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Aula 2 - Sabedoria interna e externa

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Aula 2 - Sabedoria interna e externa 
O mindful eating é todo voltado para a sabedoria interna - que é justamente fome, 
saciedade, pensamentos, satisfação, paladar, autoaceitação. A sabedoria interna por si 
só, pode fazer com que muitas pessoas comam menos quantidade e com uma frequência 
menor, por perceber a fome, se guiar por ela e ficar satisfeita com aquela quantidade de 
alimento. 
Mas se a gente não desenvolver nos nossos pacientes algum nível de sabedoria externa, 
ou seja, informações sobre a importância do nutriente, e da atividade física, eles vão 
achar que comer pizza todo dia com atenção plena resolve tudo, e sabemos que não é 
bem assim. 
Foi visto que, quem quer mudar hábitos alimentares, ou que precisa emagrecer por uma 
questão de saúde, ou que precisa melhorar a qualidade alimentar, é muito importante que 
a atenção na comida seja complementada com a sabedoria externa, que é estudar sobre 
os alimentos, buscar um nutricionista que oriente sobre os nutrientes, vitaminas e 
minerais. Que explique os tipos de alimentos para darmos preferência quando estamos 
com fome, não por estar proibido do doce, mas por naquele momento ter uma 
necessidade do corpo por proteína, por exemplo. Que passe orientações e te ensine 
sobre montar um prato que atenda a necessidades nutricionais. 
E esse aprendizado é extremante importante para gerar autonomia no seu paciente, a fim 
de que ele saia dessa mentalidade e proibição e permissão, e para que as mudanças no 
comportamento alimentar sejam flexíveis e sustentáveis. E a partir disso você ir ajudando 
seu paciente a construir uma educação alimentar. Lembram que a alimentação consciente 
é muito educativa, pois bem. 
É muito importante orientarmos nosso paciente a prestar atenção nas escolhas 
alimentares que ele faz ao longo do dia e se essas escolhas estão atendendo as 
necessidades nutricionais do corpo, ou somente do querer. Se está somente no - Quis e 
comi. 
Precisamos estimular eles a não prestarem atenção somente no quesito sabor, fome e 
outras necessidades internas, mas também no quesito nutrição. Porque uma proposta 
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muito forte do mindful eating para os nossos pacientes é que eles se reconectem ao 
corpo, e quando estimulamos eles a prestarem atenção ao corpo e ouvir o que ele fala, 
nossos pacientes vão percebendo que o nosso corpo pede comidas mais nutritivas. 
Você vai ensinando que quem quer batata frita são os sentidos, como o olho, e o nariz. O 
corpo, não. Se o seu paciente fizer uma super refeição de fast-food, aquelas bem 
gordurosas, o corpo vai reagir de uma forma e demonstrar algo, você vai sentir alguma 
coisa no seu corpo, e não vai ser uma sensação tão agradável. 
E alertarmos nossos pacientes sobre isso. Destaco que não é terrorismo alimentar. É 
consciência sobre o que o seu corpo está demonstrando. Essas reações físicas que os 
nossos pacientes não percebem por não terem atenção plena ao corpo, são sinais do 
corpo dizendo se ele gostou ou não gostou daquela refeição. O corpo indica tudo isso, 
nossos pacientes é que não percebem. 
O corpo não gosta quando acabamos uma refeição e ficamos morrendo de sede com uma 
comida mais doce, ou muitas vezes até enjoada com a quantidade do açúcar. Tudo isso é 
o nosso corpo dizendo que ele não gostou dessa refeição. Nosso corpo não gosta de ficar 
com o estômago super cheio, empanturrado. E precisamos estimular essa percepção dos 
nossos pacientes. 
Da mesma maneira que o corpo pede comida mais nutritiva, ele pede atividade física. 
Quando a gente escuta ele pedindo movimento a gente entende que ele fica feliz com 
algum nível de movimento. E quando vamos desenvolvendo essa consciência nos nossos 
pacientes, eles vão entendendo que se alimentar bem e fazer exercício, na maior parte do 
tempo, não tem a ver com proibição e permissão. Não tem a ver com malhar porque 
comeu e precisa queimar calorias. Ou malhar pra poder comer. Mas porque é isso que o 
nosso corpo pede. É com isso que mantemos a saúde, inclusive a saúde mental e o corpo 
funcionando melhor. Então, ao estimular nossos pacientes a prestarem atenção no corpo, 
eles vão perceber que o corpo gosta e pede comida mais nutritiva - e isso é o 
desenvolvimento da sabedoria interna. 
