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55VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 Avaliação da qualidade Ana Maria Fortuna é especialista em genética médica e medicina interna e assistente graduada do Instituto de Genética Médica, Porto. João Amado é professor associado de Saúde Comunitária do Ins- tituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e director da delega- ção do Porto do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Céu Mota é especialista em genética médica e pediatria e assis- tente do Instituto de Genética Médica, Porto Margarida Reis Lima é especialista em genética médica e pedia- tria e assistente graduada do Instituto de Genética Médica, Porto. Maximina Pinto é especialista em genética médica e chefe de serviço do Instituto de Genética Médica, Porto Avaliação da qualidade do Centro de Diagnóstico Pré-Natal do Instituto de Genética Médica/ Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia ANA MARIA FORTUNA JOÃO AMADO CÉU MOTA MARGARIDA REIS LIMA MAXIMINA PINTO É hoje crescente a procura do acompanhamento da gravi- dez e, consequentemente, do diagnóstico pré-natal, quer por motivação dos profissionais, quer dos próprios utentes. À baixa de natalidade verificada nos últimos dez anos em Portugal tem correspondido uma procura gradual e subs- tancialmente maior das consultas de diagnóstico pré-natal, seguidas na maioria das vezes pela realização de métodos invasivos, nomeadamente a amniocentese. Assim, como objectivos do presente estudo, pretende-se avaliar a qualidade do Centro de Diagnóstico Pré-Natal do IGM /CHVNG, usando dois parâmetros: I) avaliar o grau de satisfação das utentes através de um questionário e II) avaliar retrospectivamente a qualidade do serviço pres- tado à população através de uma amostra seleccionada. Introdução Para melhor compreender o conceito de qualidade nos cuidados de saúde tem de se ter em mente o conceito de saúde, que a Organização Mundial de Saúde entende como «um estado completo de bem- estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade» (1978). De facto, as pes- soas, mesmo quando estão com saúde, continuam interessadas e com vontade de participação nas estru- turas de prestação de cuidados de saúde porque se revêem sempre potenciais consumidoras dos mes- mos. A procura dos cuidados de saúde não é, contudo, independente da oferta, ou seja, os profissionais de saúde induzem, em larga medida, a natureza e a quantidade da procura. Porém, essa procura depende também das necessidades sentidas pelo consumidor, do seu meio ambiente, estilo de vida e condições sócio-económicas, de modo que o consumidor nem sempre conhece ou pode avaliar os custos futuros e o valor dos cuidados que vai receber (Costa et al., 1999). A) Perspectivas sobre a qualidade dos serviços de saúde Em 1984, a Sociedade Médica Americana definiu algumas condições específicas que deveriam ser ava- Avaliação da qualidade 56 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA liadas para definir a qualidade: a promoção da saúde e prevenção da doença, o sentido de oportunidade, a participação dos utentes informados, dar atenção à base científica da medicina e o uso eficiente dos meios disponíveis. Uma das definições recentes mais citadas acerca da qualidade considera-a o «grau a partir do qual os serviços de saúde oferecidos aos indivíduos e às populações aumentam a possibilidade de se obte- rem os resultados desejados e estão de acordo com os conhecimentos científicos dos profissionais no momento» (Blumental, 1996). A complexidade e a diversidade destas e muitas outras definições de qualidade podem chegar a con- fundir não só os especialistas, como os médicos que não estão dentro dos problemas técnicos dos deba- tes sobre a qualidade. Donabedian (1988) sugeriu que «várias fórmulas são possíveis e legítimas, dependendo donde se está no sistema de saúde e de qual a natureza e o grau das nossas responsabilida- des». Portanto, diferentes perspectivas e definições de qualidade requerem logicamente diferentes métodos para lidar com a avaliação e a gestão da qualidade. Algumas definições de qualidade colocam a ênfase na perfeição técnica utilizada e nas características das interacções entre profissionais de saúde e utentes. A qualidade técnica dos serviços de saúde tem teori- camente duas dimensões: a aplicabilidade dos servi- ços fornecidos e a competência com que os cuidados adequados são executados. A alta qualidade técnica consiste em «fazer as coisas certas correctamente». Para fazer as coisas certas é necessário que os médi- cos tomem as decisões certas sobre os cuidados de saúde para cada paciente e para o fazer correcta- mente é necessária competência, capacidade de aná- lise e execução na altura certa. A qualidade da interacção entre médico e utente depende de vários elementos: a qualidade da comunicação, a capaci- dade do médico em manter a confiança do utente e a capacidade de tratar o paciente com «interesse, empatia, honestidade, tacto e sensibilidade» (Donabedian, 1988). Os profissionais de saúde sempre reconheceram que satisfazer os utentes é essencial para fornecer um serviço de alta qualidade. Os serviços de saúde têm de responder às preferên- cias e valores dos consumidores dos serviços de saúde, especialmente os utentes individuais, uma vez que a opinião deles é um indicador importante de qualidade — várias definições recentes de quali- dade dos cuidados mencionam que os serviços de- verão ir ao encontro das expectativas dos doentes e outros clientes dos serviços de saúde (Blumental, 1996). B) Medição da qualidade dos serviços de saúde Até há pouco tempo o controlo e o melhoramento da qualidade nos serviços de saúde eram geralmente deixados ao critério profissional de cada médico. Mas esta situação mudou dramaticamente. Tem-se dado conta de que a qualidade dos serviços de saúde tem variado muito mais do que se pensava e a capa- cidade de medir a qualidade dos serviços melhorou consideravelmente, estando os médicos cada vez mais interessados em obter informações objectivas acerca do seu desempenho profissional. Além disso, os utentes querem saber cada vez mais sobre a qua- lidade dos serviços que podem utilizar (Brook, McGlynn e Cleary, 1996). Hoje em dia há métodos sofisticados e eficientes para medir a qualidade, o que pode ajudar os médicos e as instituições a melhorarem a qualidade dos serviços que oferecem. C) Métodos de avaliação da qualidade A qualidade dos serviços de saúde pode ser avaliada com base na estrutura, no método (autores há que o apelidam de «processo», mas que em português se presta a confusão porque não se identifica com o «processo clínico») ou nos resultados. Os dados estruturais são referentes aos médicos e hospitais (por exemplo, a especialidade de um médico ou a quem pertence um hospital). Os dados do método são a resultante das actividades que se desenvolvem entre o médico e o utente (por exemplo, pedido de análises). Os resultados referem-se ao consequente estado de saúde do paciente em termos de trata- mento, cura ou reabilitação, permitindo, assim, medir o êxito e a qualidade dos cuidados de saúde prestados. Quando utilizadas convenientemente, tanto as medi- ções do método como dos resultados podem fornecer informações úteis sobre a qualidade dos serviços. Os resultados da avaliação variam segundo a meto- dologia utilizada. Existem cinco metodologias que podem ser utilizadas para avaliar a qualidade, com base no método, nos resultados ou em ambos. Nas primeiras três metodologias, as seguintes per- guntas terão de ser feitas e respondidas: • O método utilizado era apropriado (primeira metodologia)? • Será que melhores cuidados teriam produzido melhores resultados (segunda metodologia)? • Tendo em consideração tanto o método como os resultados, a qualidade do serviço era aceitável (terceira metodologia)? 57VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 A quarta metodologia avalia os serviços de saúde com o uso de critérios específicos do método (Brook, McGlynn e Cleary, 1996). A quinta metodologia utiliza critérios a priori para determinar se os resultados obtidos estão de acordocom os resultados previstos, com base na evidência científica e na observação clínica (Brook, McGlynn e Cleary, 1996). A avaliação da qualidade deverá depender muito mais dos dados do método do que dos resultados, especialmente quando o sistema é utilizado para comparar cuidados de saúde ou planos de saúde (Brook, McGlynn e Cleary, 1996). D) Satisfação do utente Várias tendências nos serviços de saúde levaram a um maior interesse na avaliação da satisfação do utente. Um dos mitos que envolvem a satisfação dos utentes é o facto de se tratar de uma noção pouco palpável e que não pode ser medida. Mas, na realidade, a ava- liação da satisfação do utente está a tornar-se rapida- mente uma ciência. A origem do mito pode ser em parte devida à natureza subjectiva das classificações de satisfação — captar a perspectiva do utente é intencionalmente mais subjectivo, uma vez que a expressão do sentir será a de descrever uma avalia- ção pessoal dos serviços, que não pode conhecer-se senão através da observação directa (Morgan, 1999). O facto de se considerarem os utentes como elemen- tos participativos nos cuidados de saúde deve-se a eles também serem os melhores juízes para avaliarem determinados aspectos dos cuidados de saúde, como sejam a cortesia na comunicação e as relações inter- pessoais (Vuori, 1991). Sabe-se que a insatisfação dos utentes em relação a uma instituição se relaciona com o tempo de demora de uma consulta ou admissão, com a espera pelos resultados dos exames clínicos, com a informação deficiente e inadequada a todos os níveis e relativa à maioria dos assuntos que interessam ao doente (Morgan, 1999). Será então apropriado fazer perguntas específicas para medir a satisfação através de um questionário (Costa et al., 1999). Um dos problemas que se levan- tam é o de as impressões dos utentes sobre a compe- tência médica e as atitudes técnicas serem grande- mente influenciadas por diferentes qualidades dos médicos, como a cordialidade e as relações com os utentes. De notar, no entanto, que a satisfação do utente pode estar relacionada mais com a organiza- ção dos cuidados do que com a qualidade. Constata-se que, quanto mais específico e mais bem desenhado for o questionário, mais claro é que os utentes não respondem em termos globais e referem aspectos diferentes de um único episódio para um determinado cuidado de saúde prestado. Os questionários deverão ser reprodutíveis e válidos. A reprodutibilidade é a capacidade com que o ques- tionário produz os mesmos resultados em ocasiões diferentes. A validade é o requisito necessário para que o questionário meça o que se pretende aferir. Portanto, os especialistas sugerem que a qualidade do serviço, a comunicação entre o médico (e outros for- necedores de cuidados médicos) e o doente, a aces- sibilidade e a conveniência devem sempre ser incluí- das nas medidas para avaliar a satisfação do utente (Morgan, 1999). Existem razões externas para medir a satisfação do utente. Os utilizadores dos serviços começam a tomar as suas decisões com base no valor, que é uma mis- tura de custos e qualidade. Objectivo dos serviços de saúde organizados é também fornecer bons preços: resultados de qualidade e serviços que utilizam os recursos de modo económico. Para medir a satisfação existem ainda razões internas, que são avaliar e procurar oportunidades para melho- rar a qualidade dos serviços, assim como avaliar a eficácia da organização do ponto de vista do utente. Obviamente, o utente é um dos principais «clientes» dos sistemas de saúde — identificar as necessidades do doente através da compilação sistemática de dados e ir ao encontro das suas expectativas são fac- tores críticos para uma prática de êxito no ambiente actual dos serviços de saúde. Concluindo, num sistema de saúde cada vez mais competitivo, satisfazer os utentes é um requisito fun- damental para o êxito clínico, não só porque se trata de uma fonte importante de informação sob o ponto de vista do utente, como também constitui um método válido para identificar melhorias no processo de saúde em questão (Morgan, 1999). Objectivos O presente estudo, assim enquadrado, teve os seguin- tes objectivos: • Descrever os motivos que levam a utente a recor- rer a este serviço de saúde (Centro de Diagnóstico Pré-Natal do Instituto de Genética Médica/Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia — CDPN do IGM/CHVNG); • Avaliar a qualidade em termos de demora dos resultados; • Avaliar a qualidade dos cuidados de saúde pres- tados em termos da estrutura e da satisfação das utentes. Avaliação da qualidade 58 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA Metodologia A qualidade do CDPN do IGM/CHVNG foi avaliada utilizando dois parâmetros: I) Avaliação da satisfação das utentes Nesta avaliação da qualidade optou-se por realizar um questionário (questionário testado pelo Prof. Pedro Ferreira, Faculdade de Economia de Coimbra, e, após adaptação, utilizado com a devida autorização), preen- chido pela utente que recorreu à consulta de diagnós- tico pré-natal do IGM pelos diversos motivos no período de Dezembro de 1999 a Março de 2000 e a quem foi pedido que respondesse ao referido questio- nário e o enviasse ao IGM, em envelope franquiado. Ponderando uma escolha entre uma entrevista ou um questionário, optou-se por este último, uma vez que não há influência do inquiridor, é anónimo, não despende tempo com a entrevista (pouco dispen- dioso) e não há necessidade de treinar o pessoal que iria efectuar a entrevista (Stamatis, 1996). O questionário pretendeu atingir cinco dimensões de cuidados de saúde, nomeadamente: 1.a A nível técnico-científico: a) Em relação ao médico: • Esclarecimento (pergunta 25b); • Informação quanto ao exame (pergunta 44); • Atitude do médico obstetra quanto à experiên- cia (pergunta 42). b) Em relação à enfermeira: • Considerou o atendimento recebido (pergunta 40b). 2.a A nível de relações humanas a) Em relação ao médico: • Atendimento (pergunta 25a); • Atendimento do médico obstetra (pergunta 41). b) Em relação à enfermeira: • Atendimento (pergunta 40a). 3.a Disponibilidade/eficiência dos cuidados: • Acessibilidade quanto à marcação da consulta (pergunta 9); • Localização do IGM (perguntas 10 a 14). 4.a Percepção global: • Aspectos técnicos (pergunta 34); • Satisfação das necessidades (pergunta 35); • Ajuda e simpatia (pergunta 36); • Sensibilidade para os problemas (pergunta 37); • Coordenação dos cuidados (pergunta 38); • Demora da consulta (pergunta 39). 