Laura prestou serviços a uma empresa por 5 anos. Comparecia de segunda a sexta das 8h às 12h e das 13h às 17h. Cumpria a função de auxiliar de serviços gerais, sendo orientada diretamente por seu supervisor que sempre exigia rigorosamente o cumprimento do horário de trabalho. Recebia mensalmente salário de R$ 1.700,00. Não tinha contrato de trabalho formalmente estabelecido e nem anotações na Carteira de trabalho.
Nunca recebeu férias e décimo terceiro salário ou teve previdência recolhida e FGTS depositado. Ao ser demitida, não recebeu aviso prévio e nem verbas rescisórias, pois a empresa compreendia que pelo fato de não ter feito documentado o contrato de trabalho ou anotado em sua Carteira de trabalho, Laura não possuía direitos trabalhistas.
Sobre a situação de Laura, explique: a empresa por não ter documentado em contrato de trabalho e feito as anotações na Carteira de Trabalho, retira de Laura a condição de empregada? Fundamente juridicamente a sua resposta:
Não, a empresa não pode retirar de Laura a condição de empregada, mesmo que não tenha formalizado o contrato de trabalho ou realizado as anotações na Carteira de Trabalho. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a relação de emprego é caracterizada pela prestação de serviços de forma pessoal, subordinada, onerosa e não eventual. Ou seja, se Laura prestou serviços de forma contínua e sob a subordinação do supervisor, ela é considerada empregada, independentemente da formalização do contrato de trabalho ou das anotações na Carteira de Trabalho. Dessa forma, Laura tem direito a todos os direitos trabalhistas previstos em lei, como férias, décimo terceiro salário, previdência recolhida, FGTS depositado, aviso prévio e verbas rescisórias. A empresa pode ser responsabilizada judicialmente pelo não cumprimento dessas obrigações trabalhistas.
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Direito Processual do Trabalho e Direito do Trabalho
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