Buscar

algo que tentamos, a todo custo, esquecer. É um fato, vamos todos morrer. Mais precisamente, a qualquer minuto podemos todos morrer. E não há uma s...

algo que tentamos, a todo custo, esquecer. É um fato, vamos todos morrer. Mais precisamente, a qualquer minuto podemos todos morrer. E não há uma só pessoa que não saiba disso. Mesmo assim, nos acostumamos a seguir todos os dias sem pensar nesse assunto. Agora, no entanto, a morte é evidente. Estamos sendo constantemente lembrados que ela existe. Não há como fugir. E todos os dias somos obrigados a admitir esse fato. Alguns tentam, a todo custo, disfarçar o medo e fingem não ver as notícias, não aceitam os dados, criam uma própria bolha de realidade paralela onde não existe perigo. Não os culpo. O real é pesado e é muito mais fácil recorrer a ignorância que o encarar. Tudo o que está acontecendo no mundo agora não é algo a se elaborar do dia para a noite. Deixou e ainda deixará marcas em todos. O ser humano que se adaptou a existir se ocupando de produzir para assim não precisar se questionar sobre a vida e aceitar a morte, subitamente se deparou com um episódio onde a morte está escancarada e é obrigado a lidar com isso, pois sua produção foi interrompida da forma como lhe era habitual. Acredito que o que traz maior angústia seja, na verdade, a vida. Essa que não conhecemos, que vai além do trabalho e nos lembra que somos seres carregados de individualidades e subjetividades. E sim, morremos. Mas, apesar de a ideia da morte ser difícil de carregar, a morte por si só é, e simplesmente é. A vida, no entanto, não é. A vida se faz. A vida se constrói. E, o mais assustador, é que somos nós os responsáveis por construí-la. E agora, justamente nós, que nunca soubemos o que é a vida, precisamos indagar: o que passará a ser a vida? Como se dará essa nova maneira de existir? Nessa atualidade em que o caos determinou que o cotidiano que conhecíamos não poderá mais ser, então, o que será? Vamos morrer, sim, a qualquer momento, como sempre se soube. Mas, em tempos que quebram toda conhecida normalidade do que entendíamos por existir, não posso deixar de questionar: vamos, finalmente, viver?

Essa pergunta também está no material:

ebook_expressoes aap4
748 pág.

Gestão Hospitalar

Respostas

User badge image

Ed Verified user icon

Sua pergunta não está clara. Por favor, reformule-a para que eu possa ajudá-lo.

0
Dislike0

Responda

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Mais conteúdos dessa disciplina