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20 jovem parece não ter direito a dizer uma palavra de con- sentimento nesse acordo celebrado entre sogro e genro. É a transferência propriamente dita da noiva que constitui a realização do casamento, na qual se efetiva a união, gamos, do casal. Por meio dessa transferência a noiva muda de casa, oikos, e também de senhor, kyrios (Duby, Georges e Perrot, Michelle – História das Mulheres no Oci- dente - Vol. 1: A Antiguidade, sob a direção de Pantel, Pauline Sch- mitt - Porto: Edições Afrontamento, p.206) A partir do texto, referente ao cotidiano das mulheres na Grécia Antiga, podemos afirmar que: a) As mulheres da Antiguidade foram muito mais livres do que se pode imaginar, pois, mesmo que em estado de sub- missão aos homens, decidiam sobre a vida política das ci- dades-estados. b) Na sociedade grega o casamento seguia ritos estritos, num cerimonial regido por religiosos que organizavam a mesma simbologia em todos os momentos de matrimônio. c) As mulheres helênicas estavam inseridas em uma socie- dade patriarcal que, por mais que pudesse tratá-las por ve- zes com alguma deferência, as submetia ao controle do po- der masculino. d) A liberdade que as mulheres gregas, em especial as ate- nienses, conquistaram ao longo da História, foi notável. Em Atenas elas podiam participar dos jogos, ir ao teatro, votar e participar das decisões políticas. 52. (Fac. Santo Agostinho BA/2020) “A mitologia grega teve papel fundamental na transmissão de valores que soam familiares a nós ainda hoje. Das noções de ciúme e de inveja, da soberba ao heroísmo, somos herdeiros de determinado jeito de pensar que nasceu na Grécia Antiga”. Favorecem a identificação entre as sociedades contem- porâneas e as características dos deuses gregos: a) o politeísmo antropozoomórfico entre as divindades gre- gas. b) os sentimentos humanos entre as divindades gregas. c) a imortalidade e o poder sobrenatural dos deuses gregos. d) as mensagens de bondade dos deuses gregos. e) o monoteísmo caracterizado da figura de Zeus. 53. (PUCCamp SP/2020) As cidades comerciais euro- peias eram o lugar da riqueza acumulada na primeira fase do capitalismo. Já se constituíam espaços de con- centração de capitais disponíveis acumulados com o mercantilismo, eram o espaço do poder econômico e político (lugar de moradia dos capitalistas e sede dos Estados modernos), e nelas também se concentrava uma grande reserva de força de trabalho. Além disto, o capitalismo comercial ajudou a criar nas cidades uma infraestrutura muito importante para o desenvolvi- mento industrial. Houve um grande avanço técnico e ci- entífico, formou-se uma rede bancária e um mercado urbano, pois na medida em que, afastados de suas con- dições de produção no campo e impedidos de conti- nuar a realizar sua produção artesanal, os trabalhado- res tornaram-se consumidores dos elementos necessá- rios à sua sobrevivência. As cidades comerciais já eram, de fato, o “bom” lugar para o desenvolvimento industrial. E assim se deu. Lefèbvre afirma que, rapidamente, as indústrias aproxi- maram-se destas cidades, transformaram o seu caráter, adaptando-se às novas necessidades. Este movimento de absorção foi se dando à medida que estas cidades encontravam-se em territórios/países que estavam se industrializando, o que é possível ser observado até os nossos dias. De fato, a indústria apropriou-se até mesmo dos símbolos urbanos pré-industriais, como Atenas e Veneza, criando espaços dicotômicos: a Ate- nas antiga em acrópole e a Atenas moderna − industrial − junto ao porto; a Veneza, símbolo do renascimento urbano mercantil e a Veneza continental − área de con- centração de suas indústrias atualmente. (SPOSITO, Maria Encarnação B. Capitalismo e urbanização. São Paulo: Contexto, 1988. p. 51) Na Grécia antiga, a acrópole, existente em Atenas, era a) exclusiva à mais poderosa cidade da Grécia, devido ao seu desenvolvimento peculiar baseado na democracia e em instituições que concentravam funções políticas e religiosas integradas a esse regime e propositalmente instaladas fora do perímetro urbano. b) estratégica, uma vez que sua construção em lugares al- tos, também encontrada em outras cidades, como Esparta, facilitava a defesa dos edifícios de grande importância polí- tica, simbólica e religiosa, ali construídos. c) projetada em várias cidades-estados mediante uma so- lução arquitetônica que favorecia a concentração e o isola- mento, distante do centro, de importantes edifícios aos quais a população comum não tinha acesso e que cum- priam a função de armazenar a riqueza local. d) sagrada, na medida em que simbolizava o Olimpo e abri- gava o Partenon, templo dedicado à deusa Atena e que era uma edificação obrigatória em todas as cidades da Grécia antiga, posteriormente copiada e adaptada ao culto de Mi- nerva, nas cidades do Império Romano. e) monumental, uma vez que abrigava o centro político, cul- tural e religioso de Atenas, a maior cidade da Grécia antiga, e que recebia peregrinações, festividades como as Olimpí- adas e concorridos espetáculos dramatúrgicos em seus grandes teatros de arena. 54. (UNCISAL AL/2020) Enquanto permitia a escravidão e a desigualdade da mulher, a Atenas clássica praticava a democracia executora de poder de forma ainda mais enfática que a modernidade. Inversamente, existem Es- tados que proíbem a escravidão, dão igualdade de di- reitos às mulheres e reconhecem os direitos de liber- dade, mas não são organizados democraticamente. HÖFFE, Otfried. A democracia no mundo hoje. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 135 (adaptado). A partir das informações do texto precedente, é correto inferir a existência de a) democracia ampla na Atenas clássica. b) cidadania ampla em Estados contemporâneos. c) cidadania restrita na Atenas clássica e em Estados con- temporâneos. d) democracia restrita na Atenas clássica e em Estados contemporâneos. e) cidadania restrita na Atenas clássica e democracia res- trita em Estados contemporâneos.