção (por exemplo, de alguns 
antifúngicos imidazólicos, como cetoconazol, 
itraconazol ou posaconazol). 
4) Mecanismos desconhecidos. A cimetidina pode 
potencializar os efeitos mielossupressores (por 
exemplo, neutropenia, agranulocitose) de agentes 
quimioterápicos como carmustina, fluoruracila, 
epirubicina ou de terapias, como radiação. Foram 
relatados casos isolados de interações clínicas 
Caren Andressa 2020.2 
 
relevantes com analgésicos narcóticos (por exemplo, 
morfina) 
Reaçoes adversas: 
Reações comuns (>1/100 e <1/10): 
- Cefaleia, tontura 
- Diarreia 
- Mialgia 
- Cansaço 
- Erupções cutâneas 
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): 
- Leucopenia 
- Depressão, estados de confusão, alucinações. Estados 
de confusão, reversíveis dentro de alguns dias após a 
retirada da cimetidina, foram relatados geralmente em 
pacientes idosos ou doentes. 
- Taquicardia 
- Hepatite, que regrediu com a suspensão do fármaco 
- Aumento na creatinina plasmática. Pequenos 
aumentos na creatinina plasmática foram relatados. 
Esses aumentos são devido à inibição da secreção 
tubular renal da creatinina e não estão associados a 
alterações na taxa de filtragem glomerular. O aumento 
não progride com a continuação do tratamento e 
desaparece no final do mesmo. 
- Ginecomastia e impotência reversíveis. A 
ginecomastia é geralmente reversível com a 
descontinuação do tratamento com cimetidina. A 
impotência reversível foi relatada particularmente nos 
pacientes que recebem doses altas (por exemplo, na 
síndrome de Zollinger-Ellison). No entanto, na dosagem 
regular, a incidência é semelhante à da população geral 
AMINOFILINA 
A aminofilina está indicada para o alívio sintomático da 
asma brônquica aguda e para o tratamento do 
broncoespasmo reversível associado com bronquite 
crônica e enfisema. 
Adrenocorticoides, glicocorticoides e 
mineralocorticoides: o uso simultâneo com a 
aminofilina e injeção de cloreto de sódio pode resultar 
em hipernatremia. 
Fenitoína, primidona ou rifampicina: o uso simultâneo 
pode estimular o metabolismo hepático, aumentando a 
depuração da teofilina. O uso simultâneo da fenitoína 
com as xantinas pode inibir a absorção da fenitoína, 
resultando em concentrações séricas menores de 
fenitoína; as concentrações séricas dessas substâncias 
devem ser determinadas durante a terapia, podendo 
ser necessários ajustes na posologia, tanto dafenitoína 
como da teofilina. 
Betabloqueadores: o uso simultâneo pode resultar em 
inibição mútua dos efeitos terapêuticos; além disso, 
pode haver diminuição da depuração da teofilina, 
especialmente em fumantes. 
Cimetidina, eritromicina, ranitidina ou troleandomicina: 
o uso simultâneo com as xantinas pode diminuir a 
depuração hepática da teofilina, resultando em 
concentrações séricas aumentadas de teofilina e/ou 
toxicidade. 
Fumo: a cessação do hábito de fumar pode aumentar 
os efeitos terapêuticos das xantinas, diminuindo o 
metabolismo e consequentemente, aumentar a 
concentração sérica; a normalização da 
farmacocinética da teofilina pode demorar de 3 meses 
a 2 anos para ocorrer, podendo ser necessários ajustes 
da posologia. O uso das xantinas em fumantes resulta 
em depuração aumentada da teofilina e concentrações 
séricas diminuídas de teofilina, sendo que os fumantes 
podem requerer uma posologia 50 a 100% maior. 
VARFARINA 
deve-se ter cuidado no uso concomitante de qualquer 
droga em pacientes recebendo tratamento 
anticoagulante oral. 