5.a Resultados: • Qualificação do serviço prestado (pergunta 26); • Em que medida a consulta contribuiu para dimi- nuir a ansiedade (pergunta 45); • Se recomendaria os serviços da consulta do IGM (pergunta 54); • Como «sentiu» o exame efectuado (pergunta 32). Optou-se por seleccionar as questões relativas à qua- lidade no seu sentido global e não as relativas a determinado agente ou serviço. A análise estatística foi efectuada com base nos tes- tes não paramétricos do quiquadrado (χ2) e Kruskal- -Wallis. Foram efectuados gráficos de Pareto, histogramas e diagramas de barras (Stamatis, 1996). O nível de significância considerado foi de 5%. II) Avaliação dos processos clínicos Este parâmetro teve por finalidade avaliar retrospec- tivamente a qualidade prestada à população através de uma amostra seleccionada de maneira sistemática de 10 em 10 processos do CDPN do IGM/CHVNG desde 1994 até 1998, o que perfez um total de 616. Dos processos foram retiradas as seguintes variáveis: • Idade materna; • Motivo da consulta; • Tipo de exame efectuado; • Cariótipo do feto; • Tempo de espera entre a realização e o resultado do exame. A partir de 1998 o CDPN do IGM/CHVNG alterou o limite da idade materna para o acesso ao diagnóstico pré-natal dos 35 para os 37 anos, com excepção das grávidas da área de Vila Nova de Gaia. Resultados I) Avaliação da satisfação das utentes Analisando as características sócio-demográficas das grávidas que responderam ao inquérito do CDPN do 59VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 IGM/CHVNG, apenas 21,1% eramprovenientes da Área Metropolitana do Porto. A idade média das res- pondentes foi de 36,2 anos, desvio-padrão de 5 anos, tendo-se observado uma idade mínima de 15 e máxima de 45 anos. Quanto à situação familiar, 89,4% eram casadas e 3,7% solteiras; as restantes correspondiam às situações de divorciada ou outra. A maioria (64,6%) trabalhava por conta de outrem, sendo 12,4% domésticas. Quanto ao grau de ensino, 6,2% só sabiam ler e escrever, 16,8% tinham o ensino básico e 74,5%, pelo menos, o ensino secun- dário. Relativamente ao rendimento auferido, 14,3% das mulheres não obtinham qualquer rendimento e 13% um rendimento familiar inferior a 80 contos. A percentagem de mulheres que preencheram pela primeira vez um questionário deste tipo foi de 72,7%. Foram devolvidos 161 inquéritos dos 368 entregues às grávidas que recorreram ao IGM. Destas, 52 (32,3%) já tinham frequentado a consulta anteriormente, sendo 106 aconselhadas pelo médico obstetra e 43 pelo médico de família. Estas grávidas tiveram, em média, 1,4 gravidezes anteriores (desvio-padrão = 1,0) e 79,5% só tinham tido um ou nenhum parto anterior. A média de semanas de gestação foi de 15,3, com um desvio-padrão de 2,7 semanas. A razão que mais levou as grávidas a esta consulta foi a idade avançada (112 casos), seguida de proble- mas com a gravidez actual (26), anomalias genéticas na família (16), problemas com gravidez anterior (13) e consanguinidade (2). A marcação das consultas foi fácil de obter para quase todas as grávidas (158). A classificação obtida quanto à forma de chegar à consulta (perguntas 10 a 14) foi a seguinte (Quadro I). Como pode observar-se, a maior insatisfação vai para o estacionamento, em que 52,2% o consideram mau, seguido da sinalização para o hospital, em que 13,6% das utentes a classificam como má. As respostas relativas à admissão (perguntas 15 a 20) estão resumidas no Quadro II. Como pode observar-se, o grau de satisfação foi de regular a excelente (excepção relativa ao tempo de espera, em que 4,3% consideram um tempo de espera exagerado, e à eficiência, em que uma utente a con- sidera má). Quadro I Classificação obtida quanto à chegada à consulta Excelente Muito bom Bom Regular Mau N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Localização 21 (13,0) 20 (12,4) 70 (43,5) 43 (26,7) 3 (1,9) Sinalização 13 (8,1) 21 (13,0) 46 (28,6) 53 (32,9) 22 (13,7) Estacionamento 2 (1,2) 5 (3,1) 16 (9,9) 42 (26,1) 84 (52,2) Sinalização dos serviços 28 (17,4) 39 (24,2) 76 (47,2) 15 (9,3) 1 (0,6) Edifício 31 (19,3) 47 (29,2) 64 (39,8) 17 (10,6) 1 (0,6) Quadro II Classificação obtida quanto à admissão Excelente Muito bom Bom Regular Mau N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Atendimento 55 (34,2) 53 (32,9) 45 (28,0) 7 (4,3) 0 (0,0) Informação 43 (26,7) 55 (34,2) 54 (33,5) 8 (5,0) 0 (0,0) Sala de espera 23 (14,3) 46 (28,6) 74 (46,0) 17 (10,6) 0 (0,0) Tempo de espera 17 (10,6) 34 (21,1) 52 (32,3) 49 (30,4) 7 (4,3) Eficiência no processo de admissão 22 (13,7) 39 (24,2) 73 (45,3) 25 (15,5) 1 (0,6) Condições para acompanhantes 22 (13,7) 50 (31,1) 70 (43,5) 18 (11,2) 0 (0,0) Avaliação da qualidade 60 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA A consulta foi marcada em 61,6% dos casos pela própria e em 26,7% pelo médico. As informações dadas na marcação foram considera- das claras em 95,7% dos inquéritos; 2 grávidas con- sideram-nas confusas e 2 não esclarecedoras. As utentes em 60,2% dos casos foram atendidas à hora marcada (Gráfico 1). O tempo médio que demo- raram a ser atendidas foi de 31 minutos (mínimo = 0 minutos; máximo = 175 minutos) e a sua distribuição é apresentada no Gráfico 1. O tempo médio de permanência no Instituto foi de 136 minutos, com um desvio-padrão de 40,4 minutos, um mínimo de 30 e um máximo de 240 (Gráfico 2). No que diz respeito à admissão, as enfermeiras e administrativas foram consideradas simpáticas por 96,3% e eficientes por 96,9%. De notar, no entanto, que seria desejável introduzir nesta questão um grau intermédio de eficiência. Quanto ao médico, 97,5% consideraram o médico sim- pático e 96,9% o esclarecimento dado por este claro. Gráfico 1 Tempo de espera (em minutos) depois da hora marcada Gráfico 2 Tempo de permanência no Instituto de Genética Médica (em minutos) N 100 80 60 40 20 0 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 Tempo de espera (minutos) N 50 40 30 20 10 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 Tempo (minutos) 61VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 A qualificação do serviço de saúde (pergunta 26) foi boa e muito boa para 90,7% das respondentes (Grá- fico 3). A privacidade (pergunta 27) foi considerada muito boa ou boa em 91,3% dos questionários e em 4,3% regular. Relativamente ao tempo de espera para a consulta depois do registo (pergunta 28), o grau de insatisfa- ção foi de 14,3 % (mau); as restantes opiniões (a maioria) foram sempre regulares ou melhores (bom, muito bom ou excelente). As condições da sala de consulta (pergunta 29) foram consideradas regulares (15,5%) e boas, muito boas ou excelentes (84,5%). Quanto ao equipamento (pergunta 30), à excepção de 9 grávidas que o consideraram regular, todas as outras opiniões são favoráveis. O tipo de exame (pergunta 31) efectuado foi em 142 casos a amniocentese, em 12 casos a ecografia e em 2 a biopsia de vilosidades. Destes exames, os invasi- vos foram considerados não dolorosos ou pouco dolorosos em 82% dos casos e em 15,5% dolorosos. Em relação ao tempo que demorou (pergunta 33) o exame a realizar-se, foi considerado em 88,2% pouco ou nada demorado e em 8,1% demorado (Gráfico 4). Os resultados das perguntas 34 a 39 encontram-se resumidos no Quadro III. Como pode observar-se do Quadro III, 99,4% das grávidas responderam favoravelmente (de regular a excelente) a todas as questões, com excepção da demora da consulta, em que há 3% de não satisfação. Quanto à pergunta sobre a sensibilidade do pessoal em relação aos problemas (em geral) das inquiridas (pergunta 37), os resultados foram de excelente a boa Gráfico 3 Qualificação do serviço prestado Gráfico 4 Resposta à pergunta 33 («tempo que demorou a fazer o exame») N 200 100 0 Bom Muito bom Razoável Sem resposta 100 50 0 N 200 100 0 Não Pouco Demorado Sem Muito demorado demorado resposta demorado 100 50 0 76 71 13 77 65 11 P er ce nt ag em P er ce nt ag em Avaliação da qualidade 62 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA em 87,6% dos casos, em 9,3% regular e má em 0,6%. A enfermeira (pergunta 40) que fez o atendimento foi considerada por 95% das grávidas tanto simpática como eficiente. O médico obstetra (perguntas 41 e 42) que efectuou o exame em 87% dos casos foi considerado simpá- tico e 95,6% das respondentes consideraram o médico experiente. A informação (pergunta 44) dada na consulta sobre o exame foi considerada insuficiente apenas por uma grávida; 17 consideraram-na suficiente (Gráfico 5), e a grande maioria (138) considerou-a esclarecedora. Relativamente aos resultados da consulta (medida em que a consulta contribuiu para diminuir a sua ansie- dade — pergunta 45), 78,3% consideraram-na de excelente a boa, enquanto em 22 mulheres a resposta foi regular e 2 classificaram-na de má. À questão sobre a qualidade da consulta externa (pergunta 46) não responderam 5%. Das que respon- deram, 12 consideraram-na regular e as restantes excelente/muito boa/boa. Quadro III Diversas informações como decorreram os serviços Excelente Muito bom Bom Regular Mau N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Aspectos técnicos 43 (26,7) 52 (32,3) 57 (35,4) 7 (4,3) 0 (0,0) Satisfação das necessidades 32 (19,9) 47 (29,2) 60 (37,3) 14 (8,7) 1 (0,6) Ajuda e simpatia 45 (28,09 44 (27,3) 60 (37,7) 9 (5,6) 1 (0,6) Sensibilidade para os problemas 38 (23,6) 35 (21,79) 59 (36,6) 19 (11,8) 1 (0,6) Coordenação dos cuidados 31 (19,3) 43 (26,7) 60 (37,3) 14 (8,7) 1 (0,6) Demora da consulta 19 (11,8) 42 (26,1) 56 (34,8) 30 (18,6) 5 (3,1) N. B. — De notar que alguns itens não foram respondidos Gráfico 5 Classificação da informação dada na consulta sobre o exame N 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Muito ExcelenteBoa Suficiente Sem Insuficiente boa resposta 100 50 0 55 44 39 17 P er ce nt ag em 63VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 Considerando a pergunta 47, o número médio de dias para receber o resultado do exame foi de 21,1, com um desvio-padrão de 6,1 dias, um mínimo de 2 e um máximo de 40 dias. Quanto à satisfação com o atendimento, (o quê ou quem mais poderia contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento — pergunta 48), as res- postas por ordem decrescente referiram principal- mente os médicos, as instalações e os funcionários (Gráfico 6). A impressão das pessoas amigas acerca da consulta externa (pergunta 49: com quem as grávidas se rela- cionaram) foi mencionada como excelente/muito boa/boa em 75,2% dos casos (Gráfico 7). A impressão com que a grávida ficou desta consulta externa quando comparada com outras que frequen- Gráfico 6 Resultados à pergunta «o quê ou quem poderia contribuir para a melhoria da qualidade» Gráfico 7 Classificação sobre a «impressão das pessoas amigas acerca da consulta de DPN» N 200 100 0 100 50 0 Se m r es po st a M éd ic os In st al aç õe s Fu nc io ná ri os E qu ip am en to M éd ic os /e nf er m . M éd ic os /in st al aç õe s Fu nc io ná ri os /i ns ta l. E qu ip am en to /i ns ta l. M éd ic os /f un c. /in st al . M éd ic os /f un c. /e qu ip . Boa Muito Sem Excelente Razoável boa resposta 127 15 N 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 100 50 0 53 43 30 25 10 P er ce nt ag em P er ce nt ag em Avaliação da qualidade 64 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA tou (pergunta 50) foi em 56,5% considerada muito melhor e em 27,3% ligeiramente melhor. No Gráfico 8 estão registadas as impressões gerais relativamente ao CDPN do IGM/CHVNG, em que apenas 17 a fizeram equivaler às outras consultas, evidenciando um resultado muito positivo, como pode verificar-se no mesmo gráfico. Quando inquiridas sobre se voltariam a esta con- sulta (pergunta 51) caso necessitassem, 98,8% disseram que sim, ou provavelmente que sim, e 97,5% recomendá-la-iam a familiares ou amigos (pergunta 53). Quanto à percepção da sua saúde (perg. 54), as grá- vidas referiram-na de boa a óptima em 82,6%, 14,9% consideraram-na razoável e 1,2% fraca. Relações entre as diferentes variáveis • A impressão com que a grávida ficou da consulta (quando comparada com consultas noutros locais) não está relacionada com o facto de ter consi- derado o exame doloroso ou não (χ2 [ 3 ] = 0,80; p = 0,85), bem como com a percepção que a grá- vida tem da sua saúde (χ2 [ 4 ] =1,36; p = 0,85) e com o facto de ter sido ou não atendida à hora marcada, ((χ2 [ 2 ] = 3,21; p = 0,20). • O mesmo não acontece com a questão sobre se recomendaria os serviços desta consulta a fami- liares ou amigos (χ2 [ 2 ] = 8,52; p = 0,03), quando relacionada com as variáveis acima con- sideradas. • Quando relacionada a variável recomendaria os serviços da consulta externa a familiares com como achou o exame, das 128 que não o conside- raram doloroso, 122 (95,3%) recomendariam a consulta a familiares, enquanto, das 25 que o con- sideraram doloroso, só 19 a recomendariam (76%) (χ2 [ 1 ] = 10,79; p = 0,001). • Quando relacionada a pergunta se a grávida vol- taria, das 128 que não o consideraram doloroso, 121 (94,5%) afirmaram que voltariam, enquanto, das 25 que o consideraram doloroso, só 19 dizem o mesmo (76%) (χ2 [ 3 ] = 10,39; p = 0,02). • A impressão com que ficaram da consulta foi ainda relacionada com o rendimento do agregado familiar (χ2 [ 2 ] = 2,54; p = 0,28), com o rendi- mento próprio (χ2 [ 6 ] = 4,17; p = 0,65), com a situação familiar (χ2 [ 3 ] = 2,07; p = 0,56) e com a situação profissional (χ2 [ 2 ] = 0,34; p = 0,84). Como pode observar-se, não se verifica uma rela- ção entre a impressão sentida e as diferentes variáveis sócio-económicas. • A percepção da sua saúde foi relacionada com a situação profissional (χ2 = 9,35; p = 0,31), com o grau de ensino (χ2 = 19,65; p = 0,24) e com o rendimento familiar (χ2 = 7,95; p = 0,44). • Foi também questionado se a qualificação atri- buída pelas grávidas ao serviço prestado depen- dia da percepção da sua saúde: verificou-se Gráfico 8 Impressão da consulta (comparada com outras consultas que fez noutros locais) N 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Muito Ligeira/ Igual Sem Ligeira/ melhor melhor resposta pior 100 50 0 91 44 17 8 P er ce nt ag em 65VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 existir uma relação directa (χ2 [ 4 ] = 15,63; p = 0,004). • Como variáveis que considerámos tradutoras da qualidade do serviço prestado, seleccionámos as seguintes: — Variável 26: qualificação/classificação do ser- viço de saúde prestado; — Variável 44: classificação da informação pres- tada na consulta; — Variável 45: resultados da consulta (medida em que a consulta contribuiu para diminuir a ansiedade); — Variável 46: qualidade da consulta externa; — Variável 50: impressão com que ficou desta consulta comparada com outras; — Variável 51: voltaria a este Instituto; — Variável 53: recomendaria os serviços da con- sulta externa deste Instituto. A variável 26 está muito correlacionada com todas as outras (correlação de Spearman) (Quadro IV). Assim sendo, é indiferente traduzir a qualidade pela variável 26 ou por qualquer outra das mencionadas. Realizado o teste de independência do quiquadrado entre a qualificação e a impressão, sem considerar