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Prioritariamente as fibras tipo I seria necessário usar cargas em torno de 20% da CVM (uma carga que dificilmente promoveria hipertrofia em condiçõ...

Prioritariamente as fibras tipo I seria necessário usar cargas em torno de 20% da CVM (uma carga que dificilmente promoveria hipertrofia em condições normais), pois a partir destes valores o estresse sobre as fibras lentas seria constante, enquanto se aumenta o trabalho das fibras tipo II. Há estudos nos quais se verificou que o treinamento de força intenso promove hipertrofia seletiva nas fibras rápidas (Charette et al., 1991; Campbell et al., 1999) e outros verificando hipertrofia seletiva nas fibras lentas (Trappe et al., 2001). No entanto, a maioria dos estudos mostra que, ambos os tipos de fibra aumentam seu tamanho em resposta ao treinamento de força, independente de se usar cargas altas ou baixas (Frontera et al., 1988; Staron et al., 1994; Kraemer et al., 1995b; McCall et al., 1996; Green et al., 1999; Kadi et al., 1999b; Singh et al., 1999; Trappe et al., 2000; Campos et al., 2002). Inclusive, ao contrário do imaginado, a maior parte das evidências indica que treinos de baixa intensidade prejudicam a hipertrofia das fibras tipo I, pois, por serem mais resistentes, as fibras oxidativas precisariam de estímulos mais intensos, como nos obtidos em treinos de repetições máximas e cargas elevadas. Charrette et al (1991), prescreveram 6 repetições com cargas entre 65 e 75% de 1 RM, uma carga com que, segundo dados de Hoeger et al (1990) a amostra conseguiria realizar, em média, 12 repetições em alguns dos exercícios prescritos. Talvez por este motivo, não foi verificada hipertrofia nas fibras lentas. Assim como cargas reduzidas, números altos de repetições (20 a 28) também não mostraram fornecer estímulos eficientes para hipertrofiar as fibras tipo I, no entanto, geram uma tendência em aumentar a secção transversa das fibras IIB (Campos et al., 2002). Em uma revisão de literatura, Fry (2004) avaliou o percentual de aumento dos diferentes tipos de fibras em relação à carga utilizada. De acordo com os resultados, as maiores intensidades de treino são associadas às maiores respostas de hipertrofia tanto as fibras tipo I quanto as fibras tipo II. O que existe, no entanto, é uma diferença tanto no tamanho inicial quanto nos aumentos relativos, pois as fibras tipo II começam maiores e aumentam mais que as fibras tipo I. De fato, estudos posteriores sugerem que músculos compostos predominantemente por fibras tipo I possuem menor resposta de síntese proteica ao treinamento resisitdo (Trappe et al., 2004), apesar da síntese proteica em repouso e estimulada por altos níveis de aminoácidos não serem diferentes (Carroll et al., 2005; Mittendorfer et al., 2005). De acordo com evidências científicas, os estímulos de baixa intensidade, direcionados para as fibras tipo I, prejudicariam a hipertrofia ao invés de estimulá-la. Kraemer et al (1995b) submeteram homens treinados a diversos tipos de treino e verificaram que, com o treino de força, ocorre hipertrofia nas fibras I e II, entretanto, a realização de exercícios de endurance, sejam sozinhos, sejam em combinação com o treino de força inibem o aumento da área nas fibras oxidativas. Desta forma, direcionar treinos de hipertrofia para determinadas fibras musculares não faria sentido e poderia até ser improdutivo. Com base na literatura disponível podemos concluir que o treino de força intenso, feito com repetições máximas, exerce efeitos iguais sobre o volume de todos os tipos de fibras (Staron et al., 1994; Kraemer et al., 1995b; McCall et al., 1996; Green et al., 1999; Kadi et al., 1999a; Campos et al., 2002). Como veremos adiante, os valores de carga, repetições e velocidade nos treinos de hipertrofia estão mais associados a alterações fisiológicas intermediárias do que com o fato de recrutar seletivamente determinado tipo de fibra.

Essa pergunta também está no material:

Bases Cietificas Do Treinamento De Hipertrofia - Livro
193 pág.

Aprendizagem e Controle Motor Faculdades Integradas de JahuFaculdades Integradas de Jahu

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