A atividade da varfarina pode ser potencializada por 
esteróides anabólicos (por exemplo: etilestranol, 
metandrostenolona, noretrandolona), amiodarona, 
amitriptilina/nortriptilina, azapropazona, aztreonam, 
benzafibrato, cefamandol, cloranfenicol, hidrato de 
coral, cimetidina, ciprofloxacino, clofibrato, 
cotrimoxazol, danazol, destropropoxifeno, 
Caren Andressa 2020.2 
 
destrotiroxina, dipiridamol, eritromicina, neomicina, 
feprazona, fluconazol,glucagon, metronidazol, 
miconazol, oxifenilbutazona, fenformina, 
fenilbutazona, feniramidol, quinidina, salicilatos, 
tolbutamida, sulfonamidas (ex.: sulfafenazol, 
sulfinpirazona), tamoxifeno e triclofos. 
A potencialização pode também ocorrer com as 
seguintes drogas: diflunisal, flurbiprofeno, 
indometacina, ácido mefenâmico, piroxicam, sulindaco 
e possivelmente outros analgésicos antiinflamatórios, 
cetoconazol, ácido nalidíxico, norfloxacino, tetraciclinas 
e outros antibióticos de largo espectro. A atividade 
anticoagulante pode ser aumentada por alopurinol, 
dissulfiram, metilfenidato, paracetamol, drogas da 
tireóide e qualquer droga potencialmente 
hepatotóxica. 
Tanto a potencialização quanto a inibição do efeito 
anticoagulante têm sido relatadas com fenitoína, ACTH 
e corticosteróides. 
A atividade anticoagulante pode também ser 
aumentada com grandes quantidades ou ingestão 
crônica de álcool, particularmente em pacientes com 
insuficiência hepática. 
A colestiramina e o sulcralfato acarretam insuficiência 
da absorção e diminuição daatividade da varfarina. A 
colestiramina pode também diminuir a absorção de 
vitamina K, sem, no entanto, aumentar a atividade 
anticoagulante da varfarina. O efeito anticoagulante 
pode ser diminuído pela administração de vitamina K 
(por ex.: como constituinte de alguns alimentos, como 
saladas verdes). 
A atividade anticoagulante da varfarina pode ser inibida 
por drogas que induzem as enzimas hepáticas, tais 
como: aminoglutetimida, barbiturato, carbamazepina, 
etclorvinol, glutatimida, griseofulvina, dicloralfenazona, 
primidona, rifampicina e contraceptivos orais. 
Mulheres em uso de varfarina devem consultar o 
médico antes do uso concomitante de creme vaginal ou 
supositório de miconazol, pois pode haver 
potencialização do efeito anticoagulante 
OMEPRAZOL 
Anticoagulantes, cumarina ou derivados da 
indandiona; diazepam, fenitoína e varfarina 
(medicamentos metabolizados por oxidação 
hepática) podem ter sua eliminação retardada pelo 
omeprazol; 
 benzodiazepínicos, ciclosporinas ou 
dissulfiram; depressores da medula óssea 
(a administração concomitante pode 
aumentar os efeitos leucopênicos e/ou 
trombocitopênicos de ambas as 
medicações, se necessário o uso 
concomitante, devem ser considerados os 
efeitos tóxicos); 
 estudos de interação de omeprazol com 
outros fármacos indicaram que não há 
influência sobre: cafeína, fenacetina, 
teofilina, piroxicam, diclofenaco, 
naproxeno, propranolol, metoprolol, 
ciclosporina, lidocaína, quinidina, estradiol, 
eritromicina e budesonida; durante o 
tratamento concomitante de omeprazol e 
claritomicina, 
 foi observado aumento nas concentrações 
plasmáticas de ambas as substâncias, mas 
não houve interação com o metronidazol 
ou a amoxicilina. 
As combinações que contêm algumas das 
seguintes medicações, dependendo das 
quantidades presentes, podem causar alterações 
devido ao aumento do pH gastrintestinal pelo 
omeprazol, podendo resultar na redução da 
absorção dos seguintes fármacos: ésteres de 
ampicilinas; sais de ferro; itraconazol e 
cetoconazol. 
Não foram observadas interações na 
administração concomitante de omeprazol com 
antiácidos. 
Estudos de interação de omeprazol indicaram que 
não há influência sobre etanol. 
Caren Andressa 2020.2 
 
Não foram observadas interações na 
administração concomitante de omeprazol com 
alimentos. 