O corpo é capaz de lidar com inércia e comida menos nutritiva. Mas se isso for todo dia, 
se isso se tornar frequente, ele reclama dessa forma de cuidar dele. E começa a surgir 
problemas digestivos, problemas de sono, sobrepeso, oleosidade na pele, acne, 
problemas mais sérios metabólicos e porquê? 
Porque nosso corpo foi feito para lidar com comidas mais nutritivas e fazer exercícios 
físicos, foi feito para nos movimentarmos. 
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ex com o glutén, meus sentidos querem querema comida agradável de sabor, mas meu corpo rejeita totalmente aquela comida e "reclama" logo após a ingestão
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Sabedoria interna e externa é algo que acompanhamos nossos pacientes ao longo de 
todo tratamento, sempre reforçando a importância de prestar atenção ao corpo e de ter 
informações sobre o que ele está colocando no corpo. 
Mas o que é a sabedoria interna e externa? 
A sabedoria interna são as informações que o nosso corpo pode nos oferecer. É tudo que 
vem de dentro. É tudo que está dentro, são pensamentos, emoções, sentimentos, fome, 
saciedade, satisfação, paladar tudo que é interno do nosso paciente. A sabedoria interna 
é o que eu chamo de autoconhecimento alimentar. 
Vocês vão vendo que a alimentação consciente se baseia na sabedoria interna que é 
justamente a tomada de consciência, por estimularmos nossos pacientes a perceberem e 
sentirem nossas sensações internas, que são as reações dos alimentos no nosso corpo e 
organismo e com isso vamos ajudando nossos pacientes a terem um senso maior de 
como comer de maneira mais equilibrada. A sabedoria interna ajuda a tomar decisões 
mais conscientes, termos escolhas e realmente estarmos presentes no momento da 
decisão - como ou não como. 
Inclusive quando essa consciência vai sendo gerada é normal os pacientes irem 
emagrecendo. Por comer menos quantidade e com mais qualidade. E é sempre 
importante conscientizar que o foco não é a perda de peso. Estou falando isso porque 
quando os pacientes vão emagrecendo é normal abandonarem o processo. Mas é 
importante vocês explicarem a importância de continuar para que seja mantido o peso e 
toda construção da consciência na comida. 
Já a sabedoria externa é tudo que eu sei sobre a comida, se tem glúten, se não tem, se é 
integral ou não é, ingredientes, calorias, de onde veio aquele alimento, é de origem 
natural, se é da indústria, e indo mais a fundo até o contexto sociocultural e 
socioeconômico. 
É uma sabedoria muito importante porque ajuda a desconstruir o valor emocional do 
alimento. É uma forma de trabalhar com um paciente com diabetes por exemplo, saber a 
composição, a quantidade de açúcar que tem ali e como o corpo dele reage ao receber 
aquela quantidade de açúcar, ajuda ao paciente perceber se isso vai fazer bem ou mal a 
eles e a partir disso escolher se come ou não. 
Uma pessoa que come o doce ou outro alimento até o estômago doer e sem conseguir 
parar, essa pessoa não está tendo escolha, ela esta sendo levada a comer assim porque 
sente dificuldades. É uma reação automatizada. 
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A sabedoria interna então é prestar atenção ao que o corpo fala;
E a sabedoria externa é ter informação do alimento que está escolhendo ingerir 
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Se você pergunta a essa pessoa porque ela comeu, ela nem sabe. E pode responder 
porque estava ali. 
Questões a serem estimuladas com os seus pacientes: 
Está realmente bom? 
Qual o sabor desse alimento? 
Estou com fome pra comer esses alimentos ? 
A sabedoria externa é relacionamento mais sábio em relação a informações nutricionais. 
Sabemos que tem muita informação sendo passada como deve ser ou não deve ser, 
algumas informações de qualidade, outras não, mas, precisamos ajudar nossos pacientes 
a desenvolver essa sabedoria em relação a informações nutricionais. 
Ter informações nutricionais ajuda a escolher com consciência, comer sem culpa e 
saboreando ao máximo para conseguir perceber a hora de parar. 
Por exemplo: quando estamos com fome não são todos os alimentos que atendem a 
necessidade da fome. E é importante saber disso, para saber atender e ofertar ao seu 
corpo o que ele pede. Quando você esta com fome, uma pão com manteiga não atende a 
fome. Você vai preencher o estômago, mas rapidamente seu organismo vai sinalizar a 
fome de novo. Mas se for um pão com queijo, como ovo, com algum alimento que tenham 
vitaminas, minerais e nutrientes, aí sim atende a fome. 
Noções como essa vão desconstruindo a ideia do pão é vilão, o pão não pode, e passa a 
ser uma questão de necessidade do corpo e como seu paciente está se sentindo 
fisicamente comendo esse pão. Ajuda na decisão de como vou comer, tira a mentalidade 
de pode e não pode. 
