3 Planejamento ambiental em unidades de conservação (UC) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação estabelece a obrigatoriedade da realização d...
3 Planejamento ambiental em unidades de conservação (UC) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação estabelece a obrigatoriedade da realização dos planos de manejo para essas unidades. Segundo Santos (2004), eles são instrumentos voltados à preservação e conservação dos recursos naturais e ao uso desses recursos para pesquisa, visitação pública e educação ambiental, procurando “assegurar a manutenção do potencial dos elementos naturais em detrimento das demandas, a conservação em detrimento do uso e manejo abusivo e a participação da comunidade, além de garantir obediência a padrões ambientais” (SANTOS, 2004, p. 38). A autora refere-se certamente aos Planos de Manejo de unidades de conservação de proteção integral, que admitem apenas o uso indireto dos recursos naturais (pesquisa, visitação pública e ecoturismo e educação ambiental) e onde não são permitidos moradores. Bem mais complexo é o desafio de construção desses planos em unidades de conservação de uso sustentável, onde o uso direto dos recursos naturais não é proibido, mas regulado. No caso das categorias Reserva Extrativista (RESEX) e Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), a regulação tem que ser estabelecida pelas próprias comunidades tradicionais que as habitam, pois é exatamente o manejo tradicional dos ecossistemas protegidos o que caracteriza essas categorias de unidade de conservação. Já as Áreas de Proteção Ambiental (APA) são uma categoria de UCs voltadas à conservação da paisagem e que podem incluir em seu interior áreas públicas e privadas, urbanas e rurais. São paisagens vividas, habitadas, e o sucesso de sua gestão depende, sobretudo, do estabelecimento de pactos acerca do território protegido. Além de serem unidades de conservação, as APAs são, sobretudo, instrumentos de gestão territorial e seus planos de manejo, que incluem o zoneamento, devem refletir os pactos estabelecidos (MORAES, 2011). Elas são desafios interessantes e complexos para o planejamento ambiental.
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