DESCREVER O MECANISMO DE AÇAO DOS 
ANTITERMICOS E ANALGESICOS ( PARACETAMOL E 
DIPIRONA) 
PARACETAMOL 
O paracetamol (acetaminofeno) é um fármaco que 
possui propriedades analgésicas (alivia a dor) e 
propriedades antipiréticas eliminando ou 
prevenindo a febre em adultos e crianças, 
diminuindo a temperatura corporal quando esta 
for superior a 37°C. 
Tal como os AINEs, e ao contrário dos analgésicos 
opióides, o paracetamol não provoca euforia ou 
alterações no humor. Possui a vantagem de ser 
completamente livre de problemas de 
dependência, tolerância, abstinência ou efeito 
depressor sobre a respiração, e pode ser usado por 
si só ou em combinação com pseudoefedrina, 
dextrometorfano, clorfeniramina, difenidramina, 
doxilamina, codeína, hidrocodona ou oxicodona no 
tratamento da dor. 
O paracetamol não possui atividade anti-
inflamatória clinicamente significativa e por 
consequência é ineficaz, a não ser como 
analgésico, no alívio dos sintomas da artrite 
reumatóide e de outras inflamações. 
Absorção: Rapidamente absorvido pelo intestino, 
pico plasmático : 30 a 45 minutos; 
Metabolismo: hepático. 
Eliminação: renal 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Sua ação farmacológica primária está relacionada 
com sua habilidade compartilhada de inibir a 
enzima COX de ácidos graxos, inibindo desse modo 
a produção de prostaglandinas e tromboxanos. 
Na ocorrência de febre, os pirogénios endógenos 
produzidos pelos leucócitos provocam um 
aumento de prostaglandinas E no líquido 
cefalorraquidiano. O paracetamol reduz a febre, 
bloqueando a formação e a libertação de 
prostaglandinas no sistema nervos central (SNC) e 
inibe a ação de pirogénios endógenos nos 
recetores N-metil-d-aspartato do hipotálamo, 
resultando em vasodilatação periférica, sudorese e 
dissipação de calor. 
Os seus efeitos analgésicos decorrem de se tratar 
de um potente inibidor da síntese de 
prostaglandinas, por diminuírem os níveis de PGE2 
do sistema nervoso central (SNC) a partir da 
ciclooxigenase, e por atuar perifericamente 
bloqueando a geração de impulsos nos 
quimiorrecetores sensíveis à bradicinina, 
responsáveis pela ação dos impulsos 
nocicetivos. O seu efeito analgésico também é 
provocado por ser um antagonista do recetor N-
metil-D-aspartato (NMDA) e da substância P da 
espinal medula (neurotransmissor responsável 
pela modulação da dor), e por ter uma ação 
inibitória sobre os mecanismos do óxido nítrico 
espinal. 
Porém, este não é o único mecanismo envolvido 
nos efeitos analgésicos do paracetamol. 
O paracetamol possui um efeito analgésico 
mediado pela ativação das vias serotoninérgicas. 
Ainda existe um debate sobre o seu principal local 
de ação ser a partir da inibição da síntese de 
prostaglandinas ou através de um metabolito que 
influencia os recetores canabinóides. Estudos 
recentes revelam que o paracetamol inibe a síntese 
de prostaglandinas a partir do ácido araquidónico 
sob condições específicas, designadamente 
quando a concentração de peróxidos em células 
isoladas é baixa. 
a COX-2 é a principal isoenzima da COX envolvida 
na síntese de prostaglandinas quando as 
concentrações de ácido araquidónico são baixas. 
Caren Andressa 2020.2 
 
Quando a concentração de ácido araquidónico é 
elevada, a síntese de prostaglandinas é mediada 
pela COX-1, concluindo-se que o paracetamol pode 
ser um inibidor seletivo da COX-2. Contudo, o 
paracetamol também pode inibir a COX-1 se os 
níveis de peróxidos forem reduzidos. Em resumo, o 
paracetamol mostra, frequentemente, 
seletividade para a COX-2 mas também pode inibir 
a COX-1, dependendo da síntese de 
prostaglandinas na presença de níveis baixos de 
ácido araquidónico. Esta teoria pode explicar 
porque é que o paracetamol é eficaz no sistema 
nervoso central e em células endoteliais, onde as 
concentrações de peróxidos são baixas, e ineficaz 
em plaquetas e células do sistema imunitário 
como, por exemplo, nos leucócitos, pois exibem 
níveis elevados de peróxidos. Por isso, ao contrário 
dos AINEs (inibidores da COX-1 e COX-2), o 
paracetamol não possui ação anticoagulante e 
antiinflamatoria. 
