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25 75. (PUC SP/2019) “Como, ao tempo em que o Império se enfraquecia, a Re- ligião Cristã se afirmava, os Cristãos exprobavam aquela decadência aos pa- gãos, e estes pediam contas dela à Re- ligião Cristã. Diziam os Cristãos que Diocleciano perdera o Império associando-se a três colegas, porque cada Imperador queria fazer despesas tão grandes e manter exércitos tão fortes como se ele fosse único. Que, por isso, não sendo proporcional o número dos que davam ao número dos que recebiam, os encargos se tornaram tão grandes que os agricultores abandona- ram as terras e elas viraram florestas” (Montesquieu, Charles de Secondat, Baron de, 1689-1755 – Conside- rações sobre as causas da grandeza dos romanos e da sua deca- dência/Montesquieu; introdução, tradução e notas de Pedro Vieira Mota. – São Paulo : Saraiva, 1997 – Páginas 304 e 305) A partir do texto ao lado, pode-se entender que a crise do Império Romano decorreu, dentre outros fatores: a) Da entrada dos chamados “povos bárbaros”, que intensi- ficaram trocas comerciais na parte ocidental, levando à de- sestruturação da vida rural. b) Da ascensão do cristianismo, religião que negava a di- vindade do Imperador, e dos altos custos militares, levando à inevitável oneração dos tributos sobre os agricultores. c) Da expansão territorial constante, o que levou à substi- tuição de camponeses livres por escravos, causando forte êxodo rural. d) Das trocas culturais com outros povos, o que levou a crí- ticas internas ao poder central, já que permitiu a penetração de ideais republicanos trazidos pelos “povos bárbaros”. 76. (FUVEST/2019) (…) o “arco do triunfo” é um frag- mento de muro que, embora isolado da muralha, tem a forma de uma porta da cidade. (...) Os primeiros exem- plos documentados são estruturas do século II a.C., mas os principais arcos de triunfo são os do Império, como os arcos de Tito, de Sétimo Severo ou de Cons- tantino, todos no foro romano, e todos de grande beleza pela elegância de suas proporções. PEREIRA, J. R. A., Introdução à arqui- tetura. Das origens ao século XXI. Porto Alegre: Salvaterra, 2010, p. 81. Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, des- taca-se a monumentalidade de suas construções. A re- lação entre o “arco do triunfo” e a História de Roma está baseada a) no processo de formação da urbe romana e de edificação de entradas defensivas contra invasões de povos conside- rados bárbaros. b) nas celebrações religiosas das divindades romanas vin- culadas aos ritos de fertilidade e aos seus ancestrais etrus- cos. c) nas celebrações das vitórias militares romanas que per- mitiram a expansão territorial, a consolidação territorial e o estabelecimento do sistema escravista. d) na edificação de monumentos comemorativos em memó- ria das lutas dos plebeus e do alargamento da cidadania romana. e) nos registros das perseguições ao cristianismo e da des- truição de suas edificações monásticas. 77. (Mackenzie SP/2019) No processo histórico da Roma Antiga, a República, como regime político foi substituída pelo Império. Sobre a ordem imperial, é cor- reto afirmar que a a) concentração dos poderes na figura do imperador tran- quilizava a classe dos patrícios e senadores que concorda- vam com esse tipo de regime que, de acordo com eles, se- ria o único capaz de sufocar a anarquia e as rebeliões de escravos. b) criação do império, obra elaborada pelo Primeiro e Se- gundo Triunvirato, expressou o triunfo da vontade dos ge- nerais, para os quais o regime imperial seria o tipo de go- verno ideal, para controlar a crise social do final da Repú- blica. c) base do império foi sustentada pelo poder dos campone- ses romanos, nos campos, e pela plebe nos centros urba- nos, principais interessados na existência de uma ordem que lhes assegurasse o domínio da terra e a permanência da prática do pão e circo. d) vitória da participação popular no cerne da vida política marcou, profundamente, o novo regime político, diferente do que ocorreu tanto no período monárquico, quanto no pe- ríodo republicano. e) crise econômica pelo qual Roma passava nos últimos anos da República, decorrente das inúmeras derrotas mili- tares enfrentadas pelos romanos e os gastos despendidos para consolidar a conquista do Mediterrâneo, levaram o povo a apoiar o novo regime. 78. (UFPR/2019) Leia o trecho abaixo, escrito por Agos- tinho de Hipona (354-430) em 410, sobre a devastação de Roma: Não, irmãos, não nego o que ocorreu em Roma. Coisas horríveis nos são anunciadas: devastação, incêndios, rapinas, mortes e tormentos de homens. É verdade. Ou- vimos muitos relatos, gememos e muito choramos por tudo isso, não podemos consolar-nos ante tantas des- graças que se abateram sobre a cidade. (Santo Agostinho. Sermão sobre a de- vastação de Roma. Tradução de Jean Lauand. Disponível em: . Acesso em 11 de agosto de 2018.) Considerando os conhecimentos sobre a história do Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.) e as informações do trecho acima, assinale a alternativa que situa o con- texto histórico em que ocorreram os problemas relata- dos sobre Roma e a sua consequência para o Império, entre os séculos IV e V. a) Trata-se do contexto das invasões dos povos visigodos, sendo uma das causas do final do Império Romano do Ori- ente. b) Trata-se do contexto dos saques de povos vândalos, sendo uma das causas do final do Sacro Império Romano- Germânico. c) Trata-se do contexto das pilhagens de povos ostrogodos, sendo uma das causas do final do Império Bizantino. d) Trata-se do contexto das incorporações de povos vikings, sendo uma das causas do final do Sacro Império Romano do Oriente. e) Trata-se do contexto das invasões de povos bárbaros, sendo uma das causas do final do Império Romano do Oci- dente.