E como ir construindo informações sábias sobre os alimentos? 
Buscando nutricionistas, pesquisando sobre os alimentos, buscando aprender como 
montar um prato saudável. Sabendo que as orientações que podemos encontrar em guias 
de saúde são orientações de quais alimentos dar prioridade. 
Sabemos que alguns pacientes têm necessidades de terem um plano alimentar por 
questão de saúde. E é importante, a partir da sabedoria interna, estimular nossos 
pacientes a experimentarem e perceberem no próprio corpo, e no emocional como eles 
reagem, e como está sendo, a nível emocional, adaptações de planejamentos. Porque 
mesmo sendo uma questão de saúde, precisa ser algo que não pese no emocional dele. 
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Então observar as reações do corpo, do emocional e não se apegar a tenho que, mesmo 
que sendo uma necessidade de saúde. Tem pessoas que o corpo não adapta a 
determinadas estratégias e a outros, sim. 
Importante usar as sabedorias para investigar isso. 
E é importante, nesses casos que nutri e psi trabalhem em conjunto. Mas é preciso unir a 
sabedoria interna. Perceber como o corpo estar reagindo. Não pode ser ignorado. 
O que a gente precisa fazer é ajudar nossos pacientes a integrar essas duas sabedorias 
para que o nosso paciente use de forma sabia essas informações ao seu favor. 
Normalmente o que a gente vê são os nossos pacientes chegando no consultório com 
muitas informações, mas usando como regras, como deveria, como imposições e o mais 
grave ainda, sem consultar a sabedoria interior, sem checar se ela esta com fome, para 
tomar o café da manhã, por exemplo. 
A ideia dessas sabedorias é principalmente gerar autonomia e liberdade alimentar, é a 
partir dessas sabedorias que começamos a ajudar nossos pacientes a construir 
consciência e liberdade alimentar. 
O que acontece é o nosso paciente estar totalmente em uma sabedoria, ou em outra. 
Exemplo: o paciente que sabe todas as informações nutricionais, conta todas as calorias, 
olha todos os rótulos, cheia de regras, mas não olha para dentro, para ela, não sabe nada 
sobre sua fome, sua saciedade. 
Ou aquele paciente que come tudo integral, mas não gosta de nada, come totalmente na 
obrigação, zero prazer durante a semana, e quando chega o fds exagera. 
Então, é irmos construindo essa sabedoria interna, esse autoconhecimento alimentar. 
Também temos o outro lado, aquele paciente que só foca nas suas vontades, que não se 
preocupa com a qualidade nutricional dos alimentos e devido aos próprios alimentos 
serem estimulantes, acaba gerando a dificuldade em dizer não. Em colocar alguns limites 
que são importantes na relação com a comida. 
Muita gente acha que se alimentar consciente é sair comendo tudo pela frente. Quando 
trabalhamos essas sabedorias é o momento de mostrarmos que não é bem assim. E não 
por um fator de proibição. E sim por perceber as sensações físicas e conhecer sobre os 
alimentos. 
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o corpo sinaliza que precisa de alimentos mais nutrientes e somada ao conhecimento nutricional damos ao corpo o que ele necessita; ou seja, aquilo que lhe faz bem 
Então, é fazer uso consciente e sábio dessas informações. 
Porque os alimentos menos nutritivos não dependem de fome, nossos pacientes comem 
porque eles estimulam os nossos sentidos. 
Quando comemos por fome, sentimos mais prazer. A fome deixa a comida mais saborosa, 
e a medida que a fome vai sendo saciada a comida vai ficando menos prazeirosa. Por 
isso é importante essa atenção e percepção interna. 
Se o seu paciente come sem ter atenção a ele, ele não consegue perceber o sabor do 
paladar diminuindo, o estômago saciando e come porque ainda tem comida, por exemplo. 
Sempre que os nossos pacientes comem distraídos e próximos de alimentos 
estimulantes, ou seja, alimentos que estimulam o consumo, eles estão diante de um 
gatilho comportamental, que é simplesmente comer porque está ali, porque está 
disponível, porque o cheiro é interessante. Porque está comendo pelo cheiro, pela 
disponibilidade do alimento, ou porque está vendo as pessoas comerem e adotam o 
comportamento da repetição. Esses são alguns motivos que fazem o nosso paciente 
comer, os quais não são necessariamente para saciar a fome, é muito mais para o gosto. 
E essas noções precisam ser percebidas. 
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Estar distraído sem consciência alimentar faz com que comamos por outros motivos (estimulação de sentidos, repetição de comportamento, disponibilidade do alimento,e tc) que não seja por fome - e se não há fome, não há necessidade de comermos.

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