MECANISMO TOXICO/BIOTRANSFORMAÇAO : 
Após ser absorvido, o paracetamol 
sofre reações de biotransformação no 
fígado nomeadamente de Fase I e de 
Fase II do metabolismo. 
O metabolismo do paracetamol ocorre 
essencialmente por três vias): 
 conjugação com o ion sulfato através das 
fenolsulfotransferases; 
 conjugação com o ácido glucurónico por 
ação das UDP-glucuronosiltransferases 
(UGTs) do fígado por via de reações de fase 
II, 
 oxidação por microssomas hepáticos do 
citocromo P450 podendo ocorrer a 
formação de pequenas quantidades de 
metabolitos tóxicos: paminofenol e N-
acetil-p-benzoquinonoimina (NAPQI) que é 
um intermediário extremamente reativo, 
formado por via de reações de fase I. 
As reações de fase I constituem cerca de 5 a 15% 
do metabolismo do paracetamol enquanto as 
reações de fase II constituem aproximadamente 
90%. 
As reações de Fase II, como a de 
Glucuronidação e a de Sulfatação, são predominantes 
no metabolismo do paracetamol. As reações de Fase I 
são normalmente mediadas pelo sistema enzimático 
denominado Citocromo P450. Desta família de 
enzimas, a isoenzima CYP2E1 é a que tem uma ação 
mais notória na biotransformação do paracetamol, 
mediando a formação do metabolito tóxico, uma 
imina, a N-acetil-pbenzoquinona imina (NAPQI). Em 
doses terapêuticas, a formação da NAPQI ocorre em 
baixa percentagem, sendo este conjugado pelocaptador de radicais livres, a Glutationa (GSH). O 
NAPQI liga-se ao grupo tiol da GSH, formando-se 
ácido mercaptúrico ou um conjugado de cisteína, que 
sofrem excreção renal. Em casos de ingestão de doses 
elevadas de paracetamol, ocorre uma saturação das 
reações de fase II e um esgotamento das reservas de 
GSH. Assim, o NAPQI acumula-se em grande 
quantidade no fígado, alterando a homeostase 
celular 
 
Na overdose, as vias de glucuronização e sulfatação 
tornam-se saturadas e o metabolismo via citocromo 
P450 (principalmente pela enzima CYP2E1) aumenta. 
Desta forma aumenta a produção do NAPQI que 
rapidamente esgota a glutationa celular. Quando cerca 
de 70% da glutationa está esgotada, o NAPQI liga-se 
covalentemente com as macromoléculas de proteínas 
nos hepatócitos, causando alteração de membrana, 
morte celular e degeneração do fígado; 
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Toxicidade 
Nos adultos, a hepatotoxicidade pode ocorrer após 
a ingestão de uma dose única de 10 a 15 g 
(aproximadamente 150 a 250 mg/kg) de 
paracetamol. No entanto, doses entre 20 a 25 g, ou 
superiores são potencialmente fatais. 
No fígado, a maioria do metabolismo oxidativo é 
concentrado na zona III centrolobular devido à 
maior prevalência do citocromo P450 neste local. 
Em casos mais graves estende-se para as zonas I e 
II podendo destruir todo o parênquima hepático. 
O rim é o segundo órgão alvo da toxicidade do 
paracetamol; a disfunção renal ocorre em cerca de 
25% dos casos de hepatotoxicidade significativa e 
em mais de 50% dos casos em que ocorre 
insuficiência hepática. 
MANIFESTAÇOES CLINICAS 
 Dividido em 4 fases; 
 Fase 1: ate 24 horas, assintomático ou com 
sintomas gastrointestinais como náusea e 
vômitos. 
 Fase 2: de 24 a 72 horas, assintomático , 
ocorre o aparecimento de lesões no fígado, 
dor no quadrante superior direito do 
abdómenporem apresenta alterações 
hepáticas ( TGO,TGP,INR,TP), aumento de 
alanina transaminase e aspartato 
transaminase, acidose metabólica, 
insuficiência renal aguda. 
