Uma empresa do ramo alimentício de porte médio deseja implementar um programa de gestão de crise. Ela não está passando por nenhum problema, mas de...

Para implementar um programa de gestão de crise, uma empresa do ramo alimentício de porte médio pode adotar as seguintes ações previamente: 1. Identificar os possíveis cenários de crise: A empresa deve realizar uma análise de riscos e identificar os eventos que podem desencadear uma crise, como problemas de segurança alimentar, recalls de produtos, desastres naturais, entre outros. 2. Elaborar um plano de contingência: Com base nos cenários identificados, a empresa deve desenvolver um plano de contingência detalhado, com ações específicas a serem tomadas em cada situação de crise. Esse plano deve incluir medidas para garantir a segurança dos alimentos, proteger a reputação da empresa e minimizar os impactos negativos. 3. Designar uma equipe de gestão de crise: É importante ter uma equipe responsável pela gestão de crise, com membros de diferentes áreas da empresa, como marketing, comunicação, jurídico, qualidade e operações. Essa equipe deve ser treinada e estar preparada para agir rapidamente em caso de crise. 4. Estabelecer canais de comunicação interna e externa: A empresa deve definir os canais de comunicação que serão utilizados durante uma crise, tanto para informar os colaboradores internos quanto para se comunicar com clientes, fornecedores, autoridades regulatórias e mídia. É importante ter uma estratégia clara de comunicação para transmitir informações precisas e transparentes. 5. Realizar treinamentos e simulações: A empresa deve promover treinamentos regulares com a equipe de gestão de crise, simulando diferentes cenários de crise e testando a eficácia do plano de contingência. Isso ajuda a identificar possíveis falhas e aprimorar o programa de gestão de crise. Lembrando que cada empresa pode ter necessidades específicas, por isso é importante adaptar essas ações de acordo com a realidade e características do negócio.

Padrão de resposta esperado

A etapa pré-crise é fundamental para o sucesso das estratégias que porventura possam vir a ser implementados em caso de crise que ameace a imagem da empresa. A melhor forma de se preparar preventivamente é evitar atitudes de risco no dia a dia da organização.

Adotar boas práticas de governança, cumprir a legislação, manter práticas saudáveis de concorrência, ter posturas éticas e sustentáveis, ser transparente e oferecer confiança aos stakeholders são medidas eficazes para evitar crises e que devem fazer parte do planejamento estratégico. É importante que a empresa desenvolva processos de identificação de potenciais crises internas e externas. Cada área deve mapear e avaliar seus processos, identificando os pontos que podem desencadear uma crise.

É recomendável que essas informações sejam consolidadas numa matriz de risco e que esta seja, sistematicamente, monitorada e atualizada pelos responsáveis, de forma que o risco de imagem seja sempre considerado. Cada ponto levantado exige um plano de contingência especificando possíveis desdobramentos e ações padrão a serem adotadas e quais áreas serão acionadas.

Também é preciso estar atento a conjunturas políticas e econômicas que possam interferir na organização para estar preparado para eventuais mudanças no ambiente corporativo e de negócios. A etapa pré-crise deve dar conta também da preparação dos executivos. Eles farão parte do comitê de crise e precisam estar orientados desde cedo. A assessoria de imprensa tem essa função, podendo permanecer atenta a ameaças conjunturais e atuar na instrumentalização dos executivos.

O porta-voz deve participar de treinamentos para entrevistas, para mostrar-se a vontade ao responder perguntas. Entrevistas são simuladas, demonstrando ao porta-voz situações que podem a vir a ocorrer em caso de crise. Ele deve ser orientado a usar palavras simples e ser bastante didático.