O bem de família voluntário oferece proteção futura contra qualquer dívida, diferentemente do bem de família legal, que tem o objetivo de imunizar o patrimônio de penhora por dívidas já constituídas. Ao instituir um bem de família voluntário, é necessário observar a exigência trazida pelo Código Civil, que limita a escolha do imóvel a um terço do patrimônio líquido total. No entanto, o bem de família voluntário é pouco utilizado na prática, apesar da importância do instituto do bem de família. A regra geral é que o bem de família deve ser protegido, por ser um patrimônio mínimo necessário para se viver com dignidade, e, por isso, não pode ser penhorado. É possível observar que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região concluiu que o imóvel configurado como bem de família deve ser integralmente liberado da penhora. Além disso, a preservação da entidade familiar se mantém mesmo que o cônjuge separado judicialmente venha a residir sozinho. A Lei nº 8.009/90 garante a impenhorabilidade do cônjuge varão e da nova entidade familiar que constituiu.
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