 Fase 3: 72 a 96 horas, necrose 
hepática,icterícia, náuseas distubios de 
coagulação,IRA, miocardiopatia, 
encefalopatia,coma, óbito. ocorre a 
hepatotoxicidade máxima podendo ocorrer 
insuficiência hepática fulminante, 
hemorragia, septicémia, edema cerebral 
síndrome da angústia respiratória, 
incluindo a falência de múltiplos órgãos e 
morte; 
 Fase 4 : 4 dias a 2 semanas, recuperação 
hepática com fibrose residual, pacientes 
que sobrevivem a fase 3 geralmente 
recuperam sem outras sequelas. 
DIAGNOSTICO 
 Depende da historia do paciente e nível 
sérico; 
 Nível sérico: Obter um nível plasmático com 
pelo menos 4 horas após a ingestão. Níveis 
obtidos anteriormentenpodem não refletir 
a absorção completa e não devem ser 
usados para prever a toxicidade ou a 
necessidade de NAC. Os níveis de 
paracetamol obtidos entre 4 e 16 horas 
após a ingestão são os mais preditivos do 
potencial hepatotóxico. 
* O resultado do nível sérico deve ser lançado 
no nomograma de Rumack-Matthew que 
correlaciona a concentração plasmática de 
paracetamol livre com o tempo em que ela foi 
obtida entre 4 a 24 horas após uma ingestão 
aguda única e determina a necessidade de 
terapia com antídoto específico; 
* Níveis obtidos antes de 4 horas ou após 24 horas 
não podem ser interpretados, nem os níveis 
obtidos após a ingestão crônica ou repetida. 
º Laboratorial geral 
 □ Hemograma, glicemia, eletrólitos; 
 □ TGO, TGP, TAP/TTPA, INR; 
 □ Bilirrubinas total e frações; 
 □ Função renal. 
 ALT E AST; 
Diagnostico diferencial: 
 Outras intoxicações 
º Tetracloreto de carbono, cogumelos 
hepatotóxicos, halotano, 
reações idiossincráticas, óleo de poejo, ferro, 
ácido valproico e 
outras medicações hepatotóxicas. 
• Outras condições 
º Hepatites virais e Insuficiência hepática 
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TRATAMENTO 
Medidas de suporte 
º Desobstruir vias aéreas e administrar oxigênio 
suplementarmquando necessário; 
º Monitorizar sinais vitais; 
º Obter acesso venoso calibroso e coletar amostras 
biológicas 
para exames de rotina e toxicológicos; 
º Hidratação adequada. 
Descontaminaçao: 
 Considerar a realização de lavagem gástrica 
e a administraçãomde carvão ativado após 
uma ingestão potencialmente tóxica. É mais 
eficaz quando realizados no prazo de 1 hora 
após a ingestão. 
Antidoto: 
N- acetilcisteina (NAC) 
□ Deve ser administrado a qualquer paciente com risco de 
lesão hepática: 
* Nível sérico de paracetamol acima da linha de 
possível toxicidade no Normograma RumackMatthew; 
* História de ingestão de doses tóxicas e 
concentração não disponível ou tempo de ingestão 
desconhecido; 
* Iniciar NAC dentro das 8 primeiras horas após 
ingestão em pacientes com qualquer possível risco 
de hepatotoxicidade; 
 
* Os pacientes com mais de 24 horas após a ingestão 
que têm níveis mensuráveis de paracetamol ou 
evidências bioquímicas de hepatotoxicidade devem 
receber terapêutica com NAC até melhora da função 
hepática, mantendo a última fase do protocolo por 
dias, se necessário. 
O NAPQI é geralmente destoxificado pela 
conjugação irreversível com a glutationa, mas 
em casos de sobredosagem, grandes quantidades 
de NAPQI são produzidas, esgotando 
as reservas de glutationa, que resulta em lesão 
hepatocelular. O antídoto N-acetilcisteína é 
hidrolisado no organismo em cisteína e reabastece 
os níveis de glutationa, 
ligando-se covalentemente ao NAPQI numa 
proporção de 1:1 para prevenir o dano 
hepatocelular 
Sintomáticos 
º Em intoxicações leves, protetores de mucosa e 
antieméticos 
são suficientes; 
º Transplante hepático: pode aumentar a 
sobrevivência nos casos de insuficiência hepática 
fulminante. 