a única resposta de ligeiramente pior, obtivemos um χ2 [4] = 9,17; p = 0,05. • A idade não influenciou a qualificação atribuída ao serviço prestado em razoável, bom e muito bom (teste de Kruskal-Wallis; p = 0,34). Quadro IV Correlações ordinais de Spearman e respectivas significâncias Variável 26 Correlação Variável 44 0,37 (p < 0,001) Variável 45 0,34 (p < 0,001) Variável 46 0,42 (p < 0,001) Variável 50 —0,19 (p = 0,02) Variável 51 —0,27 (p < 0,001) Variável 53 —0,24 (p < 0,002) Gráfico 9 Relação entre a qualificação do serviço e a classificação da informação χ2 [8] = 30,94; p < 0,001 50 40 30 20 10 0 P er ce nt ag em Insuficiente Suficiente Boa Muito boa Excelente Classificação da informação dada na consulta Qualificação Razoável Bom Muito bom Avaliação da qualidade 66 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA Gráfico 10 Relação entre a classificação do serviço e a diminuição da ansiedade χ2 [10] = 28,73; p < 0,001 Gráfico 11 Relação entre a classificação dos serviços e a qualidade da consulta externa χ2 [8] = 54,85; p < 0,001 50 40 30 20 10 0 P er ce nt ag em Qualificação Razoável Bom Muito bom Mau Regular Bom Muito bom Excelente 70 60 50 40 30 20 10 0 P er ce nt ag em Qualificação Razoável Bom Muito bom Regular Bom Muito bom Excelente Qualidade da consulta Diminuição da ansiedade 67VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 Gráfico 12 Relação entre a classificação da consulta e a impressão com que ficou desta consulta (quando comparada com outras que frequentou) χ2 [6] = 10,44; p = 0,11 Gráfico 13 Relação entre a classificação da consulta e a intenção de voltar χ2 [4] = 22,70; p < 0,001 70 60 50 40 30 20 10 0 P er ce nt ag em Qualificação Razoável Bom Muito bom Muito melhor Ligeiramente Igual Ligeiramente melhor pior Impressão da consulta 120 100 80 60 40 20 0 P er ce nt ag em Sim Provavelmente sim Provavelmente não Voltaria a nova consulta Qualificação Razoável Bom Muito bom Avaliação da qualidade 68 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA • O tempo de permanência e o tempo que esperou pelo resultado do exame também não influenciaram a grávida na qualificação atribuída ao serviço pres- tado (teste de Kruskal Wallis; p = 0,28 e p = 0,30 respectivamente). • O tempo de espera depois da hora marcada foi menor nas que consideraram o serviço pres- tado bom/muito bom, como pode ver-se pelo Grá- fico 15 (teste Kruskal Wallis; p = 0,02). Gráfico 14 Relação entre a classificação da consulta e a sua recomendaçãoχ2 [6] = 29,08; p < 0,001 Gráfico 15 Tempo de espera depois da hora marcada (min.) relacionado com a classificação da consulta 100 80 60 40 20 0 P er ce nt ag em Qualificação Razoável Bom Muito bom Sim Provavelmente sim Provavelmente não Recomendaria a consulta 300 250 200 150 100 50 0 T em po d e es pe ra Razoável Bom Muito bom 69VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 • Analisadas as diferentes relações, a qualificação atribuída aos serviços não está relacionada com a situação familiar (χ2 [ 2 ] = 1,26; p = 0,53), profis- sional (χ2 [ 4 ] = 3,59; p = 0,46), grau de ensino (χ2 [ 4 ] = 4,04; p = 0,40) nem com o rendimento (χ2 [ 4 ] = 3,77; p = 0,44). Os resultados deverão ser interpretados com precau- ção, atendendo ao número reduzido de insatisfeitos nas diferentes questões. II — Avaliação dos processos clínicos Foram revistos os 616 processos relativos a consultas de DPN efectuadas entre 1994 e 1998. A sua distribuição foi a seguinte: 1994, 115; 1995, 112; 1996, 134; 1997, 151; 1998, 104 — teste do χ2 [ 4 ] = 14,74; p = 0,005 (Grá- fico 16), de acordo com os critérios já mencionados. Os motivos que levaram à procura da consulta, embora variados, relacionam-se em 75,2% com a idade materna avançada e encontram-se discriminados no Gráfico 17. Gráfico 16 Distribuição das grávidas que recorreram ao CDPN do IGM/CHVNG (1994-1998) Gráfico 17 Motivos que levaram à procura da consulta de DPN N 160 150 140 130 120 110 100 90 1994 1995 1996 1997 1998 Se m r es po st a Id ad e av an ça da D T N A nt . an om al ia s cr om . Pa i po rt . an . cr om . D oe nç a li ga da a o X D oe nç a m et ab ól ic a A no m al ia e co gr áf ic a M ar ca do r ec og rá fi co A ns ie da de m at er na A nt . d. g en . c/ D PN M ed ic aç ão g ra vi de z R ad ia çõ es g ra vi de z O ut ro s 80 60 40 20 0 P er ce nt ag em Avaliação da qualidade 70 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA A idade média das grávidas que recorreram ao CDPN do IGM /CHVNG durante este período foi de 35,6 anos, havendo um desvio-padrão de 5,0 anos (Gráfico 18). Comparou-se a idade das grávidas nos diversos anos de registo e verificou-se que as idades eram seme- lhantes (teste de Kruskal Wallis; p = 0,92). Quando efectuada a mesma análise no grupo das mulheres com idade avançada, constatamos que a idade era diferente (teste de Kruskal Wallis; p = 0,03), em que 50% delas tinham 37 anos nas datas de 1994, 1995 e 1997 e 38 anos em 1996 e 1998 (Gráfico 19). Analisando o tempo em dias que demorou a conhecer o resultado, verificou-se uma diminuição de 29 dias Gráfico 18 Idade média das grávidas Gráfico 19 Idade das grávidas que recorreram ao CDPN do IGM/CHVNG por idade materna avançada 200 150 100 50 0 N úm er o de g rá vi da s 18 20 23 25 28 30 33 35 38 40 43 45 48 50 45 40 35 30 Id ad e 1994 1995 1996 1997 1998 71VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 de mediana para 21 dias, ou seja, uma diminuição de uma semana (Gráfico 20). O exame efectuado em 81,9% das grávidas foi a amniocentese. O tipo de exame (amniocentese versus cordocentese e biopsia de vilosidades coriónicas) foi em número semelhante nos diferentes anos (χ2 [4] = 6,09; p = 0,19). As idades das mulheres que foram sujeitas a amniocentese é superior à das outras que recorreram ao Instituto (teste de Mann-Whitney; p < 0,001). Os resultados foram normais em 96,9% dos casos (Gráfico 21). Os resultados dos exames são semelhantes nos dife- rentes anos de registo (χ2 [ 8 ] = 8,60; p = 0,38). Gráfico 20 Tempo de espera do resultado do exame das mulheres que recorreram ao IGMJM por idade avançada Gráfico 21 Percentagem dos resultados dos exames pré-natais 1994 1995 1996 1997 1998 60 50 40 30 20 10 T em po d e es pe ra ( di as ) Normal 96,6% Outros 1,8% Trissomia 18 0,2% Trissomia 21 1,2% Avaliação da qualidade 72 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA • A análise da variável tempo de espera pelos resulta- dos revela-nos uma diminuição deste ao longo dos anos, o que nos permite concluir que há um aumento da eficiência e qualidade do serviço do laboratório. • O tempo de gestação da grávida (média = 15,3; desvio-padrão = 2,7 semanas) e o tempo do resul- tado da amniocentese (21 dias calculados nesta amostra) são resultados importantes para que a grávida possa tomar as medidas adequadas para uma eventual interrupção médica da gravidez. Discussão e conclusões Os resultados relativos ao questionário foram apresen- tados apenas de uma forma estática, isto é, não con- templando o decurso temporal do mesmo, que decor- reu ao longo de quatro meses; do mesmo não constava qualquer informação sobre a data em que foi efectuada a consulta com a finalidade de não intimidar as res- pondentes (possível reconhecimento da inquirida). Foi impossível efectuar uma análise dinâmica, propondo- se que se façam novas avaliações durante os próximos anos. Uma análise dinâmica dar-nos-ia a possibilidade de detectar causas especiais de