Buscar

Genética e países em desenvolvimento. Nos países em desenvolvimento, a maior proporção da mortalidade infantil ainda é atribuída a doenças respirat...

Genética e países em desenvolvimento. Nos países em desenvolvimento, a maior proporção da mortalidade infantil ainda é atribuída a doenças respiratórias infecciosas agudas, diarreia, causas perinatais, sarampo e malária, com a desnutrição sendo uma causa associada comum. Entretanto, muitos países em desenvolvimento estão vivenciando uma transição epidemiológica, na qual se destaca a contribuição das doenças genéticas e defeitos congênitos, mesmo que as doenças infecciosas e a desnutrição não tenham sido completamente controladas (PENCHASZADEH et al., 1999). Nos últimos 20 anos, o mundo tem atingido grandes avanços no conhecimento relacionado à genética e sua influência na suscetibilidade às doenças. Estes avanços estão presentes em vários ramos da medicina, tanto em países ricos como em países em desenvolvimento (ALWAN; MODELL, 2003). A medicina genômica está redefinindo como os países, tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, precisam trabalhar juntos na aplicação desse novo conhecimento para melhorar a saúde da população (HARDY et al., 2008). Países em desenvolvimento também devem se unir para buscar estratégias para o controle e prevenção de doenças genéticas e congênitas, juntamente com o estabelecimento de um sistema de acesso ao conhecimento nesta área, buscando preencher a lacuna entre esses países e os detentores das tecnologias genéticas. Assim, precisam planejar e desenvolver um pacote integrativo para um programa de controle dessas doenças em nível comunitário, e aprender uns com a experiência dos outros (HARDY et al., 2008; AGHAJANI et al., 2009). O caminho mais efetivo para cobrir a lacuna entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento é introduzir, nos países em desenvolvimento, métodos preventivos baseados no conhecimento da base genética das doenças (ALWAN; MODELL, 2003). Nos países em desenvolvimento há um número maior de nascimentos de mães com mais de 35 anos o que, em conjunto com o reduzido acesso ao diagnóstico pré-natal e à interrupção seletiva da gestação, leva a um aumento relativo da prevalência ao nascimento de defeitos congênitos. Entretanto, o número de malformações congênitas e doenças monogênicas é similar aos países ricos (PENCHASZADEH et al., 1999). Outra preocupação, nos países em desenvolvimento, é o aumento de algumas doenças com predisposição genética, como câncer, doença cardiovascular, obesidade e diabetes, particularmente nas populações urbanas, uma vez que a expectativa de vida aumentou e mudaram os costumes, a dieta e o estilo de vida (PENCHASZADEH et al., 1999). Para colocar em prática a medicina genômica nos países em desenvolvimento vários desafios são conhecidos, entre eles a falta de recursos humanos qualificados, financiamento e vontade política.

a) A transição epidemiológica nos países em desenvolvimento não inclui a contribuição das doenças genéticas.
b) A medicina genômica não tem impacto nos países em desenvolvimento.
c) Os países em desenvolvimento não enfrentam desafios na implementação da medicina genômica.
d) A genética tem pouca relevância para os países em desenvolvimento.

Essa pergunta também está no material:

Genética Médica na APS
105 pág.

Genética Médica Universidad Catolica De PereiraUniversidad Catolica De Pereira

Respostas

User badge image

Ed Verified user icon

Analisando as alternativas: a) A transição epidemiológica nos países em desenvolvimento não inclui a contribuição das doenças genéticas. - Esta afirmação está incorreta, pois a transição epidemiológica nos países em desenvolvimento inclui sim a contribuição das doenças genéticas. b) A medicina genômica não tem impacto nos países em desenvolvimento. - Esta afirmação está incorreta, pois a medicina genômica tem impacto nos países em desenvolvimento, como mencionado no texto. c) Os países em desenvolvimento não enfrentam desafios na implementação da medicina genômica. - Esta afirmação está incorreta, pois os países em desenvolvimento enfrentam desafios na implementação da medicina genômica, como a falta de recursos humanos qualificados, financiamento e vontade política. d) A genética tem pouca relevância para os países em desenvolvimento. - Esta afirmação está incorreta, pois a genética tem relevância para os países em desenvolvimento, como evidenciado no texto. Portanto, a alternativa correta é: d) A genética tem pouca relevância para os países em desenvolvimento.

0
Dislike0

Responda

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Continue navegando