DIPIRONA 
 
Nomes comerciais: Nomes Comerciais mais comuns 
dentre uma centena de produtos (genérico e 
similar) que têm por base a dipirona, em grande 
parte associada a outras substâncias analgésicas: 
Algirona; Anador; Analgesil; Analgex, Analgin, 
Analverin; Anfebril; Apiron; Baralgin M; Baralgin 
composto Conmel; Debela Difebril; Dip-Ima; 
Dipimax; Dipiran; Dipirol, 
Dipirogen;Dipirona,Dipironati; Dipiron; Dipironax; 
Dipirosil; Dipirosim; Diusmed; Doralex; Doran, 
Doratyl; Dorilan; Dornal; Dorona; Dorostil; 
Dorpinon; DS500; Dyprin; Findor; FURP-Dipirona; 
Lomdor; Magnopyrol; Maxiliv; Multiralgim; 
Nalginin Nevalgina, Novagreen; Novalex; Novalgex; 
Novalgina®; Pirogina; Salindor; Termonal; 
Termoprin. 
FARMACOCINETICA 
Após administração oral, a dipirona é 
completamente hidrolisada em sua porção ativa, 4-
Netilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade 
absoluta da MAA é de aproximadamente 90%, 
sendo um pouco maior após administração oral 
quando comparada à administração intravenosa. A 
farmacocinética da MAA não se altera em qualquer 
extensão quando a dipirona é administrada 
concomitantemente a alimentos. 
Principalmente a MAA, mas também a 4-
aminoantipirina (AA), contribuem para o efeito 
Caren Andressa 2020.2 
 
clínico. Os valores de AUC para AA constituem 
aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. 
 A biotransformação com alguns metabólitos 
ativos é hepática e a excreção renal. Dentre os 4 
metabólitos hepáticos da dipirona, destacam-se 
4-metil-amino-antipirina (4-MAA) mais potente do 
que a dipirona, 4-amino-antipirina (4-AA) 
ativo, 4-acetil-amino-antipirina (AAA) e 4-formil-
amino-antipirina (FAA) pouco ativos. 
Nenhum desses metabólitos liga-se 
extensivamente às proteínas plasmáticas,sendo 
predominantemente excretados pelo rim. Os 
efeitos analgésicos 
correlacionam-se com as concentrações dos 
metabólitos ativos (MAA e AA). A propriedade 
antiinflamatória da dipirona ocorre sobre a cascata 
do ácido aracdônico, pois os metabólitos 4- 
MAA e 4-AA inibem a síntese de prostaglandinas a 
nível das COXs, efeito comparável ao ácido 
acetilsalicílico; os outros dois metabólitos(AAA, 
FAA) mostraram-se praticamente inativos. Os 
metabólitos 4-MAA e 4-AA são os principais 
responsáveis pelo efeito analgésico. 
FARMACODINAMICA 
A dipirona é um derivado pirazolônico não 
narcótico com efeitos analgésico, antipirético e 
espasmolítico. 
A dipirona é uma pró-droga cuja metabolização 
gera a formação de vários metabólitos entre os 
quais há 2 com propriedades analgésicas: 4-metil-
aminoantipirna (4-MAA) e o 4-amino-antipirina (4-
AA). 
A analgesia da dipirona depende de efeito 
periférico (PGs e NO) e central por seu sinergismo 
peptidérgico (k), serotoninérgico (5HT1) e 
antagonismo glutaminérgico (NMDA). 
Analgesia - A dipirona controla a hiperalgesia 
decorrente da lesão tecidual, por 
ativação dos canais de K+ sensíveis ao ATP e por 
inibição da ativação da adenilciclase por 
substâncias hiperalgésicas como por bloqueio 
direto do influxo de cálcio no nociceptor;(22) 
(21) também contribui a interferência de uma via 
arginina-óxido nítrico/GMPc/proteino 
 quinaseG/ canais de K+ ATP sensíveis ao ATP 
(bloqueio da enzima NO-sintase); 
B) Antiinflamatório: (altas concentrações) - 
bloqueio das COX 1-2 (doses elevadas) reduz 
síntese de PGs e da NO-sintase interfere na 
produção de citocinas pro-inflamatórias (IL,FNT); 
redução de radicais superóxidos 
2. Efeito Antinociceptivo Central 
A) Antipirético - a potente propriedade antipirética 
decorre da capacidade de inibição da COX3 na 
síntese de prostaglandina E no sistema nervoso 
central (SNC), notadamente no hipotálamo. 