variações e questionar sobre determinados aspectos não comuns do processo (Carey e Lloyd, 1995). Quanto à pergunta 45, apesar de o pré-teste não o reve- lar, a mesma não se tornou suficientemente perceptível por 6,8% das mulheres; o que se pretendia com esta questão era saber se a consulta teria diminuído a preo- cupação da grávida segundo o motivo pelo qual recor- reu ao Instituto. Pensamos que esta pergunta num futuro questionário deverá ser reformulada. De um modo geral, e considerando que as respostas tradutoras da qualidade ultrapassam os 90%, pode- mos afirmar que o CDPN do IGM/CHVNG presta um atendimento de qualidade no que diz respeito à consulta de DPN. A reforçar, verifica-se ainda que o serviço foi considerado bom a muito bom em 90,7% das grávidas inquiridas. As características ambientais e organizativas dos servi- ços podem também ter sido um factor que influenciou a satisfação das utentes. Certos autores referem mesmo que há uma correlação positiva entre a satisfação e a acessibilidade dos cuidados. Por exemplo, quando a utente aguarda muito tempo para ser atendida na con- sulta, vai-se gerando um maior grau de insatisfação. Existem, no entanto, alguns aspectos que necessitam de ser melhorados: • 1.o Estacionamento — 52,2% das inquiridas con- sideram-no mau, dada, provavelmente, a localiza- ção do edifício. Sugere-se que sejam contempladas alternativas camarárias às utentes que se dirigem ao Instituto, nomeadamente em parques vizinhos. • 2.o Sinalização — pensamos que o recurso a algu- mas medidas pouco dispendiosas (como placas identificadoras da localização do Instituto nas principais vias de acesso) poderia diminuir a per- centagem (13,6%) das inquiridas que consideram que o IGM tem uma má sinalização. Relativamente a estes factores, a investigação tem demonstrado que estes factores (estacionamento, sinalização) são de primordial importância na satisfação da utente. Mesmo que os serviços sejam excelentes, o doente que não pode ter acesso facilmente irá a outro lado (Morgan, 1999). Como ambiente físico (sala de espera e consultório médico) onde foram prestados os cui- dados de saúde, o resultado foi muito satisfatório (atmosfera agradável). • 3.o Tempo total de permanência no IGM — o esforço de que uma utente necessitou para marcar uma consulta foi muito satisfatório, uma vez que a quase totalidade (158) a marcou com facilidade (Morgan, 1999). O tempo total de permanência no IGM poderia diminuir se se interferisse sobre o tempo de espera na admissão para registar o processo clínico (con- siderado exagerado por 4,3% das inquiridas) e/ou sobre o tempo de espera para atendimento na con- sulta, tendo sido este, em média, de meia hora. Embora a grande maioria tenha sido atendida à hora marcada, seria necessário averiguar quais os factores que estão a condicionar a insatisfação decorrente. Pensamos que uma intervenção sim- ples, nomeadamente quanto a uma melhor progra- mação do atendimento iniciale a uma melhor coordenação entre os diversos serviços, melhoraria de um modo importante o tempo de espera. Os aspectos como a dor sentida e a impressão com que ficou da consulta condicionaram a recomendação desta consulta, bem como a intenção da grávida de voltar, caso necessite. A qualificação atribuída foi também um resultado que se revelou estar relacionado com a percepção da saúde individual, o que poderá estar dependente tam- bém do perfil psicológico. As grávidas consideraram simpáticas as administra- tivas (96,3%), as enfermeiras (95%) e o médico que lhes fez a consulta (97,5%). O factor «comunicação», apontado por muitos investigadores como indicador de qualidade, no nosso questionário teve um resul- tado bom (Morgan, 1999). 73VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 Relativamente à informação e aos esclarecimentos dados pelo médico geneticista, 96,9% das grávidas inquiridas consideraram-nos claros e eficientes; em relação ao médico obstetra que efectuou o exame, 95,6% consideraram-no experiente. Quanto à qualidade, verifica-se que, por um lado, ela aumenta quando o resultado médico aumenta e, por outro, que ela depende da maneira como esse resul- tado é sentido pelo doente (Vuori e Roger, 1991). Assim, a qualidade tem dois aspectos — qualidade da acção e qualidade da percepção (Vuori, 1991). No presente estudo verificou-se também que a boa per- cepção sentida determinou a satisfação das grávidas. No processo em que decorreram os cuidados, para além das competências técnicas e científicas (que serão difíceis de avaliar pela utente), a comunicação, a relação de ajuda e a humanização foram os aspec- tos que mais influenciaram a satisfação das utentes. Quanto à análise dos registos anuais (1994-1998), verificámos que, para a amniocentese, o tempo veri- ficado para dar o resultado cumpre o objectivo: a «demora» permite que a grávida possa tomar as medidas necessárias para uma eventual interrupção médica da gravidez. No nosso entender, o CDPN do Instituto de Genética Médica/CHVNG apresenta parâmetros de avaliação que o colocam como um serviço com garantia de qualidade. Bibliografia BLUMENTAL, D. — Quality of health care — Part 1 : Quality of care : what is it? The New England Journal of Medicine, 335 (1996) 891-894. BROOK, R. H.; McGLYNN, E. A.; CLEARY, P. D. — Quality of health care — Part 2 : Measuring quality of care. The New England Journal of Medicine, 335 (1996) 1328-1331. CAREY, R. G.; LLOYD, R. C. — Measuring quality improvement in health care : a guide to statistical process control applications. New York : Quality Resources, 1995. COSTA, D., et al. — Avaliação do grau de satisfação do doente internado em relação à prestação dos cuidados de saúde nos ser- viços hospitalares. Porto : ICBAS, 1999 Trabalho elaborado no âmbito da disciplina de Administração Pública do mestrado em Saúde Pública do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto. DONEBEDIAN, A. — The quality of care : how can it be assessed? Journal of the American Medical Association, 260 (1988) 1743-1748. GLIKLICH, R. E. — Outcomes incentives and strategies for medical pratice. In ISENBERG, S. F., GLIKLICH, R. E., eds. — Profiting from quality : outcomes strategies for medical practice. San Francisco : Jossey-Bass Publishers, 1999. Chapter 10. MORGAN, M. — Patient satisfaction. In ISENBERG, S. F., GLIKLICH, R. E., eds. — Profiting from quality : outcomes strategies for medical practice. San Francisco : Jossey-Bass Publishers, 1999. Chapter 6. REINHART, V. E., CHENG, M. T. — The quality of health care. In ISENBERG, S. F., GLIKLICH, R. E., eds. — Profiting from quality : outcomes strategies for medical practice. San Francisco : Jossey- -Bass Publishers, 1999. Chapter 1. STAMATIS, D. H. — Total quality management in health care : from theory to execution. New York : McGraw-Hill, 1996. VUORI, H. — Patient satisfaction — does it matter? Quality Assurance in Health Care, 3 : 3 (1991) 183-189. VUORI, H.; ROGER, F. — Issues in quality assurance : the European scene. Quality Assurance in Health Care, 1 : 2/3 (1991) 125-135. Summary QUALITY EVALUATION OF IGM/CHVNGAIA CENTRE FOR PRE-NATAL DIAGNOSTIC (CPD) Nowadays, demand for medical support during pregnancy is increasing, and, as a consequence, so is demand for pre-natal diagnostic, both requested by professionals and by patients themselves. The lower birth rate in Portugal over the last 10 years has gone hand in hand with a gradual and increasingly larger demand