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1) Winnicott afirma que as realidades interna e externa do bebê devem se manter separadas, MAS inter-relacionadas. Como você entende essa inter-rel...

1) Winnicott afirma que as realidades interna e externa do bebê devem se manter separadas, MAS inter-relacionadas. Como você entende essa inter-relação entre essas duas realidades? Descreva com suas palavras como este processo pode estar ligado à vida do bebê, e também à vida adulta.

2) O objeto transicional é o primeiro movimento em direção ao não-eu. O que isto significa? O quê esse movimento permite em termos de uma conquista para o bebê?

3) ‘Estar iludido’ seria na linguagem comum acreditar em algo que é falso. No entanto para Winnicott a ilusão tem valor psíquico positivo, como isso é possível?

4) Como os cuidados (a maternagem) para com o bebê são importantes para o caminho de aceitação da realidade? Como você entende que esses cuidados devem implicar em “preocupação fácil e sem ressentimentos com o bebê”?

5) Quais relações você estabelece entre o jogo de futebol, na idade adulta, o chupar o polegar para o bebê e a importância do ursinho e o brincar na infância?

1) As realidades interna e externa do bebê devem se manter separadas, MAS inter-relacionadas. O processo de inter-relação entre essas duas realidades se dá por meio do objeto transicional, que é uma área intermediária entre a realidade interna e externa, e é uma área de experimentação. Esse processo da relação do bebê com o objeto transicional é a materialização primeira de um mundo real onde a criança começa a se perceber parte do mundo, e perde, aos poucos o que Piaget chamou de narcisismo. Começa aí a construção interna e externa de realidade que estende sua importância para a fase adulta.
2) O objeto transicional é o primeiro movimento em direção ao não-eu, ou seja, é a primeira possessão não-eu, além de excitação e satisfação orais, por exemplo, é importante na construção da capacidade do bebê de reconhecê-lo como um objeto que existe fora e apesar dele. O bebê conquista a capacidade de criar, imaginar, inventar o objeto da forma que quiser, interiormente. Iniciando também uma relação afetuosa com o objeto que exerce uma função fundamental no psiquismo do bebê.
3) Para Winnicott, a ilusão tem valor psíquico positivo, pois a área intermediária entre a realidade interna e externa é composta por elementos de ambas, é uma área de experimentação e também de repouso para o trabalho incessante de separação entre elas. Esta experiência pressupõe rudimentos de capacidade ilusória motivo pelo qual é relacionada ao pensar e fantasiar, e também à arte e a religião partilhadas na cultura.
4) Os cuidados (a maternagem) para com o bebê são importantes para o caminho de aceitação da realidade, pois até aproximadamente os seis meses de vida, o bebê se encontra em uma condição de absoluta dependência do cuidado materno. Essa circunstância associada à preocupação materna primária, faz com que o bebê tenha todas as suas necessidades satisfeitas de modo quase perfeito. Em consequência disso, ainda não é capaz de reconhecer a existência do mundo externo, pois os objetos que satisfazem suas necessidades parecem surgir magicamente à sua volta, como se fossem produzidos por seu próprio desejo. Mais ou menos após os seis meses, a mãe sai do estado de preocupação materna primária, o que ocasiona o surgimento de um descompasso entre o surgimento das necessidades do bebê e o atendimento dessas necessidades por parte do ambiente. Nesse sentido, a realidade externa não mais se adapta aos desejos da criança de maneira imediata e com a quase perfeição de outrora. Em decorrência, o bebê é forçado a reconhecer o mundo externo, interagindo de forma diferente com a realidade, não mais como extensão de si mesmo, e sim como uma realidade não-eu.
5) O jogo de futebol, na idade adulta, o chupar o polegar para o bebê e a importância do ursinho e o brincar na infância estão relacionados ao objeto transicional, que é uma espécie de mediador entre mãe e filho, entre mundo interno e mundo externo ou, em outros termos, a área de encontro entre o “eu” e o “não-eu”. O objeto transicional seria uma espécie de mediador entre mãe e filho, entre mundo interno e mundo externo ou, em outros termos, a área de encontro entre o “eu” e o “não-eu”.

Essa pergunta também está no material:

Estudo dirigido Winnicott
2 pág.

Psicologia Universidade Federal FluminenseUniversidade Federal Fluminense

💡 1 Resposta

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O texto apresenta uma série de questões relacionadas à teoria de Winnicott sobre a relação entre a realidade interna e externa do bebê, a importância do objeto transicional, a valorização da ilusão, a maternagem e a aceitação da realidade. Além disso, o texto estabelece relações entre esses conceitos e a vida adulta, como o jogo de futebol, o chupar o polegar e a importância do brincar na infância. Em resumo, a teoria de Winnicott destaca a importância da relação entre o bebê e o ambiente externo para o desenvolvimento saudável da criança, e como essa relação pode influenciar a vida adulta.

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