Notadamente pelos seus dois metabólitos: 4-metil-
amino-antipirina (4-MAA) e 4-aminoantipirina (4-
AA) 
B)Ação analgésica também é exercida pelos dois 
metabólitos ativos 4-MAA e 4- 
AA que são capazes de inibir as COX 1,2 e 3 e atuar 
em vários níveis sinergicamente com 
o sistema petidérgico (endorfina e encefalinas) e 
serotonina. 
DESCREVER O PROCESSO DE BIOTRANSFORMAÇAO 
HEPATICA 
Após absorção e distribuição no 
organismo humano, inicia-se um duplo trabalho 
que consiste, por um lado, nas acções que o 
medicamento vai desencadear nos efectores e, por 
outro, na metabolização que o organismo realiza 
para eliminação das substâncias. A farmacocinética 
– trabalho metabólico de eliminação - de um 
determinado DCI é um trabalho 
fundamentalmente hepático e que envolve duas 
fases: 
Fase I de exposição do grupo funcional terapêutico 
e que determina, em geral, a perda de actividade, 
exceptuando-se as pró-drogas; pode ser de redu 
ção ou de oxidação; 
Caren Andressa 2020.2 
 
Fase II de conjugação que se da pela ligação a 
veículos de eliminação para o exterior do 
organismo, tornando os compostos solúveis em 
água quer por conjugação com glutatião, açúcar ou 
grupo sulfúrico. 
As reações de fase I são realizadas por enzimas do 
citocromo P450. Citocromo refere-se à coloração 
do tecido hepático, que se torna avermelhado 
devido ao conteúdo em ferro e «450» advém da 
característica absorção do comprimento do onda 
450 da luz ultravioleta quando expostos ao 
monóxido de carbono. 
É constituído por um conjunto de proteínas 
contendo um grupo heme que se localiza na 
parede do sistema reticular endoplásmico, 
responsável pela fase final da oxidação, 
transferindo elétrons do oxigénio molecular para 
os medicamentos oxidados. Com transmissão 
autosómica recessiva, estas enzimas estão 
acopladas a um NADPH-citocromo P450 reducatse, 
na proporção de 10 P450 para 1 citocromo P450 
reductase. 
As reações de fase I consistem em reações de 
hidrólise, redução e oxidação, reações que 
introduzem – ou expõem – um grupo funcional 
quimicamente reativo (-OH, -NH2, -SH ou -COOH) na 
molécula do xenobiótico. Estas reações, que 
normalmente resultam apenas em aumento discreto 
da hidrossolubilidade em relação à molécula original 
do xenobiótico, fornecem os grupos funcionais que 
possibilitam as reações de fase II de conjugação. 
Metabólitos podem ficar ativos (não necessariamente 
ativação das propriedades terapêuticas da droga) e 
irem para o sangue ou inativos (porém com 
composição alterada) e irem para a fase 2; 
 
As reações de fase II, que podem ser precedidas ou 
não pelas reações de fase I, incluem glicuronidação, 
sulfatação, acetilação, metilação, conjugação com 
glutationa, aminoácidos e ácidos graxos. Nestas 
reações, o xenobiótico, ou o metabólito oriundo da 
fase I, é ligado covalentemente a uma macromolécula 
endógena (ácido glicurônico, glutationa, sulfatos 
inorgânicos e aminoácidos), dando origem a um 
conjugado hidrossolúvel que pode ser eliminado pelas 
vias renal e biliar (Embora a sequência típica seja a 
fase II sucedendo a fase I, caso o xenobiótico possua 
grupos funcionais adequados, a conjugação pode 
ocorrer sem ser precedida pela fase I e, em alguns 
casos excepcionais, produtos conjugados de fase II 
podem ser substratos para reações catalisadas pelas 
enzimas de fase I

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