for pre-natal diagnostic, followed, most of the time, by invasive methods, namely amniocentesis. Therefore, the objective of the present study was to evaluate the quality of the IGM/CHVNG CPD using two parameters: I) evaluate patient satisfaction by means of a questionnaire and II) retrospectively evaluate the quality of the service offered to the population, by means of a selected sample. Avaliação da qualidade 74 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA Anexo 1 Questionário aos utentes da consulta do Centro de Diagnóstico Pré-Natal do IGM (facultativo e anónimo) Minha Senhora: Estamos muito interessados em saber a sua opinião sobre o atendimento que teve no Centro de Diagnóstico Pré-Natal do Instituto de Genética Médica para que possamos avaliar melhor as necessidades dos utentes e as modificações que gostariam de ver efectuadas. Não hesite em expressar as suas opiniões. Pedimos-lhe o favor de colaborar connosco. Agradecemos que o preencha e remeta no envelope, já com selo, que lhe entregamos. A Direcção do CDPN e Unidade de Consulta Nota: Inquérito a ser preenchido pela senhora grávida, podendo ter a colaboração de acompanhante. DADOS SOBRE A SUA CONSULTA 1. Já alguma vez recorreu a este Instituto? ❒ 1 Sim ❒ 2 Não Em que ano? ___________________ 2. Quem é que lhe indicou/aconselhou os serviços deste Instituto? ❒ 1 Médico de família/clínico geral ❒ 2 Escolha própria ❒ 3 Indicação de familiares ou amigos ❒ 4 Médico obstetra ❒ 5 Outro (especifique) _______________________________ 3. Quanto tempo permaneceu no Instituto nesta última vinda? ____h ___ min. 4. Quantas gravidezes teve anteriormente? __________ 5. Qual o número de partos anteriores? __________ 6. Em que semana de gestação se encontra? __________ 7. Já tinha decidido vir a esta consulta antes de engravidar? ❒ 1 Sim ❒ 2 Não 8. Qual o motivo que a levou a vir a esta consulta? ❒ 1 Idade avançada ❒ 2 Filho ou familiares com problemas genéticos ❒ 3 Problemas com gravidez anterior ❒ 4 Consanguinidade (primos) ❒ 5 Problemas com gravidez actual — Qual? ___________________________ ❒ 6 Outro. Qual? ___________________________________________ 9. Conseguiu a marcação da consulta com facilidade? ❒ 1 Sim ❒ 2 Não Porquê? ________________________________ 75VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 Ao chegar à consulta Excelente Muito bom Bom Regular Mau Não se aplica 10. Localização (local do hospital) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 11. Sinalização para o hospital (facilidade com que se dirigiu ao hospital) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 12. Estacionamento (lugares disponíveis e sua localização) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 13. Sinalização dos serviços (facilidade de se orientar dentro do Instituto) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 14. Edifício (a sua opinião sobre o edifício onde o Instituto está instalado) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 Admissão Excelente Muito bom Bom Regular Mau Não se aplica 15. Forma de atendimento (cortesia, respeito e gentileza do pessoal administrativo) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 16. Informação (clareza e explicações dadas pelo pessoal administrativo) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 17. Sala de espera (conforto e aspecto geral da sala onde esperou para ser atendida) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 18. Tempo de espera (tempo de espera para registar a sua chegada) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 19. Eficiência do processo de admissão (facilidade em conseguir abrir o processo, incluindo o tempo que demorou) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 20. Condições para os acompanhantes(local de espera e instalações) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 21. Quem fez a marcação desta sua consulta? ❒ 1 Eu própria ❒ 2 Médico ❒ 3 Administrativo ❒ 4 Familiar ou amigo 22. Como considerou as informações que lhe foram dadas na altura da marcação? ❒ 1 Claras ❒ 2 Confusas ❒ 3 Não esclarecedoras 23. Foi atendida à hora marcada na recepção? ❒ 1 Sim ❒ 2 Não Quanto tempo é que esperou? _________________ 24. a) Em relação à funcionária administrativa que a atendeu, considera-a: ❒ 1 Simpática ❒ 2 Antipática ❒ 3 Indiferente Avaliação da qualidade 76 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA b) Considera o atendimento da funcionária administrativa: ❒ 1 Eficiente ❒ 2 Incompetente ❒ 3 Desorganizada 25. a) Em relação ao médico que a atendeu na consulta, considera-o: ❒ 1 Simpático ❒ 2 Antipático ❒ 3 Indiferente b) Considera o esclarecimento do médico na consulta: ❒ 1 Claro ❒ 2 Confuso ❒ 3 Não esclarecedor 26. Qualifica o serviço de saúde que lhe foi prestado como: ❒ 1 Mau ❒ 2 Medíocre ❒ 3 Razoável ❒ 4 Bom ❒ 5 Muito bom Área específica da consulta Excelente Muito bom Bom Regular Mau Não se aplica 27. Privacidade (como foi assegurada a a sua privacidade) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 28. Tempo de espera (tempo de espera para a consulta depois do registo) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 29. Condições da sala de consulta (conforto e aspecto geral do local onde se realizou a sua consulta) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 30. Equipamento (forma como o equipamento lhe pareceu estar actualizado e em funcionamento) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 Cuidados prestados 31. Que tipo de exame fez? ❒ 1 Amniocentese ❒ 2 Biopsia das vilosidades ❒ 3 Cordocentese ❒ 4 Outro. Qual? ________________________ 32. Como considerou o exame? ❒ 1 Não doloroso ❒ 2 Pouco doloroso ❒ 3 Doloroso ❒ 4 Muito doloroso 77VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 33. Relativamente ao tempo, considera o exame que fez: ❒ 1 Não demorado ❒ 2 Pouco demorado ❒ 3 Demorado ❒ 4 Muito demorado Excelente Muito bom Bom Regular Mau Não se aplica 34. Aspectos técnicos (forma como os serviços lhe foram prestados pela equipa que a atendeu) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 35. Satisfação das suas necessiaddes (disponibilidade e preocupação das equipas de saúde em satisfazerem as suas necessidades) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 36. Ajuda e simpatia (capacidade do pessoal de a fazer sentir-se confiante e segura) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 37. Sensibilidade para os problemas (sensibilidade pessoal em relação aos seus problemas e preocupações) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 38. Coordenação dos cuidados (trabalho de equipa entre os profissionais de saúde do departamento da consulta externa) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 39. Demora da consulta (tempo que demorou na consulta) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 40. a) Em relação à enfermeira que a atendeu, considera-a: ❒ 1 Simpática ❒ 2 Antipática ❒ 3 Indiferente 40. b) Considera o atendimento da enfermeira: ❒ 1 Eficiente ❒ 2 Incompetente ❒ 3 Desorganizada 41. Em relação ao médico obstetra que lhe fez o exame, considera-o: ❒ 1 Simpático ❒ 2 Antipático ❒ 3 Indiferente 42. Quanto à atitude do médico que lhe fez o exame, pareceu-lhe: ❒ 1 Com experiência ❒ 2 Sem experiência Informação Excelente Muito bom Bom Regular Mau Não se aplica 43. Facilidade em obter informações (preocupação do pessoal em responder às suas perguntas) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 Avaliação da