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22 60. (UNESP/2019) – São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Só- crates! [...] – Ora pois! Concordais que não são inteiramente uto- pias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a consti- tuição; que, embora difíceis, eram de algum modo pos- síveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atu- ais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atri- buem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua cidade? (Platão. A República, 1987.) O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza a) a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da racionalidade. b) a organização da pólis e sustenta a existência de um go- verno baseado na justiça e na sabedoria. c) o caráter aristocrático da pólis durante o período das tira- nias em Atenas e defende o princípio da igualdade social. d) a estruturação social da pólis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período de Clístenes. e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da militarização espartana. 61. (IFGO/2019) “[...] O médico grego Hipócrates (460- 377 a.C) foi o primeiro a olhar para um homem tendo um ataque epilético – uma crise de perda de consciência, acompanhada de convulsões – e dizer: “Não há ne- nhum deus aí dentro; é um fenômeno do corpo desse indivíduo”. Hipócrates afirmava que todas as doenças possuem uma causa natural, não devendo ser encara- das como punição divina”. CAMPOS, Flávio de; MIRANDA, Renan Garcia. A escrita da história. São Paulo: Escala Educacional, 2005, p. 51. É correto afirmar que a explicação de Hipócrates para a epilepsia: a) está ligada à religiosidade dos gregos, os quais eram po- liteístas, ou seja, adoravam vários deuses, como Zeus, Apolo, Posêidon, Hera, Palas-Atena, Afrodite e muitos ou- tros. b) está relacionada à principal função da religião grega, que era fazer com que o indivíduo se sentisse parte de uma co- munidade de cidadãos, compartilhando os mesmos valores e ideais. c) chama atenção para o racionalismo grego, para a inves- tigação sistemática, para a ideia de que o mundo é regido por leis da natureza, e não por deuses cheios de caprichos. d) diz respeito à vida política grega que, diferentemente de outras civilizações, compreendia que os problemas da co- munidade são provocados pelos seres humanos e exigem soluções humanas. 62. (SANTA CASA/2019) A afirmação de que os gregos se haviam “alfabetizado” no final do século VIII a.C., embora seja rigorosamente verdadeira, precisa ser mo- dificada de forma considerável, porque, do contrário, nos levará a interpretações errôneas. A verdade é que algumas pessoas, em algumas cidades, sabiam ler e es- crever; e sem dúvida a porcentagem dessas pessoas era maior nas democracias do que em outros regimes. (J. T. Hooker. “Introdução”. In: Lendo o passado: a história da escrita antiga do cuneiforme ao alfabeto, 1996.) A ligação entre a escrita e a organização política pode ser explicada pela a) dependência das decisões coletivas às explicações filo- sóficas sobre a existência da humanidade. b) participação nas guerras entre cidades gregas de indiví- duos com ampla formação militar. c) necessidade de conferir plena publicidade às manifesta- ções da vida social para o conjunto dos cidadãos. d) concessão aos comerciantes estrangeiros alfabetizados do direito de participação na assembleia dos cidadãos. e) fundamentação das leis da cidade nos textos religiosos de ampla circulação no mundo grego. 63. (ENEM/2019) A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a propor- ção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pe- quena nas aristocracias e oligarquias e maior nas de- mocracias. CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985. Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a propor- ção de cidadãos descrita no texto é explicada pela ado- ção do seguinte critério para a participação política: a) Controle da terra. b) Liberdade de culto. c) Igualdade de gênero. d) Exclusão dos militares. e) Exigência da alfabetização. 64. (UCS RS/2019) Mesmo com a certeza de que o es- porte surgiu há muitos anos, não é possível indicar, com precisão, uma data. No entanto, há registros que apontam que entre os hominídeos já ocorriam práticas esportivas, quando, para sobreviver, era preciso lutar, correr, saltar, lançar objetos, praticar arco e flecha, na- dar, entre outras atividades. Disponível em: . Acesso em: 7 ago. 18. (Parcial e adaptado). A Grécia Antiga era constituída de cidades-estado for- temente marcadas por rivalidades que, comumente, le- vavam a guerras. Entretanto, a paixão dos gregos pelos esportes estabelecia uma trégua para a realização dos célebres Jogos Olímpicos que aconteciam em Olímpia. Havia diferentes modalidades: ginástica, corridas, lu- tas, lançamento de discos e de lanças, corridas de ca- valos, e os vencedores recebiam prêmios muito sim- ples: uma coroa de louros e o nome inscrito em uma lista especial. Mas o que valia mesmo era a fama con- quistada, o reconhecimento. Fonte: SCHIMIDT, Mario. Nova História Crítica. SP: Editora Nova Ge- ração, 1999. (Adaptado.) A partir da leitura do excerto e de seus conhecimentos em História, assinale a alternativa correta.