qualidade 78 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA 44. Como classifica a informação que lhe foi dada na consulta sobre o exame (suas vantagens e desvantagens): ❒ 1 Insuficiente ❒ 2 Suficiente ❒ 3 Boa ❒ 4 Muito boa ❒ 5 Excelente Opinião geral Excelente Muito bom Bom Regular Mau Não se aplica 45. Os resultados da consulta (medida em que a consulta contribuiu para diminuir a sua ansiedade) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 46. Qualidade da consulta externa (qualidade geral dos serviços médicos e administrativos) ❒ 5 ❒ 4 ❒ 3 ❒ 2 ❒ 1 ❒ 6 47. Daqui a quantos dias o seu médico receberá o resultado do exame? _________ dias. ❒ 1 Não sei 48. Caso não esteja satisfeita com o atendimento, quem considera que poderia contribuir para a melhoria da qualidade do mesmo? ❒ 1 Médicos ❒ 2 Funcionários ❒ 3 Enfermeiros ❒ 4 Equipamento ❒ 5 Instalações 49. Que impressão considera terem as pessoas das suas relações acerca da consulta externa deste Instituto: ❒ 1 Excelente ❒ 2 Muito boa ❒ 3 Boa ❒ 4 Razoável ❒ 5 Má 50. Após esta consulta, diria que a impressão com que ficou da consulta externa é (comparando com consultas que fez noutros locais): ❒ 1 Muito melhor ❒ 2 Ligeiramente melhor ❒ 3 A mesma coisa ❒ 4 Ligeiramente pior ❒ 5 Muito pior 51. Voltaria a este Instituto caso precisasse de nova consulta? ❒ 1 Claro que sim ❒ 2 Provavelmente sim ❒ 3 Provavelmente não ❒ 4 Claro que não 52. Indique as razões por que voltaria ou não a este Instituto (por favor, responda com sinceridade). ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ 79VOL. 19, N.o 2 — JULHO/DEZEMBRO 2001 53. Recomendaria os serviços da consulta externa deste Instituto a familiares ou amigos caso necessitassem de cuidados? ❒ 1 Claro que sim ❒ 2 Provavelmente sim ❒ 3 Provavelmente não ❒ 4 Claro que não 54. Em geral, diria que a sua saúde é: ❒ 1 Óptima ❒ 2 Muito boa ❒ 3 Boa ❒ 4 Razoável ❒ 5 Fraca Por fim, agredecíamos que nos fornecesse alguns dados a seu respeito, apenas para fins estatísticos, mantendo o anonimato. 55. Qual o seu local de residência? Código postal _____________ Localidade ______________________ 56. Qual a sua data de nascimento? dia _____ mês _______________ ano _________ 57. Qual é a sua situação familiar? ❒ 1 Casada ❒ 2 Solteira ❒ 3 Viúva ❒ 4 Divorciada ❒ 5 Separada ❒ 6 Outra ______________________________ 58. Qual é a sua situação profissional? ❒ 1 Trabalhadora por conta de outrem ❒ 2 Trabalhadora familiar não remunerada ❒ 3 Patroa ❒ 4 Trabalhadora por conta própria ❒ 5 Desempregada ❒ 6 Estudante ❒ 7 Doméstica ❒ 8 Reformada (profissão quando no activo ________________________) ❒ 9 Inválida ❒ 10 Outra condição não especificada. Qual? _________________________ 59. Que grau de ensino é que completou? ❒ 1 Não sabe ler nem escrever ❒ 2 Sabe ler e escrever ❒ 3 Ensino básico ❒ 4 Ensino secundário ❒ 5 Ensino médio ❒ 6 Ensino superior 60. Qual é, aproximadamente, o seu rendimento pessoal mensal médio, depois dos descontos? ❒ 1 Sem rendimento ❒ 2 Até 50 contos mensais ❒ 3 De 50 a 80 contos mensais ❒ 4 De 80 a 150 contos mensis ❒ 5 De 150 a 300 contos mensais ❒ 6 De 300 a 500 contos mensais ❒ 7 Mais de 500 contos mensais Avaliação da qualidade 80 REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA 61. E o do seu agregado familiar completo (caso não viva sozinha)? ❒ 1 Até 50 contos mensais ❒ 2 De 50 a 80 contos mensais ❒ 3 De 80 a 150 contos mensais ❒ 4 De 150 a 300 contos mensais ❒ 5 De 300 a 500 contos mensais ❒ 6 Mais de 500 contos mensais 62. É funcionária deste Instituto? ❒ 1 Sim ❒ 2 Não 63. Alguém da sua família é funcionário deste Instituto? ❒ 1 Sim ❒ 2 Não 64. Quem preencheu este questionário? ❒ 1 A própria ❒ 2 A própria com auxílio ❒ 3 Outra pessoa. Quem? _________________________________ 65. É a primeira vez que preenche um inquérito deste género? ❒ 1 Sim ❒ 2 Não 66. Considerou o preenchimento deste questionário: ❒ 1 Muito fácil ❒ 2 Fácil ❒ 3 Difícil ❒ 4 Muito difícil 67. Que sugestões apresenta para o melhorar? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ Muito obrigado pelo tempo e apoio dispensados ao preencher este questionário. Por favor, verifique se respondeu a todas as perguntas. De seguida,coloque o questionário no sobrecrito enviado e coloque-o no correio. << /ASCII85EncodePages false /AllowTransparency false /AutoPositionEPSFiles true /AutoRotatePages /None /Binding /Left /CalGrayProfile (Dot Gain 20%) /CalRGBProfile (sRGB IEC61966-2.1) /CalCMYKProfile (U.S. Web Coated \050SWOP\051 v2) /sRGBProfile (sRGB IEC61966-2.1) /CannotEmbedFontPolicy /Error /CompatibilityLevel 1.4 /CompressObjects /Tags /CompressPages true /ConvertImagesToIndexed true /PassThroughJPEGImages true /CreateJDFFile false /CreateJobTicket false /DefaultRenderingIntent /Default /DetectBlends true /ColorConversionStrategy /LeaveColorUnchanged /DoThumbnails false /EmbedAllFonts true /EmbedJobOptions true /DSCReportingLevel 0 /EmitDSCWarnings false /EndPage -1 /ImageMemory 1048576 /LockDistillerParams false /MaxSubsetPct 100 /Optimize true /OPM 1 /ParseDSCComments true /ParseDSCCommentsForDocInfo true /PreserveCopyPage true /PreserveEPSInfo true /PreserveHalftoneInfo false /PreserveOPIComments false /PreserveOverprintSettings true /StartPage 1 /SubsetFonts true /TransferFunctionInfo /Apply /UCRandBGInfo /Preserve /UsePrologue false /ColorSettingsFile () /AlwaysEmbed [ true ] /NeverEmbed [ true ] /AntiAliasColorImages false /DownsampleColorImages true /ColorImageDownsampleType /Bicubic /ColorImageResolution 300 /ColorImageDepth -1 /ColorImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeColorImages true /ColorImageFilter /DCTEncode /AutoFilterColorImages true /ColorImageAutoFilterStrategy /JPEG /ColorACSImageDict << /QFactor 0.15 /HSamples [1 1 1 1] /VSamples [1 1 1 1] >> /ColorImageDict << /QFactor 0.15 /HSamples [1 1 1 1] /VSamples [1 1 1 1] >> /JPEG2000ColorACSImageDict << /TileWidth 256 /TileHeight 256 /Quality 30 >> /JPEG2000ColorImageDict << /TileWidth 256 /TileHeight 256 /Quality 30 >> /AntiAliasGrayImages false /DownsampleGrayImages true /GrayImageDownsampleType /Bicubic /GrayImageResolution 300 /GrayImageDepth -1 /GrayImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeGrayImages true /GrayImageFilter /DCTEncode /AutoFilterGrayImages true /GrayImageAutoFilterStrategy /JPEG /GrayACSImageDict << /QFactor 0.15 /HSamples [1 1 1 1] /VSamples [1 1 1 1] >> /GrayImageDict << /QFactor 0.15 /HSamples [1 1 1 1] /VSamples [1 1 1 1] >> /JPEG2000GrayACSImageDict << /TileWidth 256 /TileHeight 256 /Quality 30 >> /JPEG2000GrayImageDict << /TileWidth 256 /TileHeight 256 /Quality 30 >> /AntiAliasMonoImages false /DownsampleMonoImages true /MonoImageDownsampleType /Bicubic /MonoImageResolution 1200 /MonoImageDepth -1 /MonoImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeMonoImages true /MonoImageFilter /CCITTFaxEncode /MonoImageDict << /K -1 >> /AllowPSXObjects false /PDFX1aCheck false /PDFX3Check false /PDFXCompliantPDFOnly false /PDFXNoTrimBoxError true /PDFXTrimBoxToMediaBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXSetBleedBoxToMediaBox true /PDFXBleedBoxToTrimBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXOutputIntentProfile () /PDFXOutputCondition () /PDFXRegistryName (http://www.color.org) /PDFXTrapped /Unknown /Description << /ENU (Use these settings to create PDF documents with higher image resolution for high quality pre-press printing. 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